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Padre António Vieira

Biografia
Padre António Vieira nasceu em
Lisboa a 6 de Fevereiro de 1608.
Aos 6 anos partiu para o Brasil.
Em 1624 fez votos de noviço e em
1634 foi ordenado Padre.
Em 1669 parte para Roma, mas em
1675 volta para Portugal por ordem
de D.Pedro.
Acaba por partir novamente para o
Brasil em 1681 para continuar os 15
sermões.
Morre na Baía em 1697.
Sermão de Santo António
aos Peixes

Capitulo IV
EXPOSIÇÃO
E CONFIRMAÇÃO
Capítulos
II, III, IV e V

Capítulo IV
Capítulo II
Louvores dos peixes
Capítulo III
Louvores de peixes
Repreensão Capítulo V
Repreensão de peixes
em geral em particular
dos peixes em particular

em geral
Repreensões
aos peixes
em geral
Primeira acusação:

“...é que vos comeis


uns aos outros...”
Para comprovar a tese de que os homens se comem uns aos outros, o orador usa uma lógica implacável, apelando para os conhecimentos dos ouvintes e dando exemplos concretos.
Segunda acusação:

“...senão que os grandes


comem os pequenos.”
Os seus ouvintes sabiam a verdade do
que ele afirmava, pois conheciam que os
peixes se comem uns aos outros, os
maiores comem os mais pequenos. Além
disso, cita frequentemente a Sagrada
Escritura, em que se apoia.
Terceira acusação:

“...não é maior ignorância e maior


cegueira deixardes-vos enganar ou
deixardes-vos tomar pelo beiço com
duas tirinhas de pano?”
Conclui, respondendo à interrogação
que fez, afirmando que os peixes são
muito cegos e ignorantes e apresenta,
em contraste, o exemplo de Santo
António, que nunca se deixou enganar
pela vaidade do mundo, fazendo-se
pobre e simples, e assim pescou muitos
para salvação.
Quarta acusação:

“A vaidade entre os vícios é o


pescador mais mais astuto e
que mais facilmente engana os
homens.”
Estrutura externa
Ritmo
• Ritmo variado;

• Frases são longas, o ritmo é repousado;

• Quando as frases são curtas, quando se usam


sucessivas anáforas nessas frases, o ritmo torna-se vivo;

•Uma das características maravilhosas do discurso de


Vieira é a mudança de ritmo, que prende facilmente os
ouvintes.
“Vedes vós todo aquele bulir,
vedes todo aquele andar, vedes
aquele concorrer às praças e
cruzar as ruas; vedes aquele
subir e descer as calçadas, vedes
aquele entrar e sair sem
quietação nem sossego?”

A repetição da forma verbal "vedes", que deverá ser


acompanhada de um gesto expressivo, serve para criar na
mente dos ouvintes (e dos leitores) um forte visualismo do
espectáculo descrito.
O uso dos deícticos
demonstrativos tem por
objectivo localizar os actos
referidos, levando os ouvintes a
revê-los nos espaços onde
acontecem.

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