Você está na página 1de 20

A INQUISIÇAO - LISTA DE NOMES DE FAMILIAS E INDIVÍDUOS

A INQUISIÇÃO EM PORTUGAL E NO BRASIL

ALGUMAS FAMÍLIAS E/OU INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM E/OU FORAM ASSASSINADOS


DURANTE A INQUISIÇÃO.

Alberto Kremnitzer - Genealogista, Produtor Cultural e Tradutor.

A família Rodrigues foi aquela, de origem judaica, que mais filhos perdeu entre
sofrimentos e chamas, durante a perseguição da inquisição portuguesa. Durante os séculos
XVI e XVII, era hábito abreviar o sobrenome Rodrigues, usando-se ROIZ.

ABREU Campos, Manoel de, que vivia de sua fazenda, torturado e morto
nos cárceres e queimado em estátua com seus ossos em 13 de março de 1669,
como judeu convicto e pertinaz. Era morador na Bahia, Brasil. Seu filho João
de Abreu Campos, 22 anos, condenado a cárcere e habito perpétuo em 11 de
março de 1668. Seu filho Jerônimo de Abreu Campos, 28 anos, condenado na
cárcere e hábito perpétuo com insígnias de fogo e galés em 11 de março de
1668.

ABREU, Anastácia (de Oliveira), 36 anos, mulher de Antônio Vellez,


lavrador, queimada viva em quatro de novembro de 1742 como judia convicta,
ficta, falsa, simulada, comfitente e impenitente. Seu filho João Vellez, 18
anos, trabalhador, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 26 de setembro
de 1745.

AGUIAR, Maria, mulher de Manoel Fernandes Crasto,


advogado, condenada a cárcere e hábito perpétuo e degredo
para Angola em 10 de dezembro de 1673. Seus filhos
Francisco Trigueiro de Gois, 25 anos, advogado e Alvaro
Machado de Gois, 21 anos, estudante de Leis, condenados em
6 de setembro de 1705.

AYRES, Simão Rodrigues, filho de Diogo Rodrigues da


Costa, 61 anos, mercador, foi queimado em estátua em 11 de
março de 1668, como judeu convicto e pertinaz. Seu pai
condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão com
insígnias de fogo e degredo para o Brasil em 17 de setembro
de 1662, como judeu relapso. Primeira condenação em 1666.
Domingos Rodrigues, 28 anos, lavrador filho de Thomé
Rodrigues Ayres, escrivão, condenado em 31 de Março de
1669.

ALMEIDA, Joseph de Carvalho de, 50 anos, mercador,


condenado a cárcere e hábito perpétuo em 20 de setembro
de 1733. Sua filha Maria Ferreira, 30 anos, condenada a
cárcere hábito perpétuo sem remissão e degredo do para
Angola em 24 de julho de 1735. Sua viúva Francisca Thereza
de Carvalho, 55 anos, condenada a cárcere perpétuo com
habito, sem remissão e degredo para Angola em 01 de
setembro de 1737. Seu filho Manoel da Costa Ribeiro, 27
anos, lavrador em Ouro Preto , Brasil, queimado como judeu
convicto e pertinaz em 01 de setembro de 1737. Seu filho
Vicente de Carvalho, 23 anos, estudante, condenado a
cárcere e habito perpétuo sem remissão e degredo para
Angola em 18 de junho de 1741.

BAPTISTA, João, Mestre de Açúcar do Rio de Janeiro, Brasil,


sua mulher Margarida Mendes 30 anos, condenada a cárcere
e hábito perpétuo em 16 de fevereiro de 1716. Seus filhos,
Guilherme Baptista, 25 anos, condenado em 24 de outubro de
1717; Domingos Baptista, 24 anos, carpinteiro, condenado a
cárcere e hábito perpétuo em 24 de outubro de 1717 com
Úrsula Baptista, 16 anos.

BARROS, José Gomes de, 35 anos, negociante, filho de


Rodrigo Coelho Bonsucesso, militar do Rio de Janeiro, Brasil,
condenado a cárcere e hábito perpétuo em 9 de julho de 1713
com seus irmãos Ignácio de Oliveira, 29 anos, militar; Miguel
Gomes de Barros, 24 anos, Izabel de Barros, 32 anos, Ignez de
Oliveira, 29 anos e Maria de Barros, 22 anos.

BONSUCESSO, Maria, 35 anos, filha de Antônio Farto Diniz,


mercador de Santos, Brasil, condenada e cárcere e hábito em
24 de outubro de 1717. Sua mãe Catharina Gomes Pereira, 54
anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo em 9 de julho
de 1713, com seu irmão Simão Farto Diniz, mercador do Rio
de Janeiro, Brasil depois condenado como judeu relapso em 1
de setembro de 1737, aos 59 anos. Seu sobrinho Salvador
Rodrigues Faria, 38 anos, mineiro, condenado a cárcere e
hábito perpétuo em 24 de julho de 1735.

BRANDÃO, João da Costa, 47 anos, que vivia de sua


fazenda, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e galés em 15 de dezembro
de 1658. Porém em 17 de setembro de 1662, teve sua pena
comutada e foi queimada viva como judeu convicto, ficto,
falso, simulado, confitente, diminuto e impenitente. Suas
filhas Branca da Costa, 20 anos, e Maria Henriques, 22 anos,
condenadas a cárcere e hábito perpétuo em 17 de outubro de
1660. Sua mulher Maria Henriques Lobo, 49 anos, condenada
a cárcere e hábito perpétuo sem remissão com insígnias de
fogo e degredo para o Brasil em 17 de outubro de 1660. Seus
filhos, Jerônimo da Costa Brandão, 27 anos, condenado a
cárcere e hábito perpétuo e Pedro da Costa Brandão, 28 anos,
sacerdote, condenado por seguir secretamente o judaísmo, a
cárcere e hábito perpétuo sem remissão, com insígnias de
fogo e galés, no mesmo dia em que seu pai era queimado
vivo.

BUENO, Abraham, (Diogo Henriques) filho de Pedro


Henriques, morador em Pernambuco, Brasil, condenado a
cárcere e hábito perpétuo em 15 de dezembro de 1647.

CAETANO, Francisca Josepha, 39 anos, mulher de José


Rodrigues Peinado, 53 anos, mercador, ambos condenados a
cárcere e hábito perpétuo sem remissão, em 1748, como
judeus relapsos. Primeiras condenações, 1718 e 1727.

CAMINHA, Luiz de Valença, plantador de cana da Paraíba,


Brasil, torturado e morto nos cárceres da inquisição,
20/09/1761. Seu filho, Estevão de Valença Caminha, 28 anos,
negociante, e sua mulher Felipa de Fonseca, 60 anos,
condenados a cárcere perpétuo em 17/06/1731. Seu filho,
José da Fonseca Caminha, 30 anos, mineiro, condenado em
24/07/1735, era morador da Bahia.

CAMPOS, Manoel de Abreu, que vivia de sua fazenda,


morador da Bahia, Brasil, torturado e morto nos cárceres e
queimado em estátua com seus ossos como judeu convicto e
pertinaz em 31/03/1669. Seu filho João de Abreu Campos, 22
anos, condenado a cárcere e hábito perpétuo, junto com
Jerônimo de Abreu Campos, 28 anos, com insígnias de fogo e
galés em 11/03/1668.

CARDOZO, Miguel, 66 anos, mercador, do Rio de Janeiro,


Brasil, condenado em 04/04/1666. Miguel Cardozo teve sua
família perseguida ao longo de quatro gerações, onde mais de
100 pessoas, entre filhos, netos, bisnetos e parentes foram
condenados por crime de judaísmo. Vide seu bisneto Antônio
José da Silva e seu filho Salvador Cardozo Coutinho.

CARVALHO, Manoel Lopes de, 34 anos, negociante, fugiu e


foi queimado em estátua como judeu convicto, revel e
contumaz, em 17/10/1660. Sua mulher Izabel Marques, 27
anos, queimada viva em 15/12/1658, como judia convicta,
ficta, falsa, simulada, confitente, revogante e impenitente.

CRUZ, João da, 26 anos, curtidor da Bahia, Brasil, filho de


Francisco Rodrigues Chito, condenado em 26/07/1711.

DINIZ, Jorge Pereira, escrivão do Rio de Janeiro, sua mulher


Branca Vasques do Pilar, 19 anos, condenada a cárcere e
hábito perpétuo em 9/07/1713.

DOURADO, Antônio Ferreira, 53 anos, negociante de Vila


Boa dos Goyases, Brasil, condenado em 20/09/1761. Seu filho
Alexandre da Costa, 16 anos, aprendiz de cabelereiro,
condenado a cárcere e hábito perpétuo em 27/08/1758.

DUARTE de Souza, Diogo, 34 anos, filho de João Dique de


Souza, 67 anos, senhor de engenho do Rio de Janeiro, Brasil,
condenado a cárcere e hábito perpétuo em 9/07/1713, com
seu irmão Fernando Dique de Souza, 30 anos, e sua irmã
Ventura Isabel Izabel Dique, 26 anos, freira. Seu pai foi
queimado em 14/10/1714, como judeu convicto e pertinaz.

ESPINOZA, Gaspar Nunes, que vivia de sua fazenda, da


Paraíba, Brasil, seu filho João Nunes Thomás, 51 anos,
negociante, condenado em 20/09/1733.

FARTO Diniz, Antonio, mercador de Santos, Brasil, sua


mulher Catherina Gomes Pereira, 54 anos, condenada a
cárcere e hábito perpétuo em 9/07/1713. Sua filha Maria do
Bonsucesso, 35 anos, condenada em 24/10/1717. Seu filho
Simão Farto Diniz, 59 anos, mercador do Rio de Janeiro, Brasil,
condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão em
1/09/1737, como judeu relapso. Primeira condenação em
1713. Seu neto Salvador Rodrigues de Faria, 38 anos, mineiro,
condenado a cárcere e hábito perpétuo em 24/07/1735.

FERNANDES, Manoel, rendeiro, suas filhas Maria Thereza,


29 anos, Clara Maria, 24 anos, condenada a cárcere e hábito
perpétuo em 13/10/1726. Seu filho Antônio Fernandes Pereira,
39 anos, mineiro, na Bahia, Brasil, condenado a cárcere e
hábito perpétuo em 6/07/1732.

FERREIRA, Sanches, Antônio, sua mulher Catherine Alvares,


28 anos, condenada a cárcere perpétuo, sem remissão com
insígnias de fogo e degredo para o Brasil em 4/04/1666.

FOGAÇA, Matheus Moura, 51 anos, mineiro do Rio de


Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e galés em 16/06/1720. Foi
queimado vivo em 10/10/1723, como judeu convicto,
confesso, relapso e impenitente.

FONSECA, Rodrigo Alvares da, mercador de Pernambuco,


Brasil, foragido e queimado em estátua como judeu confesso,
professo em 10/07/1644.

FRANCO, André Rodrigues, 27 anos, médico, condenado a


cárcere e hábito perpétuo e degredo para o Brasil em
15/12/1658.
FREYRE de Macedo, Maria , filha de Antônio Freyre,
partidor de órfãos, condenada a açoites e degredo para o
Brasil, em 10/07/1644.

FURTADO, Maria, 53 anos, mulher de Luiz Antônio Guterres,


negociante, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e degredo para a Ilha de São
Thomé em 12/09/1706.

GAMA, Lourenço Lobo, que vivia de sua fazenda, sua


mulher Joana de Gusmão, 26 anos, condenada a cárcere e
hábito perpétuo sem remissão com insígnias de fogo e
degredo para o Brasil, em 17/09/1662.

GARCIA, Antônio, 57 anos, tratante, condenado a cárcere e


hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em
6/05/1725, com sua mulher Anna Martins, 47 anos. Seu filho
João Garcia, 16 anos, aprendiz de sapateiro, condenado a
cárcere e hábito perpétuo em 24/07/1735.

GOMES da Costa, Izabel, 24 anos, mulher de João Nunes


Vizeu, 41 anos, médico do Rio de Janeiro, Brasil, ambos
condenados a cárcere e hábito perpétuo em 26/07/1711. Seu
filho Manoel Nunes Vizeu, 27 anos, negociante, condenado a
cárcere e hábito perpétuo em 24/07/1735.

GOMES, João, 28 anos, filho de Manoel da Rocha Bezerra,


que vive de sua fazenda, da Paraíba, Brasil, condenado em
16/09/1737.

GUSMÃO, Joana de, 26 anos, mulher de Lourenço Lobo da


Gama, que vivia de sua fazenda, condenada a cárcere e
hábito perpétuo sem remissão, com insígnias de fogo e
degredo para o Brasil em 17/09/1662.

HENRIQUES, Violante, mulher de João Lopes de Leão,


tratante, torturada e morta nos cárceres da inquisição e
queimada em estátua com seus ossos em 26/11/1684, como
judia convicta e pertinaz.
IZIDRO, Francisco Ferreira, 43 anos, mineiro, filho de Luiz
Vaz de Oliveira, tratante de Minas Gerais, Brasil, condenado a
cárcere e hábito perpétuo em 25/07/1728.

LEÃO, Antônio Rodrigues de, 39 anos, tratante, judeu


francês, morador no Espirito Santo, Brasil, condenado em
14/10/1714 a galés e açoites.

LEITÃO, Maria, 26 anos mulher de Domingos Fernandes


Leitão, pastor, condenada a cárcere e hábito perpétuo em
31/05/1669.

LEMOS, Fernão de, contratador de gado, sua viúva Felipa da


Costa, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão
com insígnias de fogo e degredo para o Brasil em 10/12/1673.

LIMA Cordeiro, Diogo de, 35 anos, fazendeiro, filho de


Antônio Cordeiro de Lima, que vivia de sua fazenda,
condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e
degredo para Cabo Verde em 17/06/1731, com sua irmã
Volante Maria.

LOBO da Gama, Lourenço, que vivia de sua fazenda, sua


mulher Joanna de Gusmão, 26 anos, condenada a cárcere e
hábito perpétuo sem remissão com insígnias de fogo e
degredo para o Brasil em 17/09/1662.

LOPES, Diogo, mercador do Rio de Janeiro, Brasil, condenado


a cárcere e hábito perpétuo sem remissão com insígnias de
fogo e galés em 3/09/1600.

LUCENA Montearroyo Sebastião de, 45 anos, advogado do


Rio de Janeiro, Brasil, condenado a cárcere perpétuo em
24/10/1717. Sua mulher Anna Sodré Pereira, 30 anos, recebe
a mesma pena em 16/06/1720.

LUIZ Simão, Izabel, 34 anos, filha de Simão Luiz Ramalho,


militar, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão
com insígnias de fogo e degredo para Bengala em
17/06/1731. Sua irmã Thereza Luiz Ramalho, 28 anos,
condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e
degredo para Angola em 25/07/1728.

MACHADO, Antônio, boticário, sua viúva Joanna Manoel, 85


anos, torturada e nos cárceres da inquisição e queimada em
estátua com seus ossos como judia convicta, confitente,
revogante e impenitente em 17/10/1660.

MENDES, Guterres, Fernão, 34 anos, mercador, condenado


a cárcere e hábito perpétuo em 17/08/1764. Sua mulher Maria
Soares, 20 anos, recebe a mesma pena sem remissão de fogo
e degredo para o Brasil em 4/04/1666.

MENDONÇA, Calhadolid, Miguel de, 37 anos, tratante de


São Paulo, Brasil, queimado vivo como judeu convicto, ficto,
falso, simulado, confitente e impenitente em 17/06/1731.

MESQUITA, Antônio do Valle de, 56 anos, mercador do Rio


de Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em
26/07/1711 com sua mulher Elena do Valle, 71 anos. Seu filho,
José do Valle, 16 anos, condenado a cárcere e hábito perpétuo
em 9/07/1713.

MIRANDA, Anna de, 32 anos, mulher de Joseph da Costa, 40


anos, negociante da Bahia, Brasil, condenada a cárcere e
hábito perpétuo em 25/07/1728 e como judia relapsa
degredada para Cabo verde em 18/06/1741. Seu marido
condenado a cárcere e hábito perpétuo em 16/10/1729.

MORENO, Franco Diogo, 38 anos, militar de Pernambuco,


Brasil, condenado em 16/06/1720. seu filho Joseph Moreno
franco, 19 anos, tratante, condenado em 25/07/1728.

NEVES, Rangel Rosa, 35 anos, filha de Francisco Nunes da


Costa, meirinho do Rio de Janeiro, Brasil, condenada a cárcere
e hábito perpétuo em 6/05/1725. Sua irmã Ignácia Rangel, 24
anos, recebeu a mesma pena em 10/10/1723.

NOGUEIRA, Brittes, 37 anos, filha de Diogo Rodrigues


Nogueira, tratante, condenada a cárcere e hábito perpétuo
sem remissão e degredo para o Brasil
NORONHA, André de, ferreiro, sua mulher Ignes Rodrigues,
45 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e degredo em 1/12/1652.
Neste dia, suas filhas Antônia de Noronha, 17 anos, e Maria de
Noronha, 17 anos, são condenadas a cárcere e hábito
perpétuo.

NOVAES, Francisco de, tratante, sua mulher Leonor Nunes,


43 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão e degredo para o Brasil em 30/06/1709.

NUNES, Vizeu, João, 17 anos, filho de Manoel Nunes Idanha,


médico, do Rio de Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e
hábito perpétuo em 26/07/1711, com sua mãe Elena Nunes,
41 anos, viúva.

OLIVEIRA, João de, tratante de gado, sua mulher Brittes


Peres Pantoja, 36 anos, condenada a cárcere e hábito
perpétuo sem remissão e degredo para o Brasil em
17/10/1660.

PACHECO, de Azevedo, Joseph, 63 anos, senhor de


engenho, do Rio de Janeiro, Brasil, condenado em 24/10/1729.

PAES Barreto, Francisco, 53 anos, do Rio de Janeiro, Brasil,


condenado em 14/10/1714.

PAIVA, Leonardo José de, 27 anos, mercador, condenado a


cárcere e hábito perpétuo em 16/10/1746.

PAREDES, Rodrigo Mendes, 34 anos, plantador de cana, do


Rio de Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo
em 9/07/1713, com sua mulher Izabel Maria de Azevedo, 35
anos.

PASSOS, Manoel de, mercador, do Rio de Janeiro, Brasil, sua


viúva Maria Pereira, 31 anos, condenada a cárcere e hábito
perpétuo em 9/07/1713. Sua filha Branca Pereira, 22 anos,
condenada a cárcere e hábito perpétuo em 16/02/1716.
PAZ, Catherina Mendes da, 29 anos, mulher de Francisco
Antonio Henriques, 60 anos, mercador, do Rio de Janeiro,
Brasil, ambos condenados a cárcere e hábito perpétuo em
30/06/1709.

PEREIRA, João, filho de Pedro Affonso, torturado e morto nos


cárceres da inquisição, 15/12/1647. Sua irmã Ignez Romão
condenada a cárcere e hábito perpétuo em 25/06/1645.

PERES Caldeira, João, 60 anos, sacerdote e advogado, do


Rio de Janeiro, Brasil, torturado e morto nos cárceres da
inquisição, 14/10/1714.

PESSOA DA Cunha, Manoel, 20 anos, filho de Pedro Pessoa


da Cunha, mercador, condenado em 6/07/1732. Neste dia sua
mãe Maria Henriques Pereira, 33 anos, é condenada a cárcere
e hábito perpétuo como judia relapsa. Primeira condenação
em 1726.

PESTANA Alvares, Martinho, filho de Francisco Pestana


Alvares, contratador, torturado e morto nos cárceres da
inquisição e queimado em estátua com seus ossos em
8/08/1683, como judeu convicto e pertinaz.

PIMENTEL, Jeronimo, 34 anos, médico, seria queimado em


6/05/1725, porém confessou no Auto e sua pena foi comutada
para cárcere e hábito perpétuo sem remissão com insígnias
de fogo e galés em 13/10/1726.

PINHEIRO, Maria, 38 anos, queimada viva como judia


convicta, pertinaz e impenitente em 12/09/1706. Seu marido
Fernando Dias Fernandes, 49 anos, e seus filhos Diogo Dias
Fernandes, 21 anos, e Antônio Lopes Dias, 19 anos,
condenados a cárcere e hábito perpétuo neste dia.

PINTO, Joanna, 52 anos, viúva de Diogo Castanho de


Gusmão, que vivia por sua fazenda, queimada viva como judia
convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente em
17/10/1660.
PIRES, Solis Duarte, seu filho Henrique Solis, sacerdote,
fugiu para Asmsterdam, casou-se e foi queimado em estátua
como judeu convicto, revel e pertinaz em 11/03/1640.

PORTO, Clara, 48 anos, mulher de Simão Rodrigues Netto,


condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e
degredo para o Brasil em 17/08/1664.

PRETO, Lourenço Alves, rendeiro, sua mulher Thereza da


Silva, 46 anos, queimada viva como judia convicta e pertinaz
em 25/07/1728.

PROENÇA, Capitão Rodrigo de, sua mulher Ursula Nunes, e


seu cunhado Simão Fernandes, sacerdote, condenados a
açoites e degredo para o Brasil em 10/07/1644.

QUARESMA, André, inquiridor do juízo da Índia, torturado e


morto nos cárceres da inquisição e queimado em estátua com
seus ossos como judeu convicto e impenitente em 3/08/1636.

QUENTAL, Fernão Alvares do, sua viúva Genebra Nunes e


suas filhas Mécia do Quental e Branca Nunes, todas
condenadas a cárcere e hábito perpétuo em 10/07/1644.
Mécia recebe a mesma pena sem remissão com insígnias de
fogo e degredo para o Brasil.

RAMALHO, Antônio, serralheiro, sua viúva Maria Alves, 58


anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e
degredo para o Brasil em 17/08/1664.

RAMIRES, André, sapateiro, queimado vivo como judeu


convicto, ficto, falso, simulado, confitente e impenitente em
10/07/1644.

RANGEL, Ignácia, 24 anos, filha de Francisco Nunes da


Costa, meirinho, do Rio de Janeiro, Brasil, condenada a
cárcere e hábito perpétuo em 15/10/1723. Sua irmã Rosa das
Neves Rangel, 35 anos, recebe a mesma sentença em
6/05/1725.
REGO, Joanna do, 30 anos, mulher de José Pereira, lavrador
da Paraíba, Brasil, condenada a cárcere e hábito em
24/07/1735.

RIBEIRO, Affonso, 28 anos, mercador, condenado a cárcere


e hábito perpétuo sem remissão com insígnias de fogo com
degredo para o Brasil em 4/04/1666 como judeu relapso.
Primeiras condenações em 1654 e 1656. Sua mulher Juliana
Correa, 24 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e degredo para o Brasil em
15/12/1658.

RODRIGUES, Simão, negociante, seu filho Duarte Dias


Ruivo, 27 anos, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão e degredo para o Brasil em 17/10/1660.

RODRIGUES da Costa, Diogo, 61 anos, mercador,


condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão com
insígnias de fogo e degredo para o Brasil como judeu relapso
em 17/09/1662. Primeira condenação em 1666. Seu filho
Simão Rodrigues Ayres, queimado em estátua como judeu
convicto e pertinaz em 11/03/1668.

ROSA, Luiza Maria, 33 anos, mulher de João Gomes de


Carvalho, 28 anos, tratante, condenada a cárcere e hábito
perpétuo em 25/07/1728. Seu marido recebeu a mesma pena
em 13/10/1726.

SÁ e Mesquita, Francisco de, 43 anos, médico, queimado


vivo como judeu convicto, ficto, falso, simulado, confitente,
relapso e impenitente em 10/10/1723. Primeira condenação
em 1704.

SÁ de Almeida, Antônio, 33 anos, mineiro do Rio de Janeiro,


Brasil, filho de Manoel Rodrigues de Leão, mercador,
condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão em
18/10/1739. Seu irmão, João Henriques de Almeida, 41 anos,
tendeiro, condenado em 24/09/1752.
SANCHES, Antônio de Almeida, filho de Diogo Dias,
alfaiate, ambos torturados e mortos nos cárceres da
inquisição e queimados em estátua com seus ossos como
judeu convicto e pertinazes em 14/03/1627.

SANTOS, João dos, 21 anos, mineiro, filho de João Alves


Vianna, barqueiro do Rio de Janeiro, Brasil, condenado a
cárcere e hábito em 16/06/1720. Sua mãe, Maria de Jesus, 35
anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo com sua irmã
Catherina Marques, 19 anos, em 24/10/1717. Seus irmãos
Francisco Xavier, 20 anos, militar e Leonor de Jesus, 21 anos,
condenados a cárcere e hábito perpétuo em 10/10/1723. Seu
irmão Ignácio Francisco, 24 anos, militar, condenado cárcere e
hábito perpétuo em 6/05/1725. Sua irmã, Ignes do Rosário, 24
anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo em 25/07/1728.

SEIXAS, Diogo de Ávila, mercador, torturado e morto nos


cárceres da inquisição e queimado em estátua com seus
ossos como judeu convicto e impenitente em 17/06/1731. Sua
mulher Anna Feijó Flores, 33 anos, condenado a cárcere e
hábito perpétuo em 6/11/1707.

SEQUEIRA, Francisco de, 56 anos, mercador, queimado


como judeu convicto, relapso e pertinaz em 29/10/1656,
primeira condenação em 1652. Sua mulher, Brittes da Pax, 42
anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão
com insígnias de fogo e degredo para o Brasil em 29/10/1656.

SEQUEIRA, Domingos José de (ou Domingos Monteiro),


24 anos, barbeiro, filho de Joseph Cardozo, carpinteiro,
queimado vivo como judeu convicto, ficto, falso, simulado,
confitente e impenitente em 1/09/1737. Sua mãe, Maria de
Siqueira, 42 anos, viúva, condenada a cárcere e hábito
perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 6/07/1732.

SERRA, Luiz, queimado vivo como judeu convicto, relapso e


profitente em 6/04/1642.

SERRA, Antônio, que vive de sua fazenda, condenado a


cárcere e hábito em 10/07/1644.
SERRA, Manoel Rodrigues, 58 anos, advogado, condenado
a cárcere e hábito em 21/10/1723.

SERRANO, João Mendes, tratante, sua mulher Anna


Henriques, 41 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo
sem remissão e degredo para o Brasil em 14/03/1688.

SILVA, Duarte da, 56 anos, contratador, condenado a


cárcere e hábito e degredo para o Brasil em 1/12/1652. Seus
filhos Francisco Dias da Silva, 20 anos, e Catharina da Silva,
21 anos, 21 anos, condenados neste dia, a cárcere e hábito.

SILVA, Rafael Mendes da, 30 anos, advogado, condenado a


cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para o
Brasil em 31/03/1669.

SILVA, Nuno da, 28 anos, militar, condenado a cárcere e


hábito perpétuo e degredo para o Brasil em 10/12/1673.
Neste dia, seu pai Nuno Britto Alam, 56 anos, que vive de sua
fazenda, condenado a cárcere e hábito perpétuo. Neste dia,
suas irmãs, Catharina da Silva, 29 anos, Marianna da Silva, 18
anos e Joanna da Silva, 20 anos, são condenados a cárcere e
hábito perpétuo.

SILVA, Antônio José da Silva, 34 anos, advogado, escritor e


teatrólogo, do Rio de Janeiro, Brasil, queimado como judeu
convicto e relapso em 18/10/1739. Primeira condenação em
1726. Sua mulher Leonor Maria de Carvalho, 27 anos,
condenada a cárcere e hábito como judia relapsa em
18/10/1739. Primeira condenação em 1726. Antônio José da
Silva foi estrangulado (garroteado) e queimado vendo sua
mãe Lourença Coutinho, sua mulher Leonor Maria de
Carvalho, sua tia Izabel Cardozo e seu irmão André Mendes da
Silva, todos abjurando no patíbulo da inquisição para salvar
suas vidas e receber penas mais leves que a sua.

Antônio José da Silva é da quarta geração de uma família que encheu cárceres da
inquisição e fogueiras a com mais de cem parentes. Seu bisavô, Miguel Cardozo foi
condenado em 14/04/1666. Sua tia-avó Ana da Costa, judia relapsa, foi condenada 1682 e
em 26/11/1684. sua avó, Brittes Cardozo foi condenada pela inquisição de Coimbra.
A família Silva perdeu inúmeros filhos entre sofrimentos e
chamas, durante a perseguição da inquisição portuguesa
(segue uma lista de familiares seus que também foram de
alguma forma discriminados, encarcerados, assassinados,
degredados pela inquisição).

SILVEIRA, Branca Henriques da, 51 anos, condenada a


cárcere e hábito perpétuo em 26/07/1711 com seu marido
Francisco de Campos Sylva, 46 anos, plantador de cana do Rio
de Janeiro, Brasil.

SOARES, André, 53 anos, médico, condenado a cárcere e


hábito perpétuo sem remissão e degredo para o Brasil em
15/12/1658, como judeu relapso.

SOUZA, Izabel de, mulher de Gaspar de Souza, condenada a


cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para o
Brasil em 14/03/1627.

TAVARES Roldão, Manoel, do Rio de Janeiro, Brasil, sua


viúva Guiomar de Paredes, 52 anos, condenado a cárcere e
hábito perpétuo em 9/07/1713.

TAVARES, Caetano, que vive de sua fazenda, sua mulher


Maria de Souza, 39 anos, condenada a cárcere e hábito
perpétuo sem remissão e degredo para a Ilha de São Thomé
em 17/06/1731.

TAVARES, Maria Pacheco, 48 anos, filha de José Borges


Tavares, sapateiro, condenado a cárcere e hábito em
1/09/1737. Neste dia, sua irmã Antônia Maria Tavares, 45
anos, é condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão
e degredo para Angola.

TELLES, Francisca, 45 anos, mulher de Pedro Lobo Correa,


escrivão, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e degredo para o Brasil em
21/11/1684.
TORRES, Antônio, 20 anos, militar, filho de Cláudio Teixeira
Torres, militar, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão e degredo para o Brasil em 4/04/1666.

TOURINHO, Francisco, barbeiro, do Rio de Janeiro, Brasil,


sua mulher Joanna Barretta, 27 anos, condenada a cárcere e
hábito em 16/06/1720.

TRINDADE, Manoel Rodrigues da, 29 anos, moço de servir,


condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão com
insígnias de fogo e galés em 20/09/1733, com seu irmão
Caetano Rodrigues, 22 anos, moço de servir (judeu relapso já
condenado em 1730). Seu pai Manoel Rodrigues Duarte, 50
anos, trabalhador, queimado vivo como judeu convicto, ficto,
falso, simulado, confitente e impenitente em 6/07/1732. Sua
irmã Maria Rodrigues, 23 anos, torturada e morta nos
cárceres da inquisição em 6/07/1732.

UCHÔA de Gusmão, Felicitas, 48 anos, mulher de Luiz da


Fonseca Rego, que vive de suas lavouras na Paraíba, Brasil,
condenado a cárcere e hábito perpétuo em 6/07/1732.

VALLE, João Rodrigues do, 59 anos, senhor de engenho do


Rio de Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo
em 26/07/1711, com sua mulher Leonor Guterres, 42 anos e
seus filhos Manoel do Valle Guterres, 21 anos e Elena do Valle,
14 anos.

VALLE, Diogo Correa do, 59 anos, médico, de Villa Rica,


Brasil, queimado em 6/07/1732, como judeu convicto e
pertinaz. Seu filho Miguel Correa, 28 anos, lavrador, também
queimado como judeu convicto e pertinaz neste dia.

VALENÇA Caminha, Luiz de, plantador de cana, da Paraíba,


Brasil, torturado e morto nos cárceres da inquisição,
20/09/1761. Sua mulher, Felipa da Fonseca, 60 anos,
condenada a cárcere e hábito perpétuo em 17/06/1731, com
seu filho Estevão de Valença Caminha, 28 anos, comerciante.
Seu filho José da Fonseca Caminha, 30 anos, mineiro, da
Bahia, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em
24/07/1735.

VARGAS, Gonçalo. lavrador, sua filha Anna Vaz, 41 anos,


condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão, açoites
e degredo para o Brasil em 8/08/1683, como judia relapsa.
Primeira condenação em 1670.

VAZ Loução, João, mercador, sua viuva Anna Rodrigues, 67


anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão
com insígnias de fogo e degredo para o Brasil em 15/12/1658.

VAZ, Diogo, militar, de Sergipe, Brasil, condenado a cárcere


e hábito em 31/03/1669.

VEYGA, João Lopes da. 30 anos, advogado, do Rio de


Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito em 9/07/1713.

VEYGA, Francisco Mendes, mercador, do Rio de Janeiro,


Brasil, sua filha Pascoa Mendes, 28 anos, condenada a cárcere
e hábito perpétuo em 9/07/1713.

VIEYRA, Catherina, filha de Luiz Fernandes, confeteiro e


curtidor, e Luiza Fernandes, queimada como judia convicta e
impenitente em 20/05/1635, com sua mãe. Seu irmão Fernão
Lopes condenado a mordaça, açoites e galés em 2/04/1624.

VILLA-LOBOS, Estevão de, 19 anos, filho de Manoel Serrão


Gramacho, 42 anos, mercador, condenado a cárcere e hábito
em 26/11/1684. Seu pai condenado a cárcere e hábito
perpétuo em 6/08/1683 com sua irmã Leonor de Santo
Antônio, 31 anos.

VILLANOVA, Leonor de Febos, 33 anos, filha de Salvador


Villanova, militar, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão com insígnias de fogo e degredo para o Brasil em
17/08/1664.

VIZEU, Manoel Nunes, 65 anos, lavrador de cana do Rio de


Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em
26/07/1711, com sua mulher Catherina Rodrigues de 92 anos.
XAVIER, Francisca, 35 anos, freira, torturada e morta nos
cárceres da inquisição, 26/11/1684.

XAVIER de Oliveira, Francisco, militar, filho de José de


Oliveira e Souza, contador, fugiu para Londres e foi queimado
em estátua como judeu convicto e revel em 20/09/1761.

XIMENES, José Correa, 41 anos, senhor de engenho do Rio


de Janeiro, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em
10/09/1713, com sua mulher Guiomar de Azevedo, 27 anos.

ZURIAGA, Pedro de, 47 anos, judeu nascido em Têtuan,


Marrocos, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem
remissão em 10/12/1673, como judeu relapso. Condenado
anteriormente pela inquisição de Granada.

DOCUMENTÁRIO APRESENTA A SAGA DOS CRISTÃOS-NOVOS E

SUA PARTICIPAÇÃO NA HISTÓRIA DO BRASIL

O documentário relembra o sofrimento dos cristãos-novos (indivíduos e famílias judias e


muçulmanas convertidos à força ao cristianismo) que foram perseguidos pela Inquisição na
Espanha, Portugal, Brasil, México, Peru e outros países. O resultado foi a interiorização de
muitas famílias cristãs-novas, sendo encontrados descendentes dos mesmos no interior de
Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e outros estados.

Dirigido pelo cineasta Sérgio Lerrer e co-dirigido por Alberto Kremnitzer, o filme tem
como objetivos ampliar o conhecimento e permitir o acesso a informações que levem a
população brasileira a refletir sobre suas origens. Além disso, visa tornar públicos eventos
históricos marcantes na evolução de nossa história praticamente ignorados pelo currículo de
nossas escolas e pelos livros de escolares.

Para tanto, serão apresentados depoimentos de professores do Laboratório de Estudo da


Intolerância da USP, de outras universidades do país, de descendentes de cristãos-novos,
colhidos em diversas partes do Brasil, de membros de várias denominações religiosas e
imagens que serão realizadas na Espanha e Portugal.

Complementarmente, o documentário estará trazendo ao grande público estudos realizados


por vários pesquisadores sobre o tema (que, a partir da abertura dos arquivos dos processos
inquisitórios guardados na Torre do Tombo em Portugal, vêm se dedicando intensamente
para trazer à luz dados e episódios históricos do Brasil. Entre estas novas descobertas,
destacam-se as informações da origem judaica de inúmeras famílias tradicionais, membros
do clero, dos Bandeirantes e sua motivação no conflito com as expedições jesuíticas.

"As maiores autoridades sobre história e intolerância que atuam no Brasil estarão
contribuindo para um painel audiovisual rico e diversificado, entre outros, as historiadoras
Anita Novinsky, Rachel Mizrahi, Benair Ribeiro, Lina Gorenstein, Yara Monteiro e o
filósofo Renato Mezan, além do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns", afirma o diretor
Lerrer.

"O que podemos adiantar é que o documentário irá trazer uma visão do país ainda muito
pouco exposta e descrita em nossos livros de história, o que nos remeterá a muitos
sobrenomes brasileiríssimos de hipotética descendência judaica", acrescenta.

O documentário destacará inclusive que o número de descendentes de cristãos-novos


(judeus convertidos à força em Portugal) no Brasil pode ser muito maior do que o estimado.
"Só no Rio de Janeiro do século XVIII, cerca de 25% da população branca e livre era
formada por famílias cristãs-novas" , ressalta Alberto Kremnitzer.

Naquela época, não foram poucas famílias cristãs-novas que tiveram de se esconder para
fugir da perseguição Inquisitorial, pois a simples denúncia levava quase sempre à
espoliação patrimonial, anos de masmorra, tortura, envio às galés ou então queima na
fogueira por suspeita de atitudes e/ou costumes judaizantes.

O filme deve estar concluído até fevereiro de 2005. Filmado em formato vídeo digital, o
documentário será convertido também para película, para ser lançado nos cinemas e
exibido em festivais de cinema. Posteriormente, a proposta é lançar o longa em vídeo e
DVD. O documentário é realizado no momento sem leis de incentivo, com o apoio de
empresas com interesse em expandir o conhecimento de nossa história.

O diretor – Sérgio Lerrer, cineasta, é um dos sócios da produtora Dezoito Cinema e


Televisão, no mercado há quatro anos e responsável, entre outros, pelo programa "Grandes
Nomes da Propaganda", veiculado no canal MGM e pela coordenação da TV EINSTEIN,
canal interno do Hospital Israelita Albert Einstein.

Atuando no mercado de cinema e curta metragens desde a década de 70, o cineasta já


produziu 6 longas e 15 curtas, conquistando diversos prêmios no Brasil, Argentina e
Uruguai. Seu mais recente longa metragem foi o filme "De Cara Limpa", estrelado por
Bárbara Paz e Marcos Mion. Esta produção foi exibida nos cinemas, lançado no mercado
de vídeo pela Paris Filmes e depois teve os direitos de exibição para TV comprados pelo
SBT.

Alberto Kremnitzer é tradutor, genealogista, pesquisador e produtor cultural, com interesse


particular pelo estudo da História e movimentos migratórios.
Dezoito Cinema e Televisão fica na Av. Rubem Berta, 1.220. Tel.: (11) 5572-2000.

Alberto Kremnitzer, Telefax: (11) 3081 5043

E-mail: documentario_ cristaos_ novos@yahoo. com.br

Projeto de Alberto Kremnitzer - Genealogista, Produtor Cultural e Tradutor.

Você também pode gostar