Você está na página 1de 13

Caso Represa Belo Monte

1. Histórico do Projeto:
1.1. Anos 1980 - Represa de Kararaô (1ª tentativa):
07 Barramentos
19 mil megawatts (MW)
18 mil quilômetros quadrados de terra alagada.
12 Terras Indígenas atingidas
• Índios Kayapó: movimento nacional e
internacional. Projeto foi suspenso.
Caso Represa Belo Monte

1.2. Anos 1990 - 2ª tentativa:


Projeto remodela ambientalmente
03 barramentos

• Mobilização social: indígenas e movimento


sociais: ribeirinhos, agricultores, mulheres...
• Ministério Público Federal - Ação Civil Pública =>
Questão de Fundo: Ausência de Oitiva dos Povos
indígenas e irregularidades no contrato de
Licitação (SEMA).
Caso Represa Belo Monte

1.3. Anos 2000 - 3ª tentativa (Projeto Atual):


01 barramento - 03 usinas
516 mil km² de Alagamento (400 Km² Floresta
Nativa
02 Canais artificiais – 500 Metros de largura/ 52 Km
de extensão
100 Km de rio desviado
Caso Represa Belo Monte

03 terras indígenas – 09 etnias. (Além dos índios em


isolamento voluntário)
Alagamento parcial das cidades de Altamira, Brasil
Novo e Vitória do Xingu.
Deslocamento forçado de cerca de 40 mil
ribeirinhos da volta grande do Xingu.
Danos a saúde, segurança púbica, segurança
alimentar e segurança hídrica.
Danos ambientais: acari-zebra, tartarugas, fauna e
flora.
Seca de 100 km da Volta Grande do Rio Xingu
Caso Represa Belo Monte
Caso Represa Belo Monte
Caso Represa Belo Monte
• Viabilidade do projeto: econômica, social e
ambiental.
2005 – Congresso Nacional aprovar o decreto
788/2005 sem oitiva dos povos indígenas
2007 – Belo Monte => Obra do PAC.
2009 – Estudo de Impacto Ambiental é concluído
com irregularidades graves.
– Audiências Públicas são realizadas com
graves ilegalidades e em número insuficiente.
2010 – Licença Prévia (40 condicionantes IBAMA/26
Funai).
– Leilão
Caso Represa Belo Monte
• Risco de Licença Parcial de Instalação

• Intensa mobilização social: II Encontro dos povos


indígenas, Reuniões com o Presidente Lula,
Acampamento Terra Livre, Seminários, Protestos
sociais na cidade de Altamira e de outras regiões do
Brasil.

•Pressão do Governo sobre o Movimento Social e


Instituições do sistema de Justiça.
Caso Represa Belo Monte
2. Direitos Violados e acesso à justiça:
2.1. Ações Nacionais: 10 Ações Civis Públicas:
Tema de fundo:
1. Oitiva dos povos indígenas e para garantir que o
licenciamento de Belo Monte seja feito pelo
Ibama
2. Anular o Decreto Legislativo 788 e assegurar a
oitiva prévia dos povos indígenas.
3. Proibir Eletrobrás de realizar EIA sem o Termo de
referência obrigatório
4. Impedir convênio com empreiteiras para realizar
os Estudos e proibir confidencialidade
Caso Represa Belo Monte
5. Corrigir irregularidades graves no licenciamento
ambiental
6. Obrigar a realização de audiências em todas as
comunidades afetadas
7. Suspender a licença prévia e o leilão até que seja
regulamentado o aproveitamento de recursos hídricos
em Terras Indígenas

2.2. Intervenções jurídicas:


Notificações extrajudiciais: Bancos e fundo de
pensões.
MPF – recomendações IBAMA, Funai
Caso Represa Belo Monte
2.2. Intervenções Internacionais:
02 informes Relatorias ONU:
1) Relator Especial sobre los Derechos Humanos y
Libertades Fundamentales de los Pueblos Indígenas;
Relator Especial sobre la Vivienda Adecuada; Relator
especial sobre Defensores de Derechos Humanos;
Relator Especial sobre el Derecho a la Alimentación;
Representante del Secretario General sobre las
Personas Internamente Desplazadas; Relator especial
sobre el derecho de toda persona al disfrute del más
alto nivel posible de Salud Física y Mental; Relator
Especial sobre la Independencia de Magistrados y
Abogados.
Caso Represa Belo Monte

2) Relator Especial sobre la Independencia de


Magistrados y Abogados.

02 informes Relatorias CIDH:


1) Relatoria dos Direitos dos povos Indígenas e
Comissionado para o Brasil
2) Presidente de la Comisión Interamericana de Derechos
Humanos e Comissinado para o Brasil.
Caso Represa Belo Monte
Medida Cautelar – CIDH

Urgência – Iminência do início das Obras - Licença


Parcial – e Irregularidades no Estudo de Impacto
Ambiental.

Gravidade – Violações dos direitos à vida, integridade,


saúde, insegurança alimentar e hidrológica;
deslocamento das comunidades e perda de
terra/territórios tradicionais; migração desordenada
decorrente o início das obras. Ausência de estudo de
adequado para evitar os impactos.

Você também pode gostar