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Escola Secundária de Albufeira

Documento Orientador

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL


DOCENTE
(Decreto Regulamentar 2/2010, de 23 de Junho)

Comissão Coordenação da Avaliação do Desempenho

Outubro de 2010
ÍNDICE

1 – Enquadramento Legal……………………………………………………..……………………………………3

2 - Princípios Gerais…………………………………………………………………………………………………….3

3 - Estabelecimento dos Objectivos Individuais…………………………………………………………..4

4 – Instrumentos de Registo e Fontes de Recolha de Dados………………………………………..4

5 – Distribuição dos professores avaliados pelos relatores………………………………………….5

6 – Processo de observação de aulas...............................................................................5

7- Relatório de auto-avaliação…………………………………………………………………………………..6

8 – Cumprimento das percentagens estipuladas por lei……………………………………………….6

Recomendações...............................................................................................................7

Anexos…………………………………………………………………………...………………………………………..8

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Outubro de 2010
1. Enquadramento Legal
De acordo com o estabelecido no Decreto Regulamentar nº 2/2010, de 23 de
Junho que consagra o novo regime de avaliação de desempenho do pessoal docente,
foi criado um conjunto de mecanismos que suportam a sua aplicação.
No âmbito do Conselho Pedagógico foi eleita a Comissão de Coordenação da
Avaliação de Desempenho que procurou desenvolver um conjunto de mecanismos que
contribuam, o melhor possível, para “uma aplicação objectiva e harmónica do sistema
de avaliação do desempenho”.
Assim, entendeu esta comissão apresentar algumas linhas orientadoras que
seguidamente se enunciam.

2. Princípios Gerais
Os princípios instituídos neste novo sistema de avaliação de desempenho, a
que a lei obriga, estão agora a ser iniciados e, por isso, considera esta Comissão
de Avaliação que é muito importante encontrar o caminho mais adequado
possível, adoptando como atitude o “bom senso”.
Deverão estar sempre presentes os efeitos da avaliação e as suas repercussões
na progressão da carreira dos docentes, com todas as consequências que lhe
estão subjacentes, o que deverá pressupor, em todo o processo, uma avaliação
o mais criteriosa possível.
No que diz respeito aos princípios orientadores desta avaliação de
desempenho, consignados no artigo 3º do Decreto Regulamentar 2/2010, de
23 de Junho, apelamos para que os mesmos estejam sempre presentes. Estes
visam:
- a melhoria da qualidade do serviço educativo e das aprendizagens dos alunos;
- proporcionar a valorização e o desenvolvimento pessoal e profissional dos
docentes.
Por outro lado, é importante que os docentes tenham em consideração que a
avaliação se concretiza nas seguintes dimensões:
a) profissional social e ética;
b) desenvolvimento do ensino e da aprendizagem;
c) participação na escola e relação com a comunidade educativa;

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d) desenvolvimento e formação profissional ao longo da vida.
A periodicidade da avaliação de desempenho dos docentes integrados na
carreira é de dois anos escolares.
Partindo do princípio de que este novo processo, em fase de implementação, a
todos diz respeito, é fundamental que o mesmo assente na transparência, na
partilha, na equidade e justiça.
Assim sendo, é importante que o trabalho de equipa possa fomentar a reflexão
e discussão para que, por um lado se possam clarificar possíveis dúvidas e, por
outro, se possam encontrar estratégias comuns.

3. Estabelecimento dos Objectivos Individuais


A apresentação dos objectivos individuais tem carácter facultativo.
Os objectivos individuais são propostos pelo avaliado ao Director da Escola,
considerando-se tacitamente aceites se, no prazo de 15 dias úteis a contar da
data da sua entrega, se o director não der qualquer indicação em contrário.
Os objectivos individuais podem ser redefinidos em função da alteração do
projecto educativo ou dos planos anual e plurianual de actividades, bem como
quando se verifique uma mudança de estabelecimento de educação e ensino.
Sempre que sejam apresentados, estes constituem referência da auto-avaliação
e da avaliação final.

4 – Instrumentos de Registo e Fontes de Recolha de Dados


No que diz respeito ao desenrolar da avaliação dos docentes, relativamente à
avaliação do envolvimento e qualidade científico-pedagógica (a considerar na auto-
avaliação e na avaliação a levar a cabo pelos coordenadores/relatores), são
necessários instrumentos de registo normalizados (anexos III, IV e V) do Despacho nº
14420/2010, de 15 de Setembro, bem como outros já aprovados anteriormente pelo
Conselho Pedagógico, tais como por exemplo o “Instrumento de registo da avaliação
de desempenho”, que constará em anexo.
Estes instrumentos de registo constituir-se-ão como contributo para que o
coordenador de departamento/relator, possa ponderar o envolvimento e a qualidade
científico-pedagógica do docente.

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5 – Distribuição dos professores avaliados pelos relatores
A distribuição dos professores avaliados pelos respectivos relatores será
feita de acordo com o estipulado no artigo 44º do Código de Procedimento
Administrativo, no que diz respeito às incompatibilidades.
A distribuição deve ocorrer de forma consensual e quando não for possível
far-se-á sorteio.

6 – Processo de observação de aulas


Reunião de “calendarização”– a realizar no início do processo de
observação de aulas, onde poderão ser tratados/estudados os seguintes
aspectos:
- Analisar a compatibilidade entre os horários do/a relator/a e dos
avaliados;
- Designar a turma a ser observada;
- Acordar as datas para a observação de duas aulas;
- Propor a elaboração de um modelo de plano de aula comum a apresentar
ao relator;
- Analisar a grelha de observação de aulas.
Reunião pré-observação – a realizar antes de cada aula assistida, para que o
docente a ser observado entregue todos os elementos necessários ao
processo, nomeadamente o respectivo plano. Para além disso, servirá a
mesma para que seja dado conhecimento de situações específicas ligadas ao
funcionamento da turma/grupo e que poderão, de alguma forma, influenciar
a aula.
Observação da aula – que permitirá ao professor avaliador recolher
elementos, para o preenchimento da ficha de observação de aulas, aprovada
para o efeito. No final da mesma, deverá o docente observador proceder a uma
apreciação genérica sobre a aula observada e prestar os esclarecimentos que
lhe forem solicitados pelo docente em avaliação.
Reunião pós-observação – finda a observação, deverá ser agendada entrevista,
com a maior brevidade possível, para que daí resulte o preenchimento final da

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ficha aprovada para o efeito. O avaliado poderá entregar a auto-avaliação da
aula observada. Poderão ficar registadas recomendações e sugestões, de
ambas partes, que se entendam pertinentes, sempre numa perspectiva
formativa de melhoria do desempenho.

7 – Relatório de auto-avaliação
No que se refere à auto-avaliação será da responsabilidade de cada docente o
preenchimento da ficha emitida pelo Ministério da Educação, para o efeito e de
acordo com o estipulado no artigo 17º do Decreto Regulamentar nº 2/2010, de 23 de
Junho.
O relatório de auto-avaliação deve ser entregue na secretaria, conforme previsto no
calendário, em papel, com letra “Calibri” tamanho 12, com espaçamento 1,5. Os
anexos com as respectivas evidências devem ser entregues em formato digital.
“O Ministério da Educação estabeleceu, com base na proposta do Conselho
Científico para a avaliação de Professores, os padrões de desempenho docente”,
constantes no Despacho nº 16034/2010, de 22 de Outubro. Com a definição dos
padrões de desempenho pretende-se obter uma descrição pormenorizada do
desempenho docente de forma a clarificar o que deve ser avaliado.
“Tomando como referência os cinco níveis de avaliação de desempenho docente
vigentes – Excelente, Muito Bom, Bom, Regular e Insuficiente - as descrições do nível
Bom caracterizam a consecução de um desempenho correspondente, sem limitações,
ao essencial dos indicadores enunciados. Os níveis de Regular e Insuficiente
correspondem, respectivamente, a desempenhos com limitações ou graves limitações
no essencial dos indicadores enunciados. Os níveis de Muito Bom e Excelente situam-
se no patamar de desempenho que, para além da satisfação dos requisitos essenciais,
se caracteriza, no conjunto das dimensões, por níveis elevados de iniciativa,
colaboração e investimento a que acresce, para o nível de Excelente, o
reconhecimento da sua influência e papel de referência na escola e na profissão”,
previsto no número 4 do artigo 46º do ECD de 30 de Setembro de 2009 e no nº 4 do
artigo 12º e número 4 do artigo 21º do Decreto Regulamentar nº 2/2010 de 23 de
Junho e ponto 1.6 do Anexo VI, do Despacho nº 14420/2010, de 15 de Setembro.

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8 Cumprimento das “percentagens” estipuladas por lei.
As “percentagens” têm que ser cumpridas conforme o estipulado no nº 4 do Artigo 21º
do Decreto Regulamentar 2/2010 de 23 de Junho (5% Excelentes e 20% Muito bom).

Recomendações
Tendo em conta a complexidade do processo de avaliação de desempenho dos
professores, a Comissão de Coordenação relembra que este documento não substitui
a leitura atenta da legislação e de outros documentos:

Decreto Lei 270/2009 de 30 de Setembro;


Decreto – Regulamentar da Avaliação de Desempenho: DR nº2/2008 de 10 de
Janeiro;
Decreto Lei nº 75/2010 de 23 de Junho;
Decreto Regulamentar nº 2/2010 de 23 de Junho;
Despacho nº 14420, de 15 de Setembro;
Despacho nº 1112-B/2010 de 6 de Julho;
Despacho nº 16034/2010 de 22 de Outubro
Perfil Geral do Professor do Ensino Básico e Secundário: DLnº 240/2001;
Regime Jurídico da Formação Contínua: Dec.-Lei nº 249/92;
(com as alterações introduzidas pela Lei nº 60/93, de 20 de Agosto, pelo Dec.- Lei
274/94, de 28 de Outubro pelo Dec.-Lei nº 207/96, de 2 de Novembro pelo Dec.-Lei
nº 155/99, de 10 de Maio e pelo Dec.-Lei nº 15/2007 de 19 de Janeiro)

Orientações do Conselho Científico para Avaliação dos Professores;


Textos de Apoio (avaliação de desempenho)
www.dgrhe.min-edu.pt
www.esa.pt

Nota: Casos omissos serão analisados de acordo com o enquadramento legal


em vigor.

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