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Lição 7

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 3)


Por Ray Comfort
Tradução: Fernando Guarany Jr.

“Irrita vocês, meus amigos, o fato de o nome de Deus estar sendo tomado em vão e profanado? Irrita
vocês o fato de estarmos vivendo em uma era secularizada?. . . Mas, estamos, sim, vivendo em tal era,
e a principal razão por devermos orar por avivamento é estarmos ansiosos para ver o nome de Deus
justificado e Sua glória manifesta. Devemos estar ansiosos para ver algo acontecer que tome as
nações de assalto, sim, todos os povos, e os leve a parar e pensar.”
Martyn Lloyd-Jones

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Comentário de Kirk Cameron: Conforme estivermos estudando o Terceiro Mandamento, considere


como você se sentiria se alguém demonstrasse desrespeito suficiente pela sua mãe a ponto de usar o
nome dela como um palavrão. Sem dúvida que você se sentiria ofendido. Quanto mais respeito o Deus
Todo-Poderoso merece de nós, a quem Ele deu a vida.

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Perguntas e Objeções

“Não é blasfêmia chamar a Bíblia de a ‘Palavra de Deus’ quando ela faz com que
Ele pareça tão mal?”

Vou falar-lhes algumas coisas sobre o meu pai que vão fazer com ele pareça mal. Ele geralmente
deixava minha mãe se virar sozinha em casa. Certa vez, fiquei horrorizado ao saber que ele
deliberadamente matou um animal indefeso. Como se não bastasse, ele me batia (com freqüência).

Eis as informações que estão faltando: A razão pela qual meu pai deixava minha mãe sozinha
durante o dia era que ele precisava trabalhar para ganhar o sustento para cuidar dela e de seus filhos. Ele
matou o animal porque o bicho havia sido atropelado e estava sofrendo. Ele freqüentemente me
disciplinava, pois me amava o bastante para me ensinar o certo e não o errado (eu era um menino muito
levado).

As porções da Bíblia que “fazem Deus parecer mal” meramente revelam que nos falta entendimento.
Jamais questionei a integridade de meu pai, pois confiava nele (veja Marcos 10:15).

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Nesta lição, estudaremos o Terceiro Mandamento:

“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;


porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.”
Êxodo 20:7

A transgressão do Terceiro Mandamento reforça a tese de que a mente das pessoas irregeneradas é
hostil a Deus e à sua Lei e que tais pessoas “odeiam a Deus sem causa.” Tal pensamento é ofensivo aos
idólatras, que veementemente o contestam dizendo que não odeiam a Deus. Dizem isso por não odiar o
seu próprio conceito de Deus – o ídolo que eles mesmos criaram e com o qual tem um amigável
relacionamento.

Usar o nome de Deus de maneira profana é, talvez, a maneira mais simples e eficiente de as
pessoas demonstrarem seu desprezo por seu Criador. Os judeus devotos nem mesmo ousam pronunciar
o nome de Deus por ser tão santo, por outro lado, as pessoas irregeneradas o usam para expressar
repugnância.

Desdenhar do nome de alguém é insultar a própria pessoa. Mesmo um motoqueiro tatuado, boca-
suja e de coração duro tem um lugarzinho todo especial para sua mãe. Ele pode ter uma tatuagem do
diabo em um braço e “mamãe” no outro. A propósito, se você quiser ganhar uma plástica no rosto grátis,
insulte a mãe de um motoqueiro deste tipo.

Quando Moisés pediu para ver a glória de Deus, note como Deus respondeu: “Eu farei passar toda
a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o meu nome Jeová...” (Êxodo 33:19)

A glória de Deus, o Seu nome e a Sua bondade são sinônimos. Foi dito a Moisés que se ele visse
Deus face a face em toda Sua glória, ele morreria (Êxodo 33:20). Quão amedrontador será para uma
humanidade blasfema parar diante da inenarrável glória de Deus, em toda Sua bondade e prestar-Lhe
contas de cada palavra frívola proferida. A bondade de Deus exigirá que Sua justiça seja feita.

Também é interessante notar que quando perguntamos a um blasfemo por que ele faria tal coisa,
sua reação apenas confirma as Escrituras que dizem que ele está mesmo tomando o nome de Deus “em
vão”. Ele certamente responderá: “Eu, na verdade, não estava usando o nome de Deus no lugar de um
palavrão. É apenas uma palavra.” Em essência, para ele, o nome de Deus não tem nada de especial e não
é digno de respeito. Esta tentativa de justificação meramente adiciona ao seu pecado. É difícil
compreender como o mundo pode ter um desdém tal grande pelo nome de Deus e Jesus Cristo, que o
utilizam no lugar de palavrões. Nem mesmo o nome de Hitler parece ser tão desprezível a ponto de ser
utilizado de tal forma.

Quando você ouvir alguém usando o nome de Deus em vão, não diga a pessoa que tal prática o
ofende, use-a como uma abertura para o Evangelho. A Bíblia nos instrui a “repreender”, mas que
devemos fazê-lo com toda “longanimidade (paciência) e ensino” (2 Timóteo 4.2). É importante que não
afastemos a pessoa que estivermos tentando alcançar com o Evangelho. Nosso objetivo não é reprová-la
por ter nos ofendido com blasfêmia, mas alcançá-la para Cristo. É sábio tentar conduzir a pessoa através
de uma conversa sobre coisas naturais com o objetivo de testemunhar a ela. Por saber que ela
abertamente transgrediu o Terceiro Mandamento, quando perguntar a ela se alguma vez já usou o nome
de Deus em vão, você poderá gentilmente lembrá-la que a ouviu fazendo isso.
Perguntas
1. O que a blasfêmia revela?
2. Por que algumas pessoas alegarão não odiar a Deus?
3. O nome de Deus é sinônimo do que? Por que isso inspira temor?
4. De que maneira os blasfemadores freqüentemente pioram ainda mais o seu pecado?
5. Como se deve reagir ao ouvir alguém usando o nome de Deus em vão?

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O Pregador
Lúcia Boca Suja: Ouvi o que você disse pra Marilu. Eu não fiz uma #!*$ de deus de acordo com as
minhas idéias e vontade. E também não acredito nem em céu nem em inferno.

Cristão: Posso lhe fazer umas perguntinhas?

Lúcia Boca Suja: Claro.

Cristão: Você já usou o nome de Deus em vão?

Lúcia Boca Suja: Como assim?

Cristão: Você já usou o nome de Deus ao invés de um palavrão? Assim... quando algo dá errado, você
diz: “Ai, meu D_ us!”

Lúcia Boca Suja: É, já fiz isso muitas vezes. E daí?

Cristão: Você sabe o que está fazendo ao dizer isso?

Lúcia Boca Suja: Não. E não tô nem aí pra essa #!*$.

Cristão: Deixa eu dizer para você, então. Ao invés de usar um palavrão nojento para expressar
repugnância, você está pegando o santo nome do Deus que te deu vida e usando para expressar sua ira.

Lucy Boca Suja: Eu não acredito nessa #!*$ de Deus!

Cristão: Isto não importa. Mesmo não acreditando, você vai ter que encará-lo no Dia do Julgamento. O
que você tem feito se chama blasfêmia e a Bíblia diz que “O Senhor não terá por inocente todo aquele
que tomar Seu nome em vão”. Deus te deu uma consciência. Você sabe distinguir o certo do errado... e
eu não gostaria de estar em sua pele no Dia do Julgamento nem por todo o dinheiro do mundo. De
qualquer forma, obrigado por me ouvir. Tchau.”

Jamais tenha medo de ser confrontador (em amor). Você se surpreenderá com o que se pode dizer a
alguém se seu tom de voz estiver no correto espírito de gentileza. Não tema usar o medo como
motivador. Qualquer que seja o medo que a pessoa possa ter agora por causa das palavras de alerta
que você a ela disser, nada será se comparado ao temor experimentado se ela “cair nas mãos do Deus
vivo.” O Lago de Fogo deve motivar o cristão a lançar fora todo o seu próprio medo de rejeição que
vem disfarçado no argumento de não querer ofender o descrente.
Penas para Flechas
A Parábola dos Pescadores Parados

Havia uns pescadores que viviam cercados de riachos e lagos cheios de peixes famintos.
Regularmente se reuniam para discutir sobre o nobre chamado à pescaria, a abundância de peixes e a
emoção de conseguir pescá-los. Todos sempre ficavam muito animados a pescar!

Alguém sugeriu que era preciso se ter uma filosofia de pesca, então eles definiram e redefiniram
cuidadosamente a palavra ‘pescaria’ e também o propósito de ‘pescaria.’ Desenvolveram estratégias e
táticas de pesca. Então, se deram conta de que estavam fazendo o processo ao inverso. Tinham abordado
o tema ‘pescaria’ do ponto de vista do pescador e não do peixe. Assim, perguntaram-se: Como os peixes
vêem o mundo? Que visão os peixes têm do pescador? O que comem? Quando comem? Todas essas
coisas são muito importantes. Desta forma, começaram a fazer pesquisas e participar de congressos
sobre pesca. Alguns viajaram a lugares distantes para estudar os diferentes tipos de peixes e seus
diferentes hábitos. Alguns fizeram doutorado em “piscologia” (ciência que estuda os peixes e, não,
Psicologia). Mas, até então, nenhum deles tinha ido pescar.

Assim, formaram um comitê para enviar os ‘pescadores’. Como o número de lugares para pesca
era muito maior que o número de pescadores, o comitê precisou definir prioridades. A lista de pontos de
pesca prioritários foi afixada nos murais de todas as associações de pescadores. Mesmo assim, ninguém
ainda estava pescando. Conduziu-se uma pesquisa para descobrir o motivo. A maioria dos pescadores
nem mesmo respondeu à pesquisa, mas, através daqueles que responderam, descobriu-se que alguns
deles se sentiam especificamente chamados a estudar ‘piscologia’, outros se sentiam chamados a
fornecer os equipamentos de pesca e outros, vários outros, diziam que seu chamado era o de apenas
encorajar (e treinar) os pescadores. No final das contas, com tantas reuniões, congressos e seminários,
eles simplesmente não tinham tempo para pescar!

Acontece que um rapaz chamado Chico, recém-chegado à associação dos pescadores, logo após
participar de sua primeira motivadora reunião semanal, foi ao lago e conseguiu pegar um enorme peixe.
Na reunião seguinte, ele teve a oportunidade de contar como havia conseguido tal feito e foi honrado
diante de todos por sua conquista. Diziam-lhe assim: “Ah, Chico! Você tem um “dom especial para
pesca”.

Assim, logo convidaram Chico para dar palestras nas associações de pescadores de todo o país. No
entanto, com todos os convites que começaram a chegar e sua eleição para a direção da Associação
Nacional de Pescadores, Chico não tinha mais tempo para pescar. Não passou muito, porém, e Chico
começou a se sentir agoniado e vazio. Ele ansiava por sentir a ‘fisgada’ do peixe na linha. Assim,
cancelou as palestras, pediu afastamento do corpo diretivo da associação nacional e disse a um amigo:
“Vamos pescar!” E foram mesmo – só os dois – e pegaram um montão de peixes.

Os membros da associação dos pescadores eram muitos, os peixes eram abundantes, mas os
pescadores eram poucos.

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Palavras de Conforto
Descobri uma maneira excelente de inofensiva e efetivamente compartilhar a minha fé. Eu carrego
em meu bolso umas moedas de um centavo nas quais foram gravadas os Dez Mandamentos. Quando
vejo um estranho, tiro uma e digo: “Olhe, tenho um presente para você.” Quando entrego a brilhante
moeda, geralmente as pessoas perguntam: “O que é isso?” Eu respondo: “É uma moeda com os Dez
Mandamentos. Quantos Mandamentos você acha que tem conseguido guardar?” Previsivelmente, eles
respondem: “Acho que quase todos. Claro que, como qualquer pessoa, eu também já quebrei um ou
dois, mas nunca fiz nada tão grave como matar alguém. Então, gentilmente, eu o faço refletir a respeito
de cada Mandamento. Nunca falha.

Em certa ocasião, eu tinha apenas trinta segundos para falar com alguém que estava no elevador
comigo. Então, puxei uma moeda do meu bolso, entreguei a ele e disse: “Olha, tenho um presente para
você.” Previsivelmente, ele perguntou: “O que é isso?” Eu disse, “Um centavo com os Dez
Mandamentos. Quantos deles você tem conseguido guardar?” Esperava a resposta de costume, mas, ao
contrário, ele olhou para o centavo e disse: “Esse é o primeiro que eu vou guardar. Ninguém jamais
tinha me dado um desses antes.” E saiu andando sem que eu conseguisse dizer mais nada.

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Versículo para Memorização


“Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.”
João 1:12
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Últimas Palavras

O Duque de Buckingham, ateu assumido, confessou logo antes de morrer:

“Brinquei com o santo nome de Deus. Agora sou assombrado pelo remorso e,
temo, fui desamparado pelo Senhor.”

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Tradução: Fernando Guarany Jr.


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