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CRÉDITOS DO PIS E COFINS©

Autor: Paulo Henrique Teixeira

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CRÉDITOS DO PIS E COFINS ©


Autor: Paulo Henrique Teixeira

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SUMÁRIO

1. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE (NEUTRALIDADE TRIBUTÁRIA) DE PIS E


COFINS
1.1 Não-Cumulatividade do PIS e da COFINS
1.2Métodos de Não-Cumulatividade ou Neutralidade
1.2.1 Método Direto Subtrativo
1.2.2 Método Direto Aditivo
1.2.3 Método Indireto Aditivo
1.2.4 Método Indireto Subtrativo
1.2.5 Método de Crédito do Tributo
1.3 Neutralidade da Contribuição para o PIS e da COFINS
1.3.1Neutralidade Tributária
1.3.2 Diferença entre Não-Cumulatividade “Imposto Contra Imposto” e “Base Contra
Base”
1.3.3 Imposto contra Imposto (Caso do IPI e ICMS)
1.3.4 Base contra Base (Caso do PIS e COFINS)
1.4 Não-Cumulatividade das Leis nºs 10.637 e 10.833
1.5 Não-Cumulatividade de Acordo com a Legislação
1.5.1 Constituição Federal
1.5.2 Código Tributário Nacional – Lei Complementar Lei Nº 5.172/1966
1.5.3 Lei 5.402/1964 (Lei Ordinária de Criação do IPI)
1.5.4 Lei 10.833/2003 e 10.637/2002

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1.5.5 Avaliação do Custo de Produção de Bens ou Serviços – Insumos – Decreto-Lei


1.598/77, conforme Art. 290 do Rir/99 e Normas de Contabilidade
1.5.6 Ausência de Determinação Legal e Lei não pode Alterar Definição de Conceitos –
Art. 108 e 110 CTN
1.5.7 Princípio da Legalidade, Art. 5º, Inc. II, Da Constituição Federal
1.5.8 Hierarquia das Normas
1.5.9 Instrução Normativa está em Hierarquia Inferior à Lei e não tem força legal de
estabelecer posição contrária ou inovar conceito não existente em Lei
1.5.10 Art. 8º - In 404/2004 –Traz definição para Insumos que não consta na Lei
1.6 Definição de Fornecedor e Consumidor

2. PIS E COFINS - NORMAS GERAIS


2.1 Introdução - COFINS
2.2 Introdução - PIS
2.3 Créditos Admissíveis Não-Cumulatividade
2.3.1 Custos de Fabricação do Imobilizado
2.3.2 Cálculo do Crédito
2.3.3 Cálculo da Depreciação
2.3.4 Direito do Crédito Exclusivo a Bens e Serviços Nacionais e Adquiridos no Exterior, a
partir de 01.05.2004
2.4 Vedações ao Crédito
2.4.1 Mão de Obra e Produtos ou Serviços
2.4.2 Depreciação e Amortização
2.4.3 Aluguel
2.4.4 Pagamentos a Concessionárias
2.4.5 Desperdícios, Resíduos ou Aparas
2.5 Créditos Oriundos de Pessoa Jurídica Optante pelo Simples Nacional
2.6 Estorno de Crédito
2.7 IPI e ICMS na aquisição de Bens e Serviços
2.8 Versão de Bens e Direitos em Decorrência de Fusão, Incorporação e Cisão
2.9 Receitas que não Integrarão a Base de Cálculo
2.10 Alíquota Zero – Receitas Financeiras – a Partir de 02.08.2004 – Regime não Cumulativo
do PIS e COFINS
2.11 Não Incidência
2.12 Aproveitamento do Crédito na Exportação ou Ressarcimento do mesmo
2.13 Não Aplicação da Nova Legislação Relativa à Não Cumulatividade PIS e COFINS
2.14 Substituição Tributária ou Alíquota Concentrada
2.15 Alíquota Zero de PIS e COFINS
2.16 Suspensão de PIS e COFINS
2.17 Desconto Relativo aos Estoques
2.18 Atividades Imobiliárias
2.19 Proporcionalização de Custos e Despesas
2.20 Crédito Fabricante / Revendedor
2.21 Contratos com Prazo de Execução Superior a Um Ano
2.22 Operações de Hedge

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2.23 Crédito - Não Inclusão na Base de Cálculo da COFINS e do PIS


2.24 Crédito nas Aquisições de Empresa Situada na Zona Franca de Manaus
2.25 Aquisição de Papel Imune

3. CRÉDITOS DE PIS E COFINS ADMITIDOS NA INDÚSTRIA

3.1 Indústria – Fornecedora de Bens e Consumidora Final


3.1.1 Bens e Serviços Integrantes da Cadeia Produtiva Industrial - Fornecedor
3.1.2 Bens e Serviços Aplicados nos Setores Contábil, Administrativo e Recursos
Humanos – Destinatário Final (Consumidor)
3.13 Conclusão
3.2 Insumos Aplicados na Fabricação de Produtos Destinados à Venda
3.2.1 Créditos Admissíveis
3.3 Depreciação
3.3.1 Depreciação de Máquinas e Equipamentos
3.3.2 Depreciação de Edificações e Benfeitorias
3.3.3 Cálculo da Depreciação
3.3.4 Vedação da Depreciação e Amortização de Bens Adquiridos até 30.04.2004
3.4 Depreciação Ativo Imobilizado - Critérios Opcionais -
3.4.1 Em 12 parcelas - Aquisição de Máquinas e Equipamentos a partir de 01.05.2008
3.4.2 Em 24 parcelas Edificações Novas – a partir De 22.01.2007
3.4.3 Aproveitamento do Crédito Integral na Aquisição de Bens de Capital Destinados à
Produção – a partir de 23.10.2007
3.5 Relação Bens de Capital Destinados à Produção que podem ser utilizados de Imediato
3.6 Depreciação Ativo Imobilizado- Critérios Opcionais – 48 Parcelas
3.7 Vasilhames
3.8 Crédito Presumido – Aquisições de Produtos de Origem Animal ou Vegetal de Pessoas
Físicas/Jurídicas Utilizados na Industrialização Destinada à Alimentação Humana ou Animal
3.8.1 Crédito Presumido de Produtos Adquiridos de Pessoa Física
3.8.2 Crédito Presumido de Produtos Adquiridos de Pessoa Jurídica
3.8.3 Restrição
3.8.4 Montante do Crédito
3.9 Créditos Admitidos na Área Administrativa da Indústria
3.10 Créditos Admitidos com Relação aos Produtos Vendidos com Alíquota Zero, Suspensão,
Isenção, não Incidência
3.11 Créditos à Alíquota 1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à Alíquota Zero
3.12 Crédito – Compra de Optante pelo Simples Federal

4. CRÉDITOS PIS E COFINS ADMITIDOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


4.1 Prestação de Serviços – Fornecedora de Serviços e Consumidora Final
4.1.1 Bens e serviços integrantes da cadeia produtiva de serviços - Fornecedor
4.1.2 Bens e Serviços Aplicados nos Setores Contábil, Administrativo e Recursos
Humanos – Destinatário Final (Consumidor)
4.1.3 Conclusão
4.2 Insumos Aplicados na Prestação de Serviços Destinados à Venda

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4.2.1 Créditos Admissíveis


4.3 Depreciação
4.3.1 Depreciação de Máquinas e Equipamentos
4.3.2 Depreciação de Edificações e Benfeitorias
4.3.3. Cálculo da Depreciação
4.3.4 Vedação da Depreciação e Amortização de Bens Adquiridos até 30.04.2004

4.4 Depreciação Ativo Imobilizado- Critérios Opcionais -


4.4.1 Em 12 parcelas - Aquisição de Máquinas e Equipamentos a partir de 01.05.2008
4.4. 2 Em 24 parcelas Edificações Novas – a partir de 22.01.2007
4.5 Depreciação Ativo Imobilizado- Critérios Opcionais – 48 parcelas
4.6 Área Comercial e Administrativa da Prestação de Serviços
4.7 Crédito Presumido Serviço de Transporte Rodoviário Subcontratado de Pessoa Física
4.8 Crédito – Compra de Optante pelo Simples Federal
4.9 Relação de Prestação de Serviços que não se aplica o Regime Não Cumulativo, mesmo
Optante pelo Lucro Real

5. CRÉDITOS DE PIS E COFINS ADMITIDOS NA REVENDA DE MERCADORIAS


5.1 Revenda de Mercadorias - Fornecedora de Bens e Consumidora Final
5.2 Créditos Admissíveis na compra de Mercadorias para Revenda
5.3 Créditos Admitidos Relativos aos Gastos de Comercialização
5.4 Créditos Admitidos Relativos à Logística
5.5 Créditos Admitidos Relativos às Despesas Financeiras
5.6 Manutenção Demais Créditos na Revenda de Produtos Monofásicos e Substituição
Tributária

6. CRÉDITO PIS E COFINS – IMPORTAÇÃO


6.1 Introdução
6.1.1 Incidência sobre Serviços
6.1.2 Produtos Estrangeiros
6.1.3 Não Incidência
6.1.4 Prazo de Recolhimento
6.2 Fato Gerador
6.2.1 Ocorrência do Fato Gerador
6.3 Contribuintes
6.3.1 Responsabilidade Solidária
6.4 Base de Cálculo
6.4.1Bens
6.4.2 Serviços
6.4.3 Fórmulas de Cálculo
6.4.4 CMS
6.5 Alíquotas
6.5.1 Alteração de Alíquotas
6.6 Alíquota Zero

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6.7 Isenção
6.8 Suspensão
6.81 Suspensão – Regimes Aduaneiros Especiais
6.8.2 Importação de Imobilizado
6.8.3 Suspensão - Importação por Empresa Localizada na ZFM
6.8.4 Empresas Localizadas na Zona Franca de Manaus
6.8.5 Conversão da Suspensão em Alíquota Zero
6.9 Crédito das Contribuições
6.9.1 Vigência
6.9.2 Determinação do Crédito
6.9.3 Bens do Imobilizado
6.9.4 Critério Opcional Na Aquisição de Bens do Imobilizado
6.9.5 Direitos Autorais
6.9.6 Créditos na Importação Isenta
6.9.7 Vedação do Crédito
6.9.8 Importadores
6.9.9 Base do Crédito

7. CRÉDITOS PIS E DO COFINS COOPERATIVAS PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA E


CONSUMO
7.1 Cooperativas de Produção Agropecuária e de Consumo - PIS e COFINS Não Cumulativos
7.2 Exclusões a serem ajustadas da Base de Cálculo da Cooperativa Agropecuária
7.3 Ajustes na Base de Cálculo das Cooperativas de Produção Agropecuária
7.4 Aproveitamento Crédito Presumido Relativo aos Insumos Adquiridos de Pessoa Física ou
Jurídica ou Recebidos de Cooperados, Pessoa Física ou Jurídica
7.5 Créditos Admissíveis de Bens e Serviços Adquiridos de não Cooperados e Utilizados na
Agroindústria
7.6 Créditos Admissíveis de Bens adquiridos para Revenda
7.7 Suspensão e Diferimento Produtos In Natura de Origem Vegetal – Cooperativa de
Produção Agropecuária
7.8 Créditos Admitidos em Cooperativas de Consumo
7.8.1 Exclusão da Base de Cálculo
7.8.2 Créditos Admissíveis de Bens Adquiridos para Revenda
7.9 Demais Cooperativas

8. CRÉDITO PRESUMIDO - PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL


8.1 Créditos a partir de 30.12.2004
8.2 Aquisições de Pessoas Jurídicas
8.3 Restrição
8.4 Montante do Crédito
8.5 Vedação
8.6 Créditos a partir de 26.07.2004 – Mercadorias de Origem Vegetal - Código 22.04, da
NCM
8.7 Montante do Crédito
8.8 Créditos no Período de 01.08.2004 a 29.12.2004

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8.9 Contabilização do Crédito Presumido – Compras de Pessoas Físicas

8A- SUSPENSÃO PIS E COFINS PARA FRIGORÍFICOS QUE ABATEM BOVINOS


8A.1 - Suspensão Pis e Cofins para Frigoríficos que Abatem Bovinos
8A.2 - Crédito Presumido – 50% na Exportação por Frigoríficos
8A.3- Crédito Presumido - Empresas que Adquirem para Industrialização ou Revenda de
Produtos Bovinos
8A.4 Registro Segregado Dos Créditos Presumidos

8B- SUSPENSÃO CRÉDITO PIS E COFINS NA VENDA DE PRODUTOS DERIVADOS DE


AVES E SUÍNOS, BEM COMO RAÇÕES-PREPARAÇÕES PRODUZIDAS PARA ESSES
ANIMAIS

8-B.1 SUSPENSÃO PIS e COFINS NA VENDA DE INSUMOS DE ORIGEM


VEGETAL PARA PESSOAS JURÍDICAS E FÍSICAS QUE PRODUZAM
MERCADORIAS RELATIVAS A AVES E SUÍNOS E RAÇÕES DESTINADAS A
AVES E SUÍNOS

8B.2 - SUSPENSÃO PIS E COFINS NA VENDA DE RAÇÕES DESTINADAS A


SUÍNOS E AVES

8B.3 - SUSPENSÃO PIS E COFINS NA VENDA DE AVES E SUÍNOS VIVOS

8B.4 - SUSPENSÃO PIS E COFINS INDÚSTRIA E COMÉRCIO ATACADISTA NA


VENDA DE PRODUTOS DE AVES E SUÍNOS

8B.5 - NÃO SE APLICA A SUSPENSÃO PIS E COFINS NAS VENDAS DE AVES E


SUÍNOS A VAREJO

8B.6 - CRÉDITO PRESUMIDO EXPORTAÇÕES AVES E SUÍNOS

8B.7 - CRÉDITO PRESUMIDO INDÚSTRIA OU VENDA A VAREJO DE AVES E


SUÍNOS

8B.8 - PESSOAS JURÍDICAS QUE FABRICAM RAÇÃO DE AVES E SUINOS E


QUE INDUSTRIALIZAM PRODUTOS RELATIVOS A AVES E SUÍNOS NÃO TÊM
DIREITO AO CRÉDITO PRESUMIDO

9. CRÉDITO DE PIS E COFINS – ATIVIDADES INCENTIVADAS


9.1 PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de
Semicondutores
9.1.1 Benefícios – Reduz a Zero as Alíquotas do PIS e da COFINS Incidentes nas Compras
de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos

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9.1.2 Créditos de PIS e COFINS na Aquisição de Imobilizado Destinado ao


Desenvolvimento Tecnológico ainda que Adquiridos à Alíquota Zero
9.2 PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de
Equipamentos para a TV Digital
9.2.1 Benefícios
9.2.2 Créditos de PIS e COFINS na Aquisição de Imobilizado Destinado ao
Desenvolvimento Tecnológico ainda que Adquiridos à Alíquota Zero
9.3 RECAP - Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras
93.1 Regras Gerais
9.3.2 Não Aplicação
9.3.3 Suspensão do PIS e COFINS nas Aquisições do Imobilizado
9.3.4 Lista de Bens Sujeitos à Suspensão
9.3.5 Apuração do Percentual de Exportação
9.3.6 Caso de Venda do Bem Adquirido pelo Regime RECAP
9.3.7 Alíquota Zero
9.3.8 Condições para a Habilitação
9.3.9 Cancelamento da Habilitação
9.3.10 Aquisições RECAP não geram Direito ao Desconto do Crédito
Bases Legais
9.4 REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura
9.4.1 Suspensão do PIS e COFINS - Mercado Interno
9.4.2 Suspensão do PIS e COFINS - Importação
9.4.3 Conversão em Alíquota Zero
9.4.4 Período de Utilização
9.4.5 Manutenção dos Créditos do PIS e COFINS
9.4.6 Vedação dos Créditos do PIS e COFINS para o Adquirente
9.4.7 Recolhimento Posterior
9.4.8 Habilitação
9.4.9 Redação
9.5 REPES - Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços
de Tecnologia da Informação
9.5.1 Suspensão do PIS e COFINS na Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado
9.5.2 Suspensão do PIS e COFINS na Aquisição de Serviços Destinados ao REPES
9.5.3 Beneficiários
9.5.4 Habilitação ao REPES
9.5.5 Controle
9.5.6 Descrição das notas fiscais
9.5.7 Conversão em Alíquota Zero
9.5.8 Cancelamento da Adesão
9.5.9 Transferência da Propriedade
9.5.10 Direito ao Desconto de Créditos Vedação para o Adquirente

10. SITUAÇÕES ESPECIAIS


10.1 Pessoas Jurídicas Estabelecidas na Zona Franca de Manaus
10.1.1 Pis e Confins Incidentes Sobre a Venda

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10.1.2 Créditos Pis e Cofins Incidentes Sobre as Aquisições/compras

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

SOBRE O AUTOR E A OBRA

Paulo Henrique Teixeira é Contador e mora em Curitiba - PR. Auditor e Consultor Tributário de
várias empresas no Estado do Paraná e Santa Catarina, autor de várias obras, entre as quais:
Auditoria Tributária, Defesa do Contribuinte, Auditoria Contábil, Auditoria Gerencial,
Controladoria Empresarial, Contabilidade Introdutória, Auditoria Trabalhista, Contabilidade
Tributária e Gestão Tributária (as duas últimas, em co-autoria com Júlio César Zanluca).

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direitos autorais. Permitida a reprodução de apenas 1 (uma) cópia para uso exclusivo e pessoal
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1. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE - NEUTRALIDADE TRIBUTÁRIA - DE


PIS E COFINS

1.1 NÃO-CUMULATIVIDADE DO PIS E DA COFINS

O Executivo que encaminhou o projeto de lei para aprovação pelo Legislativo adotou dentre as
sistemáticas de não-comutatividade (neutralidade tributária) desenvolvidas pela doutrina, para o
caso da Contribuição para o PIS e da COFINS, de forma expressa, conforme Exposição de
Motivos da Medida Provisória nº 135, o Método Subtrativo Indireto.

No Método Subtrativo Indireto, a não-comutatividade é obtida por meio da concessão de


crédito fiscal sobre as compras (custos e despesas) definidas em lei, na mesma proporção da
alíquota que registra as vendas (receitas).

Refere-se, assim, de uma sistemática diferente daquela adotada pela legislação do IPI e do
ICMS, para os quais se aplica o Método de Imposto contra Imposto, isto é, compensa-se o
montante devido na saída (vendas) com o valor efetivamente recolhido por ocasião da entrada
(compras).

Ives Gandra da Silva Martins, em sua obra intitulada Não-cumulatividade do PIS e da COFINS,
Quartier Latin, 2007, comenta “no caso do Método Subtrativo Indireto, adotado pela Lei nº
10.637, de 2003, e pela Lei nº 10.833, de 2004, com as alterações posteriores, para a concessão
do crédito fiscal não se exige qualquer vinculação com o montante recolhido na etapa anterior, a
ponto de ser indiferente se o fornecedor é optante pelo lucro presumido, pelo SIMPLES ou se
tem suas vendas isentas”.

Continua explanado o douto escritor: “a transformação da Contribuição para o PIS e da COFINS


em tributos não-cumulativos teve por finalidade (novamente, conferir a Exposição de Motivos da
Medida Provisória nº 66 e da Medida Provisória nº 135) a expansão da atividade comercial
brasileira, quer com relação ao mercado interno quer com relação às exportações. A concessão
de créditos fiscais, portanto, não objetiva garantir retorno do investimento empresarial, mas,
antes, garantir a competitividade para as empresas brasileiras, liberando recursos de tributos para
ser empregado como capital fixo ou capital de giro”.

1.2 MÉTODOS DE NÃO-CUMULATIVIDADE OU NEUTRALIDADE

Segundo Ives Gandra da Silva Martins, a doutrina internacional apresenta outras nomenclaturas
para os métodos de não-comutatividade (ou neutralidade). Porém cita as seguintes classificações
visto que o próprio Ministério da Fazenda a adota tais definições, a saber:

1.2.1 Método Direto Subtrativo

O primeiro deles é denominado de Método Direto Subtrativo, que consiste na aplicação da


alíquota do tributo (a) sobre a diferença entre as vendas (R) e as compras (C). Desse método
temos a seguinte fórmula de cálculo:
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T = a x (R - C)

Na legislação brasileira vislumbramos uma experiência de opção por esse método no citado caso
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, referente aos serviços de construção
civil, em que o artigo 9º, § 2º do Decreto-lei nº 406, de 1968, permitia deduzir do preço do
serviço, para efeito de apuração da base de cálculo, os valores correspondentes aos materiais
empregados e às subempreitadas.

1.2.2 Método Direto Aditivo

Semelhante a esse, temos o Método Direto Aditivo, pelo qual a alíquota do tributo é aplicada
sobre o valor efetivamente agregado pelo contribuinte, isto é, mão-de-obra (MO), outras
matérias-primas e insumos (MP), outras despesas (D) e a margem de lucro (L). Daí, o tributo
pode ser calculado da seguinte maneira:

T = a x (MO + MP + D + L)

1.2.3 Método Indireto Aditivo

Temos também o Método Indireto Aditivo, no qual o cálculo do tributo se faz por meio da
somatória da aplicação da alíquota a cada um dos elementos que compõem o valor agregado pelo
contribuinte:

T = (a x MO) + (a x MP) + (a x D) + (a x L)

Estes dois últimos métodos representam a aplicação clássica do imposto sobre o valor agregado -
IVA.

1.2.4 Método Indireto Subtrativo

Por outro lado, há ainda o Método Indireto Subtrativo, que determina o valor devido por meio da
diferença entre a alíquota aplicada sobre as vendas (R) e a alíquota aplicada sobre as compras
(C), isto é:

T = (a x R) - (a x C)

1.2.5 Método de Crédito do Tributo

Finalmente, dentre os principais, encontramos ainda o Método de Crédito do Tributo, que é o


mais conhecido na legislação brasileira, pois se trata da sistemática de não-cumulatividade
aplicada ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços - ICMS e o
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. Por esse método, o valor do tributo devido na
etapa anterior é registrado como crédito fiscal para ser utilizado na apuração do débito referente
à transação corrente.

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1.3 NEUTRALIDADE DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS E DA COFINS

Com a edição da Medida Provisória nº 66, convertida na Lei nº 10.637, de 2002, e da Medida
Provisória nº 135, convertida na Lei nº 10.833, de 2003, o Poder Executivo, cumprindo o
objetivo de reduzir a carga tributária sobre a produção, e, em decorrência, o chamado Custo
Brasil, extinguiu-se a comutatividade (efeito cascata) das contribuições sociais incidentes sobre o
faturamento, instituindo a neutralidade tributária para a Contribuição ao Programa de Integração
Social - PIS e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS.

1.3.1 Neutralidade Tributária

Ives Gandra da Silva Martins, esclarece que há muita discussão na doutrina acerca de se a não-
comutatividade é um princípio constitucional ou uma mera técnica de apuração de tributos.
Anteriormente a essa discussão, gostaríamos de trazer ao debate o conceito de neutralidade,
porque ainda que a não-cumulatividade, embora constitucionalizada, seja apenas uma técnica, a
Constituição Federal, mesmo de maneira implícita, certamente previu o princípio da
neutralidade da tributação.

Sobre a neutralidade, esclarece Fernando Zilveti em sua obra Variações sobre o princípio da
neutralidade no direito tributário internacional. In COSTA, Alcides Jorge e outros. Direito
Tributário Atual nº 19, São Paulo: Dialética, 2005, p.24-25 apud Ives Gandra da Silva Martins
(2007, p.27),:

Considera-se neutro o sistema tributário que não interferia na otimização da alocação


de meios de produção, que não provoque distorções e, assim, configura segurança
jurídica para o livre exercício da atividade empresarial. A idéia-força contida na
neutralidade propõe que se evite onerar a força econômica do contribuinte-empresa,
ao mesmo tempo em que se alcance a força econômica do consumidor .

Referindo-se apenas ao ICMS, arrazoa sobre a neutralidade, na doutrina nacional, o professor


Ricardo Lobo Torres apud Ives Gandra da Silva Martins (2007, p.29), para quem:

O princípio da neutralidade econômica do ICMS é importantíssimo. Significa, do ponto de vista


da organização empresarial, que não favorece a integração vertical, com criar mecanismos que
tornam desaconselháveis a união de empresas dedicadas a fases diferentes do processo de
circulação e produção. Significa, também, do ponto de vista do processo de circulação de
riqueza, que não destorce a formação dos preços, pois, independentemente do número de
operações, o imposto final será igual à multiplicação da alíquota pelo preço da última saída.

No mesmo pensamento, a não-comutatividade seria uma forma de operar a neutralidade, de


garantir um sistema tributário neutro, especialmente no que diz respeito aos tributos plurifásicos.
Essa relação é assim explicada nas palavras do mesmo Fernando Zilveti apud Ives Gandra da
Silva Martins (2007, p.29) como segue:

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Impõe-se, na medida do possível, a desoneração dos meios de produção bem como


maior liberdade para os agentes econômicos. Todas essas metas de cunho
eminentemente econômico, do Direito Tributário, correspondem à transferência do
custo tributário para o consumidor final. Seguindo essa máxima, haveria, em tese,
preferência pelos tributos plurifásicos (...).
Os tributos cumulativos provocam distorção da alocação dos recursos; distorção na
formação de preços, enfim, efeitos que colidem frontalmente com o princípio da
neutralidade. Em suma, o tributo não-cumulativo seria aquele que melhor realiza o
principio da neutralidade, uma vez que não fere as leis da livre-concorrência e da
competitividade.

Os ensinamentos dos tributos incidentes sobre o consumo, bem como a experiência, inclusive
internacional, desenvolveram variados métodos para a eliminação do efeito cumulativo nesse
tipo de imposição, visando alcançar a sua neutralidade. Dentre esses métodos destaca-se os
principais, que envolvem desde o mero cálculo do tributo devido até o sistema de apropriação de
créditos fiscais.

1.3.2 Diferença entre não-cumulatividade “imposto contra imposto” e “base contra base”

Dentre os autores nacionais, salienta Ives Gandra da Silva Martins desenvolveu-se com mais
profundidade a classificação que distingue os métodos (ou as técnicas) de não-comutatividade
entre “imposto contra imposto” e “base contra base”. Em ambos os casos, considera-se a
repercussão da etapa anterior da cadeia de comercialização.

1.3.3 Imposto contra imposto (caso do IPI e ICMS)

Bem assim, destaca o doutrinador que em linhas gerais, os métodos de “imposto contra imposto”
consiste na concessão de crédito fiscal decorrente das operações anteriores para compensar o
montante devido nas operações seguintes. É o que acontece no exemplo brasileiro inquestionável
do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e no Imposto sobre Circulação de Mercadorias -
ICMS.

Assim, está claro que, embora o caput do artigo 3º das citadas leis faça referência a crédito, não
estamos diante do Método de Crédito de Imposto, tal como aplicado para o IPI e para o ICMS,
porque neste ultimo método, em decorrência de sua sistemática, o valor do tributo devido na
etapa anterior da cadeia vem informado no documento fiscal

1.3.4 Base contra base (caso do PIS e COFINS)

Por outro lado, as técnicas de “base contra base” não prevêem a concessão de crédito de tributo,
por força das operações anteriores, mas a dedução da base de cálculo de valores referentes às
operações anteriores. Nesse caso, a não-comutatividade atuaria na apuração do montante do
tributo devido, e não no seu pagamento.

Como exemplos de utilização dos métodos de “base contra base”, temos, em primeiro lugar, a
apuração do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, em que os saldos negativos de

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períodos anteriores são utilizados para reduzir a base de cálculo do imposto devido com relação a
períodos posteriores. Depois, fazendo referência a um imposto sobre o consumo, citamos a
composição da base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, no caso
da construção civil, para a apuração do qual o artigo 12 do Decreto-lei nº 406, de 1968, permitiu
a dedução das subcontratações da receita dos serviços prestados.

No que pese as ilustres opiniões apresentadas, nosso posicionamento é no sentido de que, na


análise sistemática de não-comutatividade adotada pelas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de
2003, conforme se constata da leitura do seu artigo 3º, temos que o Poder Executivo optou pelo
Método Indireto Subtrativo, como forma de garantir a neutralidade da incidência da
Contribuição ao PIS sobre todos os agentes da cadeia comercial.

Essa opção do legislador (em verdade, do Poder Executivo) encontra-se expressa na mesma
Exposição de Motivos da Medida Provisória nº 135, que assim esclarece:

7. Por se ter adotado, em relação a não-comutatividade, o método indireto subtrativo,


o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá descontar, do valor da
contribuição devida, créditos apurados em relação aos bens e serviços adquiridos,
custos, despesas e encargos que menciona.

Já naquele método (Indireto Subtrativo), eleito pelas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de
2003, para ser aplicado às contribuições sociais, o próprio contribuinte deve apurar o valor a ser
debatido da aplicação da alíquota sobre o montante das vendas ou das prestações de serviço:

PIS/COFINS = (Alíquota x Receitas) - (Alíquota x Compras).

A legislação referente à Contribuição ao PIS e à COFINS, dessa forma, não adotou o mesmo
mecanismo do ICMS e do IPI. Portanto, não há o que se falar em discriminação na nota fiscal do
valor representativo desse encargo tributário. O que significa dizer, em nosso opinião: (i) não
haverá destaque da Contribuição ao PIS e da COFINS em nota fiscal; (ii) em decorrência, o
critério de registro contábil dos créditos fiscais não poderá (ou não deverá) ser aquele mesmo
adotado para o IPI e o ICMS.

1.4 NÃO-CUMULATIVIDADE DAS LEIS Nºs 10.637 E 10.833

Texto elaborado por Ives Gandra da Silva Martins e Edson Carlos Fernandes
Livro Não-cumulatividade do PIS e da COFINS- implicações contábil, societária e fiscal – São
Paulo: Quartier Latin, 2007,

Tentando explicar a “possível” não-comutatividade da Contribuição para o PIS e da


COFINS, os professores Fátima Fernandes e Ives Gandra Martins apud Ives Gandra da Silva
Martins (2007, p.33) assim se manifestam:
Bem examinada a sistemática instituída pela legislação, constata-se que ela representa, na
verdade, um critério de redução da base de cálculo das contribuições, e não propriamente um
mecanismo não-cumulativo, nos moldes do que existe para aqueles impostos [IPI e ICMS]

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Na mesma linha de entendimento parece seguir Heleno Tôrres apud Ives Gandra da Silva
Martins (2007, p.33), que assim apresenta os seus comentários sobre a sistemática de não-
comutatividade das referidas contribuições:

A técnica de apuração não-cumulativa da base de cálculo das aludidas contribuições


inaugura o ordenamento como um regime todo novo, autônomo em relação tanto à
forma preexistente de cálculo destes, como sobre os modelos de não-comutatividade
por todos conhecidos e empregados na circulação plurifásica do IPI e do ICMS, ao
superar o regime de crédito escritural sobre o mesmo bem; limitando-se, agora, em
determinar descontos (art. 3º da Lei nº 10.833/03 e art. 15 da Lei nº 10.865/04) de
créditos relativos aos elementos que ingressam na sociedade empresária como
pagamento da contribuição por outra sociedade que com eles tenha auferido receita
ou faturamento. Trata-se de desconto sobre o valor ingresso, e não sobre o de saída, a
título de valor agregado ou equivalente.

De maneira diversa, e talvez mais aprofundada, a análise do artigo 3º das Leis nºs 10.637, de
2002, e 10.833, de 2004 apresentada por Marco Aurélio Greco apud Ives Gandra da Silva
Martins (2007, p.34-35), conduz a duas observações, quais sejam, nas suas próprias palavras:

“A primeira observação a fazer é que as mencionadas leis adotam a técnica de prever


deduções ao montante apurado mediante a aplicação da alíquota sobre a base de
cálculo. Vale dizer, a alíquota incide sobre a totalidade da base, mas o montante a
recolher será o resultado da aplicação de certas deduções.
A segunda observação é de que, na redação original dessas leis, os valores a serem
deduzidos não estavam atrelados à circunstância de ter havido incidência, cobrança ou
pagamento de PIS/COFINS em momento anterior; com a Lei nº 10.865/2004
introduziu-se tal exigência. Ou seja, a dimensão dos ‘créditos’ previstos no art. 3º
decorre do simples fato de configurar-se uma das hipóteses dos incisos.
Ou seja, o regime de não-comutatividade assim definido não é de uma compensação
‘imposto sobre imposto’; haver incidência anterior é requisito de identificação do item
que dará direito ao crédito, mas não há dedução do respectivo montante, não há
dedução de PIS/COFINS incidente sobre a receita do vendedor, locador, prestador de
serviço, etc. criou-se um direito de deduzir em ‘crédito’ calculado ‘em relação’ aos
itens enumerados que tenham gerado incidência e não ‘no montante’ da incidência
ocorrida.
( ...)
Vale dizer, as leis em questão criaram um critério próprio de operacionalização de não-
comutatividade que, em parte, se assemelha ao ‘base sobre base’ - na medida em que
relevante é o valor dos itens enumerados e não o valor das contribuições incidentes - e
ao ‘imposto sobre imposto’, pois o montante não é excluído da base sobre a qual
incidirá a alíquota, mas sim do próprio valor das contribuições, apurado pela aplicação
da alíquota sobre a base de cálculo (= ‘receita’).

No que pese as ilustres opiniões apresentadas, nosso posicionamento é no sentido de que, na


análise sistemática de não-comutatividade adotada pelas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de
2003, conforme se constata da leitura do seu artigo 3º, temos que o Poder Executivo optou pelo
Método Indireto Subtrativo, como forma de garantir a neutralidade da incidência da
Contribuição ao PIS sobre todos os agentes da cadeia comercial.
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Essa opção do legislador (em verdade, do Poder Executivo) encontra-se expressa na mesma
Exposição de Motivos da Medida Provisória nº 135, que assim esclarece:

7. Por se ter adotado, em relação a não-comutatividade, o método indireto subtrativo,


o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá descontar, do valor da
contribuição devida, créditos apurados em relação aos bens e serviços adquiridos,
custos, despesas e encargos que menciona.

Assim, está claro que, embora o caput do artigo 3º das citadas leis faça referência a crédito, não
estamos diante do Método de Crédito de Imposto, tal como aplicado para o IPI e para o ICMS,
porque neste ultimo método, em decorrência de sua sistemática, o valor do tributo devido na
etapa anterior da cadeia vem informado no documento fiscal; já naquele método (Indireto
Subtrativo), eleito pelas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, para ser aplicado às
contribuições sociais, o próprio contribuinte deve apurar o valor a ser debatido da aplicação da
alíquota sobre o montante das vendas ou das prestações de serviço:

PIS/COFINS = (Alíquota x Receitas) - (Alíquota x Compras).

A legislação referente à Contribuição ao PIS e à COFINS, dessa forma, não adotou o mesmo
mecanismo do ICMS e do IPI. Portanto, não há o que se falar em discriminação na nota fiscal do
valor representativo desse encargo tributário. O que significa dizer, em nosso opinião: (i) não
haverá destaque da Contribuição ao PIS e da COFINS em nota fiscal; (ii) em decorrência, o
critério de registro contábil dos créditos fiscais não poderá (ou não deverá) ser aquele mesmo
adotado para o IPI e o ICMS.

No mesmo sentido, o autor português José Guilherme Xavier de Basto apud Ives Gandra da Silva
Martins (2007, p.36-37), que assim esclarece:

“Todavia, e ainda que assim fosse sempre - e veremos que não é, só é em certas
condições - a alegada equivalência de resultados não deve obscurecer o facto, terctável
a uma análise mais aprofundada, de que o IVA, método do crédito de natureza
diferente do imposto sobre o valor acrescentado (que diríamos verdadeiro e próprio)
estruturado pelo método directo subtrativo. Na verdade, no IVÃ (método indirecto
subtrativo) [método adotado para a Contribuição para o PIS e para a COFINS], o
imposto não incide sobre o valor acrescentado, não resulta da aplicação da sua taxa ao
valor acrescentado. O algoritmo do imposto envolve, como ultima operação uma
subtração: ao imposto facturado nas vendas subtrai-se o imposto suportado nas
aquisições. O valor acrescentado não é matéria colectável, nem sequer é valor que
chegue a ser calculado. Dir-se-ia até que as vendas, e não o valor acrescentado,
estão mais próximas de ser matéria colectável: a taxa do imposto aplica-se às vendas,
para determinar o imposto a juzante, embora esta operação não seja ainda a ultima
operação do algoritmo. A natureza indirecta do tributo revela-se assim: o imposto está
modado de forma a ser transferido para os preços das mercadorias ou serviços vendidos
de um modo fácil e transparente, já que a respectiva taxa se aplica às vendas e
portanto pode integrar- se com clareza no preço dos bens.
( ... )

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Mais do que métodos diferentes de calcular o mesmo imposto, os métodos directo e


indirecto definem afinal os impostos de natureza diferente.”

Na doutrina pátria, quem melhor identificou essa distinção foi Marco Aurélio Greco apud Ives
Gandra da Silva Martins (2007, p.37), para quem:

Diante disso, no momento em que sobrevêm leis prevendo a não-cumulatividade de


PIS e COFINS, a tendência natural é supor que o novel mecanismo teria a mesma
amplitude que a não-cumulatividade do IPI e ICMS e que a expressão ‘não-
cumulatividade’ seria unívoca.
Embora essa conclusão tenha sua explicação, não me aprece procedente. Com efeito,
nenhum indicativo constitucional existia quanto ao perfil e à amplitude do mecanismo.
A não-cumulatividade criada pelas mencionadas leis não foi desdobramento de
determinação constitucional. Embora seja possível reconhecer terem tais leis se
inspirado em algumas características do modelo constitucional, a não-cumulatividade
de PIS e COFINS é criação puramente legal e possui as características que as leis lhes
conferem, não cabendo um transplante para PIS e COFINS de características e
conclusões extraídas no âmbito de IPI e ICMS.

Corrobora essas conclusões, ainda, o fato de que as Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003,
permitem que o crédito fiscal da Contribuição ao PIS e da COFINS seja tomado com base na
alíquota nova, isto é, respectivamente 1,65% e 7,6%, sem fazer restrição quanto ao fornecedor,
ou obrigação de que haja destaque em nota fiscal do valor recolhido a título desse tributo, apenas
exigindo que ele seja pessoa jurídica domiciliada no Brasil (a importação é tratada pela Lei nº
10.865, de 2004).

Aparecem aqui novas diferenças entre a neutralidade (não-cumulatividade) aplicada ao IPI e ao


ICMS, de um lado, e aquela aplicada às contribuições sociais, de outro. Primeiro: as Leis nºs
10.637, de 2002, e 10.833, de 2003 não fazem referencia ao montante de tributo recolhido na
etapa anterior, não havendo, dessa forma, vedação ao crédito fiscal gerado, à alíquota total de
9,25%, por exemplo, pela aquisição de bens ou serviços fornecidos por empresa que tenha
optado pelo lucro presumido (sujeita ao montante total de 3,65%, a título de somatória da
Contribuição para o PIS e da COFINS), sequer estabelecem regras distintas em função do
fornecedor. Depois: ao vedar a possibilidade de crédito da Contribuição ao PIS e da COFINS às
pessoas jurídicas que optem pelo lucro presumido, as Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de
2003, deixariam a brecha para esse tributo continuar a ser cumulativo, motivo mais que
suficiente para autorizar que o crédito fiscal gerado seja efetivamente de 1,65% e 7,6%
respectivamente.

A recusa em se adotar o montante recolhido na etapa anterior a título dessas contribuições como
critério para a tomada do crédito fiscal, relativo aos mesmos tributos, ficou ainda mais clara com
a publicação da Lei nº 10.865, de 2004; isso porque, ao alterar a redação do artigo 3º, § 2º, II da
Lei 10.833, de 2003, foi prevista, expressamente, a possibilidade de tomada de crédito fiscal
inclusive no caso de a aquisição estar isenta das citadas contribuições sociais.

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Segue, ainda, comentando o mestre Ives Gandra da Silva Martins, de tudo o que escrevi até
agora pode-se concluir, pela variada forma possível de implantação do princípio, a existência de
duas grandes vertentes que lhe são pertinentes, a saber:

a) o princípio da neutralidade de tributação, para permitir que as operações sejam


tributadas apenas pelo adicional de carga que carregam;

b) o princípio da subvenção pública, quando o direito a crédito não corresponde,


necessariamente, à compensação da carga anterior, mas à efetiva desoneração de uma etapa,
como forma de estímulo à produção e à circulação de bens e serviços.

Na primeira vertente, própria do IPI e ICMS, que constitui inclusive princípio perfilado
na lei maior (153, § 3º, inciso I e 155, § 2º, inciso I), o crédito fiscal corresponde a instrumento
pelo qual se opera a compensação periódica do montante do imposto recolhido nas entradas de
insumos - bens de ativo fixo - e serviços com o imposto devido pela saída do bem final.
Considerando-se que bens de ativo fixo e insumos, são necessários à produção do bem final ou
serviço, devem gerar direito a crédito, nos termos das leis complementares.

Busca-se, portanto, na primeira vertente, a neutralidade da tributação.

Na segunda, de que o PIS e a COFINS são exemplo, adota-se, na linguagem da


Exposição de Motivos da Medida Provisória nº 135, o denominado método subtrativo indireto,
em que a metodologia adotada é a concessão de crédito fiscal sobre algumas compras (custos e
despesas) definidas em lei, na mesma proporção que grave as vendas (receitas). O método
assemelha-se - sem corresponder integralmente -à solução de compensação de base sobre base e
não de imposto sobre imposto. Não é idêntico, posto que, se a base de saída pode-se assemelhar à
base da entrada, é, todavia, composta por elementos diversos (custos e despesas) ou seja, por
ingredientes que a alargam.

Assim o Ministro Palocci na mensagem ao Presidente da República refere-se a este


método:

6. A contribuição não-cumulativa que está sendo instituída tem como fato gerador o
faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas ela pessoa
jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

7. Por se ter adotado, em relação à não-cumulatividade, o método indireto subtrativo,


o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá descontar, do valor da
contribuição devida, créditos apurados em relação aos bens e serviços adquiridos,
custos, despesas e encargos que menciona” (grifos meus)

Trata-se, portanto, como se verifica, de técnica absolutamente diversa da adotada pelo princípio
constitucional da não-cumulatividade para o IPI e o ICMS.

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O aspecto mais relevante desta técnica reside no fato - ao contrário daquela adotada pelo
princípio da não-cumulatividade concernente ao IPI e ao ICMS - de seu mecanismo ser de tipo
aberto - e não desenhado, como princípio, na Constituição -, em que a concessão do crédito fiscal
não impõe nenhuma vinculação com o “quantum” recolhido nas etapas anteriores.

Por esta metodologia de cálculo, é absolutamente irrelevante que o fornecedor esteja sujeito ao
regime jurídico do lucro presumido, adote a disciplina legal do simples ou suas operações sejam
isentas.

As Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, controversoras das Ms. Ps. nº 66 e 135, em
verdade criaram uma forma de não-cumulatividade correspondente a autêntica subvenção
pública, que é forma de atender aos reclamos de política tributária estimuladora de setores
empresariais, muito embora muitas vezes haja mais estímulo em alíquotas menores, do que em
alíquotas maiores com técnicas mais sofisticadas de incentivos.

O certo, como se lê na exposição de motivos, é que objetivaram, as auferidas leis, a expansão da


atividade empresarial brasileira, em nível de mercados internos e externos, estando assim
redigida, neste particular, a referida exposição de motivos.

1.5 NÃO CUMULATIVIDADE DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO

1.5.1 Constituição Federal

a) COFINS

Na Constituição Federal/1988, no artigo 196, incisos I “b”, V e § 12 consta:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
(...)
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(...)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total
ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a
receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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A seguridade social, representada pela COFINS, em nosso estudo, incide sobre o faturamento e
poderá ser não-cumulativa. A própria constituição menciona que a lei definirá quais setores da
atividade econômica serão abrangidas.

b)IPI

Art. 153 Compete à União instituir impostos sobre:


IV - produtos industrializados;
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV (IPI):
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;
c)ICMS

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de


transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à


circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo
mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

1.5.2 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – LEI COMPLEMENTAR LEI Nº 5.172/1966

O Artigo 49, do CTN, dispõe:

O imposto (IPI) é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da
diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do
estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.

1.5.3 Lei 5.402/1964 (Lei Ordinária de criação do IPI)

No artigo 25 dispõe:
A importância a recolher será o montante do imposto relativo aos produtos saídos do
estabelecimento, em cada mês, diminuído do montante do imposto relativo aos produtos
nele entrados, no mesmo período, obedecidas as especificações e normas que o regulamento
estabelecer.

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1.5.4 Lei 10.833/2003 e 10.637/2002

Art. 1o A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, com a incidência


não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das
receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação
contábil.

§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta
da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas
auferidas pela pessoa jurídica.

Art. 2o Para determinação do valor da COFINS aplicar-se-á, sobre a base de cálculo apurada
conforme o disposto no art. 1o, a alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento).

Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos
calculados em relação a:

I - bens adquiridos para revenda


II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes.
III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;
IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas
atividades da empresa;
V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica,
exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos
ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda
ou na prestação de serviços;
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa;
VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do
mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;
IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II,
quando o ônus for suportado pelo vendedor.

1.5.5 Avaliação do custo de produção de bens ou serviços – INSUMOS – Decreto-Lei


1.598/77, conforme art. 290 do RIR/99 e Normas de Contabilidade

1. Custo integrado e coordenado com o restante da escrituração contábil

Definição do custo de produção dos bens ou serviços vendidos constante no Regulamento do


Imposto de Renda (art. 290 do RIR/99 – art. 13 - Decreto-Lei nº 1.598, de 1977):

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O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:


I – o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo anterior;
II – o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção
e guarda das instalações de produção;
III – os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos
bens aplicados na produção;
IV – os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
V – os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do custo total
dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada diretamente como
custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º).

Nota: para fins contábeis, é necessário separar, por contas distintas, os respectivos gastos, a fim
de determinar a composição dos custos de produção. A contabilização de gastos em contas de
despesas operacionais, por exemplo, irá se refletir na composição dos custos dos produtos
vendidos e dos estoques de produtos em elaboração e acabados.

A Matéria-Prima (MP), também chamada de Material Direto, representa todo o material


incorporado ao produto que está sendo fabricado, inclusive a embalagem. Neste custo,
computam-se o frete e o transporte, quando pagos pelo adquirente.

A Mão-de-Obra Direta (MO) é representada pelos salários devidos ao pessoal que trabalha
diretamente no produto.

Os Gastos Gerais de Fabricação (GCF), também denominados de Despesas Indiretas de


Fabricação, representam todos os custos relacionados com a produção, necessários à
fabricação, porém, não identificáveis diretamente com a unidade produzida. Como
exemplo, podemos citar os materiais indiretos, a mão de obra de supervisão, aluguéis e
arrendamento mercantil dos bens de produção, o seguro do estabelecimento industrial, as
depreciações das máquinas industriais, energia elétrica, manutenção dos bens, vigilância,
limpeza, etc.

Uma equação bastante simples que visualiza o custo de produção unitário, poderia ser assim
obtida:Custo de produção = (MP + MO + GGF) : número de unidades produzidas

1.5.6 Ausência de determinação legal e lei não pode alterar definição de conceitos – Art.
108 e 110 CTN

a) Art. 108 do CTN determina que ausência de determinação expressa na legislação


tributária, para interpretar deve-se aplicar a analogia, os princípios gerais de direito
tributário, dentre outros:

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Art. 108 - CTN Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público; IV - a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

b) Art. 110 CTN – a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado

Art. 110- CTN A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado.

1.5.7 Princípio da Legalidade, art. 5º, inc. II, da Constituição Federal

Principio da Legalidade ou Principio da reserva legal

Por este princípio para criar ou aumentar um tributo é necessária uma lei anterior (editada
anteriormente). Tal princípio não é somente aplicado em normas tributárias, mas sobre todos os
domínios do Direto, conforme enunciado no artigo 5, II, CF “Art. 5 (...): II – Ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Art. 5º- CF/88 Todos são iguais perante a lei, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

1.5.8 Hierarquia das normas

1. A Constituição Federal: é instrumento primeiro e soberano que se sobrepõe às demais


normas. Nela constam as permissões e limitações do poder tributante da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
Emenda Constitucional : altera a Constituição – 3/5 dos votos em 02 turno
2. Lei Complementar: aprovada por maioria absoluta, ou seja, total de deputados no Brasil Ex.
500 Deputados –, então se houver 300 presentes – necessários - 251 votos a favor.
3. Lei ordinária: aprovada por maioria simples: 500 deputados, 300 presentes na votação,
necessários 151 votos a favor.
4. Decreto: Na realidade, constituem uma explicação articulada dos dispositivos da lei, no
entanto, não podem interpretar ou inovar a mais do que dispõe na Lei. Presidente,
Governador e Prefeito.
5. Portarias -objetivando providências oportunas e convenientes para o andamento do serviço
público - Ministros da Fazenda.
6. Instruções Normativas (normas para unificação entendimento fiscais) - Normas de caráter
geral, uniforme, endereçadas a todos os órgãos que tenham a mesma condição, tendo caráter
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obrigatório apenas para os subordinados a uma autoridade. Editadas pelo Secretário da Receita
Federal.

Art. 5º- CF/88 Todos são iguais perante a lei, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, - à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

1.5.9 Instrução normativa está em hierarquia inferior à Lei e não tem força legal de
estabelecer posição contrária ou inovar conceito não existente em lei

Conforme Art. 5º- CF/88, inciso II, somos obrigados a fazer ou deixar de fazer apenas o que
consta em lei.

Conforme art. 59 CF/88, cabe ao legislativo (Congresso Nacional) elaborar Leis.

Conforme art. 84, inciso I , CF/88 cabe ao Presidente da República nomear Ministros de Estado.

Também no art. 84, inciso IV, CF/88, o Presidente expede DECRETOS para fiel execução da
Lei, não podendo inovar.

É simples a compreensão, se ao Presidente da República é atribuído expedir Decretos para fiel


cumprimento da Lei, não podendo inovar. MUITO MENOS o Ministro da Fazenda, que é
escolhido pelo presidente, pode emitir Instrução Normativa com poder de inovar a Lei
10.833/2003 e Lei 10.637/2002. As instruções normativas apenas vinculam os Fiscais da Receita
Federal, mas não vinculam o contribuinte.

As Instruções normativas não poderão legislar, ou seja, não poderão inovar disposições não
constantes na lei – Princípio da legalidade

AS INSTRUÇÕES NORMATIVAS – ATOS DECLARATÓRIOS – SOLUÇÃO DE


CONSULTAS, PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO, DEVEM SER UTILIZADOS
QUANDO FAVOREÇAM A EMPRESA, POIS A RECEITA FEDERAL É PARTE
INTERESSADA NO PROCESSO TRIBUTÁRIO E NÃO PODE LEGISLAR EM CAUSA
PRÓPRIA.

Vejamos em uma discussão judicial ou administrativa (CARF), o julgador utilizar uma instrução
normativa para interpretar uma lei, não haveria imparcialidade nem jurisdição, aceitar
unilateralmente um conceito. A Lei tem um processo legislativo próprio, passa para aprovação
de Câmara Federal e pelo Senado Federal, todos representantes do povo e devem seguir
regimentos, discussões, viabilidade, acordos, etc. Enquanto que a Instrução Normativa depende
apenas de um “canetaço” do Ministro da Fazenda, para satisfazer os interesses da arrecadação.

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Seguindo o raciocínio do exemplo acima , em uma separação conjugal, o juiz deveria acatar uma
norma escrita pelo que marido, que é parte, a qual determina que ele fica com os bens e o
cônjuge com as obrigações.

O juiz deverá interpretar a lei, observando a Constituição Federal, Lei Complementar ou


Ordinária, não havendo possibilidade, observará o art. 108 – CTN que determina: “na ausência
de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará
sucessivamente, na ordem indicada:I - a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III
- os princípios gerais de direito público; IV - a eqüidade. Ainda, que o emprego da analogia não
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

1.5.10 Art. 8º - IN 404/2004 –traz definição para insumos que não consta na lei

art. 8º -IN 404/2004


§ 4º Para os efeitos da alínea "b" do inciso I do caput, entende-se como insumos:
I - utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda:
a) a matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer outros bens
que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou
químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que
não estejam incluídas no ativo imobilizado;
b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na
produção ou fabricação do produto;
II - utilizados na prestação de serviços:
a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no
ativo imobilizado; e
b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na
prestação do serviço.

Em momento algum a Lei conceitua insumo é aquele que tem ação diretamente exercida sobre
o produto em fabricação.

As próprias soluções de consultas são contrárias à IN 404/2004:

SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 35, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008


ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
EMENTA: Cofins não-cumulativa. Créditos. Insumos. As despesas efetuadas com a aquisição de
partes e peças de reposição que sofram desgaste ou dano ou a perda de propriedades físicas ou
químicas utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente respondam diretamente por
todo o processo de fabricação dos bens ou produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica
domiciliada no País, a partir de 1º de fevereiro de 2004, geram direito à apuração de créditos a
serem descontados da Cofins, desde que às partes e peças de reposição não estejam obrigadas a
serem incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003; Lei nº 10.865, de 2004; e IN SRF nº 404,
de 2004.

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Para quem permitia apenas o desgaste com o contato direto com o produto, conforme art.8º, § 4º
inciso I, IN 404/2004, já permite o crédito de partes e peças de reposição empregados em
máquinas.

É tão ridículo o art. 8º da IN 404/2004, que a própria Receita Federal está decidindo contra ela
própria, pois fere o princípio da não-cumulativade ou neutralidade, o conceito de insumos não
consta de Lei, fere o princípio da legalidade. O governo quando decidiu pela não-
cumulatividade, conforme Lei 10.833 e 10.637 aprovadas pelo Congresso Nacional, majorou as
respectivas alíquotas, em mais de 153%, de PIS e COFINS de 0,65% e 3,0% para os atuais
1,65% e 7,60% respectivamente, consciente do que significa a não cumulatividade e, ainda,
através de Instrução Normativa, que é totalmente ilegal, restringir os créditos que constam nas
respectivas Leis.

Para não esquecer a definição de insumo, a qual esta atrelada ao Regulamento do IR (art.290), ao
art. 13 do Decreto Lei 1598/77, às Leis da S/A, à doutrina contábil pátria e internacional, não há
como interpretar o mesmo conceito de custo de formas diferentes: IRPJ e CSSL um conceito e
para PIS e COFINS, definição diversa para o mesmo conteúdo fere o art. 110 do CTN:

A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
formas de direito privado.

Nem Lei pode alterar a definição muito menos Instrução Normativa. Então definição do custo de
produção dos bens ou serviços vendidos constante no Regulamento do Imposto de Renda (art.
290 do RIR/99 – art. 13 - Decreto-Lei nº 1.598, de 1977):

O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:


I – o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo anterior;
II – o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção
e guarda das instalações de produção;
III – os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos
bens aplicados na produção;
IV – os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
V – os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do custo total
dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada diretamente como
custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º).

Nota: para fins contábeis, é necessário separar, por contas distintas, os respectivos gastos, a fim
de determinar a composição dos custos de produção. A contabilização de gastos em contas de
despesas operacionais, por exemplo, irá se refletir na composição dos custos dos produtos
vendidos e dos estoques de produtos em elaboração e acabados.

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A Matéria-Prima (MP), também chamada de Material Direto, representa todo o material


incorporado ao produto que está sendo fabricado, inclusive a embalagem. Neste custo,
computam-se o frete e o transporte, quando pagos pelo adquirente.

A Mão-de-Obra Direta (MO) é representada pelos salários devidos ao pessoal que trabalha
diretamente no produto.

Os Gastos Gerais de Fabricação (GCF), também denominados de Despesas Indiretas de


Fabricação, representam todos os custos relacionados com a produção, necessários à
fabricação, porém, não identificáveis diretamente com a unidade produzida. Como
exemplo, podemos citar os materiais indiretos, a mão de obra de supervisão, aluguéis e
arrendamento mercantil dos bens de produção, o seguro do estabelecimento industrial, as
depreciações das máquinas industriais, energia elétrica, manutenção dos bens, vigilância,
limpeza, etc.
Uma equação bastante simples que visualiza o custo de produção unitário, poderia ser assim
obtida:Custo unitário de produção = (MP + MO + GGF) : número de unidades produzidas

1.6 DEFINIÇÃO DE FORNECEDOR E CONSUMIDOR

Conceito de Consumidor /Fornecedor (USO E CONSUMO)


Encontramos o conceito padrão de consumidor no caput do art. 2º. do Código de Defesa do
Consumidor, Lei nº 8.078/90 :
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final”.

Para José Geraldo Brito Filomeno: „consumidor‟qualquer pessoa física ou jurídica que, isolada
ou coletivamente, contrate para consumo final, em benefício próprio ou de outrem,”.

O a art. 3º - Lei nº 8.078/90 - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.

Através dos conceitos fornecidos pela Lei, a empresa pode ser tanto fornecedora como
consumidora, ou seja:
- na aquisição dos produtos destinos à cadeira produtiva, esses produtos serão empregados para a
fabricação ou comercialização, assim sendo os produtos adquiridos e destinados ao processo
produtivo, como: MP + MO + Gastos gerais de fabricação, conforme conceito contábil, que
formarão o processo de produção do produto.
- na aquisição de produtos utilizados como usuário final a pessoa jurídica será consumidora,
como exemplo: matérias e produtos utilizados com a contabilidade, administração, auditoria,
RH, informática, etc.

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2. PIS E COFINS NÃO CUMULATIVA – NORMAS GERAIS

2.1 INTRODUÇÃO - COFINS

Com a Lei 10.833/2003, para as empresas optantes pelo lucro real, a partir de 01.02.2004, com
exceções específicas, acaba a cumulatividade da COFINS sobre a receita bruta.

A alíquota geral é de 7,6%. Para determinadas operações de vendas de produtores, distribuidores


ou importadores de combustíveis, produtos farmacêuticos, perfumaria, toucador, higiene pessoal,
máquinas e veículos, autopeças, pneus novos de borracha, câmaras-de-ar de borracha, querosene
de aviação, embalagens para bebidas, água, refrigerante, cerveja e preparações compostas e papel
imune a impostos, por força do art. 21 da Lei 10.865/2004 (que alterou vários parágrafos do art.
2 da Lei 10.833/2003), a alíquota é específica.

2.2 INTRODUÇÃO - PIS

Com a Lei 10.637/2002, para as empresas optantes pelo lucro real, com exceções específicas, a
partir de 01.12.2002, acaba a cumulatividade do PIS sobre a receita bruta, descontando-se
créditos da contribuição.

A alíquota geral é de 1,65%. Para determinadas operações de vendas de produtores,


distribuidores ou importadores de combustíveis, produtos farmacêuticos, perfumaria, toucador,
higiene pessoal, máquinas e veículos, autopeças, pneus novos de borracha, câmaras-de-ar de
borracha, querosene de aviação, embalagens para bebidas, água, refrigerante, cerveja e
preparações compostas e papel imune a impostos, a alíquota é específica, conforme definido nos
parágrafos do art. 2º da Lei 10.637/2002. Acesse o módulo 2 do arquivo (1) PIS e COFINS, desta
obra, para obter as alíquotas especificadas.

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2.3 CRÉDITOS ADMISSÍVEIS NÃO-CUMULATIVIDADE

De acordo com o art. 3º da Lei 10.637/2002 e 10.833/2003, a pessoa jurídica poderá descontar
créditos calculados com relação a:

1. Bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos


adquiridos com substituição tributária ou submetidos á incidência monofásica da
COFINS.
2. Bens e serviços utilizados como insumo na fabricação de produtos destinados à venda ou
na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes, com as vedações
previstas.
3. Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica.
4. Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas
atividades da empresa.
5. valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica,
exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES.
6. Depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado
adquiridos para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de
serviços.
7. Depreciação em edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados
nas atividades da empresa.
8. Bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês
ou de mês anterior, e tributada pela COFINS não cumulativa.
9. Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos 1 e 2 acima,
quando o ônus for suportado pelo vendedor.

2.3.1 Custos de Fabricação do Imobilizado

A partir de 01.12.2005, são admissíveis créditos calculados em relação a máquinas,


equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para
locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.

Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao
ativo imobilizado:

I - de mão-de-obra paga a pessoa física; e


II - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive
no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em
produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela
contribuição.

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Base: artigo 43 e 45 da Lei 11.196/2005, que altera a redação do inciso VI do art. 3 da Lei
10.833 e a redação do inciso VI e § 13 do art. 3 da Lei 10.637/2002.

2.3.2 Cálculo do crédito

O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 7,6% sobre o valor da soma:
 dos itens mencionados em 1 e 2 acima, adquiridos no mês;
 dos itens mencionados em 3 a 5 e 9, incorridos no mês;
 dos encargos de depreciação e amortização dos bens mencionados em 6 e 7, incorridos no
mês;
 dos bens mencionados em 8, devolvidos no mês.

Exemplo de Cálculo de Crédito:

Descrição Valor R$
Bens adquiridos para revenda 500.000,00
Bens e serviços utilizados 325.000,00
Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos 59.000,00
Encargos de depreciação - máquinas e equipamentos 37.950,00
Amortizações de benfeitorias 9.400,00
Devoluções 125.620,00
SOMA 1.056.970,00
Crédito do COFINS 7,6% x soma 80.329,72

DEVOLUÇÃO DE VENDAS

No caso de devolução de vendas efetuadas em períodos anteriores, o crédito calculado mediante


a aplicação da alíquota incidente na venda será apropriado no mês do recebimento da devolução.

Base: artigos 21 e 22 da Lei 11.051/2004 e artigo 14 da Lei 11.727/2008.

2.3.3 Cálculo da depreciação

Os encargos de depreciação devem ser determinados mediante a aplicação da taxa de


depreciação fixada pela SRF em função do prazo de vida útil do bem, nos termos das Instruções
Normativas SRF nº 162/1998, e nº 130/1999, conforme art. 1º, da IN SRF 457/2004.
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As pessoas jurídicas devem manter, durante o prazo de 10 (dez) anos, em boa guarda, à
disposição da SRF, os registros contábeis ou planilhas que permitam a comprovação da
utilização dos créditos de depreciação.

Na hipótese de o contribuinte não adotar o mesmo critério de apuração de créditos das


contribuições para todos os bens do seu ativo imobilizado, deverá manter registros contábeis ou
planilhas em separado para cada critério.

Base: Lei 10.833/2003 e IN SRF 457/2004.

2.3.4 Direito do crédito exclusivo a bens e serviços nacionais e adquiridos no exterior, a


partir de 01.05.2004

O direito do crédito aplica-se exclusivamente em relação:

1. aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;


2. aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no
País;
3. aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em que
se iniciar a aplicação da COFINS não cumulativa, ou seja, a partir de 01.02.2004 e
4. em relação aos serviços e bens adquiridos no exterior a partir de 1º de maio de 2004 (art.
1º da IN SRF 457/2004).

2.4 VEDAÇÕES AO CRÉDITO

2.4.1 Mão de obra e produtos ou serviços

Não dará direito a crédito o valor:

1. de mão-de-obra paga a pessoa física;


2. da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no
caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos
ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição
(restrição imposta pelo art. 21 da Lei 10.865/2004).

Também por força da nova redação do artigo 3º da Lei 10.833/2003 e Lei 10.637/2002, dada
pelo art. 21 da Lei 10.865/2004, são vedados os créditos decorrentes de aquisição dos produtos:

2 em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de


substituta tributária;
3 álcool para fins carburantes;
4 referidos no § 1o do art. 2o da Lei 10.833/2003 e Lei 10.637/2002, quando adquiridos para
revenda: gasolinas, exceto gasolina de aviação, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo
(GLP) derivado de petróleo e gás natural; produtos farmacêuticos, de perfumaria, de

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toucador ou de higiene pessoal; máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29,


8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03,
87.04, 87.05 e 87.06, da TIPI; vendas, para comerciante atacadista ou varejista, das
autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei 10.485/2002; produtos classificados nas
posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI;
querosene de aviação; embalagens destinadas ao envasamento de água, refrigerante e
cerveja, classificados nos códigos 22.01, 22.02 e 22.03, todos da TIPI; e água, refrigerante,
cerveja e preparações compostas classificados nos códigos 22.01, 22.02, 22.03 e 2106.90.10
Ex 02, todos da TIPI;
5 pagamento de que trata o art. 2o da Lei no 10.485/2002 (vendas de veículos diretamente a
consumidor), devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação
ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI.

2.4.2 Depreciação e amortização

Por força do artigo 31 da Lei 10.865/2004, a partir de 31.07.2004, é vedado o desconto de


créditos apurados relativos à depreciação ou amortização de bens e direitos de ativos
imobilizados adquiridos até 30 de abril de 2004.

Poderão ser aproveitados os créditos referidos apurados sobre a depreciação ou amortização de


bens e direitos de ativo imobilizado adquiridos a partir de 01.05.2004.
O direito ao desconto de créditos não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens e
direitos do ativo permanente.

Fica vedada a utilização de créditos, conforme, § 3º, do art. 1º, da IN SRF 457/2004:

I - sobre encargos de depreciação acelerada incentivada, apurados na forma do art. 313 do


RIR/99; e

II - na hipótese de aquisição de bens usados.

2.4.3 Aluguel

É também vedado, a partir de 31.07.2004, o crédito relativo a aluguel e contraprestação de


arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica,
conforme §3 do artigo 31 da Lei 10.865/2004.

2.4.4 Pagamentos a concessionárias

É vedado, a partir de 01.05.2004, o crédito em relação ao pagamento de que trata o art. 2 o da Lei
10.485/2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou
entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI.

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Base: inciso II do art. 3º da Lei 10.833/2003 e Lei 10.637/2002, com a redação dada pela Lei
10.865/2004, art. 21 e 37.

2.4.5 Desperdícios, resíduos ou aparas

A partir de 01.03.2006, fica vedada a utilização do crédito nas aquisições de desperdícios,


resíduos ou aparas de plástico, de papel ou cartão, de vidro, de ferro ou aço, de cobre, de níquel,
de alumínio, de chumbo, de zinco e de estanho, classificados respectivamente nas posições
39.15, 47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03, 76.02, 78.02, 79.02 e 80.02 da TIPI, e demais
desperdícios e resíduos metálicos do Capítulo 81 da Tipi.

Base: artigo 47 da Lei 11.196/2005.

2.5 CRÉDITOS ORIUNDOS DE PESSOA JURÍDICA OPTANTE PELO SIMPLES


NACIONAL

A Lei Complementar 123/2006, prevê em seu art. 23 que as microempresas (ME) e as


empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação
nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional.

Sendo assim, entendia-se que as aquisições de pessoa jurídica optantes pelo regime Simples
Nacional (a partir de 01.07.2007) não geravam direito a crédito para descontado pelas empresas
sujeitas ao regime da incidência não-cumulativa do PIS e da COFINS.

Entretanto, o Ato Declaratório Interpretativo 15/2007 admitiu que as pessoas jurídicas sujeitas ao
regime de apuração não-cumulativa do PIS e da Cofins, observadas as vedações previstas e
demais disposições da legislação aplicável, podem descontar créditos calculados em relação às
aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional.

2.6 ESTORNO DE CRÉDITO

Deverá ser estornado o crédito da COFINS relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados
como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos
destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados,
destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma
destinação (art. 21 da Lei 10.865/2004).

2.7 IPI e ICMS NA AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na aquisição, quando recuperável, não
integra o valor do custo dos bens.

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O ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de
substituto tributário, não integra o custo dos bens ou serviços.

O ICMS normal integra o valor do custo de aquisição de bens e serviços.

Base: § 3 do art. 8 da IN SRF 404/2004 e § 6 do art. 26 da IN SRF 594/2005.

2.8 VERSÃO DE BENS E DIREITOS EM DECORRÊNCIA DE FUSÃO,


INCORPORAÇÃO E CISÃO

Considera-se aquisição, para fins do desconto do crédito, a versão de bens e direitos, em


decorrência de fusão, incorporação e cisão de pessoa jurídica domiciliada no País.

O disposto aplica-se somente nas hipóteses em que fosse admitido o desconto do crédito pela
pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida.

Base: art. 30 da Lei 10.865/2004.

2.9 RECEITAS QUE NÃO INTEGRARÃO A BASE DE CÁLCULO

Não integram a base de cálculo da COFINS não cumulativa, as receitas:

I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

II - não-operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;

III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às


quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

IV - até 31.07.2004 (conforme nova redação do inciso IV do § 3o do art. 1o da Lei


10.833/2003 e 10.637/2002, dada pelo art. 21 da Lei 10.865/2004) de venda dos produtos de que
tratam as Leis nº 9.990, de 21 de julho de 2000, nº 10.147, de 21 de dezembro de 2000, e 10.560,
de 13 de novembro de 2002, ou quaisquer outras submetidas à incidência monofásica da
contribuição;

V - referentes a:

a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não


representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo
valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo
custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.

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No período de 01.08.2004 a 30.09.2008, por força do artigo 21 da Lei 10.865/2004, a venda de


álcool para fins carburantes não integrava a base de cálculo da COFINS não-cumulativa. A
revogação deste dispositivo se deu pela Lei 11.727/2008 - artigo 42, inciso III, alínea "d".

2.10 ALÍQUOTA ZERO – RECEITAS FINANCEIRAS – A PARTIR DE 02.08.2004 –


REGIME NÃO CUMULATIVO DO PIS E COFINS

A partir de 02.08.2004, por força do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alíquotas do
PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas
ao regime de incidência não-cumulativa das referidas contribuições.

O disposto não se aplica às receitas financeiras oriundas de juros sobre capital próprio e as
decorrentes de operações de hedge, estas até 31.03.2005.

E, a partir de 01.04.2005, por força do Decreto 5.442/2005, ficam reduzidas a zero as alíquotas
do PIS e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações
realizadas para fins de hedge.

Observe-se que permanece a incidência do PIS e COFINS sobre os juros sobre o capital próprio.

O disposto aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas
submetidas ao regime de incidência não-cumulativa.

2.11 NÃO INCIDÊNCIA

A COFINS não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de:

 exportação de mercadorias para o exterior;


 prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior,
cujo pagamento represente ingresso de divisas (redação conforme art. 21 da Lei
10.865/2004);

Nota: nos termos da Medida Provisória nº 315/2006, art. 10, a não-incidência do PIS e
da Cofins, relativamente aos recebimentos de exportações de serviços para o exterior, no
caso de a pessoa jurídica manter recursos em instituição financeira no exterior
(observados os limites fixados pelo Conselho Monetário Nacional), independe do efetivo
ingresso de divisas no País.

 vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.


 as vendas de materiais e equipamentos, bem assim da prestação de serviços decorrentes
dessas operações, efetuadas diretamente a Itaipu Binacional.

2.12 APROVEITAMENTO DO CRÉDITO NA EXPORTAÇÃO OU RESSARCIMENTO


DO MESMO
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O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes.

a) Crédito na exportação

A pessoa jurídica exportadora poderá utilizar o crédito da COFINS apurado para fins de:

I - dedução do valor da contribuição a recolher, decorrente das demais operações no mercado


interno;
II - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e
contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a legislação específica
aplicável à matéria.

b) Ressarcimento
A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar o crédito
apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados á receita de exportação, por
qualquer das formas previstas anteriormente, poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro.

c) Vedação ao crédito nas aquisições pela comercial exportadora

O direito de utilizar o crédito não beneficia a empresa comercial exportadora que tenha adquirido
mercadorias com o fim específico de exportação, ficando vedada, nesta hipótese, a apuração de
créditos vinculados à receita de exportação.

2.13 NÃO APLICAÇÃO DA NOVA LEGISLAÇÃO RELATIVA À NÃO-


CUMULATIVIDADE PIS E COFINS

Permanecem sujeitas às normas da legislação da contribuição para a COFINS, vigentes


anteriormente às Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, não se lhes aplicando as novas disposições:

 as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei 9.718/1998 (bancos


comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito, operadoras de planos
de assistência à saúde, securitização de créditos e entidades de previdência privada
abertas e fechadas), e na Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983 (empresas particulares que
exploram serviços de vigilância e de transporte de valores);
 as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou
arbitrado;
 as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;
 as pessoas jurídicas imunes a impostos;

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 os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e


as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988;
 as sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo
(conforme art. 21 da Lei 10.865/2004);
 as receitas decorrentes das operações:
a) até 31.07.2004 (conforme nova redação do inciso IV do § 3o do art. 1o da Lei
10.833/2003 e 10.637/2002, dada pelo art. 21 da Lei 10.865/2004) da venda dos produtos
de que tratam as Leis nº 9.990, de 21 de julho de 2000, nº 10.147, de 21 de dezembro de
2000, e nº 10.485, de 3 de julho de 2002, ou quaisquer outras submetidas à incidência
monofásica da contribuição (exemplo: medicamentos);
b) sujeitas à substituição tributária da contribuição para a COFINS;
c) referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998 (compra e venda de
veículos automotores usados);
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;
 as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (conforme art. 21 da
Lei 10.865/2004);
 pessoa jurídica integrante do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), submetidas
ao regime especial de tributação previsto no art. 47 da Lei no 10.637.
 as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:
a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens
móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;
b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou
serviços;
c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens
ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública,
sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos
posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo
licitatório, até aquela data;

Notas:

1. o artigo 109 da Lei 11.196/2005 dispõe que o reajuste de preços em função do


custo de produção ou da variação de índice que reflita a variação ponderada dos
custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do § 1o do art. 27 da Lei
9.069/1995, não será considerado para fins da descaracterização do preço
predeterminado. O disposto aplica-se desde 1o de novembro de 2003.

2. Vide regulamentação IN SRF 658/2006.

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário,


metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;

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Nota: Submetem-se ao regime de incidência cumulativa do PIS e da COFINS somente as


receitas decorrentes da prestação de serviços públicos de transporte coletivo de
passageiros, executados sob o regime de concessão ou permissão, em linhas regulares e
de caráter essencial, não incluindo outras receitas decorrentes da prestação de serviços de
transporte coletivo de passageiros, como aquelas decorrentes do regime de fretamento ou
turístico, que se submetem ao regime de incidência não-cumulativa das contribuições
(ADI RFB 23/2008).
Entretanto, a partir de 08.10.2008, por força do ADI RFB 27/2008, também as
modalidades de fretamento ou para fins turísticos se submeterão ao regime de apuração
cumulativo do PIS e da COFINS.

 as receitas decorrentes de serviços (conforme art. 21 da Lei 10.865/2004):


a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e
de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises
clínicas; e
b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de
sangue;
Nota: A redação original do artigo 10, inciso XIII da Lei 10.833/2003, que tratava
sobre a não aplicação da COFINS não cumulativa (antes da alteração do texto
pela Lei 10.865/2004), era:
"XIII - as receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro,
casa de saúde e de recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;"
O artigo 93 da Lei 10.833 estipulava vigência inicial do artigo 10 da mesma Lei
para 01.02.2004.
Portanto, entende-se que a partir de 01.02.2004 (inclusive) não se aplicará
o COFINS não cumulativo a tais receitas citadas na redação original (serviço
prestado por hospital, pronto-socorro, casa de saúde e de recuperação sob
orientação médica e por banco de sangue).
Em decorrência, as demais receitas, que foram incluídas pela Lei 10.864, terão
incidência de COFINS não cumulativa no período de 01.02 a 30.04.2004.
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental
e médio e educação superior.

Ampliação da lista de atividades sobre as quais não se aplica a sistemática da não-


cumulatividade

A Lei 10.865/2004, em seu artigo 21 – com vigência a partir de 01.05.2004, acrescentou que as
seguintes atividades continuam sujeitas às normas da legislação da contribuição para a COFINS,
vigentes anteriormente a Lei 10.833/2003, não se lhes aplicando as novas disposições para:
 as receitas decorrentes de vendas de mercadorias realizadas pelas pessoas jurídicas
referidas no art. 15 do Decreto-Lei 1.455, de 7 de abril de 1976 (lojas francas para venda
de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, saindo do
País ou em trânsito, contra pagamento em cheque de viagem ou moeda estrangeira
conversível);

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 as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros,


efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da
prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;

 as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de


informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de
telefonia;

 as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas


no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
 as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center,
telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;
 as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de
obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2010 (data fixada pela Lei
11.945/2009);
 as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de
organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da
Fazenda e do Turismo. Referido ato conjunto foi publicado no DOU de 09.03.2005 -
Portaria MF 33/2005.

E, por força da Lei 10.925/2004, a partir de 26.07.2004 permanecerão sujeitas às regras


anteriores da Lei 10.833/2003, para fins de recolhimento da COFINS:

 - as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela


Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;
 - as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras
de rodovias;
 - as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e
turismo.
 Ainda, por força do artigo 40 da MP 252/2005, a partir de 01.07.2005, não se aplicará o
regime não-cumulativo às receitas relativas às atividades de revenda de imóveis,
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de
prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes
de 31 de outubro de 2003. Apesar da MP 252 não ter sido votada pelo Congresso
Nacional (perdendo a validade em 13.10.2005), o artigo 43 da Lei 11.196/2005 revigorou
o dispositivo.

Empresas de Informática

A partir de 30.12.2004, por força do artigo 25 da Lei 11.051/2004, estão excluídas do regime de
não cumulatividade as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes
das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso,
bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 40

técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as


páginas eletrônicas.

O disposto não alcança a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software


importado.

Pequenas Empresas de Software

Até 30.12.2004, permaneciam sujeitas às normas da legislação da COFINS cumulativa as


pessoas jurídicas que, no ano-calendário imediatamente anterior, tenham auferido receita bruta
igual ou inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) multiplicado pelo número de meses de efetiva
atividade, que se dediquem exclusiva e cumulativamente à atividade de desenvolvimento,
instalação, suporte técnico e consultoria de software, desde que não detenham participação
societária em outras pessoas jurídicas, nem tenham sócio ou acionista pessoa jurídica ou pessoa
física residente no exterior.

O disposto aplica-se ao PIS não-cumulativo, a partir de 1o de fevereiro de 2004.

Referido dispositivo foi revogado pela Lei 11.051/2004.


Bases: art. 90 da Lei 10.833/2003 e art. 27 da IN SRF 404/2004.

2.14 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA OU ALÍQUOTA CONCENTRADA

Sobre as receitas das vendas de alguns produtos ou mercadorias a incidência de PIS e COFINS
sobre as receitas das vendas de alguns produtos ou mercadorias é feita por regime misto, isto é, a
matéria-prima pode estar no regime cumulativo ou não-cumulativo, isenta ou alíquota zero. Na
venda de produto acabado pela indústria ou de mercadoria pela importadora, as alíquotas são
maiores porque nas revendas pelas distribuidoras ou varejistas não há tributação, seja por isenção
ou alíquota zero.

A indústria no regime não-cumulativo tem crédito sobre materiais adquiridos e consumidos na


produção dos bens destinados à venda. A empresa importadora pode utilizar como crédito as
duas contribuições pagas na importação. Enquadra-se nesse regime os combustíveis carburantes,
veículos automotores, peças e acessórios para veículos, medicamentos, artigos de perfumaria,
refrigerantes, cervejas, águas minerais, embalagens para bebidas, cigarros, etc.

O enquadramento do produto ou mercadoria no regime ou alíquota concentrada de PIS e


COFINS terá que estar expresso na lei. Em muitos produtos o enquadramento no regime é feito
através da TIPI. Assim, no caso de medicamentos, bebidas ou veículos, a receita estará no
regime se a posição ou código de classificação do produto na TIPI estiver expresso na lei. A Lei
Complementar nº 70, de 1991, que instituiu a COFINS adotou a substituição tributária para
cigarros e combustíveis.

Alguns produtos em que são exigidas a substituição tributária:

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a)álcool carburante;
b)gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação, óleo diesel e suas correntes, gás
liquefeito de petróleo (GLP), querosene de aviação e biodiesel;

c)produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador e de higiene pessoal relacionados


no art. 1º da Lei nº 10.147, de 2000, e alterações posteriores;
d)máquinas e veículos relacionados no art. 1º da Lei nº 10.485, de 2002;
e)autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei nº 10.485, de 2002;
f)pneus novos e borracha e câmaras-de-ar das posições 40.11 e 40.13 da Tipi;
g)embalagens destinadas ao envasamento de água, refrigerante e cerveja; e
h)água, refrigerante e cerveja relacionados no art. 49 da Lei nº 10.833, de 2003;

2.15 ALÍQUOTA ZERO DE PIS E COFINS

A instituição do regime não-cumulativo de PIS e COFINS e a cobrança na importação de bens,


com alíquotas elevadas, criou dificuldades para sobrevivência de algumas atividades.

A redução das alíquotas para zero foi a solução encontrada. No regime monofásico, na fase
posterior de comercialização é utilizada a alíquota zero porque as duas contribuições foram
pagas com alíquotas elevadas pelas empresas industriais, como ocorre com os combustíveis,
veículos, remédios etc.

Com exceção das reduções de alíquotas do regime semi-monofásico que são muitas, a seguir são
mencionados alguns decretos e leis que reduziram para zero as alíquotas de PIS e COFINS,
algumas reduções aplicáveis somente para o regime não-cumulativo. Para verificar se o bem está
enquadrado na redução é necessário verificar a lei ou o decreto porque, na maioria das reduções,
depende da classificação fiscal da NCM ou TIPI. As reduções das alíquotas para zero:

I - Lei nº 10.865, de 2004, arts. 8º e 38, alterados pelas Leis nºs 10.925, de 2004,
11.033, de 2004, 11.196, de 2005, e 11.727, de 2008, art. 6º: importação e
comercialização de livros, comercialização de produtos hortículas, frutas e ovos
etc.;

II - Lei nº 10.996, de 2004, art.2º: vendas para a Zona Franca de Manaus;

III - Decreto nº 6.426, de 2008: importação e comercialização de produtos


químicos e farmacêuticos elencados;

IV - Decreto nº 5.442, de 2005: receitas financeiras auferidas por pessoas


jurídicas sujeitas ao regime não-cumulativo;

V - Decreto nº 5.171, de 2004, alterado pelo Decreto nº 5.286, de 2004:


importação e comercialização de peças para embarcações, papel para jornal,
papeis, produtos para indústria cinematográfica, audiovisual e radiodifusão,

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aeronaves e suas partes e peças etc. Vide o § 12 do art. 8º da Lei nº 10.865, de


2004;

VI - Decreto nº 5.630, de 2005, e Decreto nº 6.461, de 2008: importação e


comercialização de adubos, fertilizantes, defensivos agropecuários, sementes,
mudas, corretivo de solo, feijão, arroz, farinha, leite em pó etc.

VII - Lei nº 11.484, de 2007, art. 3º e Decreto nº 6.233, de 2007, IN nº 852, de


2008: receita da venda de máquinas e equipamentos adquiridos por pessoa
jurídica beneficiária do PADIS e incidentes na importação de máquinas e
equipamentos pela beneficiária do PADIS;

VIII - Lei nº 11.484, de 2007, art. 4º: receita da venda de eletrônicos


semicondutores, mostradores de informação e projetos (design) pelas
empresas beneficiárias do PADIS;

IX - Lei nº 11.484, de 2007, arts. 14 e 15 e Decreto nº 6.234, de 2007, IN nº


853, de 2008: receitas de vendas de máquinas e equipamentos adquiridos por
pessoa jurídica beneficiária do PATVD e receitas de vendas de equipamentos
transmissores por empresa beneficiária do PATVD;
X - Decreto nº 6.633, de 2008: veículos e embarcações novos adquiridos pela
União, Estados, Municípios e Distrito Federal para transporte escolar de
educação básica pública;

XI - Decreto 6.426/2008: receita da venda e importação de diversos produtos


químicos;

XII - Lei 11.774/2008, art. 3º: receita de venda de materiais e equipamentos,


inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção,
conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações
registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro;

XIII - Lei 11.774/2008, art. 3º: receita de venda de produtos classificados na


posição 87.13 da NCM;

XIV - Lei 11.774/2008, art. 6º: receita de vendas de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, destinados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica
com as atividades elencadas nos incisos I e II do art. 2º da Lei nº 11.484, de
2007 (beneficiária do PADIS);

XV - Lei nº 11.787, de 2008, art. 1º: receita de venda de trigo e farinha de


trigo.

2.16 SUSPENSÃO DE PIS E COFINS

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Várias leis instituíram a figura da suspensão da exigência de PIS e COFINS sobre as


receitas das vendas de bens, entre elas:
I - Lei nº 10.925, de 2004, art. 9º: produtos in natura de origem vegetal de
cerealista nas condições elencadas;

II - Lei nº 10.925, de 2004, § 3º do art. 15 na redação do art. 29 da Lei nº 11.051,


de 2004: produtos in natura de origem vegetal das pessoas jurídicas rurais ou
cooperativas agroindustriais:

III - Lei nº 11.196, de 2005, art. 49, Decreto nº 6.127, de 2007 e IN nº 773, de 28-
08-07: material de embalagem para exportação;

IV - Lei nº 11.196, de 2005, art. 48: desperdícios, resíduos ou aparas;

V - Lei nº 11.196, de 2005, art. 55 e Decreto nº 5.881, de 2006: receita da


venda ou importação de máquinas e equipamentos utilizados na fabricação de
papeis para jornais ou periódicos;

VI - Lei nº 11.196, de 2005, art. 55: venda de máquinas e equipamentos


utilizados na fabricação de papeis destinados à impressão de jornais ou de
papeis classificados nos códigos da TIPI elencados, destinados à impressão de
periódicos, será efetuada com suspensão de PIS e COFINS, quando os referidos
bens forem adquiridos por pessoa jurídica industrial para incorporação ao seu
ativo imobilizado, desde que observadas as condições do art. 55 e seus
parágrafos;

VII - Lei nº 11.488, de 2007, art. 3º e Decretos nºs 6.144 e 6.167, de 2007:
venda ou importação de máquinas e equipamentos e materiais de construção
utilizados em obras de infra-estrutura (incentivo para o REIDI);

VIII - Lei n º 11.488, de 2007, art. 4º e Decretos nºs 6.144 e 6.167, de 2007:
venda ou importação de serviços destinados a obras de infra-estrutura
(incentivo para o REIDI);

IX - Lei nº 11.727, de 2008, art. 4º: receita de aluguel de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos para utilização em obras de infra-estrutura
contratado por beneficiário do REIDI;

X - Lei nº 10.865, de 2004, art. 40, e Lei nº 11.488, de 2007, art. 31: receitas
de frete contratado nas condições elencadas;

XI - Lei nº 11.033, de 2004, art. 14 e Lei nº 11.726 , de 2008, art. 1º: venda de
máquinas e outros bens para beneficiária do REPORTO ou importação por
esta;

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 44

XII - Lei nº 11.727, de 2008, art. 11: venda de cana-de-açúcar para produtora
de álcool no regime não-cumulativo;

XIII - Lei nº 11.732, de 2008, art. 1º: importação e aquisição de bens e serviços
por empresa autorizada a operar em ZPE;

XIV - Lei 11.774/2008, art. 2º: receita de venda de óleo combustível


elencado, destinado à navegação de cabotagem e de apoio portuário e
marítimo, para pessoa jurídica previamente habilitada, nos termos e condições a
serem fixados pela Receita Federal;

XV - Lei 11.774/2008, art.3º: receitas de fretes, bem como as receitas


auferidas pelo operador de transporte multimodal, relativas a frete contratado
pela pessoa jurídica preponderantemente exportadora, no mercado interno
para o transporte dentro do território nacional de matérias-primas e produtos
destinados a pessoa jurídica preponderantemente exportadora;

XVI - Lei 11.774/2008, art. 5º: receita de venda, quando adquiridos pelos
beneficiários do REPORTO, em relação aos bens utilizados na execução de
serviços de transporte de mercadorias em ferrovias e aos trilhos e demais
elementos de vias férreas, relacionados ao Poder Executivo. O art. 5º estendeu
os benefícios do REPORTO.

IN SRF 660/2006, de 17-07-06, dispõe sobre a suspensão da incidência de PIS e COFINS sobre
a receita da venda de produtos agropecuários. Instrução Normativa SRF 675/2006, de 14-09-06,
dispõe sobre a suspensão de PIS e COFINS de que trata o art. 55 da Lei nº 11.196, de 2005.

VENDA DE MEDICAMENTOS PELAS FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO – ALÍQUOTA


ZERO

A Solução de Consulta nº 98 da 4ª RF (DOU de 24-01-05) diz que as receitas de venda direta ao


consumidor dos produtos elencados no art. 1º da Lei nº 10.147, de 2000, adquiridos no mercado
interno e manipulados em farmácia mediante receita médica, sujeitam-se à alíquota zero de PIS e
COFINS.

2.17 DESCONTO RELATIVO AOS ESTOQUES

A pessoa jurídica, submetida à apuração do valor da COFINS não cumulativa, terá direito a
desconto correspondente ao estoque de abertura dos bens adquiridos para revenda e de bens e
serviços utilizados como insumos na fabricação, adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no
País, existentes em 1º de FEVEREIRO de 2004.

O montante de crédito presumido será igual ao resultado da aplicação do percentual de 3% sobre


o valor do estoque.

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O crédito presumido dos estoques será utilizado em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas, a
partir de fevereiro/2004 (inclusive).

Exemplo:

Estoques existentes em 01.02.2004 R$ 1.000.000,00


Crédito Presumido da COFINS = R$ 1.000.000,00 x 3% = R$ 30.000,00
Crédito mensal = R$ 30.000,00 dividido por 12 = R$ 2.500,00

O crédito aplica-se também aos estoques de produtos acabados e em elaboração.

Mudança de opção do lucro presumido para lucro real – crédito de estoques

A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido ou optante pelo SIMPLES, passar
a ser tributada com base no lucro real, na hipótese de sujeitar-se à incidência não-cumulativa da
COFINS, terá direito ao aproveitamento do crédito presumido, calculado sobre o estoque de
abertura, devidamente comprovado, na data da mudança do regime de tributação adotado para
fins do imposto de renda.

2.18 ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS

As pessoas jurídicas ou a elas equiparadas nos termos do inciso III do art. 150, do Regulamento
do IR, que adquirirem imóvel para venda ou promover empreendimento de desmembramento ou
loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de prédio destinado à venda,
apurarão o PIS e a COFINS, nas modalidades não-cumulativas, em conformidade com a IN SRF
nº 458 de 18.10.2004.

2.19 PROPORCIONALIZAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS

Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-cumulativa da COFINS, em relação


apenas a parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos,
despesas e encargos vinculados a essas receitas.
O crédito proporcional será determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

1. apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade
de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
2. rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação
percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a receita
bruta total, auferidas em cada mês.

O critério de alocação deverá ser o mesmo para todo o ano-calendário.

Exemplo:

Contribuinte apurou os seguintes valores em fevereiro/2008:


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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 46

RECEITAS Valor R$ %
Tributadas pelo COFINS não Cumulativo 10.000.000,00 66,67%
Tributadas no Regime Monofásico 5.000.000,00 33,33%
TOTAL 15.000.000,00 100,00%

CUSTOS/DESPESAS (CRÉDITOS
ADMISSÍVEIS)
Produtos Tributados pelo Novo COFINS 5.250.000,00 57,38%
Produtos Tributados no Regime Monofásico 3.900.000,00 42,62%
TOTAL 9.150.000,00 100,00%

Cálculo do Crédito do COFINS:

Critério de Proporcionalização de Receitas:

Percentual de Receitas Tributadas 66,67%

Total dos Custos 9.150.000,00

Base de Cálculo do Crédito 6.100.000,00

1. Crédito COFINS Proporcional á Receita 7,6% 463.600,00

Critério de Sistema de Custos Contábeis:

Base de Cálculo 5.250.000,00

2. Crédito COFINS Proporcional Custos 7,6% 399.000,00

Diferença de Critérios (1 - 2) 64.600,00

Conclusão: se este contribuinte adotar o critério de crédito da COFINS na forma de


proporcionalização de receitas, poderá pagar menos R$ 64.600,00 de COFINS em março/2008.

O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito, será aplicado
consistentemente por todo o ano-calendário e, igualmente, adotado na apuração do crédito
relativo à contribuição para o PIS não-cumulativo, observadas as normas a serem editadas pela
Secretaria da Receita Federal.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 47

2.20 CRÉDITO FABRICANTE/REVENDEDOR

A partir de 24.06.2008, por força do artigo 24 da Lei 11.727/2008, a pessoa jurídica sujeita ao
regime de apuração não cumulativa do PIS e da Cofins, produtora ou fabricante dos produtos
relacionados no § 1 do art. 2 da Lei 10.833/2003, pode descontar créditos relativos à aquisição
desses produtos de outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante, para revenda no
mercado interno ou para exportação.

Os créditos corresponderão aos valores do PIS e da Cofins devidos pelo vendedor em


decorrência da operação.

2.21 CONTRATOS COM PRAZO DE EXECUÇÃO SUPERIOR A UM ANO

Na hipótese de contratos, com prazo de execução superior a um ano, de construção por


empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços a serem produzidos,
a pessoa jurídica contratada ou subcontratada, deve computar em cada período de apuração parte
do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada mediante
aplicação, sobre esse preço total, da percentagem do contrato ou da produção executada no
período de apuração.
A percentagem do contrato ou da produção do período de apuração pode ser determinada:

I - com base na relação entre os custos incorridos no período de apuração e o custo total
estimado da execução da empreitada ou da produção; ou
II - com base em laudo técnico de profissional habilitado, segundo a natureza da
empreitada ou dos bens ou serviços, que certifique a percentagem executada em função
do progresso físico da empreitada ou produção.

O disposto aplica-se ao PIS não-cumulativo de que trata a Lei nº 10.637, de 2002, a partir de 1º
de fevereiro de 2004.

Base: Art. 5 da IN 404/2004.

2.22 OPERAÇÕES DE HEDGE

Até 31.03.2005, a pessoa jurídica não-financeira, sujeita à incidência não-cumulativa da Cofins,


que realizar operações de hedge em bolsa de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado
de balcão, pode apurar crédito calculado sobre o valor das perdas verificadas no mês, nessas
operações, à alíquota de 4,6% (quatro inteiros e seis décimos por cento).

Esta possibilidade de crédito foi revogada, a partir de 01.04.2005, pelo artigo 35 da Lei
11.051/2004.

Consideram-se hedge as operações com derivativos destinadas, exclusivamente, à proteção


contra riscos inerentes às oscilações de preço ou de taxas, quando o objeto do contrato
negociado:

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 48

I - estiver relacionado com as atividades operacionais da pessoa jurídica; e


II - destinar-se à proteção de direitos ou obrigações da pessoa jurídica.

O disposto aplica-se também às operações de hedge realizadas nos mercados financeiro ou de


liquidação futura de taxas de juros, de preços de título ou valor mobiliário, de mercadoria, de
taxa de câmbio e de índices, desde que objetivem a proteção de negócios relacionados com a
atividade operacional da empresa.

A apuração do crédito ocorrerá sobre o valor das perdas apuradas:

I - mensalmente, no caso de operações realizadas nos mercados futuro e a termo com ajuste de
posições;
II - por ocasião da liquidação, antecipada ou no vencimento do contrato, no caso dos demais
mercados de liquidação futura.

A pessoa jurídica não-financeira que adotar o regime de competência no reconhecimento de


variação monetária em função de taxa de câmbio contratada, nos termos do § 1º do art. 30 da
Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, deverá adotar o mesmo regime para
contabilizar os resultados das operações de hedge realizadas nos mercados financeiro ou de
liquidação futura, com contratos sujeitos a referida variação.

Os resultados positivos ou negativos contabilizados desta forma serão considerados para efeito
de apuração da contribuição ou do crédito ora comentado, sendo que o crédito não aproveitado
em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes.

A pessoa jurídica deverá manter a disposição da SRF toda a documentação necessária à


demonstração dos resultados das operações de hedge supra, fornecida pela bolsa ou pela
instituição que intermediar o negócio. Com base na documentação, o contribuinte deverá
elaborar demonstrativo contendo, no mínimo, as informações mencionadas no art. 17 da IN.

Além disso, para comprovar que a operação realizada nos mercados financeiro ou de liquidação
futura atende aos requisitos da IN, o contribuinte deverá manter à disposição da SRF controles
extracontábeis, identificando os bens, direitos ou obrigações que estão sendo objeto de hedge.

No caso de operação de hedge realizada no mercado de balcão, o crédito presumido somente será
admitido se a operação estiver registrada no BACEN, na Bolsa de Mercadorias & Futuros
(BM&F), na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia de Títulos (Selic) e demais entidades autorizadas nos termos
da legislação vigente.

Outros detalhamentos a tais operações foram estipuladas pelo art. 17 e 18 da IN SRF 404/2004.

2.23 CRÉDITO - NÃO INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA COFINS e do PIS


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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 49

Observe-se, ainda, que o valor dos créditos apurados da COFINS de acordo com a Lei
10.833/2003 e do PIS de acordo com a Lei 10.637/2002 não constitui receita bruta da pessoa
jurídica, servindo somente para dedução do valor devido da contribuição.

2. 24 CRÉDITO NAS AQUISIÇÕES DE EMPRESA SITUADA NA ZONA FRANCA DE


MANAUS

A partir de 16.12.2004, ressalvado os créditos de produtos e operações com alíquotas especiais,


na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na Zona Franca de
Manaus, consoante projeto aprovado pelo Conselho de Administração da Superintendência da
Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, o crédito será determinado mediante a aplicação da
alíquota de 4,6% (quatro inteiros e seis décimos por cento).

O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 7,60% na situação de que trata a
alínea b do inciso II do § 5 do art. 2 da Lei 10.833/2003, a partir de 22.05.2006.

Bases: artigo 4º da Lei 10.996/2004, que incluiu o § 17 no artigo 3º da Lei 10.833/2003, e Lei
11.307/2006, artigo 4º, que alterou o respectivo parágrafo a partir de 22.05.2006.

2.25 AQUISIÇÃO DE PAPEL IMUNE

O crédito, na hipótese de aquisição, para revenda, de papel imune a impostos de que trata o art.
150, inciso VI, alínea d da Constituição Federal, quando destinado à impressão de periódicos,
será determinado mediante a aplicação da alíquota prevista no § 2 o do art. 2o da Lei 10.833/2003,
ou seja, de 3,2% (conforme art. 21 da Lei 10.865/2004).

O crédito, na hipótese de aquisição, para revenda de papel imune a impostos de que trata o art.
150, inciso VI, alínea d, da Constituição Federal, quando destinado à impressão de periódicos,
será determinado mediante a aplicação da alíquota prevista no § 2 o do art. 2o da Lei 10.637/2002,
ou seja, que fica sujeita à alíquota de 0,8% (oito décimos por cento), (conforme art. 37 da Lei
10.865/2004).

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 50

3. CRÉDITOS DE PIS E COFINS ADMITIDOS NA INDÚSTRIA

3.1 INDÚSTRIA – FORNECEDORA DE BENS E CONSUMIDORA FINAL

Conceito de Consumidor /Fornecedor ( USO E CONSUMO)

Encontramos o conceito padrão de consumidor no caput do art. 2º. do Código de Defesa do


Consumidor, Lei nº 8.078/90 :

Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final”.

Para José Geraldo Brito Filomeno: “„consumidor‟ qualquer pessoa física ou jurídica que, isolada
ou coletivamente, contrate para consumo final, em benefício próprio ou de outrem,”.

O art. 3º - Lei nº 8.078/90 define fornecedor:

Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Através dos conceitos fornecidos pela Lei, a empresa pode ser tanto fornecedora como
consumidora, ou seja:
- na aquisição dos produtos destinos à cadeia produtiva industrial, esses produtos serão
empregados para a fabricação ou comercialização, assim sendo os produtos adquiridos e
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 51

destinados ao processo produtivo, como: MP + MO + Gastos gerais de fabricação, conforme


conceito contábil, que formarão o processo de produção do produto.

- na aquisição de produtos utilizados como usuário final a pessoa jurídica será consumidora,
como exemplo: matérias e produtos utilizados com a contabilidade, administração, auditoria,
RH, informática, etc.

Importantíssimos são os conceitos legais, doutrinários e jurisprudenciais ora mencionados de


forma que uma empresa industrial tanto é fornecedora como consumidora final, sendo relevante
os bens e serviços adquiridos ou não visando a CADEIA PRODUTIVA.

3.1.1 Bens e serviços integrantes da cadeia produtiva industrial - Fornecedor

Os bens e serviços aplicados na cadeia produtiva industrial, ou seja, aqueles definidos pela
CONTABILIDADE COMO CUSTOS, uma equação que representa o custo de produção
unitário, poderia ser assim obtida: Custo unitário de produção = (MP + MO + GGF): número
de unidades produzidas, de acordo com o Decreto-Lei 1.598/77:

O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:


I – o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo anterior;
II – o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta,
manutenção e guarda das instalações de produção;
III – os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos
bens aplicados na produção;
IV – os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
V – os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

Portanto, os bens e serviços adquiridos para compor o custo do produto, conforme Decreto-Lei
e normas Contábeis vigentes em nosso país e aceitas e vigorantes internacionalmente, face a
unificação, são os bens e serviços integrantes do produto industrial. Nesse diapasão, são os
chamados insumos que compõem a cadeia produtiva da empresa empregados para fabricação de
produtos, ou seja, nesta fase a sociedade industrial é uma fornecedora, aplicando-se definição
legal de FORNECEDOR, conforme art. 3º da Lei 8.070/98.

No mesmo sentido, o REsp 915599/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª turma do STJ, julgado
em 21/08/2008, DJe 05/09/2008, traz a definição de insumo, o qual a pessoa física ou jurídica
aplica em na cadeia produtiva, configurando-se um fornecedor e não consumidor:

“Segundo o artigo 2º do CDC, consumidor é o destinatário final do produto ou serviço,


não se enquadrando nesse conceito a pessoa física ou jurídica que adquire capital ou
bem a ser utilizado em sua cadeia de produção, pois, nesse caso, evidente tratar-se
de insumo e não bem de consumo. Não se aplicando ao caso concreto o disposto no
CDC, indevida a inversão do ônus da prova”. (fl. 133)
( )grifo nosso

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 52

Então os produtos aplicados na cadeia produtiva industrial, conforme o critério de custo


contábil, são denominados de insumos, conforme entendimento cristalina trazido pelo art. 13,
parágrafo 1º, do Decreto 1.598/77, pela doutrina contábil, pelo Código de Defesa do
Consumidor: Lei 8.078/90, art. 2º e 3º, pela jurisprudência do STJ acima mencionada e aplicação
da interpretação e integração legal conforme CTN, observando a analogia, os princípios gerais de
direito.

3.1.2 Bens e serviços aplicados nos setores contábil, administrativo e recursos humanos –
destinatário final (consumidor)

Em relação às demais aquisições de bens e serviços destinadas aos setores contábil,


administrativo, recursos humanos, informática são as relações de consumo em que a empresa
industrial é uma destinatária final ou seja, uma consumidora. Dessa forma, papel, seguro de
vida dos funcionários administrativos, dentre outros, tudo o que não compõem o custo do
produto, como já estudado é uma relação de consumo, onde a indústria é um CONSUMIDOR
FINAL, não integrando a cadeia produtiva.

Também, conforme o REsp 915599/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª turma do STJ, julgado
em 21/08/2008, DJe 05/09/2008, traz a diferenciação entre insumo e bem de consumo,
caracterizando a empresa como consumidora final ou fornecedora em função se a aquisição é
destinada à cadeia produtiva ou ao consumo final:

“Segundo o artigo 2º do CDC, consumidor é o destinatário final do produto ou


serviço, não se enquadrando nesse conceito a pessoa física ou jurídica que adquire
capital ou bem a ser utilizado em sua cadeia de produção, pois, nesse caso, evidente
tratar-se de insumo e não bem de consumo. Não se aplicando ao caso concreto o
disposto no CDC, indevida a inversão do ônus da prova”. (fl. 133)

A dificuldade da definição legal é a de que a qualidade de consumidor está vinculada à condição


do adquirente do produto, a de destinatário final. Assim, na indústria, a aquisição de bens e
serviços empregados nos setores administrativo, contábil, financeiro, RH, não empregados no
ciclo produtivo industrial, a sociedade o faz como destinatário final, ou seja, consumidor.

3.1.3 Conclusão

A companhia industrial, conforme apregoado em seus estatutos constitutivos, tem uma divisão
clara e concisa, pode assumir o pólo de consumidor final ou fornecedor dependendo da
destinação do bens e serviços adquiridos, por exemplo, na aquisição de um material de limpeza a
ser aplicado na atividade fabril é uma relação de fornecimento e será considerado um insumo e
quando adquirido aplicação no setor administrativo será uma relação de consumo final ou seja
será um bem de consumo.

Por mais, que seja uma divisão imaginária, ela deve estar presente e bem clara nas decisões
diretivas da firma industrial, pois será de suma importância com relação aos créditos de PIS e
COFINS a serem tomados pela empresa. Tal divisão se concretiza na formação do custo contábil
adotado pela empresa.
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 53

Pelo que vimos, conforme art. 110 do CTN: “a lei tributária não pode alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado”. Assim sendo, não
podemos ter uma definição de custo para fins de formação o produto pela legislação do Imposto
de Renda (art. 13, Decreto 1.598/77, art. 290 do RIR/99) e outra definição de custos (insumos)
para formação de produtos para fins de crédito do PIS e da COFINS.

Portanto, não é este autor e nem a Receita Federal que vai definir o que é custo (insumo), mas
sim os conceitos já consagrados na Lei Tributária (art. 13, Decreto 1.598/77, art. 290 do RIR/99),
na Doutrina Contábil e principalmente, a classificação contábil de custo adotada pela empresa
industrial, até porque pode existir divergência entre ponderação de empresas quanto à definição,
desde que inseridas em seu registro contábil como custo.

3.2 INSUMOS APLICADOS NA FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DESTINADOS À


VENDA

3.2.1 CRÉDITOS ADMISSÍVEIS

ÁREA DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA (Inc. II, art. 3º, Lei. 10.833) e (Inc. II, art. 3º,
Lei. 10.637):
II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção
ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e
o o
lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2 da Lei n 10.485,
de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da
Tipi; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

Bens e serviços, utilizados como INSUMOS na produção ou fabricação de bens (inciso II, art.
3º, Lei 10.833):
- MATÉRIA-PRIMA
- Matéria-prima usada na fabricação do produto
- Material de Embalagem nos produtos acabados

- SERVIÇOS DE TERCEIROS APLICADOS NA PRODUÇÃO OU FABRICAÇÃO


- Serviços terceirizados aplicados diretamente ou indiretamente nos produtos ou serviços.
Observação: a mão-de-obra da indústria não gera direito a crédito por impedimento legal, por
ter origem da pessoa física

- CUSTOS INDIRETOS Também denominados “Gastos Gerais de Fabricação” ou, ainda “


Gastos Indiretas de Produção”, conforme art. 13, do Decreto 1.598/77e art. 290 do RIR/99)
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 54

compreendem aqueles incorridos no processo de fabricação mas não identificados diretamente a


cada unidade produzida, conforme classificação contábil de custos.

Como exemplos: mão-de-obra indireta, energia, depreciação e manutenção dos edifícios,


instalações, máquinas e equipamentos, do custo da direção e administração da fábrica e outros
vinculados ao processo produtivo:
- Aluguel da fábrica,
- manutenção de máquinas e equipamentos,
- manutenção de máquinas e equipamentos utilizados na produção,
- vigilância, guarda das instalações industriais (terceirizados), desde que o contrato e a nota
fiscal estejam destacados e direcionados à indústria, de forma separada da vigilância das
instalações administrativas (área comercial, contábil, administração, RH, etc.)
- limpeza das instalações industriais (terceirizados), desde que o contrato e a nota fiscal
estejam destacados e direcionados à indústria, de forma separada da vigilância das
instalações administrativas (área comercial, contábil, administração, RH, etc.)
- energia elétrica utilizada no processo fabril,
- combustíveis/lubrificantes,
- água,
- transporte do pessoal ligado à produção,
- comunicações (internet, telefone,etc. utilizadas no setor fabril,
- gastos com alimentação dos funcionários lotados na indústria ,
- seguro de vida dos funcionários alocados ao setor produtivo,
- seguro das instalações industriais, de preferência que na apólice conste a área industrial
distinta da área administrativa
- roupas profissionais utilizadas na indústria,
- treinamento de pessoal da indústria
- e outros custos indiretos aplicados na produção ou fabricação de bens, os quais estão
classificados contabilmente no Grupo de CUSTO DE PRODUÇÃO.

IMPORTANTE: Os gestores industriais para tomarem o crédito dos chamados custos


indiretos ou gastos gerais de fabricação que são confundidos com as despesas
administrativas, devem elaborar os contratos de aquisição e exigir as respectivas notas
fiscais dos fornecedores no sentido de deixar clara a separação existente entre os gastos
aplicados na indústria das despesas administrativas, ou seja, como exemplo, ao contratar o
serviço de vigilância descrever no contrato a metragem da área industrial e da área comercial
que estão sendo abrangidas; e a partir do contrato, solicitar de seus fornecedores notas fiscais
distintas para a área fabril e área comercial. Deve ser guardada a proporção para fins de
tomar o crédito, conforme identificado pela contabilidade de custo. Não existindo tal divisão
e os custos indiretos contabilizados como despesa administrativa, ao nosso ver, será indevido
o crédito por não restar o mesmo identificado e também não existindo a intenção (animus)
jurídica de admiti-lo como custo, e considerada como consumidor final do serviço ou bem,
haja vista, que não compõem a cadeia produtiva, como determina o Código de Defesa do
Consumidor, Lei 8.078/90, no seu artigo 2º. A intenção é preponderante, a qual é
exteriorizada com o registro contábil em contas de custo, se assim não fosse seria despesa, no
Direito penal há crime se houver a intenção do agente em cometê-lo; no Direito Civil só há a

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 55

figura da usucapião se comprovada a intenção do possuidor de agir como se dono fosse; no


Direito Tributário, se o contribuinte não comprovar através de sua contabilidade que tal gasto
faz parte do custo de determinado produto e que compõe a planilha de custos indiretos, não
poderá pleitear o crédito PIS e COFINS; no Direito Administrativo se o agente público age
com a intenção de prejudicar o contribuinte, além da lei, seu ato é nulo.

No mesmo sentido, a própria Receita Federal, que é parte contrária (ver comentário), por que tem
interesse em restringir o direito ao crédito, admite o desconto desde que esse serviço se revele
necessário no processo produtivo, integrando o custo de produção, conforme Solução de
Consulta nº 09, de 20/05/2006, 5ª RF, DOU 07.07.2006:

EMENTA: PIS/PASEP NÃO-CUMULATIVO - CRÉDITO - FRETE Geram direito ao crédito


da contribuição para o PIS/Pasep [e também COFINS], os pagamentos, a pessoas
jurídicas domiciliadas no país, pelo serviço de transporte de bens de um
estabelecimento a outro da mesma pessoa jurídica, na qualidade de insumos para
obtenção de um produto cuja industrialização será concluída no estabelecimento de
destino, desde que esse deslocamento se revele necessário no processo
produtivo, integrando o custo de produção, e desde que o produto acabado seja
destinado à venda. Também geram direito ao crédito mencionado os pagamentos
a pessoa jurídicas domiciliadas no país pelo serviço de transporte de insumos
adquiridos de terceiros, quando o ônus for suportado pelo adquirente e o produto
acabado for destinado à venda.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10637/2002, art. 3º, inciso II, parágrafo 1º, inciso I,
parágrafo 3º, incisos I e III e parágrafo 7º; Instrução Normativa SRF nº 247 de
21.11.2002, e alterações, arts. 66 e 67. Lei nº 10833/2003, art. 3º, inciso II, parágrafo
1º, inciso I, parágrafo 3º, incisos I e III, e parágrafo 7º; 6º, II; Instrução
Normativa SRF nº 404, de 12.03.2004, arts. 7º e8º.
ADALTO LACERDA DA SILVA - Superintendente

Vejamos algumas soluções de consulta sobre o assunto.

Solução de consulta nº 69 de 25/06/2009 - (DOU DE 29.06.2009)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins e Pia

EMENTA: As despesas com aquisição de partes e peças e com serviços de


manutenção em veículos, máquinas e equipamentos empregados diretamente na
produção ou fabricação de bens ou produtos, bem como as despesas com aquisição
de combustíveis e lubrificantes utilizados ou consumidos no processo de produção de
bens geram direito a créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e
peças de reposição não estejam incluídas no ativo imobilizado. Por outro lado, as
despesas com aquisição de materiais de limpeza de equipamentos máquinas, graxas,
pinos, tarraxas e ferramentas não geram direito ao cálculo de créditos.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10833, de 2003, art. 3º, II; IN SRF nº 404, de 2004, art.
8º, parágrafo 4º; IN RFB nº 740, de 2007, art. 12. Lei nº 10637, de 2002, art. 3º, II; IN
SRF nº 247, de
ROBERTO DOMINGUES DE MORAES - Chefe da Divisão Substituto

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 56

Solução de divergência nº 35, de 29 de setembro de 2008

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins e PIS


EMENTA: Cofins não-cumulativa. Créditos. Insumos. As despesas efetuadas com a
aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste ou dano ou a perda de
propriedades físicas ou químicas utilizadas em máquinas e equipamentos que
efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou
produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica domiciliada no País, a partir de 1º
de fevereiro de 2004, geram direito à apuração de créditos a serem descontados da
Cofins, desde que às partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem
incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003; Lei nº 10.865, de 2004; e IN
SRF nº 404, de 2004. : Art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002; Lei nº 10.865, de 2004; IN SRF
nº 247, de 2002; e IN SRF nº 358

3.3 DEPRECIAÇÃO

3.3.1 Depreciação de máquinas e equipamentos

Depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado


utilizados na fabricação de bens- inclusive (inciso VI, art. 3º, Lei 10.833) (inciso VI, art. 3º, Lei
10.637)
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de
bens destinados à venda ou na prestação de serviços; (Redação dada pela Lei nº
11.196, de 2005)

3.3.2 Depreciação de edificações e benfeitorias

-Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP).

VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa;

3.3.3 Cálculo da depreciação

Os encargos de depreciação devem ser determinados mediante a aplicação da taxa de


depreciação fixada pela SRF em função do prazo de vida útil do bem, nos termos das Instruções
Normativas SRF nº 162/1998, e nº 130/1999, conforme art. 1º, da IN SRF 457/2004. Ver Anexo
I , com as principais taxas de depreciação admitidas.
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As pessoas jurídicas devem manter, durante o prazo de 10 (dez) anos, em boa guarda, à
disposição da SRF, os registros contábeis ou planilhas que permitam a comprovação da
utilização dos créditos de depreciação.

Na hipótese de o contribuinte não adotar o mesmo critério de apuração de créditos das


contribuições para todos os bens do seu ativo imobilizado, deverá manter registros contábeis ou
planilhas em separado para cada critério.

Base: Lei 10.833/2003 e IN SRF 457/2004.

3.3.4 Vedação da depreciação e amortização de bens adquiridos até 30.04.2004

Por força do artigo 31 da Lei 10.865/2004, a partir de 31.07.2004, é vedado o desconto de


créditos apurados relativos à depreciação ou amortização de bens e direitos de ativos
imobilizados adquiridos até 30 de abril de 2004.

Poderão ser aproveitados os créditos referidos apurados sobre a depreciação ou amortização de


bens e direitos de ativo imobilizado adquiridos a partir de 01.05.2004.

O direito ao desconto de créditos não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens e


direitos do ativo permanente.

Fica vedada a utilização de créditos, conforme, § 3º, do art. 1º, da IN SRF 457/2004:

I - sobre encargos de depreciação acelerada incentivada, apurados na forma do art. 313 do


RIR/99; e

II - na hipótese de aquisição de bens usados.

3.4 DEPRECIAÇÃO ATIVO IMOBILIZADO- CRITÉRIOS OPCIONAIS -

3.4.1 EM 12 PARCELAS - AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A


PARTIR DE 01.05.2008

Conforme artigo 1º da Lei 11.774/2008, as pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no
prazo de 12 (doze) meses, dos créditos do PIS e da COFINS, na hipótese de aquisição de
máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e serviços.

O disposto neste artigo aplica-se aos bens novos adquiridos ou recebidos a partir do mês de maio
de 2008.

Os créditos serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas do PIS e COFINS,
sobre o valor correspondente a 1/12 do custo de aquisição do bem.

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Via de regra todas as máquinas e equipamentos novos adquiridos a partir de 01.05.2008,


utilizados na produção, optativamente, podem ter o seu crédito relativo ao PIS e a COFINS em
12 meses.

Assim, como exemplo, uma máquina adquirida em 01.04.2009, no valor de R$ 1.000.000,00


dará direito ao crédito de:
a) PIS – no valor de R$ 1.000.000,00 x 1,65% = 16.500,00 / 12 = R$ 1.375,00 durante 12
meses;
b) COFINS - no valor de R$ 1.000.000,00 x 7,6 % = 76.000,00 / 12 = R$ 6.333,33 durante
12 meses;

Alternativamente, pelo fato, se assim não preferir, o crédito será utilizado em 120 meses, tempo
médio de depreciação das máquinas.
O controle deverá ser feito individualmente para cada bem, porém, certamente compensa manter
o controle em face do valor a ser antecipadamente creditado. Convém, lembrar, se a opção for
pelo creditamento em 12 meses, não haverá o direito ao crédito relativamente à depreciação
normal.

3.4.2 EM 24 PARCELAS EDIFICAÇÕES NOVAS – A PARTIR DE 22.01.2007

A partir de 22.01.2007, as pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de vinte e
quatro meses, dos créditos do PIS e da COFINS na hipótese de edificações incorporadas ao ativo
imobilizado, adquiridas ou construídas para utilização na produção de bens destinados à venda
ou na prestação de serviços.

O disposto aplica-se somente aos créditos decorrentes de gastos incorridos a partir de 1º de


janeiro de 2007, efetuados na aquisição de edificações novas ou na construção de edificações.

O direito ao desconto de crédito aplicar-se-á a partir da data da conclusão da obra.

Os créditos serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas sobre o valor
correspondente a um vinte e quatro avos do custo de aquisição ou de construção da edificação.

Para efeito do crédito, no custo de aquisição ou construção da edificação não se inclui o valor:

I - de terrenos;

II - de mão-de-obra paga a pessoa física; e

III - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento do PIS e da COFINS, em


decorrência de imunidade, não incidência, suspensão ou alíquota zero.

Destaque Contábil

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Os valores dos custos com mão-de-obra e com aquisições de bens ou serviços não sujeitos ao
pagamento do PIS e COFINS, deverão ser contabilizados em subcontas distintas.

O valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno,
admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial.

Base Legal: art. 6º da MP 351/2007 e art. 6º da Lei 11.488/2007.

3.4.3 DE IMEDIATO APROVEITAMENTO DO CRÉDITO INTEGRAL NA


AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL DESTINADOS À PRODUÇÃO – A
PARTIR DE 23.10.2007

A partir de 23.10.2007, conforme 1º da Lei 11.529/2007, os créditos do PIS e da Cofins poderão


ser descontados, em seu montante integral, a partir do mês de aquisição no mercado interno ou
de importação, na hipótese de referirem-se a bens de capital destinados à produção ou à
fabricação dos produtos:
I - classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI,
aprovada pelo Decreto no 6.006, de 28 de dezembro de 2006:
a) nos códigos 0801.3, 42.02, 50.04 a 50.07, 51.05 a 51.13, 52.03 a 52.12, 53.06 a 53.11;
b) nos Capítulos 54 a 64;
c) nos códigos 84.29, 84.32, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02,
87.03, 87.04, 87.05 e 87.06; e
d) nos códigos 94.01 e 94.03; e
II - relacionados nos Anexos I e II da Lei 10.485/2002.

Os créditos serão determinados:

1 - mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS, sobre o
valor de aquisição do bem, no caso de aquisição no mercado interno; ou

II - mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS, sobre o
valor que serviu de base de cálculo das contribuições, acrescido do valor do IPI vinculado à
importação, quando integrante do custo de aquisição, no caso de importação.

A utilização dos créditos do PIS e COFINS na forma exposta impede a utilização subseqüente
dos créditos relativos à depreciação dos referidos bens.

Isto significa dizer, por exemplo, que a aquisição de bens de capital (máquinas, equipamentos,
outros) destinado à produção de Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes (cap. 64 da
TIPI), o crédito poderá ser integral na data da aquisição, assim sendo:

Exemplo:

Aquisição de máquina no valor de R$ 2.000.000,00 a ser utilizada na indústria calçadista, o crédito será:
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a) PIS – R$ 2.000.000,00 x 1,65% = R$ 33.000,00 a ser creditada de uma só vez


b) COFINS – R$ 2.000.000,00 x 7,6% = R$ 152.000,00 a ser creditada de uma única vez.

3.5 RELAÇÃO BENS DE CAPITAL DESTINADOS À PRODUÇÃO QUE PODEM SER


UTILIZADOS DE IMEDIATO

I - classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI,


aprovada pelo Decreto no 6.006, de 28 de dezembro de 2006:

a) nos códigos 0801.3, 42.02, 50.04 a 50.07, 51.05 a 51.13, 52.03 a 52.12, 53.06 a 53.11;
b) nos Capítulos 54 a 64;
c) nos códigos 84.29, 84.32, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03,
87.04, 87.05 e 87.06; e
d) nos códigos 94.01 e 94.03; e

II - relacionados nos Anexos I e II da Lei 10.485/2002.

Base: art. 1º da Lei 11.529/2007.

a) Bens de capitais (máquinas/equipamentos) para fabricação de Malas, maletas, bolsas,


mochilas, sacolas em geral estojos, sacos para viagem, sacos isolantes, estojos para
frascos, carteiras estojo de jóias, dentre outros

42.02 Baús para viagem, malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas de documentos e para
estudantes, os estojos para óculos, binóculos, máquinas fotográficas e de filmar, instrumentos musicais, ou
armas e artefatos semelhantes; sacos de viagem, sacos isolantes para gêneros alimentícios e bebidas, bolsas
de toucador, mochilas, bolsas, sacolas, carteiras, porta-moedas, porta-cartões, cigarreiras, tabaqueiras,
estojos para ferramentas, bolsas e sacos para artigos esportivos, estojos para frascos ou garrafas, estojos para
jóias, caixas para pó-de-arroz, estojos para ourivesaria e artefatos semelhantes, de couro natural ou
reconstituído, de folhas de plásticos, de matérias têxteis, de fibra vulcanizada ou de cartão, ou recobertos, no
todo ou na maior parte, dessas mesmas matérias ou de papel.

b) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de fios e tecidos de seda

5004.00.00 Fios de seda (exceto fios de desperdícios de seda) não acondicionados para venda a retalho.

5005.00.00 Fios de desperdícios de seda, não acondicionados para venda a retalho.

5006.00.00 Fios de seda ou de desperdícios de seda, acondicionados para venda a retalho; pêlo de messina (crina de
Florença).

50.07 Tecidos de seda ou de desperdícios de seda.

c) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de lã e tecidos de lã

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51.05 Lã, pêlos finos ou grosseiros, cardados ou penteados (incluída a “lã penteada a granel”).
5105.10.00 -Lã cardada
5105.2 -Lã penteada:
5105.21.00 --”Lã penteada a granel”
5105.29 --Outra
5105.29.10 “Tops”
5105.29.9 Outras
5105.29.91 De finura inferior a 22,5 micrômetros (mícrons)
5105.29.99 Outras
5105.3 -Pêlos finos, cardados ou penteados:
5105.31.00 --De cabra de Cachemira
5105.39.00 --Outros
5105.40.00 -Pêlos grosseiros, cardados ou penteados

51.06 Fios de lã cardada, não acondicionados para venda a retalho.


5106.10.00 -Contendo pelo menos 85%, em peso, de lã
5106.20.00 -Contendo menos de 85%, em peso, de lã

51.07 Fios de lã penteada, não acondicionados para venda a retalho.


5107.10 -Contendo pelo menos 85%, em peso, de lã
5107.10.1 Retorcidos ou retorcidos múltiplos
5107.10.11 De dois cabos, de título inferior ou igual a 184,58 decitex por cabo
5107.10.19 Outros
5107.10.90 Outros
5107.20.00 -Contendo menos de 85%, em peso, de lã

51.08 Fios de pêlos finos, cardados ou penteados, não acondicionados para venda a retalho.
5108.10.00 -Cardados
5108.20.00 -Penteados

51.09 Fios de lã ou de pêlos finos, acondicionados para venda a retalho.


5109.10.00 -Contendo pelo menos 85%, em peso, de lã ou de pêlos finos
5109.90.00 -Outros

5110.00.00 Fios de pêlos grosseiros ou de crina (incluídos os fios de crina revestidos por enrolamento), mesmo
acondicionados para venda a retalho.

51.11 Tecidos de lã cardada ou de pêlos finos cardados.


5111.1 -Contendo pelo menos 85%, em peso, de lã ou de pêlos finos:
5111.11 --De peso não superior a 300g/m2
5111.11.10 De lã
5111.11.20 De pêlos finos
5111.19.00 --Outros
5111.20.00 -Outros, combinados, principal ou unicamente, com filamentos sintéticos ou artificiais
5111.30 -Outros, combinados, principal ou unicamente, com fibras sintéticas ou artificiais descontínuas
5111.30.10 De lã, feltrados, com trama combinada exclusivamente com fibras sintéticas e urdidura exclusivamente de
algodão, de peso superior ou igual a 600g/m2, próprios para fabricação de bolas de tênis
5111.30.90 Outros
5111.90.00 -Outros

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51.12 Tecidos de lã penteada ou de pêlos finos penteados.


5112.1 -Contendo pelo menos 85%, em peso, de lã ou de pêlos finos:
5112.11.00 --De peso não superior a 200g/m2
5112.19 --Outros
5112.19.10 De lã
5112.19.20 De pêlos finos
5112.20 -Outros, combinados, principal ou unicamente, com filamentos sintéticos ou artificiais
5112.20.10 De lã
5112.20.20 De pêlos finos
5112.30 -Outros, combinados, principal ou unicamente, com fibras sintéticas ou artificiais descontínuas
5112.30.10 De lã
5112.30.20 De pêlos finos
5112.90.00 -Outros

5113.00 Tecidos de pêlos grosseiros ou de crina.


5113.00.1 De pêlos grosseiros
5113.00.11 Com um conteúdo de pêlos grosseiros superior ou igual a 85%, em peso
5113.00.12 Com um conteúdo de pêlos grosseiros inferior a 85%, em peso, e que contenham algodão
5113.00.13 Com um conteúdo de pêlos grosseiros inferior a 85%, em peso, e que não contenham algodão
5113.00.20 De crina

d) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de algodão, fios e tecidos de


linho, de juta, de outras fibras têxteis vegetais e de papéis

5203.00.00 Algodão cardado ou penteado.

Ex 01 - Estopas e desperdícios, exceto de sisal


Ex 02 - Em bruto, exceto sisal

53.06 Fios de linho.


5306.10.00 -Simples
5306.20.00 -Retorcidos ou retorcidos múltiplos

53.07 Fios de juta ou de outras fibras têxteis liberianas da posição 53.03.


5307.10 -Simples
5307.10.10 De juta
5307.10.90 Outros
5307.20 -Retorcidos ou retorcidos múltiplos
5307.20.10 De juta
5307.20.90 Outros

53.08 Fios de outras fibras têxteis vegetais; fios de papel.


5308.10.00 -Fios de cairo (fios de fibras de coco)
5308.20.00 -Fios de cânhamo
5308.90.00 -Outros

53.09 Tecidos de linho.


5309.1 -Contendo pelo menos 85%, em peso, de linho:
5309.11.00 --Crus ou branqueados
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5309.19.00 --Outros
5309.2 -Contendo menos de 85%, em peso, de linho:
5309.21.00 --Crus ou branqueados
5309.29.00 --Outros

53.10 Tecidos de juta ou de outras fibras têxteis liberianas da Posição 53.03.


5310.10 -Crus
5310.10.10 Aniagem de juta
5310.10.90 Outros
5310.90.00 -Outros

5311.00.00 Tecidos de outras fibras têxteis vegetais; tecidos de fios de papel.

e) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de produtos têxteis em geral

Capítulos:

54 Filamentos sintéticos ou artificiais; lâminas e formas semelhantes de matérias têxteis sintéticas ou


artificiais.
55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas.
56 Pastas (“ouates”), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; artigos de
cordoaria.
57 Tapetes e outros revestimentos para pavimentos (pisos), de matérias têxteis.
58 Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias; passamanarias; bordados.
59 Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados; artigos para usos técnicos de
matérias têxteis.
60 Tecidos de malha.
61 Vestuário e seus acessórios, de malha.
62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha.
63 Outros artefatos têxteis confeccionados; sortidos; artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e
artefatos de uso semelhante, usados; trapos.

f) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para a fabricação de calçados, chapéus, guarda-


chuvas, bengalas, chicotes, penas preparadas e suas obras, flores artificiais e obras de cabelo

Capítulos:
64 Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes.

g) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de niveladores, raspo-


transportadores, pás mecânicas dentre outros

84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas,


escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores,
autopropulsados.
8429.1 -”Bulldozers” e “angledozers”:
8429.11 --De lagartas
8429.11.10 De potência no volante superior ou igual a 387,76kW (520HP)
8429.11.90 Outros

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8429.19 --Outros
8429.19.10 “Bulldozers” de potência no volante superior ou igual a 234,90kW (315HP)
8429.19.90 Outros
8429.20 -Niveladores
8429.20.10 Motoniveladores articulados, de potência no volante superior ou igual a 205,07kW (275HP)
8429.20.90 Outros
8429.30.00 -Raspo-transportadores (“scrapers”)
8429.40.00 -Compactadores e rolos ou cilindros compressores
8429.5 -Pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras:
8429.51 --Carregadoras e pás carregadoras, de carregamento frontal
8429.51.1 Carregadoras-transportadoras
8429.51.11 Do tipo das utilizadas em minas subterrâneas
8429.51.19 Outras
8429.51.2 Infraestruturas motoras, próprias para receber equipamentos do item 8430.69.1
8429.51.21 De potência no volante superior ou igual a 454,13kW (609HP)
8429.51.29 Outras
8429.51.9 Outras
8429.51.91 De potência no volante superior ou igual a 297,5kW (399HP)
8429.51.92 De potência no volante inferior ou igual a 43,99kW (59HP)
8429.51.99 Outras
8429.52 --Máquinas cuja superestrutura é capaz de efetuar uma rotação de 360°
8429.52.1 Escavadoras
8429.52.11 De potência no volante superior ou igual a 484,7kW (650HP)
8429.52.12 De potência no volante inferior ou igual a 40,3kW (54HP)
8429.52.19 Outras
8429.52.20 Infraestruturas motoras, próprias para receber equipamentos das subposições 8430.49, 8430.61 ou 8430.69,
mesmo com dispositivo de deslocamento sobre trilhos
8429.52.90 Outras
8429.59.00 --Outros

h) Bens de capital (máquinas/equipamentos) utilizados para fabricação de máquinas e


aparelhos de uso agrícola

84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou
para cultura; rolos para gramados, ou para campos de esporte.
8432.10.00 -Arados e charruas
8432.2 -Grades, escarificadores, cultivadores, extirpadores, enxadas e sachadores:
8432.21.00 --Grades de discos
8432.29.00 --Outros
8432.30 -Semeadores, plantadores e transplantadores
8432.30.10 Semeadores-adubadores
8432.30.90 Outros
8432.40.00 -Espalhadores de estrume e distribuidores de adubos (fertilizantes)
8432.80.00 -Outras máquinas e aparelhos
Ex 01- Rolos para gramados
8432.90.00 -Partes

8433.20 -Ceifeiras, incluídas as barras de corte para montagem em tratores


8433.20.10 Com dispositivo de acondicionamento em fileiras constituído por rotor de dedos e pente
8433.20.90 Outras

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8433.30.00 -Outras máquinas e aparelhos para colher e dispor o feno


8433.40.00 -Enfardadeiras de palha ou de forragem, incluídas as enfardadeiras-apanhadeiras
8433.5 -Outras máquinas e aparelhos para colheita; máquinas e aparelhos para debulha:
8433.51.00 --Ceifeiras-debulhadoras
8433.52.00 --Outras máquinas e aparelhos para debulha
8433.53.00 --Máquinas para colheita de raízes ou tubérculos
8433.59 --Outros
8433.59.1 Colheitadeiras de algodão
8433.59.11 Com capacidade para trabalhar até dois sulcos de colheita e potência no volante inferior ou igual a 59,7kW
(80HP)
8433.59.19 Outras
8433.59.90 Outros

i) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de tratores, caminhões,


automóveis, ônibus,

87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09).


8701.10.00 -Motocultores
8701.20.00 -Tratores rodoviários para semi-reboques
8701.30.00 -Tratores de lagartas
8701.90 -Outros
8701.90.10 Tratores especialmente concebidos para arrastar troncos (“log skidders”)
8701.90.90 Outros
Ex 01 – Com tomada de força mecânica ou hidráulica

87.02 Veículos automóveis para transporte de dez pessoas ou mais, incluído o motorista.
8702.10.00 -Com motor de pistão, de ignição por compressão (diesel ou semidiesel)
Ex 01 - Com volume interno de habitáculo, destinado a passageiros e motorista, superior a 6m³, mas inferior
a 9m³
Ex 02 - Com volume interno de habitáculo, destinado a passageiros e motorista, igual ou superior a 9m³
8702.90 -Outros
8702.90.10 Trólebus
8702.90.90 Outros
Ex 01 - Com volume interno de habitáculo, destinado a passageiros e motorista, superior a 6m³, mas inferior
a 9m³
Ex 02 - Com volume interno de habitáculo, destinado a passageiros e motorista, igual ou superior a 9m³

87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte
de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os
automóveis de corrida.
8703.10.00 -Veículos especialmente concebidos para se deslocar sobre a neve; veículos especiais para transporte de
pessoas nos campos de golfe e veículos semelhantes
8703.2 -Outros veículos com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha:
8703.21.00 --De cilindrada não superior a 1.000cm³
8703.22 --De cilindrada superior a 1.000cm³, mas não superior a 1.500cm³
8703.22.10 Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a seis, incluído o motorista
8703.22.90 Outros
8703.23 --De cilindrada superior a 1.500cm³, mas não superior a 3.000cm³

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8703.23.10 Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a seis, incluído o motorista
Ex 01 – De cilindrada superior a 1.500 cm³, mas não superior a 2.000 cm³
8703.23.90 Outros
Ex 01 – De cilindrada superior a 1.500 cm³, mas não superior a 2.000 cm³
8703.24 --De cilindrada superior a 3.000cm³
8703.24.10 Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a seis, incluído o motorista
8703.24.90 Outros
8703.3 -Outros veículos, com motor de pistão, de ignição por compressão (diesel ou semidiesel):
8703.31 --De cilindrada não superior a 1.500cm³
8703.31.10 Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a seis, incluído o motorista
8703.31.90 Outros
8703.32 --De cilindrada superior a 1.500cm3 mas não superior a 2.500cm³
8703.32.10 Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a seis, incluído o motorista
8703.32.90 Outros
8703.33 --De cilindrada superior a 2.500cm³
8703.33.10 Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a seis, incluído o motorista
8703.33.90 Outros
8703.90.00 -Outros

87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias.


8704.10 -”Dumpers” concebidos para serem utilizados fora de rodovias
8704.10.10 Com capacidade de carga superior ou igual a 85 toneladas
8704.10.90 Outros
8704.2 -Outros, com motor de pistão, de ignição por compressão (diesel ou semidiesel):
8704.21 --De peso em carga máxima não superior a 5 toneladas
8704.21.10 Chassis com motor e cabina
Ex 01 - De camionetas, furgões, “pick-ups” e semelhantes
8704.21.20 Com caixa basculante
Ex 01 - De camionetas, furgões, “pick-ups” e semelhantes
8704.21.30 Frigoríficos ou isotérmicos
Ex 01 - De camionetas, furgões, “pick-ups” e semelhantes
8704.21.90 Outros
Ex 01 - De camionetas, furgões, “pick-ups” e semelhantes
Ex 02 - Carro-forte para transporte de valores
8704.22 --De peso em carga máxima superior a 5 toneladas, mas não superior a 20 toneladas
8704.22.10 Chassis com motor e cabina
8704.22.20 Com caixa basculante
8704.22.30 Frigoríficos ou isotérmicos
8704.22.90 Outros
8704.23 --De peso em carga máxima superior a 20 toneladas
8704.23.10 Chassis com motor e cabina
8704.23.20 Com caixa basculante
8704.23.30 Frigoríficos ou isotérmicos
8704.23.90 Outros
8704.3 -Outros, com motor de pistão, de ignição por centelha:
8704.31 --De peso em carga máxima não superior a 5 toneladas
8704.31.10 Chassis com motor e cabina
Ex 01 - De caminhão
8704.31.20 Com caixa basculante
Ex 01 - Caminhão
8704.31.30 Frigoríficos ou isotérmicos
Ex 01 - Caminhão

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8704.31.90 Outros
Ex 01 - Caminhão
8704.32 --De peso em carga máxima superior a 5 toneladas
8704.32.10 Chassis com motor e cabina
8704.32.20 Com caixa basculante
8704.32.30 Frigoríficos ou isotérmicos
8704.32.90 Outros
8704.90.00 -Outros

87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo, auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos
de combate a incêndio, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-
oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de
mercadorias.
8705.10 -Caminhões-guindastes
8705.10.10 Com haste telescópica de altura máxima superior ou igual a 42m, capacidade máxima de elevação superior
ou igual a 60 toneladas, segundo a Norma DIN 15019, Parte 2, e com 2 ou mais eixos de rodas direcionáveis
8705.10.90 Outros
8705.20.00 -Torres (“derricks”) automóveis, para sondagem ou perfuração
8705.30.00 -Veículos de combate a incêndio
8705.40.00 -Caminhões-betoneiras
8705.90 -Outros
8705.90.10 Caminhões para a determinação de parâmetros físicos característicos (perfilagem) de poços petrolíferos
8705.90.90 Outros

8706.00 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05.
8706.00.10 Dos veículos da posição 87.02
Ex 01 - De veículos dos Ex 01 e 02 dos códigos 8702.10.00 e 8702.90.90
8706.00.20 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8706.00.90 Outros
Ex 01 - De caminhões

j) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de móveis, estofados, camas

94.01 Assentos (exceto os da posição 94.02), mesmo transformáveis em camas, e suas partes.
9401.10 -Assentos dos tipos utilizados em veículos aéreos
9401.10.10 Ejetáveis
9401.10.90 Outros
9401.20.00 -Assentos dos tipos utilizados em veículos automóveis
Ex 01 - De ônibus
Ex 02 - De caminhões
Ex 03 - De tratores agrícolas ou de colheitadeiras
Ex 04 - De ferro ou aço, dos tipos usados em colheitadeiras
9401.30 -Assentos giratórios, de altura ajustável
9401.30.10 De madeira
9401.30.90 Outros
9401.40 -Assentos transformáveis em camas, exceto material de acampamento ou de jardim
9401.40.10 De madeira
9401.40.90 Outros

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9401.5 -Assentos de ratã, vime, bambu ou matérias semelhantes:


9401.51.00 --De bambu ou ratã
9401.59.00 --Outros
9401.6 -Outros assentos, com armação de madeira:
9401.61.00 --Estofados
9401.69.00 --Outros
9401.7 -Outros assentos, com armação de metal:
9401.71.00 --Estofados
9401.79.00 --Outros
9401.80.00 -Outros assentos
9401.90 -Partes
9401.90.10 De madeira
9401.90.90 Outros

94.03 Outros móveis e suas partes.


9403.10.00 -Móveis de metal, do tipo utilizado em escritórios
9403.20.00 -Outros móveis de metal
Ex 01 - Do tipo utilizado em cozinhas
9403.30.00 -Móveis de madeira, do tipo utilizado em escritórios
9403.40.00 -Móveis de madeira, do tipo utilizado em cozinhas
9403.50.00 -Móveis de madeira, do tipo utilizado em quartos de dormir
9403.60.00 -Outros móveis de madeira
9403.70.00 -Móveis de plásticos
9403.8 -Móveis de outras matérias, incluídos o ratã, vime, bambu ou matérias semelhantes
9403.81.00 --De bambu ou ratã
9403.89.00 --Outros
9403.90 -Partes
9403.90.10 De madeira
9403.90.90 Outras

k) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de auto peças e partes de


veículos

II - relacionados nos Anexos I e II da Lei 10.485/2002.

ANEXO I

CÓDIGO CÓDIGO
4016.10.10 8483.20.00
4016.99.90 Ex 03 e 05 8483.30
68.13 8483.40
7007.11.00 8483.50
7007.21.00 8505.20
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7009.10.00 8507.10.00
7320.10.00 Ex 01 85.11
8301.20.00 8512.20
8302.30.00 8512.30.00
8407.33.90 8512.40
8407.34.90 8512.90.00
8408.20 8527.2
8409.91 8536.50.90 Ex 01
(Redação dada pelo Decreto nº 6.006, de
2006)
(Vide art. 3º §1)
8409.99 8539.10
8413.30 8544.30.00
8413.91.00 Ex 01 8706.00
8414.80.21 87.07
8414.80.22 87.08
8415.20 9029.20.10
8421.23.00 9029.90.10
8421.31.00 9030.39.21
8431.41.00 9031.80.40
8431.42.00 9032.89.2
8433.90.90 9104.00.00
8481.80.99 Ex 01 e 02 9401.20.00
8483.10

4016.10.10 Partes de veículos automóveis ou tratores e de máquinas ou aparelhos, não domésticos, dos Capítulos 84,
85 ou 90
4016.99.90 Outras
Ex 01 - Sapatas
Ex 02 - Partes dos produtos das posições 8608, 8710 e 8713
Ex 03 - Tapetes próprios para ônibus ou caminhões
Ex 04 - Viras para calçados
Ex 05 - Tapetes próprios para veículos automóveis, exceto ônibus ou caminhões

68.13 Guarnições de fricção (por exemplo, placas, rolos, tiras, segmentos, discos, anéis, pastilhas), não
montadas, para freios, embreagens ou qualquer outro mecanismo de fricção, à base de amianto, de
outras substâncias minerais ou de celulose, mesmo combinadas com têxteis ou outras matérias.

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6813.20.00 -Contendo amianto


Ex 01 - Guarnições para freios e disco de fricção para embreagens
6813.8 -Não contendo amianto:
6813.81 --Guarnições para freios
6813.81.10 Pastilhas
6813.81.90 Outras
6813.89 --Outras
6813.89.10 Disco de fricção para embreagens
6813.89.90 Outras

7007.11.00 --De dimensões e formatos que permitam a sua aplicação em automóveis, veículos aéreos, barcos ou outros veículos
Ex 01 - Para ônibus ou caminhões, nas seguintes dimensões (admitida a tolerância de até 5%, para mais ou para menos):
1.693 x 575 x 6,75mm; 1.305 x 489 x 6mm; 728 x 489 x 6mm; 640 x 220 x 4,8mm; e 600 x 595 x 4,8mm
7007.21.00 --De dimensões e formatos que permitam a sua aplicação em automóveis, veículos aéreos, barcos ou outros veículos
Ex 01 - Para ônibus ou caminhões, nas seguintes dimensões (admitida a tolerância de até 5%, para mais ou para menos):
2.075 x 787 x 6,76mm; 1.950 x 800 x 6mm; 1.800 x 800 x 6mm; 1.693 x 575 x 6,75mm; e 1.300 x 1.235 x 6mm
7010.10.00 -Ampolas 0

73.20 Molas e folhas de molas, de ferro ou aço.


7320.10.00 -Molas de folhas e suas folhas
Ex 01 - Para ônibus ou caminhões, com espessura da folha igual ou superior a 9 mm

8301.20.00 -Fechaduras dos tipos utilizados em veículos automóveis 10

8302.30.00 -Outras guarnições, ferragens e artigos semelhantes, para veículos automóveis


8407.33.90 Outros
8407.33 --De cilindrada superior a 250cm³, mas não superior a 1.000cm³
8407.33.10 Monocilíndricos
8407.33.90 Outros
8407.34 --De cilindrada superior a 1.000cm³
8407.34.10 Monocilíndricos
8407.34.90 Outros

8408.20 -Motores dos tipos utilizados para propulsão de veículos do Capítulo 87


8408.20.10 De cilindrada inferior ou igual a 1.500cm³
8408.20.20 De cilindrada superior a 1.500cm³, mas inferior ou igual a 2.500cm³
Ex 01 - De ônibus ou caminhões, de potência igual ou superior a 125HP
Ex 02 - De tratores agrícolas, com até 2.600 rpm em potência máxima
8408.20.30 De cilindrada superior a 2.500cm³, mas inferior ou igual a 3.500cm³
Ex 01 - De ônibus ou caminhões, de potência igual ou superior a 125HP
Ex 02 - De tratores agrícolas, com até 2.600 rpm em potência máxima
8408.20.90 Outros
Ex 01 - De ônibus ou caminhões, de potência igual ou superior a 125HP
Ex 02 - De tratores agrícolas, com até 2.600 rpm em potência máxima

8409.9 -Outras:
8409.91 --Reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas aos motores de pistão, de ignição por
centelha
8409.91.1 Bielas, blocos de cilindros, cabeçotes, cárteres, carburadores, válvulas de admissão ou de escape, coletores

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de admissão ou de escape, anéis de segmento e guias de válvulas


8409.91.11 Bielas
8409.91.12 Blocos de cilindros, cabeçotes e cárteres
8409.91.13 Carburadores, com bomba e dispositivo de compensação de nível de combustível incorporados, ambos a
membrana, de diâmetro de venturi inferior ou igual a 22,8mm e peso inferior ou igual a 280g
8409.91.14 Válvulas de admissão ou de escape
8409.91.15 Coletores de admissão ou de escape
8409.91.16 Anéis de segmento
8409.91.17 Guias de válvulas
8409.91.18 Outros carburadores
8409.91.20 Pistões ou êmbolos
8409.91.30 Camisas de cilindro
8409.91.40 Injeção eletrônica
8409.91.90 Outras

8483.20.00 -Mancais com rolamentos incorporados


8483.30 -Mancais sem rolamentos; “bronzes”
8483.30.10 Montados com “bronzes” de metal antifricção
8483.30.20 “Bronzes”
8483.30.90 Outros
8483.40 -Engrenagens e rodas de fricção, exceto rodas dentadas simples e outros órgãos elementares de transmissão
apresentados separadamente; eixos de esferas ou de roletes; caixas de transmissão, redutores,
multiplicadores e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque
8483.40.10 Caixas de transmissão, redutores, multiplicadores e variadores de velocidade, incluídos os conversores de
torques
8483.40.90 Outros
8483.50 -Volantes e polias, incluídas as polias para cadernais
8483.50.10 Polias, exceto as de rolamentos reguladoras de tensão
8483.50.90 Outras

8505.20 -Acoplamentos, embreagens, variadores de velocidade e freios, eletromagnéticos


8505.20.10 Freios que atuam por corrente de Foucault, do tipo dos utilizados nos veículos das posições 87.01 a 87.05
8505.20.90 Outros

85.07 Acumuladores elétricos e seus separadores, mesmo de forma quadrada ou retangular.


8507.10.00 -De chumbo, do tipo utilizado para o arranque dos motores de pistão
Ex 01 - Do tipo utilizado para o arranque dos motores de ignição por compressão, com intensidade de
corrente igual ou superior a 90 Ah

85.11 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por centelha ou
por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de ignição, velas de ignição ou
de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e alternadores, por exemplo) e
conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores.
8511.10.00 -Velas de ignição
8511.20 -Magnetos; dínamos-magnetos; volantes magnéticos
8511.20.10 Magnetos
8511.20.90 Outros
8511.30 -Distribuidores; bobinas de ignição
8511.30.10 Distribuidores
8511.30.20 Bobinas de ignição
8511.40.00 -Motores de arranque, mesmo funcionando como geradores

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Ex 01 - Para sistema elétrico em 24V, com potência igual ou superior a 3kW


8511.50 -Outros geradores
8511.50.10 Dínamos e alternadores
Ex 01 - Para sistema elétrico em 24V, exceto para uso em aeronáutica
8511.50.90 Outros
8511.80 -Outros aparelhos e dispositivos
8511.80.10 Velas de aquecimento
8511.80.20 Reguladores de voltagem (conjuntores-disjuntores)
8511.80.30 Ignição eletrônica digital
8511.80.90 Outros
8511.90.00 -Partes

8512.20 -Outros aparelhos de iluminação ou de sinalização visual


8512.20.1 Aparelhos de iluminação
8512.20.11 Faróis
Ex 01 - Para colheitadeiras ou tratores agrícolas
8512.20.19 Outros
8512.20.2 Aparelhos de sinalização visual
8512.20.21 Luzes fixas
Ex 01 - Lanternas para tratores agrícolas
8512.20.22 Luzes indicadoras de manobras
8512.20.23 Caixas de luzes combinadas
8512.20.29 Outros
8512.30.00 -Aparelhos de sinalização acústica
8512.40 -Limpadores de pára-brisas, degeladores e desembaçadores
8512.40.10 Limpadores de pára-brisas
8512.40.20 Degeladores e desembaçadores
8512.90.00 -Partes

85.39 Lâmpadas e tubos elétricos de incandescência ou de descarga, incluídos os artigos denominados


“faróis e projetores, em unidades seladas” e as lâmpadas e tubos de raios ultravioleta ou
infravermelhos; lâmpadas de arco.
8539.10 -Faróis e projetores, em unidades seladas
8539.10.10 Para tensão inferior ou igual a 15V
8539.10.90 Outros

8544.30.00 -Jogos de fios para velas de ignição e outros jogos de fios dos tipos utilizados em quaisquer veículos
Ex 01- Para sistema elétrico em 24 V (conforme republicação no DOU de 07.03.2007)

8706.00 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05.
8706.00.10 Dos veículos da posição 87.02
Ex 01 - De veículos dos Ex 01 e 02 dos códigos 8702.10.00 e 8702.90.90
8706.00.20 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8706.00.90 Outros
Ex 01 - De caminhões

87.07 Carroçarias para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05, incluídas as cabinas.
8707.10.00 -Para os veículos da posição 87.03
8707.90 -Outras
8707.90.10 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10

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8707.90.90 Outras
Ex 01 - De veículos dos Ex 01 e 02 dos códigos 8702.10.00 e 8702.90.90

87.08 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05.
8708.10.00 -Pára-choques e suas partes
8708.2 -Outras partes e acessórios de carroçarias (incluídas as de cabinas):
8708.21.00 --Cintos de segurança
8708.29 --Outros
8708.29.1 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.29.11 Pára-lamas
8708.29.12 Grades de radiadores
8708.29.13 Portas
8708.29.14 Painéis de instrumentos
8708.29.19 Outros
8708.29.9 Outros
8708.29.91 Pára-lamas
8708.29.92 Grades de radiadores
8708.29.93 Portas
8708.29.94 Painéis de instrumentos
8708.29.95 Geradores de gás para acionar retratores de cintos de segurança
8708.29.99 Outros
8708.30 -Freios e servo-freios; suas partes
8708.30.1 --Guarnições de freios montadas
8708.30.11 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.30.19 Outras
8708.30.90 Outros
8708.40 -Caixas de marchas e suas partes
8708.40.1 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.40.11 Servo-assistidas, próprias para torques de entrada superiores ou iguais a 750Nm
8708.40.19 Outras
8708.40.90 Outras
8708.50 -Eixos de transmissão com diferencial, mesmo providos de outros órgãos de transmissão e eixos não
motores; suas partes
8708.50.1 Dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.50.11 Eixos com diferencial com capacidade de suportar cargas superiores ou iguais a 14.000kg, redutores
planetários nos extremos e dispositivo de freio incorporado, do tipo dos utilizados em veículos da
subposição 8704.10
8708.50.12 Eixos não motores
8708.50.19 Outros
8708.50.80 Outros
8708.50.9 Partes
8708.50.91 De eixos não motores, dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.50.99 Outras
8708.70 -Rodas, suas partes e acessórios
8708.70.10 De eixos propulsores dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.70.90 Outros
8708.80.00 -Sistemas de suspensão e suas partes (incluídos os amortecedores de suspensão)
Ex 01 - Amortecedores de suspensão de veículos das posições 87.02, 87.04 (exceto a subposição 8704.10) e
87.05 e da subposição 8701.20
Ex 02 - Amortecedores de suspensão
8708.9 -Outras partes e acessórios:
8708.91.00 --Radiadores e suas partes

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8708.92.00 --Silenciosos e tubos de escape; suas partes


Ex 01 - De veículos das posições 87.01, 87.02, 87.04 e 87.05 (exceto partes)
Ex 02 - Partes
8708.93.00 --Embreagens e suas partes
Ex 01 - De veículos das posições 87.01, 87.02, 87.04 e 87.05
8708.94 --Volantes, barras e caixas, de direção; suas partes
8708.94.1 Volantes, barras e caixas, de direção dos veículos das subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 ou 8704.10
8708.94.11 Volantes
8708.94.12 Barras
8708.94.13 Caixas
8708.94.8 Outros
8708.94.81 Volantes
8708.94.82 Barras
8708.94.83 Caixas
8708.94.90 Partes
8708.95 --Bolsas infláveis de segurança com sistema de insuflação (“airbags”); suas partes
8708.95.10 Bolsas infláveis de segurança com sistema de insuflação (“airbags”)
8708.95.2 Partes
8708.95.21 Bolsas infláveis para “airbags”
8708.95.22 Sistema de insuflação
8708.95.29 Outras
8708.99 --Outros
8708.99.10 Dispositivos para comando de acelerador, freio, embreagem, direção ou caixa de marchas mesmo os de
adaptação dos preexistentes, do tipo dos utilizados por pessoas incapacitadas
8708.99.90 Outros

9029.20.10 Indicadores de velocidade e tacômetros


Ex 01 - Para veículos com sistema elétrico em 24V

9029.90.10 De indicadores de velocidade e tacômetros

9032.89.2 Controladores eletrônicos do tipo dos utilizados em veículos automóveis


9032.89.21 De sistemas antibloqueantes de freio (ABS)
9032.89.22 De sistemas de suspensão
9032.89.23 De sistemas de transmissão
9032.89.24 De sistemas de ignição
9032.89.25 De sistemas de injeção
9032.89.29 Outros
9032.89.30 Equipamentos digitais para controle de veículos ferroviários

9104.00.00 Relógios para painéis de instrumentos e relógios semelhantes, para automóveis, veículos aéreos,
embarcações ou para outros veículos.

9401.20.00 -Assentos dos tipos utilizados em veículos automóveis


Ex 01 - De ônibus
Ex 02 - De caminhões
Ex 03 - De tratores agrícolas ou de colheitadeiras
Ex 04 - De ferro ou aço, dos tipos usados em colheitadeiras

l) Bens de capital (máquinas/equipamentos) para fabricação de tubos de borracha


vulcanizada, partes posição 84.31, motores para máquinas, cilindros hidráulicos,
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cilindros pneumáticos, bombas volumétricas, compressores de ar, caixas de ventilação,


válvulas e outros

ANEXO II

1. Tubos de borracha vulcanizada não endurecida da posição 40.09, com acessórios, próprias
para máquinas e veículos autopropulsados das posições 84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00,
8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06;

2. Partes da posição 84.31, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às


máquinas e aparelhos das posições 84.29;

3. Motores do código 8408.90.90, próprios para máquinas dos códigos 84.29, 8433.20,
8433.30.00, 8433.40.00 e 8433.5;

4. Cilindros hidráulicos do código 8412.21.10, próprios para máquinas dos códigos 84.29,
8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00 e 8433.5;

5. Outros motores hidráulicos de movimento retilíneo (cilindros) do código 8412.21.90, próprios


para máquinas dos códigos 84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00 e 8433.5;

6. Cilindros pneumáticos do código 8412.31.10, próprios para produtos dos códigos 8701.20.00,
87.02 e 87.04;

7. Bombas volumétricas rotativas do código 8413.60.19, próprias para produtos dos códigos
84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 8701.20.00, 87.02 e 87.04;

8. Compressores de ar do código 8414.80.19, próprios para produtos dos códigos 8701.20.00,


87.02 e 87.04;

9. Caixas de ventilação para veículos autopropulsados, classificadas no código 8414.90.39;

10. Partes classificadas no código 8432.90.00, de máquinas das posições 8432.40.00 e


8432.80.00;

11. Válvulas redutoras de pressão classificadas no código 8481.10.00, próprias para máquinas e
veículos autopropulsados dos códigos 84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01,
87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06;

12. Válvulas para transmissões óleo-hidráulicas ou pneumáticas classificadas no código


8481.20.90, próprias para máquinas dos códigos 84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00 e
8433.5;

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13. Válvulas solenóides classificadas no código 8481.80.92, próprias para máquinas e veículos
autopropulsados das posições 84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02,
87.03, 87.04, 87.05 e 87.06;

14. Embreagens de fricção do código 8483.60.1, próprias para máquinas dos códigos 84.29,
8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00 e 8433.5;

3.6 DEPRECIAÇÃO ATIVO IMOBILIZADO- CRITÉRIOS OPCIONAIS – 48


PARCELAS

Opcionalmente, a partir de 01.05.2004, o contribuinte poderá calcular o crédito de depreciação


relativo à aquisição de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 4
(quatro) anos, mediante a aplicação, a cada mês, da alíquota de 7,6% sobre o valor
correspondente a 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com o
artigo art. 4º da IN SRF 457/2004, sendo irretratável a opção quando efetuada.

Na data da opção facultativa, sobre os bens que estiverem parcialmente depreciados, devem ser
aplicadas as alíquotas sobre a parcela correspondente a 1/48 do seu valor residual.

O critério adotado para a recuperação dos créditos decorrentes da aquisição de bens do ativo
imobilizado deve ser o mesmo para o PIS e a Cofins.

Base: art. 21 da Lei 10.865/2004, que introduziu o parágrafo 14 ao artigo 3º da Lei 10.833/2003
e art. 3º, 4º e 7º da IN SRF 457/2004.

3.7 VASILHAMES

Opcionalmente, a partir de 26.07.2004, o contribuinte poderá calcular o crédito de depreciação,


relativo à aquisição de embalagens de vidro retornáveis, classificadas no código 7010.90.21 da
TIPI, destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 12 meses, à razão de 1/12 (um doze avos), ou,
na hipótese de opção pelo regime de tributação previsto no art. 52 da Lei 10.833/2003, poderá
creditar-se de 1/12 (um doze avos) do valor da contribuição incidente, mediante alíquota de
7,6%, na aquisição dos vasilhames, conforme art. 4º, da IN SRF 457/2004, sendo irretratável a
opção quando efetuada.

Na data da opção facultativa, sobre os bens que estiverem parcialmente depreciados, a alíquota
deve ser aplicada sobre a parcela correspondente a 1/12 do seu valor residual.

É vedada a utilização de créditos de encargos de depreciação relativos à aquisição de vasilhames


usados e de valores decorrentes de eventual reavaliação.

A partir de 01.01.2009, na hipótese de opção pelo regime especial instituído pelo art. 58-J da Lei
10.833/2003, o crédito pode ser apropriado no prazo de 6 (seis) meses, à razão de 1/6 (um sexto)
do valor da contribuição incidente, mediante alíquota específica, na aquisição dos vasilhames,

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ficando o Poder Executivo autorizado a alterar o prazo e a razão estabelecidos para o cálculo dos
referidos créditos.

Base: art. 5 da Lei 10.925/2004, que introduziu o parágrafo 16 ao art. 3 da Lei 10.833/2003, art.
3º e 4º da IN SRF 457/2004 e artigo 36 da Lei 11.727/2008.

3.8. CRÉDITO PRESUMIDO – AQUISIÇÕES DE PRODUTOS DE ORGIEM ANIMAL


OU VEGETAL DE PESSOAS FÍSICAS/JURIFICAS UTILIZADOS NA
INDUSTRIALIZAÇÃO DESTINADA À ALIMENTAÇÃO HUMANA OU ANIMAL

3.8.1 CRÉDITO PRESUMIDO DE PRODUTOS ADQUIRIDOS DE PESSOA FÍSICA

A partir de 30.12.2004, as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias


de origem animal ou vegetal, classificadas nos capítulos 2, 3, exceto os produtos vivos desse
capítulo, e 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos códigos 03.02, 03.03, 03.04, 03.05, 0504.00, 0701.90.00,
0702.00.00, 0706.10.00, 07.08, 0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os códigos 0713.33.19,
0713.33.29 e 0713.33.99, 1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00, 18.01, 18.03, 1804.00.00,
1805.00.00, 20.09, 2101.11.10 e 2209.00.00, todos da NCM, destinadas à alimentação humana
ou animal, poderão deduzir do PIS e COFINS não cumulativos devidos em cada período de
apuração, crédito presumido, calculado sobre o valor dos bens referidos utilizados como insumo
na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados á venda,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física.

Base: artigo 8 da Lei 10.925/2004, na redação dada pelo artigo 29 da Lei 11.051/2004.

3.8.1 CRÉDITO PRESUMIDO DE PRODUTOS ADQUIRIDOS DE PESSOA JURÍDICA

O crédito presumido aplica-se também às aquisições efetuadas de:

I – cerealista que exerça cumulativamente as atividades de limpar, padronizar, armazenar e


comercializar os produtos in natura de origem vegetal, classificados nos códigos 09.01, 10.01 a
10.08, exceto os dos códigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos da NCM;

Nota: até 22.11.2005, data da publicação da Lei 11.196/2005, os créditos se aplicavam às aquisições
efetuadas de cerealista que exerça cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e
comercializar os produtos in natura de origem vegetal, classificados nos códigos 09.01, 10.01 a 10.08,
exceto os dos códigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos da NCM.

II – pessoa jurídica que exerça cumulativamente as atividades de transporte, resfriamento e


venda a granel de leite in natura; e

III - pessoa jurídica que exerça atividade agropecuária e cooperativa de produção agropecuária.

3.8.3 RESTRIÇÃO

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O direito ao crédito presumido só se aplica aos bens adquiridos ou recebidos, no mesmo período
de apuração, de pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País.

3.8.4 MONTANTE DO CRÉDITO

O montante do crédito presumido será determinado mediante aplicação, sobre o valor das
mencionadas aquisições, de alíquota correspondente a:

I - 60% (sessenta por cento) da alíquota do PIS e da COFINS, para os produtos de origem
animal classificados nos Capítulos 2 a 4, 16, e nos códigos 15.01 a 15.06, 1516.10, e as
misturas ou preparações de gorduras ou de óleos animais dos códigos 15.17 e 15.18; e

II - 35% (trinta e cinco por cento) da alíquota do PIS e da COFINS, para os demais
produtos.

3.9 CRÉDITOS ADMINITIDOS NA ÁREA ADMINISTRATIVA DA INDÚSTRIA

-Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados na atividade da empresa, pagos à


pessoas jurídicas; (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.833) (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.637)

- Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP).
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa;
- Devolução de Mercadorias vendidas (inciso VIII , art. 3º Lei 10.833) (Inc. IV, art. 3º, Lei
10.637)

-Energia Elétrica consumida nos estabelecimentos da empresa (inciso IX, art. 3º, Lei 10.637,
introduzida pelo artigo 25 da Lei 10.684), inciso III, art. 3º, Lei 10.833:
art. 3º - 10.833 - III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de
vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei
nº 11.488, de 2007)

- Armazenagem e Fretes (art.3º, IX da Lei 10.833); (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP)

IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos


incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.

-Vale transporte, refeição, etc. Lei 11898/2009 – art. 24 e 25

X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme


fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de
prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.

3.10 CRÉDITOS ADMITIDOS COM RELAÇÃO AOS PRODUTOS VENDIDOS COM


ALÍQUOTA ZERO, SUSPENSÃO, ISENÇÃO, NÃO INCIDÊNCIA
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 79

Entrada tributada e saída sem tributação, o art. 17 da Lei 10.033/2004 garante expressamente que
as vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência de PIS e COFINS
não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. Do
disposto neste preceito normativo, resta evidente o direito ao crédito no caso de compra de
mercadorias tributadas, mas com saídas não tributada, abaixo citada:

Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não
incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção,
pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.
A indústria deve tomar os créditos relativos ao PIS e COFINS na aquisição dos insumos
aplicados na fabricação de produtos e bens, bem como as despesas aplicadas permitidas pela
legislação, conforme mencionado neste trabalho.

Então, mesmo que os produtos sejam vendidos sem o pagamento do PIS e COFINS (isenção,
imunidade- exportação, alíquota zero, não incidência, suspensão) a indústria terá o direito de
tomar o crédito relativo às suas aquisições: insumos + despesas.

Como exemplo:

Venda de produtos isentos, no valor de R$ 20.000,00, não haverá débito relativo ao PIS e
COFINS.

No entanto, na aquisição de insumos para fabricação do produto + despesas legalmente


permitidas no valor de R$ 8.000,00, haverá um crédito de R$ 608,00 relativo ao COFINS (
7,6%) e R$ 132,00 relativo ao PIS (1,65%).

Exceção

Somente não haverá o desconto ao crédito quando o insumo for adquirido com alíquota zero,
suspensão, isenção ou imunidade e empregado na fabricação de um produto também
vendido sem o pagamento ou incidência de PIS e COFINS.

3.11 CRÉDITOS À ALÍQUOTA 1,65% E 7,60% ADMITIDOS NA AQUISIÇÃO DE


INSUMOS À ALÍQUOTA ZERO

Com relação à aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento de PIS e COFINS
(alíquota zero, suspensão, não incidência, isenção, imunidade) entrados no estabelecimento
industrial e utilizados como insumos na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados
à venda, temos duas situações, como abaixo.

1) Aplicados na produção ou fabricação de produtos saídos com alíquota zero, suspensão,


não incidência, isenção, imunidade

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 80

Neste caso, quando se adquire insumo à alíquota zero os quais são aplicados na produção ou
fabricação de produtos vendidos também à alíquota zero, suspensão, não incidência,
isenção, imunidade NÃO geram direito ao desconto do crédito de PIS e COFINS, devida
expressa vedação contida no parágrafo 2º, do artigo 3º, das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003:
o
2 Não dará direito a crédito o valor: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004):
I – (...)
II - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição,
inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como
insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados
pela contribuição. (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

Como exemplo:

A indústria adquire insumos à alíquota zero no valor de R$ 10.000,00, o qual será aplicado na
industrialização de produto vendido a R$ 20.000,00, não sujeito ao pagamento de PIS e COFINS
não terá direito ao crédito.

Insumo = 10.000,00 (crédito vedado) = 0


Receita = 20.000,00 x 0% = 0

Com base no princípio da neutralidade da tributação, implícito na não-cumulatividade contida na


Constituição Federal, o Legislador, em relação à não-cumulatividade do PIS e da COFINS,
adotou o MÉTODO INDIRETO SUBTRATIVO, conforme expresso na Exposição de Motivos
da Medida Provisória nº 135, item 7:

1. Por ser adotado, em relação à não-cumulatividade, o método indireto


subtrativo, o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá
descontar, do valor da contribuição devida, créditos apurados em relação aos
bens e serviços adquiridos, custos, despesas e encargos que menciona.

O método indireto subtrativo é representado, segundo Ives Gandra da Silva Martins e Edison
Carlos Fernandes, em sua obra Não-cumulatividade do PIS e da COFINS(2007, p.36, Quartier
Latin), pela fórmula:

PIS/COFINS = (alíquota x Receitas) – (alíquota x Compras)

Bem como, no referido método não há o destaque de PIS e COFINS nas notas fiscais de
aquisição nem nas notas fiscais de vendas.

O fator determinante para não haver o crédito na aquisição é venda sem a respectiva incidência,
situação em que é proibido tomar o crédito, conforme parágrafo 2º, do artigo 3º, das Leis
10.637/2002 e 10.833/2003.

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Assim, não há ofensa ao princípio da não-cumulatividade c.c. princípio da neutralidade da


tributação, apurado pelo método indireto subtrativo, haja vista mantida a neutralidade das
contribuições nas compras(bens/serviços) e nas vendas (receitas).

2 Aplicados na produção ou fabricação de produtos saídos com alíquota normal (1,65% e


7,60%)

Neste caso, quando se adquire insumo à alíquota zero os quais são aplicados na produção ou
fabricação de produtos vendidos à alíquota normal do PIS e da COFINS GERAM direito
ao crédito de PIS e COFINS.

Como exemplo:

A indústria adquire insumos à alíquota zero no valor de R$ 10.000,00, o qual será aplicado na
industrialização no valor de R$ 760,00 de produto vendido a R$ 20.000,00, não sujeito à alíquota
normal de PIS e COFINS terá direito ao crédito.

Insumo = R$10.000,00 x 7,60% = R$ 760,00


Receita = R$ 20.000,00 x 7, 60% = R$ 1.520,00

Com base no princípio da neutralidade da tributação, implícito na não-cumulatividade contida na


Constituição Federal, o Legislador, em relação à não-cumulatividade do PIS e da COFINS,
adotou o MÉTODO INDIRETO SUBTRATIVO, conforme expresso na Exposição de Motivos
da Medida Provisória nº 135, item 7:

1. Por ser adotado, em relação à não-cumulatividade, o método indireto subtrativo,


o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá descontar, do valor
da contribuição devida, créditos apurados em relação aos bens e serviços
adquiridos, custos, despesas e encargos que menciona.

O método indireto subtrativo é representado, segundo Ives Gandra da Silva Martins e Edison
Carlos Fernandes, em sua obra Não-cumulatividade do PIS e da COFINS(2007, p.36, Quartier
Latin), pela fórmula:

PIS/COFINS = (alíquota x Receitas) – (alíquota x Compras)

Bem como, no referido método não há o destaque de PIS e COFINS nas notas fiscais de
aquisição nem nas notas fiscais de vendas.

O fator determinante para a existência do crédito na aquisição é a venda com a respectiva


tributação.

Assim, mesmo que o insumo tenha sido adquirido à alíquota zero, toma-se o crédito em alíquota
normal, face ao princípio da não-cumulatividade c.c. princípio da neutralidade da tributação,
apurado pelo método indireto subtrativo, haja vista manter a neutralidade das contribuições nas
compras (bens/serviços) e nas vendas (receitas).
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 82

No mesmo sentido, Hiromi Higuchi e outros, em sua obra Imposto de Renda das Empresas
(2009, p.849, IR Publicações ,34 ed. São Paulo), tem o seguinte entendimento:

No regime não-cumulativo de PIS e COFINS, a empresa que vende mercadoria ou


matéria-prima isenta das duas contribuições tem o direito de crédito sobre o valor das
aquisições. Com isso, se a empresa que adquire insumo com isenção das contribuições
tem o direito de calcular de calcular o crédito sobre as aquisições, desde que a venda
seja tributada, o crédito tem natureza de subsídio público.
( )grifo nosso

Higuchi, como base, menciona a página XXIII-67 do livro de Perguntas e Respostas editado
pela Receita Federal em 2007, nota 4 e o parágrafo único do art. 16 da Lei 10.865/2004, sendo
que gera direito aos créditos a importação efetuada co isenção, exceto na hipótese de os produtos
serem revendidos ou utilizados como insumo em produtos os serviços sujeitos à alíquota zero,
isentos, ou não alcançados pela contribuição.

Leandro Paulsen, em sua obra Direito Tributário – Constituição e Código Tributário à luz da
Doutrina e da Jurisprudência ( 2006, p.571, Ed Do Advogado, 8 ed. Porto Alegre), com relação
ao direito de crédito nas entras e saídas isentas ou com alíquota zero de PIS e COFINS:

(...) b) quando comprar mercadorias isentas, não tributadas ou com alíquota zero,
abrem-se duas alternativas. Se as saídas forem tributadas, a Consulente deve tomar o
crédito como se tais mercadorias tivessem sido tributadas (crédito presumido pela
aplicação da alíquota de saída ao valor da entrada, como é da técnica não cumulativa
do PIS/COFINS) sob pena de não o fazendo, inserir-se no regime supercumulativo. (...)
Em havendo isenção ou alíquota zero, o crédito somente será mantido, o presumido,
se a saída for tributada, para que seja reconstituído o princípio da não-cumulatividade.
Se a saída das mercadorias for isenta (ou com alíquota zero) repita-se mais uma vez,
não há o que falar em crédito presumido.
( ) grifo nosso

O renomado doutrinador continua:

A própria Receita Federal recentemente reconhece este crédito: Crédito. Vedação. É


vedada a apuração de crédito da Cofins não-cumulativa quando da aquisição de
insumos não sujeito ao pagamento de contribuição, excetuando-se desta regra apenas
as hipóteses de aquisição de insumos isentos utilizados em produtos com saídas
sujeitas ao pagamento. A correta interpretação do art. 3º, par. 2º, da Lei 10.833/2003
deve ser feita sob a ótica do princípio da não-cumulatividade, sem restrição do crédito
no caso de entrada sem tributação e saída tributada.
( ) grifo nosso

A não-cumulatividade pelo método indireto subtrativo adotado pelo PIS e COFINS, permite-se o
desconto ao crédito tendo como referência a base das compras e aquisições não levando em
conta o crédito escritural constante na nota fiscal. Assim independe se a compra do bem ou
serviço tenha a incidência 0%, incidência reduzida em função de aquisições do Simples, 3,0%
(lucro presumido) e 7,60% lucro real, o que interessa é se a aquisição é pertencente à cadeia
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 83

produtiva da empresa ou permitida por lei, aplicando-se sempre a alíquota de 7,60% (COFINS).
Diferentemente da não-cumulatividade do IPI e ICMS, método de crédito do tributo, em que se
faz necessário o destaque do imposto na nota fiscal de compra e na nota fiscal de venda.

Dessa forma, face ao método indireto subtrativo ou o chamado “base sobre base”, eleito pelo
executivo e aprovado pelo legislador, conforme exposições nos itens 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4,
combinado com a sistemática da não-cumulatividade que tem como objetivo a neutralidade
tributária, bem como a doutrina citada neste item e pelo fato de não existir impedimento legal.

Para finalizar, o parágrafo único, do art. 16 da Lei 10.865/2004, dispõe que gera direito aos
créditos relativos a importação efetuada com isenção, exceto na hipótese de os produtos serem
revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero),
isentos ou não alcançados pela contribuição. Por mais que se trate das importações, não há razão
para não permitir o desconto ao crédito das aquisições no mercado nacional.

3.12 CRÉDITO – COMPRA DE OPTANTE PELO SIMPLES FEDERAL

Créditos oriundos de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional

A Lei Complementar 123/2006, prevê em seu art. 23 que as microempresas (ME) e as empresas
de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem
transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

Sendo assim, entendia-se que as aquisições de pessoa jurídica optantes pelo regime Simples
Nacional (a partir de 01.07.2007) não geravam direito a crédito para descontado pelas empresas
sujeitas ao regime da incidência não-cumulativa do PIS e da COFINS.

Entretanto, o Ato Declaratório Interpretativo 15/2007 admitiu que as pessoas jurídicas sujeitas ao
regime de apuração não-cumulativa do PIS e da Cofins, observadas as vedações previstas e
demais disposições da legislação aplicável, podem descontar créditos calculados em relação às
aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional.

Admite-se o crédito sobre aquisição de pessoa jurídica nacional, optante pelo Simples Federal,
conforme consulta abaixo:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 358 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2004 - 8ª RF


DOU DE 07.01.2005
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Ementa: REGIME NÃO-CUMULATIVO. DIREITO DE CRÉDITO. AQUISIÇÃO DE PESSOA
JURÍDICA INSCRITA NO SIMPLES.
A pessoa jurídica sujeita ao regime não-cumulativo, ao adquirir bens e serviços de
pessoa jurídica optante pelo Simples, pode aproveitar os créditos de PIS calculados
sobre as respectivas aquisições.
Dispositivos Legais: Lei nº 9317, de 1996, art. 3º, parágrafo 1º; Lei nº 10637, de
2002, art. 3º, parágrafo 2º, II; Lei nº 10865, de 2004, art. 37.
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins

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Ementa: REGIME NÃO-CUMULATIVO. DIREITO DE CRÉDITO. AQUISIÇÃO DE PESSOA


JURÍDICA INSCRITA NO SIMPLES.
A pessoa jurídica sujeita ao regime não-cumulativo, ao adquirir bens e serviços de
pessoa jurídica optante pelo Simples, pode aproveitar os créditos de Cofins calculados
sobre as respectivas aquisições.

Dispositivos Legais: Lei nº 9317, de 1996, art. 3º, parágrafo 1º; Lei nº
10833, de 2003, art. 3º, parágrafo 2º, II; Lei nº 10865, de 2004, art. 21.
HAMILTON FERNANDO CASTARDO – Chefe

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4. CRÉDITOS PIS E COFINS ADMITIDOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – FORNECEDORA DE SERVIÇOS E


CONSUMIDORA FINAL

Conceito de Consumidor /Fornecedor ( USO E CONSUMO)

Encontramos o conceito padrão de consumidor no caput do art. 2º. do Código de Defesa do


Consumidor, Lei nº 8.078/90 :

Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final”.

Para José Geraldo Brito Filomeno: “„consumidor‟ qualquer pessoa física ou jurídica que, isolada
ou coletivamente, contrate para consumo final, em benefício próprio ou de outrem,”.

O art. 3º - Lei nº 8.078/90 define fornecedor:

Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
( ) grifo nosso

Através dos conceitos fornecidos pela Lei, a empresa pode ser tanto fornecedora como
consumidora, ou seja:
- na aquisição dos produtos destinos à cadeia produtiva da prestação de serviços, esses produtos
serão empregados na prestação de serviços ou comercialização, assim sendo os produtos
adquiridos e destinados ao processo produtivo, como: MP + MO + Gastos gerais do serviço,
conforme conceito contábil, que formarão o processo de produção do produto.

- na aquisição de produtos utilizados como usuário final a pessoa jurídica será consumidora,
como exemplo: matérias e produtos utilizados com a contabilidade, administração, auditoria,
RH, informática, etc.

Importantíssimos são os conceitos legais, doutrinários e jurisprudenciais ora mencionados de


forma que uma empresa industrial tanto é fornecedora como consumidora final, sendo relevante
os bens e serviços adquiridos ou não visando a CADEIA PRODUTIVA.

4.1.1 Bens e serviços integrantes da cadeia produtiva de serviços - Fornecedor

Os bens e serviços aplicados na cadeia produtiva da prestação de serviços, ou seja, aqueles


definidos pela CONTABILIDADE COMO CUSTOS, uma equação que representa o custo de
produção unitário do serviço, poderia ser assim obtida: Custo unitário de produção = (MP +
MO + GGF): número de unidades produzidas, de acordo com o Decreto-Lei 1.598/77:
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O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:


I – o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo anterior;
II – o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta,
manutenção e guarda das instalações de produção;
III – os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos
bens aplicados na produção;
IV – os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
V – os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

Portanto, os bens e serviços adquiridos e utilizados para compor o custo do serviço, conforme
Decreto-Lei e normas Contábeis vigentes em nosso país e aceitas e vigorantes
internacionalmente, face a unificação, são os bens e serviços integrantes do serviço. Nesse
diapasão, são os chamados insumos que compõem a cadeia produtiva da empresa empregados na
prestação de serviços, ou seja, nesta fase a sociedade prestadora de serviços é uma fornecedora,
aplicando-se definição legal de FORNECEDOR, conforme art. 3º da Lei 8.070/98.

No mesmo sentido, o REsp 915599/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª turma do STJ, julgado
em 21/08/2008, DJe 05/09/2008, traz a definição de insumo, o qual a pessoa física ou jurídica
aplica em na cadeia produtiva, configurando-se um fornecedor e não consumidor:

“Segundo o artigo 2º do CDC, consumidor é o destinatário final do produto ou serviço,


não se enquadrando nesse conceito a pessoa física ou jurídica que adquire capital ou
bem a ser utilizado em sua cadeia de produção, pois, nesse caso, evidente tratar-se
de insumo e não bem de consumo. Não se aplicando ao caso concreto o disposto no
CDC, indevida a inversão do ônus da prova”. (fl. 133)
( )grifo nosso

Então os produtos aplicados na cadeia produtiva do serviço, conforme o critério de custo


contábil, são denominados de insumos, conforme entendimento cristalina trazido pelo art. 13,
parágrafo 1º, do Decreto 1.598/77, pela doutrina contábil, pelo Código de Defesa do
Consumidor: Lei 8.078/90, art. 2º e 3º, pela jurisprudência do STJ acima mencionada e aplicação
da interpretação e integração legal conforme CTN, observando a analogia, os princípios gerais de
direito.

4.1.2. Bens e serviços aplicados nos setores contábil, administrativo e recursos humanos –
destinatário final (consumidor)

Em relação às demais aquisições de bens e serviços destinadas aos setores contábil,


administrativo, recursos humanos, informática são as relações de consumo em que a empresa
prestadora de serviços é uma destinatária final ou seja, uma consumidora. Dessa forma,
papel, seguro de vida dos funcionários administrativos, dentre outros, tudo o que não compõem o
custo do serviço, como já estudado é uma relação de consumo, onde o prestador é um
CONSUMIDOR FINAL, não integrando sua cadeia produtiva.

Também, conforme o REsp 915599/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª turma do STJ, julgado
em 21/08/2008, DJe 05/09/2008, traz a diferenciação entre insumo e bem de consumo,
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caracterizando a empresa como consumidora final ou fornecedora em função se a aquisição é


destinada à cadeia produtiva ou ao consumo final:
“Segundo o artigo 2º do CDC, consumidor é o destinatário final do produto ou
serviço, não se enquadrando nesse conceito a pessoa física ou jurídica que adquire
capital ou bem a ser utilizado em sua cadeia de produção, pois, nesse caso, evidente
tratar-se de insumo e não bem de consumo. Não se aplicando ao caso concreto o
disposto no CDC, indevida a inversão do ônus da prova”. (fl. 133)

A dificuldade da definição legal é a de que a qualidade de consumidor está vinculada à condição


do adquirente do produto, a de destinatário final. Assim, na indústria, a aquisição de bens e
serviços empregados nos setores administrativo, contábil, financeiro, RH, não empregados no
ciclo produtivo da prestação de serviços, a sociedade o faz como destinatário final, ou seja,
consumidor.

4.1.3. Conclusão

A prestadora de serviços, conforme apregoado em seus estatutos constitutivos, tem uma divisão
clara e concisa, pode assumir o pólo de consumidor final ou fornecedor dependendo da
destinação do bens e serviços adquiridos, por exemplo, na aquisição de um material de limpeza a
ser aplicado na produção do serviço é uma relação de fornecimento e comporá o custo da
prestação e será considerado um insumo e quando adquirido aplicação no setor administrativo
será uma relação de consumo final, ou seja será um bem de consumo.

Por mais, que seja uma divisão imaginária, ela deve estar presente e bem clara nas decisões
diretivas da firma prestadora de serviços, pois será de suma importância com relação aos créditos
de PIS e COFINS a serem tomados pela empresa. Tal divisão se concretiza na formação do custo
contábil adotado pela empresa.

Pelo que vimos, conforme art. 110 do CTN: “a lei tributária não pode alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado”. Assim sendo, não
podemos ter uma definição de custo para fins de formação o produto pela legislação do Imposto
de Renda (art. 13, Decreto 1.598/77, art. 290 do RIR/99) e outra definição de custos (insumos)
para formação de produtos para fins de crédito do PIS e da COFINS.

Portanto, não é este autor e nem a Receita Federal que vai definir o que é custo (insumo), mas
sim os conceitos já consagrados na Lei Tributária (art. 13, Decreto 1.598/77, art. 290 do RIR/99),
na Doutrina Contábil e principalmente, a classificação contábil de custo adotada pela empresa
prestadora de serviços, até porque pode existir divergência entre ponderação de empresas quanto
à definição, desde que inseridas em seu registro contábil como custo.

Os conceitos legais, doutrinários e jurisprudenciais ora mencionados de forma que uma empresa
prestadora de serviços tanto é fornecedora como consumidora final, sendo relevante os bens e
serviços adquiridos ou não visando a PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

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4.2. INSUMOS APLICADOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DESTINADOS À


VENDA

4.2.1 Créditos Admissíveis

a) ÁREA DE PRODUÇÃO DA PRESTADORA DE SERVIÇO (Inc. II, art. 3º, Lei.


10.833) e (Inc. II, art. 3º, Lei. 10.637)

II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou


fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e
lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2o da Lei no 10.485,
de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da Tipi;
(Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

b) Bens e serviços, utilizados como INSUMOS na realização de SERVIÇOS (inciso II, art. 3º,
Lei 10.833):

A contabilidade de custos nas atividades de serviços é bastante semelhante á contabilidade de


custos industriais, com a diferença de terminologia das contas contábeis.

Numa empresa prestadora de serviços, os custos são representados por:

-SERVIÇOS DE TERCEIROS (ST): inclui-se nesta categoria os custos relativos a


subcontratação dos serviços

-MATERIAIS DIRETOS (MD): são materiais aplicados na produção direta ou indireta,


que fazem parte necessária da execução dos serviços.

-CUSTOS GERAIS DOS SERVIÇOS (CGS): também chamados “custos indiretos de


serviços” ou “gastos gerais de serviços”, compreendem aqueles incorridos no processo de
prestação dos serviços mas não identificados diretamente a cada execução. Como
exemplos: mão-de-obra indireta, energia, depreciação e manutenção das instalações
próprias onde se executam os serviços, custo da direção, apoio e outros vinculados ao
processo de prestação dos serviços.

- CUSTOS INDIRETOS, ainda denominados de “Gastos Gerais de serviços” ou, ainda “


Gastos Indiretas da prestação de serviços”, compreendem aqueles incorridos no processo
de prestação de serviços e não identificados diretamente a cada unidade produzida.

Como exemplos: mão-de-obra indireta, energia, depreciação e manutenção dos edifícios,


instalações, máquinas e equipamentos, do custo da direção e outros vinculados ao
processo produtivo da prestação de serviços :
- Aluguel da área destinada à confecção dos serviços,

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- manutenção de máquinas, equipamentos, ferramentas e veículos utilizados na


prestação de serviços,
- vigilância, guarda das instalações onde se realiza o serviço, desde que o contrato e a
nota fiscal estejam destacados e direcionados à prestação de serviços, de forma
separada da vigilância das instalações administrativas (área comercial, contábil,
administração, RH, etc.)
- gastos com hotel, restaurante, passagens, combustíveis e outras, mediante prestação
de contas, quando o serviço é realizado em outra cidade, distinta da sede da empresa,
- gastos com transporte de material, equipamentos, ferramentas e máquinas para outras
localidades,
- limpeza das instalações ligadas com a prestação de serviços (terceirizados), desde que
o contrato e a nota fiscal estejam destacados e direcionados à indústria, de forma
separada da vigilância das instalações administrativas (área comercial, contábil,
administração, RH, etc.)
- energia elétrica utilizada no processo de prestação de serviço,
- combustíveis/lubrificantes,
- água,
- transporte do pessoal ligado à prestação,
- comunicações (internet, telefone,etc. ) utilizadas na prestação de serviços,
- gastos com alimentação dos funcionários lotados na prestação de serviços ,
- seguro de vida dos funcionários alocados ao setor produtivo,
- seguro das instalações relacionadas com a prestação de serviços, de preferência que
na apólice conste a área ligada à prestação de serviço distinta da área administrativa,
- roupas profissionais utilizadas na prestação do serviço,
- treinamento de pessoal relativo à prestação de serviços, excluindo
- e outros custos indiretos aplicados na produção ou fabricação de bens, os quais estão
classificados contabilmente no Grupo de CUSTO DE PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO.

IMPORTANTE: Os gestores para tomarem o crédito dos chamados custos indiretos ou


gastos gerais de prestação de serviço que são confundidos com as despesas administrativas,
devem elaborar os contratos de aquisição e exigir as respectivas notas fiscais dos
fornecedores no sentido de deixar clara a separação existente entre os gastos aplicados na
indústria das despesas administrativas, ou seja, como exemplo, ao contratar o serviço de
vigilância descrever no contrato a metragem da área utilizada na prestação de serviços e da
área comercial que estão sendo abrangidas; e a partir do contrato, solicitar de seus
fornecedores notas fiscais distintas para a área fabril e área comercial. Deve ser guardada a
proporção para fins de tomar o crédito, conforme identificado pela contabilidade de custo.
Não existindo tal divisão e os custos indiretos contabilizados como despesa administrativa,
ao nosso ver, será indevido o crédito por não restar o mesmo identificado e também não
existindo a intenção (animus) jurídica de admiti-lo como custo, e considerada como
consumidor final do serviço ou bem, haja vista, que não compõem a cadeia produtiva, como
determina o Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90, no seu artigo 2º. A intenção é
preponderante, a qual é exteriorizada com o registro contábil em contas de custo, se assim
não fosse seria despesa, no Direito penal há crime se houver a intenção do agente em cometê-

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lo; no Direito Civil só há a figura da usucapião se comprovada a intenção do possuidor de


agir como se dono fosse; no Direito Tributário, se o contribuinte não comprovar através de
sua contabilidade que tal gasto faz parte do custo de determinado produto e que compõe a
planilha de custos indiretos, não poderá pleitear o crédito PIS e COFINS; no Direito
Administrativo se o agente público age com a intenção de prejudicar o contribuinte, além da
lei, seu ato é nulo.

No mesmo sentido, a própria Receita Federal, que é parte contrária (ver comentário), por que tem
interesse em restringir o direito ao crédito, admite o desconto desde que esse serviço se revele
necessário no processo produtivo, integrando o custo de produção, conforme Solução de
Consulta nº 09, de 20/05/2006, 5ª RF, DOU 07.07.2006:

EMENTA: PIS/PASEP NÃO-CUMULATIVO - CRÉDITO - FRETE Geram direito ao crédito


da contribuição para o PIS/Pasep [e também COFINS], os pagamentos, a pessoas
jurídicas domiciliadas no país, pelo serviço de transporte de bens de um
estabelecimento a outro da mesma pessoa jurídica, na qualidade de insumos para
obtenção de um produto cuja industrialização será concluída no estabelecimento de
destino, desde que esse deslocamento se revele necessário no processo
produtivo, integrando o custo de produção, e desde que o produto acabado seja
destinado à venda. Também geram direito ao crédito mencionado os pagamentos
a pessoa jurídicas domiciliadas no país pelo serviço de transporte de insumos
adquiridos de terceiros, quando o ônus for suportado pelo adquirente e o produto
acabado for destinado à venda.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10637/2002, art. 3º, inciso II, parágrafo 1º, inciso I,
parágrafo 3º, incisos I e III e parágrafo 7º; Instrução Normativa SRF nº 247 de
21.11.2002, e alterações, arts. 66 e 67. Lei nº 10833/2003, art. 3º, inciso II, parágrafo
1º, inciso I, parágrafo 3º, incisos I e III, e parágrafo 7º; 6º, II; Instrução
Normativa SRF nº 404, de 12.03.2004, arts. 7º e8º.
ADALTO LACERDA DA SILVA - Superintendente

Vejamos algumas soluções de consulta sobre o assunto.

Solução de consulta nº 69 de 25/06/2009 - (DOU DE 29.06.2009)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins e Pia

EMENTA: As despesas com aquisição de partes e peças e com serviços de


manutenção em veículos, máquinas e equipamentos empregados diretamente na
produção ou fabricação de bens ou produtos, bem como as despesas com aquisição
de combustíveis e lubrificantes utilizados ou consumidos no processo de produção de
bens geram direito a créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e
peças de reposição não estejam incluídas no ativo imobilizado. Por outro lado, as
despesas com aquisição de materiais de limpeza de equipamentos máquinas, graxas,
pinos, tarraxas e ferramentas não geram direito ao cálculo de créditos.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10833, de 2003, art. 3º, II; IN SRF nº 404, de 2004, art.
8º, parágrafo 4º; IN RFB nº 740, de 2007, art. 12. Lei nº 10637, de 2002, art. 3º, II; IN
SRF nº 247, de
ROBERTO DOMINGUES DE MORAES - Chefe da Divisão Substituto

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Solução de divergência nº 35, de 29 de setembro de 2008

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins e PIS


EMENTA: Cofins não-cumulativa. Créditos. Insumos. As despesas efetuadas com a
aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste ou dano ou a perda de
propriedades físicas ou químicas utilizadas em máquinas e equipamentos que
efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou
produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica domiciliada no País, a partir de 1º
de fevereiro de 2004, geram direito à apuração de créditos a serem descontados da
Cofins, desde que às partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem
incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003; Lei nº 10.865, de 2004; e IN
SRF nº 404, de 2004. : Art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002; Lei nº 10.865, de 2004; IN SRF
nº 247, de 2002; e IN SRF nº 358

Solução de consulta nº 136, de 05 de maio de 2009 - (DOU DE 04.06.2009)

Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins e Cofins


DIREITO DE CRÉDITO. INSUMO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração da Cofins
não cumulativa, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas, aplicados
ou consumidos diretamente na prestação de serviços.
O termo insumo não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que
gera despesa necessária para a atividade da empresa, mas, sim, tão somente, como
aqueles, adquiridos de pessoa jurídica, que efetivamente sejam aplicados ou
consumidos diretamente na prestação do serviço da atividade-fim.
DESPESAS NÃO VINCULADAS DIRETAMENTE À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Excluem-se do conceito de insumo as despesas que se reflitam indiretamente na
prestação de serviços, tais como, as despesas relativas aos serviços de transporte,
consultoria e assessoria em informática, serviços gráficos, serviços com representantes
e serviços bancários.
DESPESAS COM ALUGUÉIS E CONTRAPRESTAÇÕES DE ARRENDAMENTO DE
EQUIPAMENTOS.
ALUGUEL DE VEÍCULOS.
Pode ser descontado o crédito da Cofins calculado em relação ao valor dos aluguéis
de máquinas e de equipamentos utilizados nas atividades da empresa, desde que
pagos a pessoa jurídica.
No caso de arrendamento de equipamentos, é possível o desconto de créditos da
Cofins, desde que o bem seja cedido por pessoa jurídica não optante pelo SIMPLES.
As despesas de aluguéis de veículos para viagens não geram direito ao crédito da
Cofins por falta de previsão legal.
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.
Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País,
para manutenção das máquinas e equipamentos empregados na prestação de
serviços, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da
Cofins não-cumulativa, desde que respeitados todos os demais requisitos
normativos e legais atinentes à espécie.
NÃO-CUMULATIVO. DIREITO DE CRÉDITO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
TELECOMUNICAÇÕES E CORREIOS.

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Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração do


PIS/Pasep não cumulativo, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas,
aplicados ou consumidos diretamente na prestação de serviços.
O termo insumo não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que
gera despesa necessária para a atividade da empresa, mas, sim, tão somente, como
aqueles, adquiridos de pessoa jurídica, que efetivamente sejam aplicados ou
consumidos diretamente na prestação do serviço da atividade-fim.
DESPESAS NÃO VINCULADAS DIRETAMENTE À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Excluem-se do conceito de insumo as despesas que se reflitam indiretamente na
prestação de serviços, tais como, as despesas relativas aos serviços de transporte,
consultoria e assessoria em informática, serviços gráficos, serviços com representantes
e serviços bancários.
DESPESAS COM ALUGUÉIS E CONTRAPRESTAÇÕES DE ARRENDAMENTO DE
EQUIPAMENTOS ALUGUEL DE VEÍCULOS.
Pode ser descontado o crédito do PIS/Pasep calculado em relação ao valor dos aluguéis
de máquinas e de equipamentos utilizados nas atividades da empresa, desde que
pagos a pessoa jurídica.
No caso de arrendamento de equipamentos, é possível o desconto de créditos do
PIS/Pasep, desde que o bem seja cedido por pessoa jurídica não optante pelo
SIMPLES.
As despesas de aluguéis de veículos para viagens não geram direito ao crédito da
contribuição para o PIS/Pasep por falta de previsão legal.
Dispositivos Legais: Dispositivos Legais: Lei nº 10637, de 2002, art. 3º,II, IV e V; RIR,
art. 346; IN SRF nº 247, de 2002, arts. 66, e IN SRF nº 358, de 2003 e Lei nº 10833, de
2003, art. 3º, II, IV e V; RIR, art. 346 e IN SRF nº 404, de 2004, art.8º.
VALÉRIA VALENTIM - Chefe da Divisão Substituta

4.3. DEPRECIAÇÃO

4.3.1 Depreciação de máquinas e equipamentos

Depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado


utilizados na fabricação de bens- inclusive (inciso VI, art. 3º, Lei 10.833) (inciso VI, art. 3º, Lei
10.637)
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de
bens destinados à venda ou na prestação de serviços; (Redação dada pela Lei nº
11.196, de 2005)

4.3.2 Depreciação de edificações e benfeitorias

- Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP).

VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa;

4.3.3 Cálculo da depreciação


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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 93

Os encargos de depreciação devem ser determinados mediante a aplicação da taxa de


depreciação fixada pela SRF em função do prazo de vida útil do bem, nos termos das Instruções
Normativas SRF nº 162/1998, e nº 130/1999, conforme art. 1º, da IN SRF 457/2004.

As pessoas jurídicas devem manter, durante o prazo de 10 (dez) anos, em boa guarda, à
disposição da SRF, os registros contábeis ou planilhas que permitam a comprovação da
utilização dos créditos de depreciação.

Na hipótese de o contribuinte não adotar o mesmo critério de apuração de créditos das


contribuições para todos os bens do seu ativo imobilizado, deverá manter registros contábeis ou
planilhas em separado para cada critério.

Base: Lei 10.833/2003 e IN SRF 457/2004.

4.3.4 Vedação da depreciação e amortização de bens adquiridos até 30.04.2004

Por força do artigo 31 da Lei 10.865/2004, a partir de 31.07.2004, é vedado o desconto de


créditos apurados relativos à depreciação ou amortização de bens e direitos de ativos
imobilizados adquiridos até 30 de abril de 2004.

Poderão ser aproveitados os créditos referidos apurados sobre a depreciação ou amortização de


bens e direitos de ativo imobilizado adquiridos a partir de 01.05.2004.

O direito ao desconto de créditos não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens e


direitos do ativo permanente.

Fica vedada a utilização de créditos, conforme, § 3º, do art. 1º, da IN SRF 457/2004:

I - sobre encargos de depreciação acelerada incentivada, apurados na forma do art. 313 do


RIR/99; e
II - na hipótese de aquisição de bens usados.

4.4 DEPRECIAÇÃO ATIVO IMOBILIZADO- CRITÉRIOS OPCIONAIS -

4.4.1 EM 12 PARCELAS - AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A


PARTIR DE 01.05.2008

Conforme artigo 1º da Lei 11.774/2008, as pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no
prazo de 12 (doze) meses, dos créditos do PIS e da COFINS, na hipótese de aquisição de
máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e serviços.

O disposto neste artigo aplica-se aos bens novos adquiridos ou recebidos a partir do mês de maio
de 2008.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 94

Os créditos serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas do PIS e COFINS,
sobre o valor correspondente a 1/12 do custo de aquisição do bem.

Via de regra todas as máquinas e equipamentos novos adquiridos a partir de 01.05.2008,


utilizados na produção, optativamente, podem ter o seu crédito relativo ao PIS e a COFINS em
12 meses.

Assim, como exemplo, uma máquina adquirida em 01.04.2009, no valor de R$ 1.000.000,00


dará direito ao crédito de:
c) PIS – no valor de R$ 1.000.000,00 x 1,65% = 16.500,00 / 12 = R$ 1.375,00 durante 12
meses;
d) COFINS - no valor de R$ 1.000.000,00 x 7,6 % = 76.000,00 / 12 = R$ 6.333,33 durante
12 meses;

Alternativamente, pelo fato, se assim não preferir, o crédito será utilizado em 120 meses, tempo
médio de depreciação das máquinas.
O controle deverá ser feito individualmente para cada bem, porém, certamente compensa manter
o controle em face do valor a ser antecipadamente creditado. Convém, lembrar, se a opção for
pelo creditamento em 12 meses, não haverá o direito ao crédito relativamente à depreciação
normal.

4.4.2 EM 24 PARCELAS EDIFICAÇÕES NOVAS – A PARTIR DE 22.01.2007

A partir de 22.01.2007, as pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de vinte e
quatro meses, dos créditos do PIS e da COFINS na hipótese de edificações incorporadas ao ativo
imobilizado, adquiridas ou construídas para utilização na produção de bens destinados à venda
ou na prestação de serviços.

O disposto aplica-se somente aos créditos decorrentes de gastos incorridos a partir de 1º de


janeiro de 2007, efetuados na aquisição de edificações novas ou na construção de edificações.

O direito ao desconto de crédito aplicar-se-á a partir da data da conclusão da obra.

Os créditos serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas sobre o valor
correspondente a um vinte e quatro avos do custo de aquisição ou de construção da edificação.

Para efeito do crédito, no custo de aquisição ou construção da edificação não se inclui o valor:

I - de terrenos;
II - de mão-de-obra paga a pessoa física; e
III - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento do PIS e da COFINS, em
decorrência de imunidade, não incidência, suspensão ou alíquota zero.

Destaque Contábil

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 95

Os valores dos custos com mão-de-obra e com aquisições de bens ou serviços não sujeitos ao
pagamento do PIS e COFINS, deverão ser contabilizados em subcontas distintas.

O valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno,
admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial.

Base Legal: art. 6º da MP 351/2007 e art. 6º da Lei 11.488/2007.

4.5 DEPRECIAÇÃO ATIVO IMOBILIZADO- CRITÉRIOS OPCIONAIS – 48


PARCELAS

Opcionalmente, a partir de 01.05.2004, o contribuinte poderá calcular o crédito de depreciação


relativo à aquisição de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 4
(quatro) anos, mediante a aplicação, a cada mês, da alíquota de 7,6% sobre o valor
correspondente a 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com o
artigo art. 4º da IN SRF 457/2004, sendo irretratável a opção quando efetuada.

Na data da opção facultativa, sobre os bens que estiverem parcialmente depreciados, devem ser
aplicadas as alíquotas sobre a parcela correspondente a 1/48 do seu valor residual.

O critério adotado para a recuperação dos créditos decorrentes da aquisição de bens do ativo
imobilizado deve ser o mesmo para o PIS e a Cofins.

Base: art. 21 da Lei 10.865/2004, que introduziu o parágrafo 14 ao artigo 3 da Lei 10.833/2003 e
art. 3º, 4º e 7º da IN SRF 457/2004.

4.6 ÁREA COMERCIAL E ADMINISTRATIVA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

-Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados na atividade da empresa, pagos à


pessoas jurídicas; (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.833) (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.637)

- Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP).
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa;

- Devolução de Mercadorias vendidas (inciso VIII , art. 3º Lei 10.833) (Inc. IV, art. 3º, Lei
10.637)

-Energia Elétrica consumida nos estabelecimentos da empresa (inciso IX, art. 3º, Lei 10.637,
introduzida pelo artigo 25 da Lei 10.684), inciso III, art. 3º, Lei 10.833:

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 96

art.3º - 10.833 - III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei nº
11.488, de 2007)

- Armazenagem e Fretes (art.3º, IX da Lei 10.833); (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP)

IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I


e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.

-Vale transporte, refeição, etc. Lei 11898/2009 – art. 24 e 25

X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme


fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de
prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.

4.7 CRÉDITO PRESUMIDO SERVIÇO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO


SUBCONTRATADO DE PESSOA FÍSICA

A partir de 30.12.2004, por força do artigo 23 da Lei 11.051/2004, a empresa de serviço de


transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço de transporte de carga prestado por:

I – pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da Cofins devida em cada período
de apuração, crédito presumido calculado sobre o valor dos pagamentos efetuados por esses
serviços;
II - pessoa jurídica transportadora, optante pelo SIMPLES, poderá descontar, da Cofins devida
em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor dos pagamentos efetuados por
esses serviços.

Relativamente aos créditos referidos seu montante será determinado mediante aplicação, sobre o
valor dos mencionados pagamentos, de alíquota correspondente a 75% (setenta e cinco por
cento) da COFINS.

Entretanto, por força da redação do art. 24 da Lei 11.051/2004 (que estipulou o início da
vigência da aplicação do § 20 do artigo 3º da Lei 10.833/2003), no período de 30.12.2004 a
31.03.2005 o crédito da COFINS pelos pagamentos a pessoa jurídica transportadora, optante
pelo SIMPLES será de 100% (cem por cento) da respectiva alíquota. Isto porque não havia tal
restrição anterior, na legislação, para a tomada integral desses créditos.

4.8 CRÉDITO – COMPRA DE OPTANTE PELO SIMPLES FEDERAL

CRÉDITOS ORIUNDOS DE PESSOA JURÍDICA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL

A Lei Complementar 123/2006, prevê em seu art. 23 que as microempresas (ME) e as empresas
de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem
transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 97

Sendo assim, entendia-se que as aquisições de pessoa jurídica optantes pelo regime Simples
Nacional (a partir de 01.07.2007) não geravam direito a crédito para descontado pelas empresas
sujeitas ao regime da incidência não-cumulativa do PIS e da COFINS.

Entretanto, o Ato Declaratório Interpretativo 15/2007 admitiu que as pessoas jurídicas sujeitas ao
regime de apuração não-cumulativa do PIS e da Cofins, observadas as vedações previstas e
demais disposições da legislação aplicável, podem descontar créditos calculados em relação às
aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional.

Admite-se o crédito sobre aquisição de pessoa jurídica nacional, optante pelo Simples Federal,
conforme consulta abaixo:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 358 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2004 - 8ª RF


DOU DE 07.01.2005
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Ementa: REGIME NÃO-CUMULATIVO. DIREITO DE CRÉDITO. AQUISIÇÃO DE PESSOA
JURÍDICA INSCRITA NO SIMPLES.
A pessoa jurídica sujeita ao regime não-cumulativo, ao adquirir bens e serviços de
pessoa jurídica optante pelo Simples, pode aproveitar os créditos de PIS calculados
sobre as respectivas aquisições.
Dispositivos Legais: Lei nº 9317, de 1996, art. 3º, parágrafo 1º; Lei nº 10637, de
2002, art. 3º, parágrafo 2º, II; Lei nº 10865, de 2004, art. 37.
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins
Ementa: REGIME NÃO-CUMULATIVO. DIREITO DE CRÉDITO. AQUISIÇÃO DE PESSOA
JURÍDICA INSCRITA NO SIMPLES.
A pessoa jurídica sujeita ao regime não-cumulativo, ao adquirir bens e serviços de
pessoa jurídica optante pelo Simples, pode aproveitar os créditos de Cofins calculados
sobre as respectivas aquisições.

Dispositivos Legais: Lei nº 9317, de 1996, art. 3º, parágrafo 1º; Lei nº
10833, de 2003, art. 3º, parágrafo 2º, II; Lei nº 10865, de 2004, art. 21.
HAMILTON FERNANDO CASTARDO – Chefe

4.9 RELAÇÃO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS QUE NÃO SE APLICA O REGIME


NÃO CUMULATIVO, MESMO OPTANTE PELO LUCRO REAL

Permanecem sujeitas às normas da legislação da contribuição para a COFINS, vigentes


anteriormente à Lei 10.833/2003 e 10.637/2002, não se lhes aplicando as novas disposições:
1. as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei 9.718/1998 (bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito, operadoras de planos
de assistência à saúde, securitização de créditos e entidades de previdência privada
abertas e fechadas), e na Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983 (empresas particulares que
h ujexploram serviços de vigilância e de transporte de valores);

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 98

2. as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou
arbitrado;
3. as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;
4. as pessoas jurídicas imunes a impostos;
5. os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e
as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988;
6. as sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo
(conforme art. 21 da Lei 10.865/2004);
7. as receitas decorrentes das operações:
até 31.07.2004 (conforme nova redação do inciso IV do § 3o do art. 1o da Lei
10.833/2003, dada pelo art. 21 da Lei 10.865/2004) da venda dos produtos de que tratam
as Leis nº 9.990, de 21 de julho de 2000, nº 10.147, de 21 de dezembro de 2000, e nº
10.485, de 3 de julho de 2002, ou quaisquer outras submetidas à incidência monofásica
da contribuição (exemplo: medicamentos);
8. sujeitas à substituição tributária da contribuição para a COFINS;
9. referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998 (compra e venda de
veículos automotores usados);
10. as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;
11. as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (conforme art. 21 da
Lei 10.865/2004);
12. pessoa jurídica integrante do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), submetidas
ao regime especial de tributação previsto no art. 47 da Lei n o 10.637.
13. as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:
- com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens
móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;
- com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a
preço predeterminado, de bens ou serviços;
- de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou
serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade
de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados
decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data;

Notas:

a. o artigo 109 da Lei 11.196/2005 dispõe que o reajuste de preços em função do


custo de produção ou da variação de índice que reflita a variação ponderada dos
custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do § 1 o do art. 27 da Lei
9.069/1995, não será considerado para fins da descaracterização do preço
predeterminado. O disposto aplica-se desde 1o de novembro de 2003.
b. Vide regulamentação IN SRF 658/2006.
14. as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário,
metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 99

-Nota: Submetem-se ao regime de incidência cumulativa do PIS e da COFINS somente


as receitas decorrentes da prestação de serviços públicos de transporte coletivo de
passageiros, executados sob o regime de concessão ou permissão, em linhas regulares e
de caráter essencial, não incluindo outras receitas decorrentes da prestação de serviços de
transporte coletivo de passageiros, como aquelas decorrentes do regime de fretamento ou
turístico, que se submetem ao regime de incidência não-cumulativa das contribuições
(ADI RFB 23/2008).
-Entretanto, a partir de 08.10.2008, por força do ADI RFB 27/2008, também as
modalidades de fretamento ou para fins turísticos se submeterão ao regime de apuração
cumulativo do PIS e da COFINS.

15. as receitas decorrentes de serviços (conforme art. 21 da Lei 10.865/2004):


16. prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de
fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; e
17. de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue;
Nota: A redação original do artigo 10, inciso XIII da Lei 10.833/2003, que tratava sobre
a não aplicação da COFINS não cumulativa (antes da alteração do texto pela Lei
10.865/2004), era:
"XIII - as receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro, casa de
saúde e de recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;"
O artigo 93 da Lei 10.833 estipulava vigência inicial do artigo 10 da mesma Lei para
01.02.2004.
Portanto, entende-se que a partir de 01.02.2004 (inclusive) não se aplicará o COFINS não
cumulativo a tais receitas citadas na redação original (serviço prestado por hospital,
pronto-socorro, casa de saúde e de recuperação sob orientação médica e por banco de
sangue).
Em decorrência, as demais receitas, que foram incluídas pela Lei 10.864, terão
incidência de COFINS não cumulativa no período de 01.02 a 30.04.2004.
18. as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental
e médio e educação superior.
19. as receitas decorrentes de vendas de mercadorias realizadas pelas pessoas jurídicas
referidas no art. 15 do Decreto-Lei 1.455, de 7 de abril de 1976 (lojas francas para venda
de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, saindo do
País ou em trânsito, contra pagamento em cheque de viagem ou moeda estrangeira
conversível);
20. as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros,
efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da
prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;
21. as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de
informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de
telefonia;
22. as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas
no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
23. as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center,
telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 100

24. as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de


obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2010 (data fixada pela Lei
11.945/2009);
25. as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de
organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da
Fazenda e do Turismo. Referido ato conjunto foi publicado no DOU de 09.03.2005 -
Portaria MF 33/2005.
26. - as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;
27. - as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras
de rodovias;
28. - as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e
turismo.
29. Ainda, por força do artigo 40 da MP 252/2005, a partir de 01.07.2005, não se aplicará o
regime não-cumulativo às receitas relativas às atividades de revenda de imóveis,
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de
prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes
de 31 de outubro de 2003. Apesar da MP 252 não ter sido votada pelo Congresso
Nacional (perdendo a validade em 13.10.2005), o artigo 43 da Lei 11.196/2005 revigorou
o dispositivo.
30. A partir de 30.12.2004, por força do artigo 25 da Lei 11.051/2004, estão excluídas do
regime de não cumulatividade as receitas auferidas por empresas de serviços de
informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu
licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação,
configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de
software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas. O disposto não
alcança a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software
importado.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 101

5. CRÉDITOS DE PIS E COFINS ADMITIDOS NA REVENDA DE MERCADORIAS

Via de regra a Lei traz o seguinte texto:

1) Mercadorias adquiridas para Revenda; (Inc. I, art. 3º, Lei. 10.833) e (Inc. I, art. 3º, Lei
10.637):
I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos
referidos: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)
o o
a) nos incisos III e IV do § 3 do art. 1 desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 10.865, de
2004)(Vide Medida Provisória nº 413, de 2008) (Vide Lei nº 11.727, de 2008).
o o
b) no § 1 do art. 2 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)
c) nos §§ 1 e 1 -A do art. 2o desta Lei; (Redação dada pela lei nº 11.787, de 2008)
o o

2) Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados na atividade da empresa, pagos à


pessoas jurídicas; (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.637)
IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas
atividades da empresa;

3) Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833). (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP).
Neste item, por entendimento, pode ser considerada a depreciação de veículos que é usual na
comercialização, até porque é admitido o crédito sobre fretes;
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa;

4) Devolução de Mercadorias vendidas (inciso VIII , art. 3º, Lei 10.833); (inciso VIII , art. 3º,
Lei 10.637);
VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento
do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei

5) Energia Elétrica consumida nos estabelecimentos da empresa (inciso IX, art. 3º, Lei 10.637,
introduzida pelo artigo 25 da Lei 10.684), inciso III, art. 3º, Lei 10.833:
art.3º - 10.833 - III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei nº
11.488, de 2007) (10.833)
IX - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica. (Redação dada pela Lei nº 11.488, de
2007)(10.637)

6) Armazenagem e Fretes (art.3º, IX da Lei 10.833). (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP)
IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I
e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor. (10.833)

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8) Arrendamento mercantil (Inc. V, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. V, art. 3º, Lei 10.637)

V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa


jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;
(Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

5.1 REVENDA DE MERCADORIAS - FORNECEDORA DE BENS E CONSUMIDORA


FINAL

Importantíssimos são os conceitos legais, doutrinários e jurisprudenciais ora mencionados de


forma que uma empresa comercial tanto é fornecedora como consumidora final, sendo relevante
os bens e serviços adquiridos ou não visando a COMERCIALIZAÇÃO.

a) BENS E SERVIÇOS INTEGRANTES DA COMERCIALIZAÇÃO - FORNECEDOR

Encontramos o conceito padrão de consumidor no caput do art. 2º. do Código de Defesa do


Consumidor, Lei nº 8.078/90 :

Consumidor é toda pessoa ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.

José Geraldo Brito Filomeno: „consumidor‟qualquer pessoa física ou jurídica que, isolada ou
coletivamente, contrate para consumo final, em benefício próprio ou de outrem,”.

De acordo com o art. 3º - Lei nº 8.078/90 – “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.

Portanto nas atividades desenvolvidas pela empresa comercial que tem por objetivo a atividade
de comercialização, concretizada em seu contrato ou estatuto social, os gastos de
comercialização compreendidos como marketing e propaganda relacionados com a venda de
mercadorias, representação comercial fazem parte da atividade da empresa. Assim, como os
gastos de entrega, conservação e manutenção dos produtos.

Assim, os gastos necessários para a comercialização das mercadorias destinadas à revenda bens
fazem parte da atividade principal. Nesse diapasão, são os chamados gastos inerentes à
comercialização, sendo aplicado a definição legal de FORNECEDOR.

b) BENS E SERVIÇOS APLICADOS NAS ATIVIDADES CONTÁBIL,


ADMINISTRATIVA, RH – DESTINATÁRIO FINAL

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Em relação às demais aquisições de bens e serviços destinadas aos setores contábil,


administrativo, recursos humanos são as relações de consumo em que a empresa comercial é
uma destinatária final ou seja, uma consumidora. Assim, papel, seguro de vida dos
funcionários administrativos, dentre outros, tudo o que não compõem gastos relativos a
comercialização de produtos , como já estudado é uma relação de consumo, onde a sociedade
comercial é um CONSUMIDOR FINAL, não integrando a cadeia produtiva.

Assim, a sociedade comercial conforme apregoado em seus estatutos constitutivos, tem uma
divisão clara e concisa, podendo assumir o pólo de consumidor e fornecedor, por exemplo, na
contratação de um seguro dos funcionários área comercial é uma relação de fornecimento e
quando contratado o mesmo seguro para os funcionários da área administrativa será uma relação
de consumo final.

Por mais, que seja uma divisão imaginária, ela deve estar presente e bem clara nas decisões
diretivas da sociedade comercial, pois será de suma importância com relação aos créditos de PIS
e COFINS a serem tomados pela empresa. Tal divisão se concretiza pela escrituração contábil
adotada pela empresa.

5.2 CRÉDITOS ADMISSÍVEIS NA COMPRA DE MERCADORIAS PARA REVENDA

A compra de mercadorias adquiridas para revenda tem previsão do crédito de PIS e COFINS,
conforme determinam o inc. I, art. 3º, Lei. 10.833 e inc. I, art. 3º, Lei 10.637:
I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos
referidos: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)
a) nos incisos III e IV do § 3o do art. 1o desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 10.865, de
2004)(Vide Medida Provisória nº 413, de 2008) (Vide Lei nº 11.727, de 2008).
b) no § 1o do art. 2o desta Lei; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)
c) nos §§ 1o e 1o-A do art. 2o desta Lei; (Redação dada pela lei nº 11.787, de 2008)

De acordo com art. 13 do Decreto-Lei 1.598/77: “O custo de aquisição de mercadorias


destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do
contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação”.

Hoje é comum, principalmente comércios atacadista e varejista a aquisição de produtos em “in


natura”, para posterior embalagem e distribuição com marca própria ou de terceiros. Nesses
casos, a aquisição do material de embalagens, etiquetas comporão o preço de custo de compra
das mercadorias.

Entenda as limitações do crédito previsto nas letras “a” a “c”do inciso I, do art. 3º:

Não gera direito à crédito de PIS e COFINS, adquiridos para revenda:


 de gasolina e suas correntes;
 de venda de produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal;

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 104

 venda de máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 84.32.80.00,


8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da
TIPI;
 de vendas, para comerciante atacadista ou varejista ou para consumidores, das autopeças
relacionadas nos Anexos I e II;
 dos produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13
(câmaras-de-ar de borracha);
 de querosene de aviação;
 venda das embalagens nele previstas, destinadas ao envasamento de água, refrigerante e
cerveja, classificados nos códigos 22.01, 22.02 e 22.03;
 das bebidas mencionadas no art. 58-A desta Lei;

 das receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em


relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de
substituta tributária;
 de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004) (Vide
Lei nº 11.727, de 2008);

Esses produtos não geram direito ao crédito pelo fato que têm a incidência monofásica ou
substituição tributária de PIS e COFINS, ou seja, o PIS e COFINS devidos em todas as etapas
até o consumidor final são recolhidos pela indústria e ou refinaria que os fabricou/processou

Por isso, não geram direito ao crédito, mas em contrapartida sobre o faturamento desses produtos
pela empresa comercial não há a incidência de PIS e COFINS. Assim, como exemplo, na venda
de combustíveis pelo posto não haverá o recolhimento dos tributos. Outro exemplo, são os as
farmácias, perfumarias e auto peças que não haverá a incidência, pois sobre esses produtos o PIS
e a COFINS foram pagos integramente na 1ª fase (monofásico e substituição tributária).

Porém, a empresa optante pelo lucro real (sistema não-cumulativo) de revenda de combustíveis,
perfumes, autopeças e as elencadas acima, poderão utilizar o crédito relativo a aluguéis de
prédios máquinas e equipamentos, utilizados na atividade da empresa, depreciação de
edificações e benfeitorias, energia elétrica, armazenagem e fretes, bem como as despesas de
comercialização e despesas financeiras, conforme tópicos a seguir.

Ainda, é importante destacar que somente, como exemplo, o posto de combustíveis não pode
tomar o crédito relativo ao combustível adquirido para revenda, mas a empresa que adquire o
combustível no processo industrial ou comercial como insumo poderá aproveitar normalmente o
crédito.

5.3 CRÉDITOS ADMITIDOS RELATIVOS AOS GASTOS DE COMERCIALIZAÇÃO

Separando as definições de fornecedor e consumidor, a partir os artigos 2º e 3º da Lei 8.078/90,


acima analisados, chegamos a um entendimento que as despesas de comercialização em uma
sociedade comercial que tem por objeto social a revenda de mercadorias, são agentes da cadeia
comercial, portanto fazendo parte integrante da atividade da empresa como fornecedora.
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 105

Na apreciação da sistemática de não-cumulatividade seguida pelos artigos 1º e 3º das Leis


10.637/2002 e 10.833/2003, em consonância com o Método Indireto Subtrativo, eleito
pelo Poder Executivo, como forma de garantir a neutralidade da incidência de PIS e
COFINS, como consta nas exposições das Medidas Provisórias 66 e 135:

1. O principal objetivo das medidas ora propostas é o de estimular a eficiência


econômica, gerando condições para um crescimento mais acelerado da economia
brasileira nos próximos anos. Neste sentido, a instituição da Cofins não-
cumulativa visa corrigir distorções relevantes decorrentes da cobrança
cumulativa do tributo, como por exemplo a indução a uma verticalização artificial
das empresas, em detrimento da distribuição da produção por um número maior
de empresas mais eficientes – em particular empresas de pequeno e médio porte,
que usualmente são mais intensivas e mão de obra.

7. Por ser adotado, em relação à não-cumulatividade, o método indireto subtrativo,


o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá descontar, do valor
da contribuição devida, créditos apurados em relação aos bens e serviços
adquiridos, custos, despesas e encargos que menciona.
(...) grifo nosso

Miguel Reale conceitua o Direito como o fato social na forma que lhe dá uma norma
racionalmente promulgada por uma autoridade competente segundo uma ordem de valores.
Assim, temos que um fato econômico liga-se a um valor de garantia para se expressar através de
uma norma legal que atende às relações que devem existir entre aqueles dois.

Uma vez que temos conhecimento da norma, que é fruto do ato de vontade do Poder (legítimo),
e do fato, qual seja, o fato econômico de relevância jurídica (no caso específico, o fato gerador
da obrigação tributária), resta-nos aprendermos o valor. Tal valor, ou valores, deve ser “intuído”
do momento histórico-cultural da República Federativa do Brasil, que conduziu a escolha do
Poder legítimo por essa ou aquela proposição normativa.

Ainda com o ensinamento do mesmo Miguel Reale(2002, p.289-290), para quem:

Interpretar uma lei importa, previamente, em compreendê-la na plenitude de seus fins


sociais, a fim de poder-se, desse modo, determinar o sentido de cada um de seus
dispositivos. Somente assim ela é aplicável a todos os casos que correspondam àqueles
objetivos.
Como se vê, o primeiro cuidado do hermeneuta contemporâneo consiste em saber
qual a finalidade social da lei, no seu todo, pois é o fim que possibilita penetrar na
estrutura de suas significações particulares. O que se quer atingir é uma correlação
coerente entre o todo da lei e as partes representadas por seus artigos e preceitos, à
luz dos objetivos visados.
(...)
Fim da lei é sempre um valor, cuja preservação ou atualização o legislador teve em
vista garantir, armando-o de sanções, assim como também pode ser fim da lei impedir
que ocorra um desvalor. Ora, os valores não se explicam segundo nexos de
causalidade, mas só podem ser objeto de um processo compreensivo que se realiza

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 106

através do confronto das partes com o todo e vice-versa, iluminado-se e esclarecendo-


se reciprocamente, como é próprio do estudo de qualquer estrutura social.

Ao identificarmos o fim da lei, o valor da sistemática de apuração da Contribuição para PIS e


COFINS devidas pelas empresas, tal como determinadas pelas diversas normas que devem ser
aplicadas aos fatos econômicos.

Segundo Ives Gandra da Silva Martins “para a identificação desse fim da lei (valor histórico-
cultural), a consulta à Exposição de Motivos da legislação analisada é um instrumento bastante
valioso”

O Governo Federal apresentou às empresas brasileiras, entre os motivos podemos destacar: a


necessidade de redução do impacto tributário da produção e da distribuição da produção, como
forma de amenizar o chamado Custo Brasil, motivo pelos quais foram editadas as MPs 66 e 135.

Portanto, observando o conjunto normativo que rege essas contribuições, de uma maneira geral,
e a interpretação e a aplicação dessas normas no que diz respeito à cadeia produtiva da
comercialização em relação aos descontos de créditos, deve levar em consideração o valor
(finalidade) acima comentado.

Não obstante, a alíquota aplicável à base de cálculo no caso da COFINS passou de 3% para
7,6%, e no caso do PIS passou de 0,65% para 1,65%. Como se vê, em ambos os casos houve um
aumento de 253,33%.

Apesar do aumento da alíquota para o contribuinte, o legislador pretendeu acabar com a


cumulatividade dessas contribuições, que oneravam demais a cadeia produtiva e comercial ou a
distribuição da produção, como menciona as exposições de motivos.

Em um primeiro momento, o Executivo propõe a não-cumulatividade para corrigir relevantes


distorções decorrentes da cobrança cumulativa do PIS e COFINS e mencionam a necessidade do
aumento das alíquotas dos 3,0% e 0,65% para 7,6% e 1,65%, a fim de fazer fronte ao novo
sistema, para convencer os parlamentares da importância do tema e conseguir a aprovação.

Em um segundo momento, o mesmo Executivo, depois de aprovar a norma, intencionadamente


começa a restringir o crédito através de Instruções Normativas e outras medidas, contrariando a
sua própria proposição e entendimento, afetando o princípio da Moralidade Administrativa,
constante do art. 37 da Constituição Federal, agindo deslealmente, de má-fé e insinceridade
depois de ter aprovado o aumento dos tributos. Celso Antônio Bandeira de Mello (2008, p.119,
Malheiros, 25 ed. São Paulo) comenta sobre o princípio da moralidade administrativa:

Compreendem-se em seu âmbito, como é evidente, os chamados princípios da


lealdade e boa-fé, tão oportunamente encarecidos pelo mestre espanhol Jesús
Gonzáles Perez e monografia preciosa. Segundo os cânones da lealdade e da boa-fé, a
Administração haverá de proceder em relação aos administrados com sinceridade e
lhaneza, sendo-lhe interdito qualquer comportamento astucioso, eivado de malícia,

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 107

produzido de maneira a confundir, dificultar ou minimizar o exercício de direitos por


parte dos cidadãos.

Tal manobra do Executivo (entende-se a Presidência, o Ministério da Fazenda), no sentido de


ludibriar o Congresso Nacional e os Contribuintes, traz insegurança jurídica ao nosso país,
demonstrando a face autoritária e tendenciosa do “Estado Democrático de Direito”.

A cadeia produtiva da empresa comercial compreende os insumos, tanto bens como serviços,
aplicados na comercialização de mercadorias adquiridas para revenda, para tal comercialização
são necessárias, além da aquisição do produto para revenda, gastos com logística, as despesas de
propriamente ditas de comercialização:

 A divulgação do produto
 Representantes comerciais
 Marketing
 Despesas com viagens, hospedagens, refeições e locomoções dos representantes
 Telemarketing, telefone, etc.

Em específico, essas atividades constituem a cadeia produtiva da sociedade comercial,


constituída para tal finalidade em seu contrato/estatuo social. São atividades integrantes das
chamadas empresas fornecedoras, conforme art. 3º da Lei 8.079/90 e são gastos que compõe o
ciclo produtivo da empresa comercial.

Muito simples, sem a viagem do representante, a divulgação do produto em rádio, internet, TV,
outdoors, telemarketing, para expor o seu produto, seu catálogo, simplesmente não existe a
comercialização, a empresa não tem razão de existir. Diferentemente do que ocorre com as
atividades enquadradas como consumidora final: contabilidade, informática, RH, administração
geral da companhia, as quais não compõem a cadeia produtiva da comercialização.

Neste capítulo, a atividade principal é a comercialização, revenda de produto, na qual a


sociedade esta desempenhando uma atividade de aquisição do produto, logística e aliada com seu
departamento comercial potencializar a disposição da mercadoria no mercado.

Aliado à regra da não-cumulatividade do art. 1º das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, regra de


neutralidade tributária, baseada no método indireto subtrativo, exposições Medidas Provisórias
66 e 135, art. 3º, inciso I das citadas Leis e por analogia aos incisos II e III das Leis 10.637/2002
e 10.833/2003, se os bens e serviços aplicados na cadeia produtiva fabril ensejam o crédito de
PIS e COFINS, analogicamente os bens e serviços aplicados na cadeira produtiva relacionada
com a comercialização merecem igual tratamento, integrarão à base para reduzir o cálculo da PIS
e COFINS os gastos, ou as chamadas despesas de comercialização, a título de exemplo: a
divulgação do produto, representantes comerciais, marketing, despesas com viagens,
hospedagens, refeições e locomoções dos representantes, telemarketing, telefone, dentre outras,
cabendo à empresa demonstrar através de sua contabilidade e outros meios admitidos de prova, a
aplicação relativa à área comercial.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 108

5.4 CRÉDITOS ADMITIDOS RELATIVOS À LOGÍSTICA

A logística compreende o conjunto das despesas de armazenamento, fretes, aluguel, depreciação


de edificações, máquinas e equipamentos, os quais estão consagrados nos incisos III, IV, V, VII,
VIII, IX do art. 3º das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003. Como abaixo citamos.

- Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados na atividade da empresa, pagos à


pessoas jurídicas; (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.637)
IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas
atividades da empresa;

- Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833). (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS
PASEP)Neste item, por entendimento, pode ser considerada a depreciação de veículos que é
usual na comercialização, até porque é admitido o crédito sobre fretes;
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa;

- Energia Elétrica consumida nos estabelecimentos da empresa (inciso IX, art. 3º, Lei 10.637,
introduzida pelo artigo 25 da Lei 10.684), inciso III, art. 3º, Lei 10.833:
art.3º - 10.833 - III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei nº
11.488, de 2007) (10.833)
IX - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica. (Redação dada pela Lei nº 11.488, de
2007)(10.637)

- Armazenagem e Fretes (art.3º, IX da Lei 10.833). (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS PASEP)

IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I


e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor. (10.833)

- Arrendamento mercantil (Inc. V, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. V, art. 3º, Lei 10.637)

V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa


jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;
(Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)
Por ironia do destino ou propositalmente, o governo fez com que os gastos de logística das
sociedades comerciais tenham inquestionavelmente o efetivo crédito de PIS e COFINS, pois a
logística, nada mais é que os fretes, instalações, máquinas e equipamentos no processo
comercial, energia elétrica, etc. Lembre-se que frete é um gênero e se desdobra, no caso de frota
própria, manutenção de veículos, peças, combustível/lubrificantes e outros relacionados.
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 109

Também, devemos fazer a seguinte análise: se a Lei permite a depreciação de instalações, o


aluguel máquinas e equipamentos da atividade, é inegável que as despesas de manutenção de
instalações, manutenções e peças das máquinas e equipamentos de propriedade da empresa,
sendo elas necessárias e imprescindíveis para o funcionamento dos referidos bens, também,
geram direito ao crédito de PIS e COFINS. Como exemplo, se a correia de uma empilhadeira é
danificada, não há outra alternativa se não a de substituir a peça para manter a operação da
mesma; outro exemplo: o telhado do depósito é danificado pela ação do tempo ou do vento,
imediatamente deve ser reparado, portanto tal reparo é vital para o bem cumprir a sua finalidade
que é a de armazenagem os produtos.

5.5 CRÉDITOS ADMITIDOS RELATIVOS ÀS DESPESAS FINANCEIRAS

Inicialmente, a Lei 10.833 e 10.637, art. 3º, no inciso V, configurava a previsão do crédito
integral sobre as despesas financeiras decorrentes de empréstimos e financiamentos. Porém, tal
texto foi retirado pela Lei 10.865/2004 e implementado o seguinte, agora no art. 27 da Lei
10.865/2004:

Art. 27 O Poder Executivo poderá autorizar o desconto de crédito nos percentuais que
estabelecer e para os fins referidos no art. 3o das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro
de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, relativamente às despesas financeiras
decorrentes de empréstimos e financiamentos, inclusive pagos ou creditados a
residentes ou domiciliados no exterior.

Temos duas situações:

a) Despesas financeiras da atividade comercial (fornecedor)

A despesa financeira relativa ao financiamento das compras de mercadorias destinadas à revenda


e seu ciclo produtivo (comercialização, logística) não necessita de previsão em Lei, pois faz parte
das aquisições de mercadorias (art.3º, inciso I, das Leis 10.637 e 10.833) e nos dá direito a a
creditar sobre as bases de cálculo, em função da não-cumulatividade (art. 1º das respectivas
Leis), aplicadas na cadeia da comercialização, já exaustivamente comentada, ver tópico anterior,
até porque as Instituições Financeiras, recolhem ao percentual de 4% sobre o valor das receitas
cedidas a título de empréstimo e financiamento.

b) Despesas Financeiras da Atividade não comercial (consumidor final)

Quando o art. 27 da Lei 10.865/2004 faz menção dos créditos que o poder Executivo poderá
autorizar são os relativos as despesas financeiras que não compõem a cadeira produtiva da
empresa comercial, ou seja, das atividades em que a sociedade é consumidora final, não
abrangida pela não-cumulatividade, a que podemos citar: as despesas financeiras inerentes ao
financiamento do lucro, das despesas setor contábeis, despesas setor administrativo, despesas do
setor de RH, do Imposto de Renda, da Contribuição Social, dos demais tributos.

Como separa as despesas financeiras que geram direito ao crédito das que não geram
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 110

Então como separar as despesas financeiras que reduzem a base de cálculo de PIS e COFINS,
das que não reduzem? Já que os empréstimos e financiamentos são tomados de forma global?

Nós nos socorremos à outra ciência, à matemática, através de um cálculo proporcional


poderemos distinguir as despesas financeiras aplicadas na cadeia produtiva daquelas não
aplicadas. A proporção de 100% é representada pela receita, na qual contém o repasse de todos
os itens aplicados mais o lucro empresarial e que deve ser verificado e o extraído o percentual
(%) relativo às aplicações na cadeia produtiva comercial representado pelas compras + gastos
com comercialização + gastos com logística. Assim, temos a seguinte equação:

(Compras + gastos comercialização+ gastos logísticas) : Receitas

Então, a título de exemplo, em um determinado mês foi adquirido R$ 100.000,00 de compras +


gastos com comercialização R$ 12.000,00 + gastos com logística R$ 8.000,00, sendo que no mês
o faturamento foi de R$ 180.000,00.

=(100.000,00 + 12.000,00 + 8.000,00) : 180.000,00


= 120.000,00 : 180.000,00
= 66,66%

Continuando o raciocínio, 66,66% das despesas financeiras são aplicadas no ciclo da


comercialização e 33,34% aplicadas nas demais atividades. Assim, nesse mês se as despesas
financeiras totalizarem R$ 7.000,00:

R$ 7.000,00 x 66,66% = R$ 4.666,20; haverá o crédito da PIS e COFINS


R$ 7.000,00 x 33,34%= R$ 2.333,80; não haverá o crédito da PIS e COFINS

Não há vedação para a utilização de despesas financeiras, a única vedação expressa pelas Leis
10.637/2002 e 10.833/2003 é a prevista para a utilização de créditos oriundos de pessoas físicas,
portanto o crédito pode ser aproveitado normalmente nas proporções acima descritas.

Outra situação que gera dúvida com relação ao aproveitamento do crédito relativo às despesas
financeiras, é no sentido que sobre as receitas financeiras há a incidência há alíquota zero,
gerando o falso entendimento que sobre as despesas não há o direito ao crédito. A receita a
alíquota zero é, na verdade, uma forma do governo evitar uma enxurrada de ações de
inconstitucionalidade, haja vista, que o Supremo já definiu que as receitas financeiras não fazem
parte do faturamento. Por outro lado, as empresas, via de regra, assumem o custo financeiro
sobre a venda de seus produtos repassando-o ao faturamento. Mesmo assim, nós estudamos que
a sistemática da não-cumulatividade, mesmo que o produto seja vendido a alíquota zero, os
custos e gastos aplicados na cadeia produtiva adquiridos com alíquota normal dão direito ao
crédito conforme art. 17 da Lei 11.033/2004: “Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção,
alíquota 0 (zero) ou não incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a
manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.”. Caso em que as despesas

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financeiras para a empresa e receita de empréstimos para as Instituições Financeiras são tributadas à
alíquota de 4%, no regime cumulativo.

5.6 MANUTENÇÃO DEMAIS CRÉDITOS NA REVENDA DE PRODUTOS


MONOFÁSICOS E SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Não gera direito à crédito de PIS e COFINS, adquiridos para revenda:


 de gasolina e suas correntes;
 venda de produtos farmacêuticos, de perfumaria, toucador ou de higiene pessoal;
 venda de máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 84.32.80.00,
8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da
TIPI;
 de vendas, para comerciante atacadista ou varejista ou para consumidores, das autopeças
relacionadas nos Anexos I e II;
 dos produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13
(câmaras-de-ar de borracha);
 de querosene de aviação;
 venda das embalagens nele previstas, destinadas ao envasamento de água, refrigerante e
cerveja, classificados nos códigos 22.01, 22.02 e 22.03;
 das bebidas mencionadas no art. 58-A desta Lei;
 das receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de
substituta tributária;
 de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)
(Vide Lei nº 11.727, de 2008);

É obvio, pela sistemática de não cumulatividade pelo método indireto subtrativo que as compras
de mercadorias para revenda com substituição tributária e monofásico não geram direito ao
crédito, até porque a revenda é a alíquota zero. Assim, toda a tributação do PIS e COFINS foi
recolhida na fase anterior, seja pela indústria ou na importação.

Como exemplo, postos de combustíveis, a aquisição do álcool, gasolina, diesel não dá direito ao
crédito, haja vista que na venda não há a tributação (alíquota zero). Mas a energia elétrica
consumida gera direito ao crédito do PIS e da COFINS.

Destarte, as demais compras/aquisições relativas à área administrativa, logística, gastos com


comercialização e despesas financeiras, conforme discutidos neste tópico (5)geram direito ao
creditamento, como exemplo:

 Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados na atividade da empresa, pagos


à pessoas jurídicas; (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. IV, art. 3º, Lei 10.637)

 Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados


nas atividades da empresa; (Inc. VII, art. 3º, Lei 10.833). (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 –
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 112

PIS PASEP). Neste item, por entendimento, pode ser considerada a depreciação de
veículos que é usual na comercialização, até porque é admitido o crédito sobre fretes;
 Energia Elétrica consumida nos estabelecimentos da empresa (inciso IX, art. 3º, Lei
10.637, introduzida pelo artigo 25 da Lei 10.684), inciso III, art. 3º, Lei 10.833

 Armazenagem e Fretes (art.3º, IX da Lei 10.833). (Inc. II, art. 15, Lei 10.833 – PIS
PASEP)
 Arrendamento mercantil (Inc. V, art. 3º, Lei 10.833); (Inc. V, art. 3º, Lei 10.637)

No mesmo sentido a solução de consulta nº 04 de 07/03/2008 da 5ª RF – DOU-23.10.2008:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 04, DE 07/03/2008 - 5ª RF(DOU DE 23.10.2008)


ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins
EMENTA: REVENDA DE PRODUTOS MONOFÁSICOS. CRÉDITOS POSSÍVEIS
No regime de apuração não-cumulativa, é vedado o desconto de créditos relativos à
aquisição para revenda de bens submetidos à tributação monofásica, sendo permitida
a manutenção dos demais créditos, desde que presentes os requisitos normativos para
sua aquisição. Observe-se que a Medida Provisória nº 413, de 2008 prevê a não
aplicabilidade do art. 3º da Lei nº 10833, de 2003, ao caso em tela, com produção de
efeitos a partir de primeiro de maio do corrente.
Art.15 – MP 413 - § 22.Excetuam-se do disposto neste artigo os distribuidores e os
comerciantes atacadistas e varejistas das mercadorias e produtos referidos no § 1o do art.
2o desta Lei, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas, não
se aplicando a manutenção de créditos de que trata o art. 17 da Lei n o 11.033, de 21 de
dezembro de 2004.” (NR)

A mencionada Consulta, na primeira parte afirma que dá o direito ao crédito. Na segunda parte,
em face do art. 15 MP 413, que incluíra o § 22 ao art. 3º da Lei 10.833/2003 não permitia os
respectivos créditos.

NO ENTANTO, tal artigo da MP não foi convertido em LEI e foi excluído da Lei 11.727/2008
(que converteu a MP 413 em Lei). Dessa forma, o governo não logrou êxito em excluir os
demais créditos na revenda de produtos monofásico e substituição tributária, sendo assim,
permanecendo referido crédito justo e legal.

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6. CRÉDITO PIS E COFINS – IMPORTAÇÃO

6.1 INTRODUÇÃO

A Lei 10.865/2004 instituiu, a partir de 01.05.2004, a incidência do PIS e da COFINS sobre a


importação de bens ou serviços.

6.1.1 Incidência sobre serviços

Os serviços tributáveis são os provenientes do exterior prestados por pessoa física ou pessoa
jurídica residente ou domiciliada no exterior, nas seguintes hipóteses:

I - executados no País; ou
II - executados no exterior, cujo resultado se verifique no País.

6.1.2 Produtos estrangeiros

Consideram-se também estrangeiros:

I - bens nacionais ou nacionalizados exportados, que retornem ao País, salvo se:


a) enviados em consignação e não vendidos no prazo autorizado;
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b) devolvidos por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;


c) por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador;
d) por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou
e) por outros fatores alheios à vontade do exportador;

II - os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como


as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras
contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País.

6.1.3 Não incidência

As contribuições instituídas não incidem sobre:

I - bens estrangeiros que, corretamente descritos nos documentos de transporte, chegarem


ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que forem redestinados ou
devolvidos para o exterior;

II - bens estrangeiros idênticos, em igual quantidade e valor, e que se destinem à reposição


de outros anteriormente importados que se tenham revelado, após o desembaraço aduaneiro,
defeituosos ou imprestáveis para o fim a que se destinavam, observada a regulamentação do
Ministério da Fazenda;

III - bens estrangeiros que tenham sido objeto de pena de perdimento, exceto nas hipóteses
em que não sejam localizados, tenham sido consumidos ou revendidos;

IV - bens estrangeiros devolvidos para o exterior antes do registro da declaração de


importação, observada a regulamentação do Ministério da Fazenda;

V - pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu
território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira;

VI - bens aos quais tenha sido aplicado o regime de exportação temporária;

VII - bens ou serviços importados pelas entidades beneficentes de assistência social, nos
termos do § 7º do art. 195 da Constituição, observado o disposto no art. 10 da Lei 10.865/2004;

VIII - bens em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruídos;

IX - bens avariados ou que se revelem imprestáveis para os fins a que se destinavam, desde
que destruídos, sob controle aduaneiro, antes de despachados para consumo, sem ônus para a
Fazenda Nacional; e

X - o custo do transporte internacional e de outros serviços, que tiverem sido computados


no valor aduaneiro que serviu de base de cálculo da contribuição.
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6.1.4 Prazo de recolhimento

As contribuições serão pagas:

I - na data do registro da declaração de importação, na hipótese da entrada de bens


estrangeiros no território nacional;

II - na data do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa, na hipótese de


contraprestação por serviço prestado;

III - na data do vencimento do prazo de permanência do bem no recinto alfandegado, na


hipótese do vencimento de permanência dos bens em recinto alfandegado, se iniciado o
respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, na situação prevista pelo
art. 18 da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999.

6.2 FATO GERADOR

O fato gerador será:

I - a entrada de bens estrangeiros no território nacional; ou

II - o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou


domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado.

Consideram-se entrados no território nacional os bens que constem como tendo sido importados
e cujo extravio venha a ser apurado pela administração aduaneira, exceto em relação:

a) - às malas e às remessas postais internacionais; e

b) - à mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condições de manuseio na


descarga, esteja sujeita a quebra ou a decréscimo, desde que o extravio não seja superior a 1%
(um por cento).

Na hipótese de ocorrer quebra ou decréscimo em percentual superior ao fixado acima, serão


exigidas as contribuições somente em relação ao que exceder a 1% (um por cento).

6.2.1 Ocorrência do fato gerador

Considera-se ocorrido o fato gerador:

I - na data do registro da declaração de importação de bens submetidos a despacho para consumo


(o disposto aplica-se, inclusive, no caso de despacho para consumo de bens importados sob
regime suspensivo de tributação do imposto de importação);

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II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens


constantes de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria
for apurado pela autoridade aduaneira;

III - na data do vencimento do prazo de permanência dos bens em recinto alfandegado, se


iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, na situação
prevista pelo art. 18 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999;

IV - na data do pagamento, do crédito, da entrega, do emprego ou da remessa de valores na


hipótese de contraprestação por serviço prestado.

6.3 CONTRIBUINTES

São contribuintes:

I - o importador, assim considerada a pessoa física ou jurídica que promova a entrada de


bens estrangeiros no território nacional;
II - a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residente ou domiciliado no
exterior; e
III - o beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante também seja residente ou
domiciliado no exterior.

Equiparam-se ao importador o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo


respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.

6.3.1 Responsabilidade solidária

São responsáveis solidários:

I - o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação realizada por sua conta e


ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora;
II - o transportador, quando transportar bens procedentes do exterior ou sob controle
aduaneiro, inclusive em percurso interno;
III - o representante, no País, do transportador estrangeiro;
IV - o depositário, assim considerado qualquer pessoa incumbida da custódia de bem sob
controle aduaneiro; e
V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a
realização do transporte multimodal.

6.4 BASE DE CÁLCULO

6.4.1 Bens

A base de cálculo será o valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que
servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do
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Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços


de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no
desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições.

6.4.2 Serviços

A base de cálculo será o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior,
antes da retenção do imposto de renda, acrescido do Imposto sobre Serviços de qualquer
Natureza - ISS e do valor das próprias contribuições.

6.4.3 Fórmulas de cálculo

A IN SRF 572/2005, a partir de 22.11.2005, determinou as fórmulas de cálculo do PIS e e


COFINS na importação.

De 14.10.2005 até 21.11.2005

No período de 14.10.2005 a 21.11.2005, a fórmula de cálculo era determinada pela IN RFB


571/2005.

De 16.06.2005 até 13.10.2005

No período de 16.06.2005 a 13.10.2005, a fórmula de cálculo era determinada pela Instrução


Normativa SRF 552/2005.

De 01.05.2004 a 15.06.2005

No período de 01.05.2004 a 15.06.2005, a fórmula de cálculo era determinada pela Instrução


Normativa SRF 436/2004.

Planilha para cálculo

A Norma de Execução COANA 2/2005 adotou a planilha eletrônica auxiliar para determinação
do PIS e COFINS Importação, a partir de 27.06.2005. Para acessar a planilha, clique aqui.

Até 26.06.2005, a planilha de cálculo utilizada era a constante na Norma de Execução COANA
6/2004.

Prêmios de resseguro

A base de cálculo das contribuições incidentes sobre prêmios de resseguro cedidos ao exterior é
de 8% (oito por cento) do valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido.

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O disposto aplica-se aos prêmios de seguros não enquadrados no custo do transporte


internacional e de outros serviços, que tiverem sido computados no valor aduaneiro que serviu de
base de cálculo da contribuição.

6.4.3 Redução da base de cálculo

A base de cálculo fica reduzida:

I - em 30,2% (trinta inteiros e dois décimos por cento), no caso de importação, para
revenda, de caminhões chassi com carga útil igual ou superior a 1.800 kg (mil e oitocentos
quilogramas) e caminhão monobloco com carga útil igual ou superior a 1.500 kg (mil e
quinhentos quilogramas), classificados na posição 87.04 da Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados - TIPI, observadas as especificações estabelecidas pela
Secretaria da Receita Federal; e
II - em 48,1% (quarenta e oito inteiros e um décimo por cento), no caso de importação, para
revenda, de máquinas e veículos classificados nos seguintes códigos e posições da TIPI: 84.29,
8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 8702.10.00 Ex 02,
8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10 Ex 01 (somente os destinados aos produtos
classificados nos Ex 02 dos códigos 8702.10.00 e 8702.90.90).

6.4.4 ICMS

O ICMS incidente comporá a base de cálculo das contribuições, mesmo que tenha seu
recolhimento diferido.

6.5 ALÍQUOTAS

As contribuições serão calculadas mediante aplicação, sobre a base de cálculo, das alíquotas de:

I - 1,65%, para o PIS/PASEP-Importação; e

II - 7,6 %, para a COFINS-Importação.

Para os produtos e situações seguintes, observar as diferentes alíquotas especificadas, sendo que
a vigência das mesmas será a partir de 01.08.2004 (conforme artigo 45 da Lei 10.865/2004),
exceto em relação àquelas alíquotas já anteriormente previstas pela MP 164/2004:

Produtos farmacêuticos

As alíquotas, no caso de importação de produtos farmacêuticos, classificados nas posições 30.01,


30.03, exceto no código 3003.90.56, 30.04, exceto no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1,
3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3002.90.20,
3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00, são de:

I - 2,1% (dois inteiros e um décimo por cento), para o PIS/PASEP-Importação; e


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II - 9,9% (nove inteiros e nove décimos por cento), para a COFINS-Importação.

Produtos de perfumaria

As alíquotas, no caso de importação de produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene


pessoal, classificados nas posições 3303.00 a 33.07 e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e
96.03.21.00, são de:

I - 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), para o PIS/PASEP-Importação; e

II - 10,3% (dez inteiros e três décimos por cento), para a COFINS-Importação.

Máquinas e veículos

Na importação de máquinas e veículos, classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00,


8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da
Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, as alíquotas são de:

I - 2% (dois por cento), para o PIS/PASEP-Importação; e

II - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento), para a COFINS-Importação.

O disposto acima, relativamente aos produtos classificados no Capítulo 84 da NCM, aplica-se,


exclusivamente, aos produtos autopropulsados.

Pneus e câmaras de ar

Na importação dos produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13
(câmaras-de-ar de borracha), da NCM, as alíquotas são de:

I - 2% (dois por cento), para o PIS/PASEP-Importação; e

II - 9,5% (nove inteiros e cinco décimos por cento), para a COFINS-Importação.

Embalagens para bebidas

A importação de embalagens para refrigerante e cerveja, referidas no art. 51 da Lei no


10.833/2003, e de embalagem para água fica sujeita à incidência do PIS-Importação e da
COFINS-Importação, fixada por unidade de produto, às alíquotas previstas naquele artigo, com a
alteração inserida pelo art. 21 da Lei 10.865/2004.

A incidência do PIS e COFINS-Importação alcança, inclusive, a importação quando realizada


por pessoa jurídica comercial, independentemente da destinação das embalagens.

Água, refrigerantes, cervejas e preparações compostas


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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 120

Até 31.10.2004, a importação de refrigerante, cerveja e preparações compostas, referidos no art.


49 da Lei 10.833/2003, fica sujeita à incidência do PIS e COFINS – importação, fixada por
unidade de produto, às alíquotas previstas no art. 52 da Lei 10.833/2003, independentemente de
o importador haver optado pelo regime especial de apuração e pagamento ali referido.

E a partir de 01.11.2004 até 31.12.2008 (conforme artigo 42, IV da Lei 11.727/2008), por força
do artigo 6 da Lei 10.925/2004 (que alterou o parágrafo 7 do artigo 8 da Lei 10.865/2004), a
importação de água, refrigerante, cerveja e preparações compostas (art. 49 da Lei 10.833/2003),
fica sujeita à incidência de PIS e COFINS - importação, fixada por unidade de produto, às
alíquotas previstas no art. 52 da Lei 10.833/2003, independentemente de o importador haver
optado pelo regime especial de apuração e pagamento ali referido.

Gasolina e suas correntes

A importação de gasolinas e suas correntes, exceto de aviação e óleo diesel e suas correntes, gás
liquefeito de petróleo (GLP) derivado de petróleo e gás natural e querosene de aviação fica
sujeita à incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, fixadas por unidade de
volume do produto, às alíquotas previstas no art. 23 da Lei 10.865/2004, independentemente de o
importador haver optado pelo regime especial de apuração e pagamento ali referido.

Autopeças

Na importação de autopeças, relacionadas nos Anexos I e II da Lei n o 10.485, de 3 de julho de


2002, exceto quando efetuada pela pessoa jurídica fabricante de máquinas e veículos
relacionados no art. 1o da referida Lei, as alíquotas são de:

I - 2,3% (dois inteiros e três décimos por cento), para o PIS/PASEP-Importação; e

II - 10,8% (dez inteiros e oito décimos por cento), para a COFINS-Importação.

Papel imune

Na importação de papel imune a impostos de que trata o art. 150, inciso VI, alínea d, da
Constituição Federal, ressalvados os referidos no inciso IV do § 12 do artigo 8 da Lei
10.865/2004, quando destinado à impressão de periódicos, as alíquotas são de:

I – 0,8% (oito décimos por cento), para a contribuição para o PIS/PASEP-Importação; e


II – 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), para a COFINS-Importação.
O disposto aplica-se somente às importações realizadas por:

I - pessoa física ou jurídica que explore a atividade da indústria de publicações periódicas; e


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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 121

II - empresa estabelecida no País como representante de fábrica estrangeira do papel, para


venda exclusivamente às pessoas referidas no item I acima.

A regulamentação dos dispositivos do PIS e COFINS na importação do papel-imune está no


Decreto 5.171/2004.

Biodiesel

O PIS-Importação e a Cofins-Importação sobre Biodiesel incidirão às alíquotas previstas no


caput do art. 4º da Lei 11.116/2005, independentemente de o importador haver optado pelo
regime especial de apuração ali referido, observado a redução conforme previsto no art. 5º da
referida lei.

O Decreto 6.606/2008 estabelece coeficientes de redução aplicáveis ao PIS e a COFINS das


vendas ou importações do Biodiesel, a partir de 22.10.2008.

Álcool

A partir de 01.10.2008, por força do art. 16 da Lei 11.727/2008, a importação de álcool,


inclusive para fins carburantes, fica sujeita à incidência do PIS-Importação e da Cofins-
Importação, fixadas por unidade de volume do produto, às alíquotas de que trata o § 4 do art. 5º
da Lei 9.718/1998, independentemente de o importador haver optado pelo regime especial de
apuração e pagamento ali referido.

Nafta Petroquímica

A partir de 01.03.2006, na importação de nafta petroquímica, quando efetuada por centrais


petroquímicas, as alíquotas são de:

I - 1,0% (um por cento), para o Pis/Pasep-Importação; e

II - 4,6% (quatro inteiros e seis décimos por cento), para a Cofins-Importação.

Base: artigo 58 da Lei 11.196/2005, que alterou o artigo 8º da Lei 10.865/2004.

6.5.2 Alteração de alíquotas

Fica o Poder Executivo autorizado a reduzir a 0 (zero) e a restabelecer as alíquotas do


PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, incidentes sobre:

I - produtos químicos e farmacêuticos classificados nos Capítulos 29 e 30 da NCM;

II - produtos destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e


odontológicos, campanhas de saúde realizadas pelo Poder Público e laboratórios de
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 122

anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas, classificados nas posições 30.02,


30.06, 39.26, 40.15 e 90.18 da NCM (redação ampliada pelo artigo 44 da Lei
11.196/2005).

6.6 ALÍQUOTA ZERO

Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas das contribuições, nas hipóteses de importação de:

I - materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na


construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-
registradas no Registro Especial Brasileiro (redação conforme Lei 11.774/2008);

II - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de


navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro como
propriedade da mesma empresa nacional de origem;

III - papel destinado à impressão de jornais, até 30.04.2012 (prazo fixado pelo artigo 18 da Lei
11.727/2008), ou até que a produção nacional atenda 80% (oitenta por cento) do consumo
interno;

IV – papéis classificados nos códigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99,


4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, destinados à impressão de periódicos, até 30.04.2012
(prazo fixado pelo artigo 18 da Lei 11.727/2008), ou até que a produção nacional atenda 80%
(oitenta por cento) do consumo interno;

V - máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e


películas cinematográficas virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica
e audiovisual, e de radiodifusão;

Nota: o Decreto 5.171/2004 dispôs que a isenção somente se aplica às mercadorias sem
similar nacional, conforme disposto nos arts. 190 a 209 do Decreto no 4.543, de 26 de
dezembro de 2002 - Regulamento Aduaneiro.

VI – aluguéis e contraprestações de arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos,


embarcações e aeronaves utilizados na atividade da empresa;

VII – até 25.07.2004, das partes e peças da posição 88.03 destinadas aos veículos e aparelhos da
posição 88.02 da NCM;

Nota: o Decreto 5.171/2004 , em seu artigo 7º, III, fixou o prazo de vigência de
01.05.2004 a 25.07.2004 da alíquota zero para tais produtos.

VIII - nafta petroquímica, código 2710.11.41 da NCM;

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Nota: dispositivo revogado, com efeitos a partir de 01.03.2006, pelo inciso VI do artigo
133 da Lei 11.196/2005.

IX - gás natural destinado ao consumo em unidades termelétricas integrantes do Programa


Prioritário de Termelétricas - PPT;

X - produtos hortícolas e frutas, classificados nos Capítulos 7 e 8, e ovos, classificados na


posição 04.07, todos da TIPI; e

XI - semens e embriões da posição 05.11, da NCM.

E, a partir de 26.07.2004, por força do artigo 6 da Lei 10.925/2004, que alterou o artigo 8 da
Lei 10.865/2004, ficam também reduzidos a zero as alíquotas do PIS e COFINS importação de:

- aeronaves, classificadas na posição 88.02 da NCM;

- partes, peças, ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidráulicos, lubrificantes, tintas,


anticorrosivos, equipamentos, serviços e matérias-primas a serem empregados na manutenção,
reparo, revisão, conservação, modernização, conversão e montagem das aeronaves, classificadas
na posição 88.02 da NCM, de seus motores, suas partes, peças, componentes, ferramentais e
equipamentos;

NOTA: o Decreto 5.171/2004 condicionou a redução à zero das alíquotas somente às


aeronaves e aos bens destinados à manutenção, reparo, revisão, conservação,
modernização, conversão e montagem de aeronaves utilizadas no transporte comercial
de cargas ou de passageiros.

- livros técnicos e científicos, na forma estabelecida em ato conjunto do Ministério da Educação


e da Secretaria da Receita Federal.

- valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, referente a aluguéis e contraprestações de arrendamento mercantil de
máquinas e equipamentos, embarcações e aeronaves utilizados na atividade da empresa.

Nota: A partir de 01.05.2008, a alíquota zero não se aplicará aos valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos, por fonte situada no País, à pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada
no exterior, em decorrência da prestação de serviços de frete, afretamento, arrendamento ou aluguel de
embarcações marítimas ou fluviais destinadas ao transporte de pessoas para fins turísticos. Também não
se aplica à hipótese de contratação ou utilização da embarcação em atividade mista de transporte de
cargas e de pessoas para fins turísticos, independentemente da preponderância da atividade. Base: art. 3º
da Lei 11.727/2008, que alterou o art. 8º da Lei 10.865/2004.

A partir de 22.12.2004, é reduzido a zero o PIS e a COFINS na importação de livros, conforme


definido no art. 2º da Lei 10.753/2004.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 124

A partir de 18.09.2008, é reduzido a zero o PIS e COFINS na importação de produtos


classificados no código 8402.19.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM, para utilização
em Usinas Termonucleares - UTN geradoras de energia elétrica para o Sistema Interligado
Nacional (conforme Lei 11.774/2008).

Preparações compostas não-alcoólicas

No período de 16.06.2005 a 13.10.2005, por força do artigo 41 da MP 252/2005, ficam


reduzidas a 0 (zero) as alíquotas das contribuições, nas hipóteses de importação de preparações
compostas não-alcoólicas, classificadas no código 2106.90.10 Ex 01, da TIPI, destinadas à
elaboração de bebidas pelas pessoas jurídicas industriais dos produtos referidos no art. 49 da Lei
10.833/2003. A MP 252 perdeu sua eficácia em 14.10.2005, por não ter sido votada pelo
Congresso Nacional.

E, a partir de 22.11.2005, por força do artigo 44 da Lei 11.196/2005, ficam reduzidas a 0 (zero)
as alíquotas das contribuições, nas hipóteses de importação de preparações compostas não
alcoólicas, classificadas no código 2106.90.10 Ex 01 da TIPI, destinadas à elaboração de bebidas
pelas pessoas jurídicas industriais dos produtos referidos no art. 49 da Lei 10.833/2003.

Produtos químicos, farmacêuticos e outros

No período de 01.05.2004 a 29.06.2006, por força do Decreto 5.127/2004, ficaram reduzidas a


zero as alíquotas do PIS e COFINS incidentes sobre a operação de importação e sobre a receita
bruta da venda no mercado interno, dos seguintes produtos:

I - químicos e farmacêuticos, classificados nos Capítulos 29 e 30 da Nomenclatura Comum do


Mercosul - NCM, relacionados no Anexo I do referido Decreto;
II - destinados ao uso em laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas
classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18 da NCM, relacionados no Anexo II
* do referido Decreto; e
III - semens e embriões da posição 05.11 da NCM.

De 30.06.2006 a 07.04.2008, com a revogação do Decreto 5.127/2004, foi mantida a alíquota


zero para os produtos indicados no Decreto 5.821/2006.

A partir de 08.04.2008 foi a vez do Decreto 5.821/2006 ser revogado, dando lugar ao Decreto
6.426/2008 que reduz a zero as alíquotas do PIS-Importação e da COFINS-Importação dos
produtos farmacêuticos que menciona (art.2º).

Alíquota zero - fertilizantes, defensivos agropecuários, sementes e outros produtos

A partir de 26.07.2004, ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas do PIS e da COFINS incidentes


na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno de:

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 125

I - adubos ou fertilizantes classificados no Capítulo 31, exceto os produtos de uso veterinário, da


TIPI, aprovada pelo Decreto 4.542/2002, e suas matérias-primas;
II - defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas;
III - sementes e mudas destinadas à semeadura e plantio, em conformidade com o disposto na
Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, e produtos de natureza biológica utilizados em sua
produção;
IV - corretivo de solo de origem mineral classificado no Capítulo 25 da TIPI;
V - produtos classificados nos códigos 0713.33.19, 0713.33.29, 0713.33.99, 1006.20, 1006.30 e
1106.20 da TIPI;
VI - inoculantes agrícolas produzidos a partir de bactérias fixadoras de nitrogênio, classificados
no código 3002.90.99 da TIPI;
VII - produtos classificados no Código 3002.30 da TIPI.

Base: art. 1º da Lei 10.925/2004.

Alíquota zero – a partir de 30.12.2004

O artigo 29 da Lei 11.051/2004 incluiu os seguintes produtos no alcance da alíquota zero, com
vigência a partir de 30.12.2004:

- farinha, grumos e sêmolas, grãos esmagados ou em flocos, de milho, classificados,


respectivamente, nos códigos 1102.20, 1103.13 e 1104.19, todos da TIPI;
- pintos de 1 (um) dia classificados no código 0105.11 da TIPI;
– leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma ultrapasteurizado, destinado ao consumo
humano.

Alíquota zero – a partir de 01.03.2006

E, a partir de 01.03.2006, por força do artigo 51 da Lei 11.196/2005, a alíquota zero é estendida
à:
- leite em pó, integral ou desnatado, destinados ao consumo humano;
- queijos tipo mussarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota e requeijão.

Lei 11.727/2008 – redução a zero

A Lei 11.727/2008, através dos artigos 26 e 37, ampliou ou alterou a redução a zero, para os
seguintes produtos:

– partes, peças, ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidráulicos, lubrificantes, tintas,


anticorrosivos, equipamentos, serviços e matérias-primas a serem empregados na manutenção,
reparo, revisão, conservação, modernização, conversão e industrialização das aeronaves de que
trata o inciso VI do § 12 do art. 8o da Lei 10.865/2004, de seus motores, suas partes, peças,
componentes, ferramentais e equipamentos;

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 126

– material de emprego militar classificado nas posições 87.10.00.00 e 89.06.10.00 da Tabela de


Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – Tipi;

– partes, peças, componentes, ferramentais, insumos, equipamentos e matérias-primas a serem


empregados na industrialização, manutenção, modernização e conversão do material de emprego
militar de que trata o inciso XIV do art. 8o da Lei 10.865/2004;

– gás natural liquefeito – GNL.

– preparações compostas não-alcoólicas, classificadas no código 2106.90.10 Ex 01 da Tipi,


destinadas à elaboração de bebidas pelas pessoas jurídicas industriais dos produtos referidos no
art. 58-A da Lei 10.833/2003.

Bebidas

A partir de 01.10.2008, por força do artigo 32 da Lei 11.727/2008, o PIS, a COFINS, o PIS-
Importação e a Cofins-Importação devidos pelos importadores e pelas pessoas jurídicas que
procedam à industrialização dos produtos classificados nos códigos 21.06.90.10 Ex 02, 22.01,
22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 22.02.90.00, e 22.03, da TIPI, serão exigidos na forma
dos arts. 58-B a 58-U da Lei 10.833/2003 nos demais dispositivos pertinentes da legislação em
vigor.

Importação de embalagens – envasamento

Os artigos 52 a 54 da Lei 11.196/2005 dispõem sobre o Regime Aduaneiro Especial de


Importação de embalagens referidas na alínea b do inciso II do caput do art. 51 da Lei
10.833/2003, que permite a apuração do PIS-Importação e da Cofins-Importação utilizando-se as
alíquotas previstas:

I - na alínea b do inciso II do caput do art. 51 da Lei 10.833/2003, no caso de importação de


embalagens destinadas ao envasamento de água e refrigerante;

II - nos incisos I e II do caput do art. 8o da Lei 10.865/2004, no caso de importação de


embalagens destinadas ao envasamento de outros produtos.

A IN SRF 604/2006 estabelece os procedimentos para habilitação ao Regime Aduaneiro Especial


de Importação de embalagens.

6.7 ISENÇÃO

São isentas das contribuições:

I - as importações realizadas:
a) pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público;
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 127

b) pelas Missões Diplomáticas e Repartições Consulares de caráter permanente e pelos


respectivos integrantes;
c) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de
âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes;
II - as hipóteses de:
a) amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial;
b) remessas postais e encomendas aéreas internacionais, destinadas a pessoa física;
c) bagagem de viajantes procedentes do exterior e bens importados a que se apliquem os
regimes de tributação simplificada ou especial;
d) bens adquiridos em loja franca no País;
e) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras
terrestres, destinados à subsistência da unidade familiar de residentes nas cidades fronteiriças
brasileiras;
f) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de
isenção;
g) objetos de arte, classificados nas posições 97.01, 97.02, 97.03 e 97.06 da NCM,
recebidos em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público ou por outras
entidades culturais reconhecidas como de utilidade pública; e
h) máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição,
acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, importados por instituições científicas e
tecnológicas e por cientistas e pesquisadores, conforme o disposto na Lei n o 8.010, de 29 de
março de 1990.
As isenções somente serão concedidas se satisfeitos os requisitos e condições exigidos para o
reconhecimento de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

6.7.1 Isenção vinculada

Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a


cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento das contribuições do PIS e
COFINS na importação.

Não se obriga ao prévio pagamento das contribuições aos bens transferidos ou cedidos:

I - a pessoa ou a entidade que goze de igual tratamento tributário, mediante prévia decisão
da autoridade administrativa da Secretaria da Receita Federal;
II - após o decurso do prazo de 3 (três) anos, contado da data do registro da declaração de
importação; e
III - a entidades beneficentes, reconhecidas como de utilidade pública, para serem vendidos
em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidos em doação de representações
diplomáticas estrangeiras sediadas no País.
A isenção das contribuições, quando vinculada à destinação dos bens, ficará condicionada à
comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão.

Transferência de propriedade ou cessão de uso

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 128

Desde que mantidas as finalidades que motivaram a concessão e mediante prévia decisão da
autoridade administrativa da Secretaria da Receita Federal, poderá ser transferida a propriedade
ou cedido o uso dos bens antes de decorrido o prazo de 3 (três) anos a que se refere no item II do
tópico anterior, contado da data do registro da correspondente declaração de importação.

6.8 SUSPENSÃO

6.8.1 Suspensão – regimes aduaneiros especiais

As normas relativas à suspensão do pagamento do imposto de importação ou do IPI vinculado à


importação, relativas aos regimes aduaneiros especiais, aplicam-se também ao PIS e
COFINS/Importação.

Base: artigo 14 da Lei 10.865/2004.

6.8.2 Importação de Imobilizado

A partir de 22.11.2005, a suspensão aplica-se também nas importações de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica
importadora.

A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 (dezoito) meses da


incorporação do bem ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora.

A pessoa jurídica importadora que não incorporar o bem ao seu ativo imobilizado ou revender o
bem antes do prazo de 18 meses recolherá o PIS e a Cofins-Importação, acrescidas de juros e
multa de mora, na forma da lei, contados a partir do registro da Declaração de Importação.

As máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos beneficiados pela suspensão da exigência


das contribuições serão relacionados em regulamento.

Base: artigo 50 da Lei 11.196/2005.

6.8.3 Suspensão - importação por empresa localizada na ZFM

A partir de 26.07.2004, fica suspensa a exigência do PIS e COFINS nas importações efetuadas
por empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem para emprego em processo de industrialização por estabelecimentos
industriais instalados na Zona Franca de Manaus e consoante projetos aprovados pelo Conselho
de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Base: art. 14-A da Lei 10.865/2004, incluída pelo artigo 6 da Lei 10.925/2004.

6.8.4 Empresas localizadas na Zona Franca de Manaus

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 129

As empresas localizadas na Zona Franca de Manaus (ZFM) poderão importar, com suspensão do
pagamento do PIS-Importação e da Cofins-Importação, bens a serem empregados, pelo
importador, na elaboração de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem destinados a emprego em processo de industrialização por estabelecimentos ali
instalados, consoante projeto aprovado pelo Conselho de Administração da Superintendência da
Zona Franca de Manaus (Suframa), de que trata o art. 5oA da Lei 10.637/2002.

Os requisitos necessários para a suspensão foram normatizados pela IN SRF 424/2004.

Também fica suspensa a exigência do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação para


bens novos destinados à incorporação ao ativo imobilizado de pessoa jurídica importadora
estabelecida na Zona Franca de Manaus (artigo 50 da Lei 11.196/2005), nos parâmetros fixados
pelo Decreto 5.691/2006.

6.8.5 Conversão da suspensão em alíquota zero

Conforme artigo 8º da Lei 11.051/2004, a suspensão da exigibilidade do PIS e da COFINS


incidentes sobre a importação de bens (artigos 14 e 14-A da Lei 10.865/2004), será convertida
em alíquota zero quando esses bens forem utilizados:

 na elaboração de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem


destinados a emprego em processo de industrialização por estabelecimentos industriais
instalados na Zona Franca de Manaus e consoante projetos aprovados pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa;
 como matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na Zona Franca de Manaus
e consoante projetos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa.

6.9 CRÉDITO DAS CONTRIBUIÇÕES

As pessoas jurídicas sujeitas à apuração da contribuição para o PIS e COFINS não cumulativos
poderão descontar crédito, para fins de determinação dessas contribuições, em relação às
importações sujeitas ao pagamento do PIS e COFINS/Importação, nas seguintes hipóteses:

I - bens adquiridos para revenda;

II – bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou


fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustível e lubrificantes;

III - energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

IV - aluguéis e contraprestações de arrendamento mercantil de prédios, máquinas e


equipamentos, embarcações e aeronaves, utilizados na atividade da empresa;

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 130

V - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos


para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.

A partir de 01.12.2005, por força do artigo 44 da Lei 11.196/2005 (que alterou o artigo 15 da Lei
10.865/2004), é admissível o crédito em relação às importações sujeitas ao pagamento das
contribuições na importação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços.

6.9.1 Vigência

O direito ao crédito aplica-se em relação às contribuições efetivamente pagas na importação de


bens e serviços a partir da produção dos efeitos da Lei 10.865/2004, ou seja, a partir de
01.05.2004.

O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes.

6.9.2 Determinação do crédito

O crédito será apurado mediante a aplicação das alíquotas de 1,65% para o PIS e 7,6% para a
COFINS, sobre o valor que serviu de base de cálculo das contribuições, na forma do 7o da Lei
10.865/2004, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de
aquisição.

6.9.3 Bens do imobilizado

Na hipótese de importação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo


imobilizado, adquiridos para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação
de serviços, o crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas de cada contribuição
sobre o valor da depreciação ou amortização contabilizada a cada mês.

6.9. 4 Critério opcional na aquisição de bens do imobilizado

Opcionalmente, o contribuinte poderá descontar o crédito relativo à importação de máquinas e


equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 4 (quatro) anos, mediante a
aplicação, a cada mês, das alíquotas do PIS e COFINS sobre o valor correspondente a 1/48 (um
quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com regulamentação da Secretaria
da Receita Federal.

6.9.5 Direitos autorais

s bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação


de bens ou produtos destinados à venda alcança os direitos autorais pagos pela indústria
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 131

fonográfica desde que esses direitos tenham se sujeitado ao pagamento do PIS e COFINS na
importação.

6.9.6 Créditos na importação isenta

Gera direito aos créditos do PIS e COFINS a importação efetuada com isenção, exceto na
hipótese de os produtos serem revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços
sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição.

6.9.7 Vedação do crédito

É vedada a utilização do crédito nas hipóteses de receitas:

a) - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às


quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta
tributária;

b) - de venda dos produtos de que tratam as Leis no 9.990, de 21 de julho de 2000, n o


10.147, de 21 de dezembro de 2000, e no 10.485, de 3 de julho de 2002, ou quaisquer
outras submetidas à incidência monofásica da contribuição.

c) - de contribuinte não sujeito à apuração cumulativa do PIS e da COFINS.

6.9.8 Importadores

As pessoas jurídicas importadoras dos produtos referidos nos §§ 1º a 3º, 5º a 10, 17 e 19 do art.
8o da Lei 10.865/2004 e no art. 58-A da Lei 10.833/2003 poderão descontar crédito, para fins de
determinação da contribuição para o PIS e COFINS não cumulativo, em relação à importação
desses produtos, nas hipóteses:

1 - dos §§ 1o a 3o, 5o a 7o e 10 do art. 8o da Lei 10.865/2004, quando destinados à revenda;


2 - do § 8o do art. 8o da Lei 10.865/2004, quando destinados à revenda, ainda que ocorra fase
intermediária de mistura;
3 - do § 9o do art. 8o da Lei 10.865/2004, quando destinados à revenda ou à utilização como
insumo na produção de autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei 10.485/2002.
4 - do § 19 do art. 8o Lei 10.865/2004, quando destinados à revenda;
5 – do art. 58-A da Lei 10.833/2003, quando destinados à revenda.

6.9.9 Base do crédito

Os créditos aos importadores serão apurados mediante a aplicação das alíquotas da contribuição
para o PIS e da COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda, no mercado interno, dos
respectivos produtos, na forma da legislação específica, sobre o valor que serviu de base de
cálculo das contribuições na importação.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 132

No caso da importação por conta e ordem de terceiros, os créditos serão aproveitados pelo
encomendante.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 133

7.CRÉDITOS PIS COFINS COOPERATIVAS PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA E DE


CONSUMO

7.1 COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA E DE CONSUMO - PIS E


COFINS NÃO CUMULATIVOS

Por força do artigo 21 da Lei 10.865/2004 (que alterou os artigos 10 e 15 da Lei 10.833/2003), a
partir de 01.08.2004 sujeitam-se às regras de apuração do PIS e COFINS não cumulativos (Leis
10.637/2002 e 10.833/2003) as cooperativas de produção agropecuária e as de consumo.

As sociedades cooperativas que efetuaram a opção de antecipação do regime de não-


cumulatividade de que trata o art. 4º da Lei nº 10.892/2004, devem apurar as contribuições nesse
regime a partir de 1º de maio de 2004, conforme § 2º do art. 33 da IN SRF 635/2006.

7.2 EXCLUSÕES A SEREM AJUSTADAS DA BASE DE CÁLCULO DA


COOPERATIVA AGROPECUÁRIA

Conforme art. 9º da IN SRF 635/2006, a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da


Cofins, apurada pelas sociedades cooperativas, pode ser ajustada pela exclusão:
I-das vendas canceladas;

II-dos descontos incondicionais concedidos;

III-do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

IV-do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
(ICMS), quando cobrado do vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de
substituto tributário;

V-das reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos baixados como


perda, que não representem ingressos de novas receitas;

VI-das receitas decorrentes da venda de bens do ativo permanente; e

VII-dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio


líquido e dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como receita, inclusive os derivados de
empreendimento objeto de Sociedade em Conta de Participação (SCP).

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 134

7.3 AJUSTES NA BASE DE CÁLCULO DAS COOPERTATIVAS DE PRODUÇÃO


AGROPECUÁRIA

Conforme art. 11 da IN SRF 635/2006, a base de cálculo do PIS e da Cofins, apurada pelas
sociedades cooperativas de produção agropecuária, pode ser ajustada, além das deduções
normais acima mencionadas, pela:

I - exclusão do valor repassado ao associado, decorrente da comercialização, no mercado


interno, de produtos por ele entregues à cooperativa;

II - exclusão das receitas de venda de bens e mercadorias ao associado;

III - exclusão das receitas decorrentes da prestação, ao associado, de serviços


especializados aplicáveis na atividade rural, relativos a assistência técnica, extensão rural,
formação profissional e assemelhadas;

IV - exclusão das receitas decorrentes do beneficiamento, armazenamento e


industrialização de produto do associado;

V - dedução dos custos agregados ao produto agropecuário dos associados, quando da sua
comercialização;

VI - exclusão das receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos rurais


contraídos junto a instituições financeiras, até o limite dos encargos a estas devidos, na
hipótese de apuração das contribuições no regime cumulativo; e

VII - dedução das sobras líquidas apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício,


antes da destinação para a constituição do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência
Técnica, Educacional e Social (Fates), previstos no art. 28 da Lei nº 5.764, de 1971.

Para os fins do item I :

1 - na comercialização de produtos agropecuários realizados a prazo, assim como aqueles


produtos ainda não adquiridos do associado, a cooperativa poderá excluir da receita bruta
mensal o valor correspondente ao repasse a ser efetuado ao associado; e,

2 - os adiantamentos efetuados aos associados, relativos à produção entregue, somente


poderão ser excluídos quando da comercialização dos referidos produtos.

Para os fins do disposto no item II, a exclusão alcançará somente as receitas decorrentes da
venda de bens e mercadorias vinculadas diretamente à atividade econômica desenvolvida pelo
associado e que seja objeto da cooperativa, e serão contabilizadas destacadamente pela
cooperativa, sujeitas à comprovação mediante documentação hábil e idônea, com a identificação
do associado, do valor da operação, da espécie e quantidade dos bens ou mercadorias vendidos.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 135

As exclusões previstas nos itens II a IV:


1 - ocorrerão no mês da emissão da nota fiscal correspondente a venda de bens e
mercadorias e/ou prestação de serviços pela cooperativa; e

2 - terão as operações que as originaram contabilizadas destacadamente, sujeitas à


comprovação mediante documentação hábil e idônea, com a identificação do associado,
do valor, da espécie e quantidade dos bens, mercadorias ou serviços vendidos.

O disposto no item VII aplica-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de novembro de
1999.

As sobras líquidas, apuradas após a destinação para constituição dos fundos a que se refere o
item VII, somente serão computadas na receita bruta da atividade rural do cooperado quando a
ele creditadas, distribuídas ou capitalizadas.

A sociedade cooperativa de produção agropecuária, nos meses em que fizer uso de qualquer das
exclusões ou deduções de que tratam os itens I a VII, deverá, também, efetuar o pagamento do
PIS incidente sobre a folha de salários.

A entrega de produção à cooperativa, para fins de beneficiamento, armazenamento,


industrialização ou comercialização, não configura receita do associado.

Considera-se custo agregado ao produto agropecuário, a que se refere o item V, os dispêndios


pagos ou incorridos com matéria-prima, mão-de-obra, encargos sociais, locação, manutenção,
depreciação e demais bens aplicados na produção, beneficiamento ou acondicionamento e os
decorrentes de operações de parcerias e integração entre a cooperativa e o associado, bem assim
os de comercialização ou armazenamento do produto entregue pelo cooperado.

A dedução de que trata o item VII poderá ser efetivada a partir do mês de sua formação, devendo
o excesso ser aproveitado nos meses subseqüentes.

7.4 APROVEITAMENTO CRÉDITO PRESUMIDO RELATIVO AOS INSUMOS


ADQUIRIDOS DE PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA OU RECEBIDOS DE COOPERADOS,
PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA

A partir de 30.12.2004, as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam


mercadorias de origem animal ou vegetal, classificadas nos capítulos 2, 3, exceto os produtos
vivos desse capítulo, e 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos códigos 03.02, 03.03, 03.04, 03.05, 0504.00,
0701.90.00, 0702.00.00, 0706.10.00, 07.08, 0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os códigos
0713.33.19, 0713.33.29 e 0713.33.99, 1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00, 18.01, 18.03,
1804.00.00, 1805.00.00, 20.09, 2101.11.10 e 2209.00.00, todos da NCM, destinadas à
alimentação humana ou animal, poderão deduzir do PIS e COFINS não cumulativos devidos
em cada período de apuração, crédito presumido, calculado sobre o valor dos bens referidos
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 136

utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou


produtos destinados á venda, adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa
física.

Base: artigo 8 da Lei 10.925/2004, na redação dada pelo artigo 29 da Lei 11.051/2004.

Montante do Crédito

O montante do crédito presumido será determinado mediante aplicação, sobre o valor das
mencionadas aquisições, de alíquota correspondente a:

I - 60% (sessenta por cento) da alíquota do PIS e da COFINS, para os produtos de origem
animal classificados nos Capítulos 2 a 4, 16, e nos códigos 15.01 a 15.06, 1516.10, e as
misturas ou preparações de gorduras ou de óleos animais dos códigos 15.17 e 15.18; e
II - 35% (trinta e cinco por cento) da alíquota do PIS e da COFINS, para os demais
produtos.
Os créditos foram normatizados pela IN SRF 660/2006, artigos 5º a 11.

No mesmo sentido, consta no art. 26 da IN SRF 635/2006, sem prejuízo do aproveitamento dos
créditos apurados na forma do art. 23, as cooperativas de produção agropecuária que exerçam
atividade agroindustrial podem descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não-
cumulativos, devidas em cada período de apuração, crédito presumido relativo aos insumos
adquiridos de pessoa física ou jurídica ou recebidos de cooperados, pessoa física ou jurídica,
calculado na forma dos arts. 8º e 15 da Lei nº 10.925, de 2004, observadas as disposições que
disciplinam a matéria.

Limite do Crédito Presumido

A partir de 01.04.2005, o direito ao crédito presumido das agroindústrias de que tratam os arts. 8º
e 15 da Lei 10.925/2004, no tocante às cooperativas, inclusive as vinícolas, e em relação aos
insumos recebidos de cooperados, fica limitado para as operações de mercado interno, em cada
período de apuração, ao valor do PIS e COFINS devidos em relação à receita bruta decorrente da
venda de bens e de produtos deles derivados, após efetuadas as exclusões previstas no art. 15 da
Medida Provisória 2.158-35/2001.

Base: artigo 9 da Lei 11.051/2004.

7.5 CRÉDITOS ADMISSÍVEIS DE BENS E SERVIÇOS ADQUIRIDOS DE NÃO


COOPERADOS E UTILIZADOS NA AGROINDÚSTRIA

A cooperativa de produção agropecuária com relação à sua produção agroindustrial, além das
exclusões constantes no art. 9º, dos ajustes na base de cálculo previstos no art. 11, do crédito
presumido relativo aos insumos adquiridos de pessoa física ou jurídica ou recebidos de
cooperados, pessoa física ou jurídica previstos na IN SRF 635/2006, poderá ter os seguintes
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créditos mencionados no item 3.1 a 3.11,deste trabalho, todos relacionados à indústria e


adquiridos de não cooperados, conforme abaixo:

3.1 Indústria – Fornecedora de Bens e Consumidora Final


3.1.1 Bens e Serviços Integrantes da Cadeia Produtiva Industrial - Fornecedor
3.1.2 Bens e Serviços Aplicados nos Setores Contábil, Administrativo e Recursos
Humanos – Destinatário Final (Consumidor)
3.13 Conclusão
3.2 Insumos Aplicados na Fabricação de Produtos Destinados à Venda
3.2.1 Créditos Admissíveis
3.3 Depreciação
3.3.1 Depreciação de Máquinas e Equipamentos
3.3.2 Depreciação de Edificações e Benfeitorias
3.3.3 Cálculo da Depreciação
3.3.4 Vedação da Depreciação e Amortização de Bens Adquiridos até 30.04.2004
3.4 Depreciação Ativo Imobilizado - Critérios Opcionais -
3.4.1 Em 12 parcelas - Aquisição de Máquinas e Equipamentos a partir de 01.05.2008
3.4.2 Em 24 parcelas Edificações Novas – a partir De 22.01.2007
3.4.3 Aproveitamento do Crédito Integral na Aquisição de Bens de Capital Destinados à
Produção – a partir de 23.10.2007
3.5 Relação Bens de Capital Destinados à Produção que podem ser utilizados de Imediato
3.6 Depreciação Ativo Imobilizado- Critérios Opcionais – 48 Parcelas
3.7 Vasilhames
3.8 Crédito Presumido – Aquisições de Produtos de Origem Animal ou Vegetal de Pessoas
Físicas/Jurídicas Utilizados na Industrialização Destinada à Alimentação Humana ou Animal
3.8.1 Crédito Presumido de Produtos Adquiridos de Pessoa Física
3.8.2 Crédito Presumido de Produtos Adquiridos de Pessoa Jurídica
3.8.3 Restrição
3.8.4 Montante do Crédito
3.9 Créditos Admitidos na Área Administrativa da Indústria
3.10 Créditos Admitidos com Relação aos Produtos Vendidos com Alíquota Zero, Suspensão,
Isenção, não Incidência
3.11 Créditos à Alíquota 1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à Alíquota Zero
3.12 Crédito – Compra de Optante pelo Simples Federal

7.6 CRÉDITOS ADMISSÍVEIS DE BENS ADQUIRIDOS PARA REVENDA

No mesmo sentido a Cooperativa de produção agropecuária com relação à aquisição de produtos


destinados à comercialização, além das exclusões constantes no art. 9º, dos ajustes na base de
cálculo previstos no art. 11, do crédito presumido relativo aos insumos adquiridos de pessoa
física ou jurídica ou recebidos de cooperados, pessoa física ou jurídica previstos na IN SRF

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635/2006, poderá ter os seguintes créditos mencionados no item 5.1 a 5.5,deste trabalho, todos
relacionados à indústria e adquiridos de não cooperados, conforme abaixo:

5. CRÉDITOS DE PIS E COFINS ADMITIDOS NA REVENDA DE MERCADORIAS


5.1 Revenda de Mercadorias - Fornecedora de Bens e Consumidora Final
5.2 Créditos Admissíveis na compra de Mercadorias para Revenda
5.3 Créditos Admitidos Relativos aos Gastos de Comercialização
5.4 Créditos Admitidos Relativos à Logística
5.5 Créditos Admitidos Relativos às Despesas Financeiras

7.7 SUSPENSÃO E DIFERIMENTO PRODUTOS IN NATURA DE ORIGEM VEGETAL –


COOPERATIVA DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

A partir de 30.12.2004, a incidência do PIS e da COFINS fica suspensa na hipótese de venda de


produtos in natura de origem vegetal, efetuada por pessoa jurídica que exerça atividade rural e
cooperativa de produção agropecuária, para pessoa jurídica tributada com base no lucro real, nos
termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal - SRF.

É vedado o aproveitamento de crédito pela pessoa jurídica que exerça atividade rural e pela
cooperativa de produção agropecuária, em relação às receitas de vendas efetuadas com
suspensão às pessoas jurídicas que produzam mercadorias de origem vegetal, classificadas no
código 22.04, da NCM.

Base: §§ 3º e 4º do artigo 15 da Lei 10.925/2004, na redação dada pelo artigo 29 da Lei


11.051/2004.

A partir de 30.12.2004, a incidência do PIS e da COFINS fica suspensa no caso de venda:

I - de produtos a cerealista que exerça cumulativamente as atividades de secar, limpar,


padronizar, armazenar e comercializar os produtos in natura de origem vegetal, classificados
nos códigos 09.01, 10.01 a 10.08, exceto os dos códigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos
da NCM;

II - de leite in natura, quando efetuada por pessoa jurídica que exerça cumulativamente as
atividades de transporte, resfriamento e venda a granel de leite in natura;

III - de insumos destinados à produção das mercadorias referidas no art. 8 o da Lei 10.925/2004,
quando efetuada por pessoa jurídica que exerça atividade agropecuária e cooperativa de
produção agropecuária.

Nota: art. 8 da Lei 10.925/2004:


“As pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias de origem
animal ou vegetal, classificadas nos capítulos 2, 3, exceto os produtos vivos desse
capítulo, e 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos códigos 03.02, 03.03, 03.04, 03.05, 0504.00,
0701.90.00, 0702.00.00, 0706.10.00, 07.08, 0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os
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códigos 0713.33.19, 0713.33.29 e 0713.33.99, 1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00,


18.01, 18.03, 1804.00.00, 1805.00.00, 20.09, 2101.11.10 e 2209.00.00, todos da NCM,
destinadas à alimentação humana ou animal, poderão deduzir da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, devidas em cada período de apuração, crédito presumido,
o os
calculado sobre o valor dos bens referidos no inciso II do caput do art. 3 das Leis n
10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, adquiridos
de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física.” (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 11.051, de 2004)

Restrições

A suspensão:
I - aplica-se somente na hipótese de vendas efetuadas à pessoa jurídica tributada com base
no lucro real; e
II - não se aplica nas vendas efetuadas pelas pessoas jurídicas de que tratam os §§ 6 o e 7o
do art. 8o da Lei 10.925/2004, adiante reproduzidos:

§ 6o Para os efeitos do caput deste artigo, considera-se produção, em relação aos


produtos classificados no código 09.01 da NCM, o exercício cumulativo das atividades
de padronizar, beneficiar, preparar e misturar tipos de café para definição de aroma e
sabor (blend) ou separar por densidade dos grãos, com redução dos tipos
determinados pela classificação oficial.

o o
§ 7 O disposto no § 6 deste artigo aplica-se também às cooperativas que exerçam as
atividades nele previstas.

A suspensão aplicar-se-á nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal
- SRF.

Base: artigo 29 da Lei 11.051/2004, que deu nova redação ao artigo 9 da Lei 10.925/2004.

7.8 CRÉDITOS ADMITIDOS EM COOPERATIVAS DE CONSUMO

7.8.1 Exclusão da base de cálculo

A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, apurada pelas sociedades


cooperativas, pode ser ajustada pela exclusão:

I-das vendas canceladas;


II-dos descontos incondicionais concedidos;
III-do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
IV-do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
(ICMS), quando cobrado do vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de
substituto tributário;
V-das reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos baixados como
perda, que não representem ingressos de novas receitas;
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VI-das receitas decorrentes da venda de bens do ativo permanente; e


VII-dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio
líquido e dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como receita, inclusive os derivados de
empreendimento objeto de Sociedade em Conta de Participação (SCP).

7.8.2 CRÉDITOS ADMISSÍVEIS DE BENS ADQUIRIDOS PARA REVENDA

No mesmo sentido a Cooperativa de produção agropecuária com relação à aquisição de produtos


destinados à comercialização, além das exclusões constantes no art. 9º, dos ajustes na base de
cálculo previstos no art. 11, do crédito presumido relativo aos insumos adquiridos de pessoa
física ou jurídica ou recebidos de cooperados, pessoa física ou jurídica previstos na IN SRF
635/2006, poderá ter os seguintes créditos mencionados no item 5.1 a 5.5,deste trabalho, todos
relacionados à indústria e adquiridos de não cooperados, conforme abaixo:

5. CRÉDITOS DE PIS E COFINS ADMITIDOS NA REVENDA DE MERCADORIAS


5.1 Revenda de Mercadorias - Fornecedora de Bens e Consumidora Final
5.2 Créditos Admissíveis na compra de Mercadorias para Revenda
5.3 Créditos Admitidos Relativos aos Gastos de Comercialização
5.4 Créditos Admitidos Relativos à Logística
5.5 Créditos Admitidos Relativos às Despesas Financeiras

7.9 DEMAIS COOPERATIVAS

Conforme inciso VI, do art. 10 das Lei 10.833/2003 e 10.637/2002, somente as sociedades
cooperativas de produção agropecuária e de consumo estão sujeitas ao PIS e COFINS não-
cumulativos.

Às demais cooperativas permanecem sujeitas às normas da legislação da COFINS e PIS,


vigentes anteriormente às Leis 10.833/2003 e 10.637/2002.

Portanto, não há o que falar em créditos, haja vista que estão sujeitas ao sistema cumulativo.

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8.CRÉDITO PRESUMIDO - PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL

8.1 CRÉDITOS A PARTIR DE 30.12.2004

A partir de 30.12.2004, as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias


de origem animal ou vegetal, classificadas nos capítulos 2, 3, exceto os produtos vivos desse
capítulo, e 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos códigos 03.02, 03.03, 03.04, 03.05, 0504.00, 0701.90.00,
0702.00.00, 0706.10.00, 07.08, 0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os códigos 0713.33.19,
0713.33.29 e 0713.33.99, 1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00, 18.01, 18.03, 1804.00.00,
1805.00.00, 20.09, 2101.11.10 e 2209.00.00, todos da NCM, destinadas à alimentação humana
ou animal, poderão deduzir do PIS e COFINS não cumulativos devidos em cada período de
apuração, crédito presumido, calculado sobre o valor dos bens referidos utilizados como insumo
na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados á venda,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física.

Base: artigo 8 da Lei 10.925/2004, na redação dada pelo artigo 29 da Lei 11.051/2004.

8.2 AQUISIÇÕES DE PESSOAS JURÍDICAS

O crédito presumido aplica-se também às aquisições efetuadas de:

I – cerealista que exerça cumulativamente as atividades de limpar, padronizar, armazenar e


comercializar os produtos in natura de origem vegetal, classificados nos códigos 09.01, 10.01 a
10.08, exceto os dos códigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos da NCM;

Nota: até 22.11.2005, data da publicação da Lei 11.196/2005, os créditos se aplicavam às aquisições
efetuadas de cerealista que exerça cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar
e comercializar os produtos in natura de origem vegetal, classificados nos códigos 09.01, 10.01 a 10.08,
exceto os dos códigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos da NCM.

II – pessoa jurídica que exerça cumulativamente as atividades de transporte, resfriamento e


venda a granel de leite in natura; e

III - pessoa jurídica que exerça atividade agropecuária e cooperativa de produção agropecuária.

8.3 RESTRIÇÃO

O direito ao crédito presumido só se aplica aos bens adquiridos ou recebidos, no mesmo período
de apuração, de pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País.

8.4 MONTANTE DO CRÉDITO

O montante do crédito presumido será determinado mediante aplicação, sobre o valor das
mencionadas aquisições, de alíquota correspondente a:

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 142

I - 60% (sessenta por cento) da alíquota do PIS e da COFINS, para os produtos de origem animal
classificados nos Capítulos 2 a 4, 16, e nos códigos 15.01 a 15.06, 1516.10, e as misturas ou
preparações de gorduras ou de óleos animais dos códigos 15.17 e 15.18; e

II - 35% (trinta e cinco por cento) da alíquota do PIS e da COFINS, para os demais produtos.

Os créditos foram normatizados pela IN SRF 660/2006, artigos 5º a 11.

8.5 VEDAÇÃO

É vedado às pessoas jurídicas seguintes o aproveitamento:

I - do crédito presumido;

II - de crédito em relação às receitas de vendas efetuadas com suspensão às pessoas jurídicas


beneficiadas com o crédito presumido.

A vedação se aplica às seguintes pessoas jurídicas:

1 - cerealista que exerça cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e


comercializar os produtos in natura de origem vegetal, classificados nos códigos 09.01, 10.01 a
10.08, exceto os dos códigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos da NCM;

2 – pessoa jurídica que exerça cumulativamente as atividades de transporte, resfriamento e venda


a granel de leite in natura; e

3 - pessoa jurídica e cooperativa que exerçam atividades agropecuárias.

Relativamente ao crédito presumido, o valor das aquisições não poderá ser superior ao que vier a
ser fixado, por espécie de bem, pela Secretaria da Receita Federal. A IN SRF 660/2006, em seu
artigo 8º, § 2º, determinou que, para efeito do cálculo do crédito presumido, o custo de aquisição,
por espécie de bem, não poderá ser superior ao valor de mercado.

8.6 CRÉDITOS A PARTIR DE 26.07.2004 – MERCADORIAS DE ORIGEM VEGETAL -


código 22.04, da NCM

A partir de 26.07.2004, as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias


de origem vegetal, classificadas no código 22.04, da NCM, poderão deduzir da contribuição para
o PIS/PASEP e da COFINS, devidas em cada período de apuração, crédito presumido calculado
sobre o valor dos bens utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados á venda, adquiridos de pessoa física ou recebidos de
cooperado pessoa física.

Base: artigo 15 da Lei 10.925/2004.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 143

O direito ao crédito presumido só se aplica aos bens adquiridos ou recebidos, no mesmo período
de apuração, de pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País.

8.7 MONTANTE DO CRÉDITO

O montante do crédito presumido será determinado mediante aplicação, sobre o valor das
aquisições, de alíquota correspondente a 35% (trinta e cinco por cento) daquela prevista para o
PIS e COFINS não cumulativos.

Relativamente ao crédito presumido, o valor das aquisições não poderá ser superior ao que vier a
ser fixado, por espécie de bem, pela Secretaria da Receita Federal. A IN SRF 660/2006, em seu
artigo 8º, § 2º, determinou que, para efeito do cálculo do crédito presumido, o custo de aquisição,
por espécie de bem, não poderá ser superior ao valor de mercado.

8.8 CRÉDITOS NO PERÍODO DE 01.08.2004 a 29.12.2004

No período de 01.08.2004 a 29.12.2004, as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que


produzam mercadorias de origem animal ou vegetal, classificadas nos Capítulos 2 a 4, 8 a 12, 15,
16 e 23, e nos códigos 01.03, 01.05, 0504.00, 0701.90.00, 0702.00.00, 0706.10.00, 07.08,
0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os códigos 0713.33.19, 0713.33.29 e 0713.33.99, 09.01,
1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00, 18.01, 18.03, 1804.00.00, 1805.00.00, 20.09, 2101.11.10 e
2209.00.00, todos da NCM, destinadas à alimentação humana ou animal, poderão deduzir da
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não cumulativa, devidas em cada período de
apuração, crédito presumido, calculado sobre o valor dos bens utilizados como insumo na
prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados á venda,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física.

Base: art. 8º da Lei 10.925/2004, na sua redação anterior à Lei 11.051/2004.

8.9 CONTABILIZAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO – COMPRAS DE PESSOAS


FÍSICAS

A pessoa jurídica que utilizar os créditos presumidos deve contabilizar os bens adquiridos de
pessoas físicas residentes no País, separadamente daqueles adquiridos de pessoas físicas
residentes no exterior.
O crédito presumido deve ser apurado de forma segregada e seu saldo deve ser controlado
durante todo o período de sua utilização.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 144

8 A - SUSPENSÃO PIS E COFINS PARA FRIGORÍFICOS QUE ABATEM BOVINOS

8A.1 - SUSPENSÃO PIS E COFINS PARA FRIGORÍFICOS QUE ABATEM BOVINOS

A partir de 01.11.2009, fica suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da


Cofins incidente sobre a receita bruta da venda, no mercado interno, de:

I - animais vivos classificados na posição 01.02 da Nomenclatura Comum do Mercosul –


NCM (Bovinos), quando efetuada por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, vendidos para
pessoas jurídicas que produzam mercadorias classificadas nas posições 02.01, 02.02,
02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21, 02.06.29, 05.06.90.00, 05.10.00.10, 15.02.00.1, 41.01.20.10,
41.04.11.24 e 41.04.41.30 da NCM;

II - produtos classificados nas posições 02.01, 02.02, 02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21,


02.06.29, 05.06.90.00, 05.10.00.10, 15.02.00.1, 41.01.20.10, 41.04.11.24 e 41.04.41.30, da
NCM, quando efetuada por pessoa jurídica que industrialize bens e produtos classificados nas
posições 01.02, 02.01 e 02.02 da NCM.

A suspensão:

I - não alcança a receita bruta auferida nas vendas a consumidor final;

II - aplicar-se-á nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do


Brasil.

Base: art. 32 da Lei nº 12.058/ 2009

8A.2 - CRÉDITO PRESUMIDO – 50% NA EXPORTAÇÃO POR FRIGORÍFICOS

As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o


PIS/Pasep e da Cofins, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias classificadas nos
códigos 02.01, 02.02, 02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21, 02.06.29, 05.06.90.00, 05.10.00.10,
15.02.00.1, 41.01.20.10, 41.04.11.24 e 41.04.41.30 da NCM, destinadas a exportação, poderão
descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas em cada período de apuração
crédito presumido, calculado sobre o valor dos bens classificados na posição 01.02 da NCM,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física.

O disposto aplica-se também às aquisições de pessoa jurídica que exercer atividade agropecuária
ou cooperativa de produção agropecuária.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 145

O direito ao crédito presumido só se aplica aos bens adquiridos ou recebidos, no mesmo período
de apuração, de pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País, observado o disposto
no § 4o do art. 3o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no § 4o do art. 3o da Lei no
10.833, de 29 de dezembro de 2003.

O montante do crédito artigo será determinado mediante aplicação, sobre o valor das
mencionadas aquisições, de percentual correspondente a 50% (cinquenta por cento) das alíquotas
previstas no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º
da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

É vedado às pessoas jurídicas que exercem atividade agropecuária ou cooperativa de produção


agropecuária o aproveitamento:

I - do crédito presumido de que trata este artigo;

II - de crédito em relação às receitas de vendas efetuadas com suspensão às pessoas


jurídicas de que trata o caput deste artigo.

O crédito apurado deverá ser utilizado para desconto do valor da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno.

A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre-calendário, não conseguir utilizar o crédito
poderá:

I - efetuar sua compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a


tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a
legislação específica aplicável à matéria;

II - solicitar seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à


matéria.

O disposto acima aplica-se somente à parcela dos créditos presumidos determinada com base no
resultado da aplicação, sobre o valor da aquisição de bens classificados na posição 01.02 da
NCM, da relação percentual existente entre a receita de exportação e a receita bruta total,
auferidas em cada mês.

O disposto aplica-se também no caso de vendas a empresa comercial exportadora com o fim
específico de exportação.

Base: art. 33 da Lei nº 12.058/ 2009

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8A.3- CRÉDITO PRESUMIDO - EMPRESAS QUE ADQUIREM PARA


INDUSTRIALIZAÇÃO OU REVENDA DE PRODUTOS BOVINOS

A pessoa jurídica, tributada com base no lucro real, que adquirir para industrialização ou revenda
as mercadorias classificadas nos códigos 02.01, 02.02, 02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21,
02.06.29, 05.06.90.00, 05.10.00.10, 15.02.00.1, 41.01.20.10, 41.04.11.24 e 41.04.41.30 da NCM
poderá descontar da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, devidas em cada período de
apuração, crédito presumido, determinado mediante a aplicação, sobre o valor das aquisições, de
percentual correspondente a 40% (quarenta por cento) das alíquotas previstas no caput do art. 2º
da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003. (Produção de efeito)

É vedada a apuração do crédito de que trata o caput deste artigo nas aquisições realizadas pelas
pessoas jurídicas mencionadas no inciso II do caput do art. 32 da Lei nº 12.058/ 2009.

O direito ao crédito presumido somente se aplica às mercadorias de que trata o caput deste
artigo, adquiridas com suspensão das contribuições, no mesmo período de apuração, de pessoa
jurídica residente ou domiciliada no País, observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº
10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no § 4º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de
2003.

8A.4 REGISTRO SEGREGADO DOS CRÉDITOS PRESUMIDOS

As pessoas jurídicas submetidas ao regime de apuração não cumulativa deverão apurar e


registrar, de forma segregada, os créditos de que tratam o art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, o art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e os arts. 15 e 17 da
Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, e os créditos presumidos previstos nas Leis da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, discriminando-os em função da natureza, origem e
vinculação desses créditos, observadas as normas a serem editadas pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil. (Produção de efeito)

Aplicam-se neste artigo, no que couber, as disposições previstas nos §§ 8º e 9º do art. 3º da Lei
nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e nos §§ 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003.

Base: art. 35 da Lei nº 12.058/ 2009

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8-B SUSPENSÃO CRÉDITO PIS E COFINS NA VENDA DE PRODUTOS DERIVADOS


DE AVES E SUÍNOS, BEM COMO RAÇÕES-PREPARAÇÕES PRODUZIDAS PARA
ESSES ANIMAIS

8-B1 SUSPENSÃO PIS e COFINS NA VENDA DE INSUMOS DE ORIGEM VEGETAL


PARA PESSOAS JURÍDICAS E FÍSICAS QUE PRODUZAM MERCADORIAS
RELATIVAS A AVES E SUÍNOS E RAÇÕES DESTINADAS A AVES E SUÍNOS

Art. 54. I, a, b e c da Lei 12.350/10

Fica suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a


receita bruta da venda, no mercado interno, de:

I – insumos de origem vegetal, classificados nas posições 10.01 a 10.08(trigo, centeio, cevada,
aveia, milho, arroz, sorgo, trigo mourisco) , exceto os dos códigos 1006.20 (arroz descacado) e
1006.30 (arroz semi-branqueado), e nas posições 12.01 (soja), 23.04(tortas/resíduos soja) e
23.06(resíduos de óleos vegetais) da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), quando
efetuada por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, vendidos:

a) para pessoas jurídicas que produzam mercadorias classificadas nos códigos da


NCM:

02.03 - Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas


0206.30.00 - Miudezas comestíveis de animais das espécies suína - frescas ou refrigeradas
0206.4 - Miudezas comestíveis de animais das espécies suína - congeladas
02.07 - Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da
posição 01.05 (Galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhas-d'angola, das
espécies domésticas, vivos).
0210.1 Carnes e miudezas, comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou defumadas;
farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas SUÍNAS

b) para pessoas jurídicas que produzam preparações - classificadas no código


2309.90 - Preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais, dos tipos
utilizados na alimentação de animais vivos classificados nas posições:
01.03- Animais vivos da espécie suína e
01.05- Galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhas-d'angola, das espécies
domésticas, vivos.

c) para pessoas físicas;

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8B2 - SUSPENSÃO PIS E COFINS NA VENDA DE RAÇÕES DESTINADAS A SUÍNOS


E AVES

Art. 54, II, da Lei 12.350/10

Fica suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a


receita bruta da venda, no mercado interno, de:

II – preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais vivos classificados nas posições
01.03- Animais vivos da espécie suína - e 01.05 - Galos, galinhas, patos, gansos, perus,
peruas e galinhas-d'angola, das espécies domésticas, vivos -, classificadas no código 2309.90 -
da NCM - Preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais;

8B3 - SUSPENSÃO PIS E COFINS NA VENDA DE AVES E SUÍNOS VIVOS

Art. 54, III, da Lei 12.350/10

Fica suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a


receita bruta da venda, no mercado interno, de:

III – animais vivos classificados nas posições 01.03 - Animais vivos da espécie suína e 01.05 -
Galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhas-d'angola, das espécies domésticas,
vivos, da NCM, quando efetuada por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, vendidos para
pessoas jurídicas que produzam mercadorias classificadas nos códigos 02.03 , 0206.30.00,
0206.4, 02.07 e 0210.1 da NCM;

8B4 - SUSPENSÃO PIS E COFINS INDÚSTRIA E COMÉRCIO ATACADISTA NA


VENDA DE PRODUTOS DE AVES E SUÍNOS
Art. 54, IV, da Lei 12.350/10

Fica suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a


receita bruta da venda, no mercado interno, de:

IV – produtos classificados nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07 e 0210.1 da NCM,
quando efetuada por pessoa jurídica que industrialize ou revenda bens e produtos classificados
nas posições 01.03 e 01.05 da NCM.

Observação:

As preparações alimentícias incluem-se no presente Capítulo 02.03, 0206.30.00, 0206.4,


02.07 e 0210.1 da NCM, desde que contenham menos de 20% em peso, de enchidos,

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carne, miudezas, sangue, peixe ou crustáceos, moluscos ou de outros invertebrados


aquáticos ou de uma combinação destes produtos.

Não haverá a suspensão, quando essas preparações contiverem dois ou mais dos produtos
acima mencionados ou acima de 20% e enchidos, incluem-se na posição do Capítulo 16
da tabela NCM, correspondente ao componente predominante em peso. Estas
disposições não se aplicam aos produtos recheados da posição 19.02, nem às preparações
das posições 21.03 ou 21.04.

Capítulo 16 - NCM
Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos,
de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos

Notas.

1.- O presente Capítulo não compreende as carnes, miudezas, peixes, crustáceos,


moluscos e outros invertebrados aquáticos, preparados ou conservados pelos processos
enumerados nos Capítulos 2, 3 ou da posição 05.04.

2.- As preparações alimentícias incluem-se no presente Capítulo, desde que contenham


mais de 20% em peso, de enchidos, carne, miudezas, sangue, peixe ou crustáceos,
moluscos ou de outros invertebrados aquáticos ou de uma combinação destes produtos.

Quando essas preparações contiverem dois ou mais dos produtos acima mencionados,
incluem-se na posição do Capítulo 16 correspondente ao componente predominante em
peso. Estas disposições não se aplicam aos produtos recheados da posição 19.02, nem
às preparações das posições 21.03 ou 21.04.

Notas de Subposições.

1.- Para os efeitos da subposição 1602.10, consideram-se preparações homogeneizadas


as preparações de carne, miudezas ou sangue, finamente homogeneizadas,
acondicionadas para venda a retalho como alimentos para crianças ou para usos
dietéticos, em recipientes de conteúdo de peso líquido não superior a 250g. Para
aplicação desta definição, não se consideram as pequenas quantidades de ingredientes
que possam ter sido adicionados à preparação para tempero, conservação ou outros
fins. Estas preparações podem conter, em pequenas quantidades, fragmentos visíveis de
carne ou de miudezas. A subposição 1602.10 tem prioridade sobre todas as outras
subposições da posição 16.02.

2.- Os peixes e crustáceos designados nas subposições das posições 16.04 ou 16.05
unicamente pelo nome vulgar pertencem às mesmas espécies mencionadas no Capítulo
3 sob as mesmas denominações.

ALÍQUO
NCM DESCRIÇÃO
TA (%)

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1601.00. Enchidos e produtos semelhantes, de carne, miudezas ou sangue; 0


00 preparações alimentícias à base de tais produtos.

16.02 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue.

8B5 - NÃO SE APLICA A SUSPENSÃO PIS E COFINS NAS VENDAS DE AVES E


SUÍNOS A VAREJO:

Art. 54 parágrafo único da Lei 12.350/10

A suspensão de que trata este artigo:


I – não alcança a receita bruta auferida nas vendas a varejo;
II – aplicar-se-á nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil.

8B6 - CRÉDITO PRESUMIDO EXPORTAÇÕES AVES E SUÍNOS

Art. 55 Lei 12.350/10

Art. 55. As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias classificadas
nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07 e 0210.1 da NCM, destinadas a exportação,
poderão descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas em cada período de
apuração crédito presumido, calculado sobre:
I – o valor dos bens classificados nas posições 10.01 a 10.08, exceto os dos códigos 1006.20 e
1006.30, e nas posições 12.01, 23.04 e 23.06 da NCM, adquiridos de pessoa física ou recebidos
de cooperado pessoa física;
II – o valor das preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais vivos classificados
nas posições 01.03 e 01.05, classificadas no código 2309.90 da NCM, adquiridos de pessoa física
ou recebidos de cooperado pessoa física;
III – o valor dos bens classificados nas posições 01.03 e 01.05 da NCM, adquiridos de pessoa
física ou recebidos de cooperado pessoa física.
§ 1o O disposto nos incisos I a III do caput deste artigo aplica-se também às aquisições de
pessoa jurídica.
§ 2o O direito ao crédito presumido de que tratam o caput e o § 1 o deste artigo só se aplica aos
bens adquiridos ou recebidos, no mesmo período de apuração, de pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no País, observado o disposto no § 4o do art. 3o da Lei no 10.637, de 30
de dezembro de 2002, e no § 4o do art. 3o da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
§ 3o O montante do crédito a que se referem os incisos I e II do caput e o § 1 o deste artigo será
determinado mediante aplicação, sobre o valor das mencionadas aquisições, de percentual
correspondente a 30% (trinta por cento) das alíquotas previstas no caput do art. 2º da Lei nº
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10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de


2003.
§ 4o O montante do crédito a que se referem o inciso III do caput e o § 1o deste artigo será
determinado mediante aplicação sobre o valor das mencionadas aquisições de percentual
correspondente a 30% (trinta por cento) das alíquotas previstas no caput do art. 2º da Lei nº
10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de
2003.
§ 5o É vedado às pessoas jurídicas de que trata o § 1o deste artigo o aproveitamento:
I – do crédito presumido de que trata o caput deste artigo;
II – de crédito em relação às receitas de vendas efetuadas com suspensão às pessoas jurídicas de
que trata o caput deste artigo.
§ 6o O crédito apurado na forma do caput deste artigo deverá ser utilizado para desconto do
valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins a recolher, decorrente das demais operações
no mercado interno.
§ 7o A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre-calendário, não conseguir utilizar o
crédito na forma prevista no § 6o deste artigo poderá:
I – efetuar sua compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e
contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a legislação
específica aplicável à matéria;
II – solicitar seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à
matéria.
§ 8o O disposto no § 7o deste artigo aplica-se somente à parcela dos créditos presumidos
determinada com base no resultado da aplicação, sobre o valor da aquisição de bens relacionados
nos incisos do caput deste artigo, da relação percentual existente entre a receita de exportação e a
receita bruta total, auferidas em cada mês.
§ 9o O disposto neste artigo aplica-se também no caso de vendas a empresa comercial
exportadora com o fim específico de exportação.
§ 10. O crédito presumido de que trata este artigo aplicar-se-á nos termos e condições
estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

8B7 - CRÉDITO PRESUMIDO INDÚSTRIA OU VENDA A VAREJO DE AVES E


SUÍNOS

Art. 56 , 56-A e 56-B Lei 12.350/10

A pessoa jurídica, tributada com base no lucro real, que adquirir para industrialização ou venda a
varejo as mercadorias classificadas nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07 e 0210.1 da
NCM poderá descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, devidas em cada período
de apuração, crédito presumido, determinado mediante a aplicação, sobre o valor das aquisições,
de percentual correspondente a 12% (doze por cento) das alíquotas previstas no caput do art. 2º
da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003.
§ 1o É vedada a apuração do crédito de que trata o caput deste artigo nas aquisições realizadas
pelas pessoas jurídicas mencionadas no inciso IV do caput do art. 54 desta Lei.

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§ 2o O direito ao crédito presumido somente se aplica às mercadorias de que trata o caput deste
artigo, adquiridas com suspensão das contribuições, no mesmo período de apuração, de pessoa
jurídica residente ou domiciliada no País, observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº
10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no § 4º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de
2003.

O saldo de créditos presumidos apurados a partir do ano-calendário de 2006 na forma do § 3o do


art. 8o da Lei no 10.925, de 23 de julho de 2004, existentes na data de publicação desta Lei,
poderá: (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
I - ser compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a legislação específica
aplicável à matéria; (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
II - ser ressarcido em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria. (Incluído
pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
§ 1o O pedido de ressarcimento ou de compensação dos créditos presumidos de que trata o
caput somente poderá ser efetuado: (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
I - relativamente aos créditos apurados nos anos-calendário de 2006 a 2008, a partir do primeiro
dia do mês subsequente ao da publicação desta Lei; (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de
2010).
II - relativamente aos créditos apurados no ano-calendário de 2009 e no período compreendido entre
janeiro de 2010 e o mês de publicação desta Lei, a partir de 1o de janeiro de 2012. (Incluído pela
Medida Provisória nº 517, de 2010).
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se aos créditos presumidos que tenham sido apurados em
relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação, observado o disposto
nos §§ 8o e 9o do art. 3o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e nos §§ 8o e 9o do art. 3o
da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003. (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).

A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre-calendário, não conseguir utilizar os créditos
presumidos apurados na forma do inciso II do § 3o do art. 8o da Lei no 10.925, de 2004, poderá:
(Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
I - efetuar sua compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a legislação específica
aplicável à matéria; (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
II - solicitar seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria.
(Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se aos créditos presumidos que tenham sido
apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita auferida com a venda no
mercado interno ou com a exportação de farelo de soja classificado na posição 23.04 da NCM,
observado o disposto nos §§ 8o e 9o do art. 3o da Lei no 10.637, de 2002, e nos §§ 8o e 9o do art.
3o da Lei no 10.833, de 2003. (Incluído pela Medida Provisória nº 517, de 2010).

8B8 - PESSOAS JURÍDICAS QUE FABRICAM RAÇÃO DE AVES E SUINOS E QUE


INDUSTRIALIZAM PRODUTOS RELATIVOS A AVES E SUÍNOS NÃO TÊM
DIREITO AO CRÉDITO PRESUMIDO

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Art; 57 da Lei 12.350/10

A partir do primeiro dia do mês subsequente ao de publicação desta Lei, não mais se aplica o
disposto nos arts. 8o e 9o da Lei no 10.925, de 23 de julho de 2004:
I – às mercadorias ou aos produtos classificados nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07,
0210.1 e 23.09.90 da NCM;
II – às mercadorias ou aos produtos classificados nas posições 10.01 a 10.08, exceto os dos
códigos 1006.20 e 1006.30, e nas posições 12.01, 23.04 e 23.06 da NCM, no que for contrário ao
disposto nos arts. 54 a 56.

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9.CRÉDITO DE PIS E COFINS – ATIVIDADES INCENTIVADAS

9.1 PADIS - PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA


INDÚSTRIA DE SEMICONDUTORES

É beneficiária do PADIS a pessoa jurídica que realize investimento em pesquisa e


desenvolvimento - P&D na forma do art. 6º, da Lei 11.484/2007.

Os projetos devem ser aprovados em ato conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministério da


Ciência e Tecnologia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos
termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

Pra fins de aprovação e concessão dos incentivos fiscais relacionados ao programa, os projetos
devem seguir as instruções de apresentação da Portaria Interministerial 290/2008.

A IN RFB 852/2008 estabelece procedimentos para habilitação ao Programa de Apoio ao


Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS).

9.1.1 Benefícios – reduz a zero as alíquotas do PIS e da COFINS incidentes nas compras de
máquinas, aparelhos e equipamentos

O PADIS reduz a zero as alíquotas:

I - do PIS e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado


interno, à pessoa jurídica habilitada no PADIS, de:

a) máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, para incorporação ao ativo imobilizado da


adquirente, destinados às atividades incentivadas e

b) ferramentas computacionais (softwares) e dos insumos das atividades incentivadas;

II - do PIS-Importação e da COFINS-Importação, incidentes sobre a importação, realizada por


pessoa jurídica habilitada no PADIS, de:

a) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, para incorporação ao ativo imobilizado da


importadora, destinados às atividades incentivadas;

b) ferramentas computacionais (softwares) e dos insumos das atividades incentivadas.

Além de tais reduções do PIS e COFINS, reduzirá a zero o IPI e a CIDE, na forma prevista no
respectivo regulamento do Programa.

Bases Legais: artigos 1 a 11 da Lei 11.484/2007, Decreto 6.233/2007 e os citados no texto.

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9.1.2 Créditos de PIS e COFINS na aquisição de imobilizado destinado ao desenvolvimento


tecnológico ainda que adquiridos à alíquota zero

Mesmo que as máquinas, equipamentos, aparelhos ferramentas adquiridos à alíquota zero (o


beneficiário do sistema PADIS deverá solicitar o desconto ao fornecedor devido à alíquota
favorecida), a sociedade poderá descontar o crédito relativo a essas aquisições na hipóteses em
que seus produtos vendidos sejam tributados pelo PIS e COFINS, conforme explanado no item:
3.11 Créditos à Alíquota 1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à Alíquota Zero

Não haverá o desconto ao crédito nas aquisições do ativo imobilizado PADIS quando o
produto produzido seja vendido sem o pagamento de PIS e COFINS (alíquota zero, isenção,
suspensão, imunidade, não incidência), conforme mencionado no item: 3.11 Créditos à Alíquota
1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à Alíquota Zero

9.2 PATVD - PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA


INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS PARA A TV DIGITAL

É beneficiária do PATVD a pessoa jurídica que realize investimento em pesquisa e


desenvolvimento - P&D, na forma do art. 17 da Lei 11.484/2007 e que exerça as
atividades de desenvolvimento e fabricação de equipamentos transmissores de
sinais por radiofreqüência para televisão digital, classificados no código 8525.50.2
da NCM.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento e o exercício das atividades devem ser efetuados


de acordo com projetos aprovados em ato conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministério da
Ciência e Tecnologia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos
termos e condições estabelecidas pelo Poder Executivo.

A IN RFB 853/2008 estabelece procedimentos para habilitação ao Programa de Apoio ao


Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD).

9.2.1 Benefícios

O PATVD reduz a zero as alíquotas:

I – Do PIS e da COFINS, incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado


interno, à pessoa jurídica habilitada no PATVD, de:

a) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo


imobilizado da adquirente, destinados à fabricação dos equipamentos incentivados; e

b) ferramentas computacionais (softwares) e dos insumos destinados à fabricação dos


equipamentos incentivados;

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II - do PIS-Importação e da COFINS-Importação, incidentes sobre a importação, realizada por


pessoa jurídica habilitada no PATVD, de:

a) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo


imobilizado da adquirente, destinados à fabricação dos equipamentos incentivados e

b) ferramentas computacionais (softwares) e dos insumos destinados à fabricação dos


equipamentos incentivados.

Além de tais reduções do PIS e COFINS, reduzirá a zero o IPI e a CIDE, na forma prevista no
respectivo regulamento do Programa.

Para fins de aprovação e concessão dos incentivos fiscais relacionados ao programa, os projetos
devem seguir as instruções de apresentação da Portaria Interministerial 291/2008.

Bases Legais: artigos 12 a 22 da Lei 11.484/2007, Decreto 6.234/2007 e os citados no texto.

9.2.2 Créditos de Pis e Cofins na Aquisição De Imobilizado Destinado ao Desenvolvimento


Tecnológico ainda que Adquiridos À Alíquota Zero

Mesmo que as máquinas, equipamentos, aparelhos ferramentas adquiridos à alíquota zero (o


beneficiário do sistema PATVD deverá solicitar o desconto ao fornecedor devido à alíquota
favorecida), a sociedade poderá descontar o crédito relativo a essas aquisições na hipóteses em
que seus produtos vendidos sejam tributados pelo PIS e COFINS, conforme explanado no item:
3.11 Créditos à Alíquota 1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à Alíquota Zero

Não haverá o desconto ao crédito nas aquisições do ativo imobilizado PATVD quando o
produto produzido seja vendido sem o pagamento de PIS e COFINS (alíquota zero, isenção,
suspensão, imunidade, não incidência), conforme mencionado no item 3.11 Créditos à Alíquota
1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à Alíquota Zero

9.3 RECAP - REGIME ESPECIAL DE AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL PARA


EMPRESAS EXPORTADORAS

Aplica-se o benefício de suspensão da exigência do PIS e da COFINS, na forma do RECAP, nas


importações ou nas aquisições, no mercado interno, de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, relacionados em decreto.

A partir de 22.11.2005, conforme os artigos 12 a 16, da Lei 11.196/2005, é beneficiária do


RECAP a pessoa jurídica preponderantemente exportadora.

A partir de 13.05.2008, por força da MP 428/2008 (convertida na Lei 11.774/2008), é


beneficiária do Recap a pessoa jurídica preponderantemente exportadora, assim considerada
aquela cuja receita bruta decorrente de exportação para o exterior, no ano-calendário
imediatamente anterior à adesão ao Recap, houver sido igual ou superior a 70% (setenta por
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 157

cento) de sua receita bruta total de venda de bens e serviços no período e que assuma
compromisso de manter esse percentual de exportação durante o período de 2 (dois) anos-
calendário.

9.3.1 Regras Gerais

A receita bruta de que trata este regime será considerada após excluídos os impostos e
contribuições incidentes sobre a venda.

Até 12.05.2008, a pessoa jurídica em início de atividade, ou que não tenha atingido no ano
anterior o percentual de receita de exportação, poderia se habilitar ao RECAP desde que assuma
compromisso de auferir, no período de três anos-calendário, receita bruta decorrente de
exportação para o exterior de, no mínimo, 80% de sua receita bruta total de venda de bens e
serviços. A partir de 13.05.2008, por força da MP 428/2008 (convertida na Lei 11.774/2008),
este percentual caiu para 70%.

Para as pessoas jurídicas que fabricam os produtos relacionados no art. 1º da Lei 11.529, de 22
de outubro de 2007, os percentuais de exportação exigidos ficam reduzidos para 60% (sessenta
por cento), por força da MP 428/2008 (convertida na Lei 11.774/2008).

O estaleiro naval brasileiro pode se habilitar ao RECAP, independentemente de possuir receita


bruta de exportação para o exterior ou de efetuar o compromisso de exportação para o exterior
durante o período de três anos-calendário (art. 6º do Decreto 5.649/2005).

No caso de aquisição de bens no mercado interno com o benefício do RECAP, a pessoa jurídica
vendedora deve fazer constar na nota fiscal de venda a expressão "Venda efetuada com
suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS", com especificação do
dispositivo legal correspondente, bem assim o número do ato que concedeu a habilitação ao
adquirente.

O prazo para fruição do beneficio de suspensão da exigibilidade das contribuições extingue-se


após decorridos três anos contados da data da habilitação ao RECAP.

9.3.2 Não Aplicação

O disposto não se aplica às pessoas jurídicas:

- que tenham suas receitas, no todo ou em parte, submetidas ao regime de incidência cumulativa
do PIS e COFINS;

- optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas


e das Empresas de Pequeno Porte (Simples);

- que esteja irregular em relação aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da
Receita Federal e Secretaria da Receita Previdenciária.
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 158

Base: parágrafo único, art. 3º do Decreto 5.649/2005.

9.3.3 Suspensão do Pis e Cofins nas Aquisições do Imobilizado

No caso de venda ou de importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos,


novos, fica suspensa a exigência:

I - do PIS e da COFINS incidentes sobre a receita bruta da venda no mercado interno, quando os
referidos bens forem adquiridos por pessoa jurídica beneficiária do RECAP para incorporação ao
seu ativo imobilizado;

II - do PIS-Importação e da Cofins-Importação, quando os referidos bens forem importados


diretamente por pessoa jurídica beneficiária do RECAP para incorporação ao seu ativo
imobilizado.

O benefício de suspensão poderá ser usufruído nas aquisições e importações realizadas no


período de 3 (três) anos contados da data de adesão ao Recap.

9.3.4 Lista de Bens Sujeitos à Suspensão

A partir de 29.09.2008

A partir de 29.09.2008, a relação dos bens é a prevista no anexo do Decreto 6.581/2008.

De 26.05.2006 a 28.09.2008

O Decreto 5.789/2006 estipulava, em seu anexo, a lista de bens de capital com suspensão na
venda ou de importação, a partir de 26.05.2006, com a relação dada pelo Decreto 5.908/2006 (até
28.09.2008).

Até 25.05.2006

Até 25.05.2006, a lista de bens de capital com suspensão era determinada pelo Decreto
5.629/2005, que fixava que as máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, são os
relacionados no inciso I do parágrafo único do art. 1º e no Anexo do Decreto nº 4.955, de 15 de
janeiro de 2004.

Estaleiros Navais

O Decreto 5.788/2006 estipula, em seu anexo, a lista de bens de capital com suspensão na venda
ou de importação de bens de capital, aplicáveis sobre os bens adquiridos ou importados por
estaleiro naval brasileiro.

Observe-se que a suspensão aplica-se somente quando os referidos bens forem destinados às
atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 159

registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB, instituído pela Lei 9.432, de 8
de janeiro de 1997.

9.3.5 Apuração do Percentual de Exportação

O percentual de exportações de que tratam o caput e o § 2 do art. 13 da Lei 11.196/2005, será


apurado considerando-se a média obtida, a partir do ano-calendário subseqüente ao do início de
utilização dos bens adquiridos no âmbito do Recap, durante o período de:

I - 2 (dois) anos-calendário, no caso do caput do art. 13 da Lei 11.196/2005; ou

II - 3 (três) anos-calendário, no caso do § 2o do art. 13 da Lei 11.196/2005.

O prazo de início de utilização dos bens adquiridos no âmbito do Recap não poderá ser superior
a 3 (três) anos.

9.3.6 Caso de Venda do Bem Adquirido pelo Regime Recap

A pessoa jurídica que não incorporar o bem ao ativo imobilizado, revender o bem antes da
conversão da alíquota a 0 (zero), na forma do § 8o do artigo 14, da Lei 11.196/2005 , ou não
atender às demais condições de que trata o art. 13 da mesma Lei fica obrigada a recolher juros e
multa de mora, na forma da lei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da
Declaração de Importação – DI, referentes às contribuições não pagas em decorrência da
suspensão, na condição:

I - de contribuinte, em relação ao PIS-Importação e à Cofins-Importação;

II - de responsável, em relação ao PIS e à Cofins.

Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento, caberá lançamento de ofício, com aplicação de
juros e da multa de que trata o caput do art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

Os juros e multa, de mora ou de ofício serão exigidos:

 isoladamente, na hipótese em que o contribuinte não alcançar o percentual de exportações


exigidos de sua receita bruta total de venda de bens e serviços no período.
 juntamente com as contribuições não pagas, nas hipóteses em que a pessoa jurídica não
incorporar o bem ao ativo imobilizado, revender o bem antes da conversão da alíquota a 0
(zero), na forma do § 8 do artigo 14, ou desatender as demais condições do art. 13 da Lei
11.196/2005.

Nas notas fiscais relativas à venda deverá constar a expressão "Venda efetuada com suspensão
da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins", com a especificação do dispositivo
legal correspondente.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 160

9.3.7 Alíquota Zero

A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após:

 cumpridas as condições de que trata o caput do art. 13, da Lei 11.196/2005 observado o
prazo a que se refere o inciso I do § 2o do art. 14, da mesma Lei;
 cumpridas as condições de que trata o § 2o do art. 13 da Lei 11.196/2005, observado o
prazo a que se refere o inciso II do § 2o do artigo 14 da mesma Lei;
 transcorrido o prazo de 18 (dezoito) meses, contado da data da aquisição, no caso do
beneficiário de que trata o inciso II do § 3o do art. 13 da Lei 11.196/2005.

A pessoa jurídica que efetuar o compromisso de que trata o § 2o do art. 13 da Lei 11.196/2005
poderá, ainda, observadas as mesmas condições ali estabelecidas, utilizar o benefício de
suspensão de que trata o art. 40 da Lei 10.865, de 30 de abril de 2004, conforme abaixo:

........
Art. 40.
A incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS ficará suspensa no caso de venda de
matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem destinados a pessoa
jurídica preponderantemente exportadora. (Redação dada pela Lei nº 10.925, de 2004).
§ 1o Para fins do disposto no caput deste artigo, considera-se pessoa jurídica
preponderantemente exportadora aquela cuja receita bruta decorrente de exportação para o
exterior, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, houver sido superior a 80%
(oitenta por cento) de sua receita bruta total no mesmo período. (Vide Medida Provisória nº
252, de 2005)
§ 2o Nas notas fiscais relativas à venda de que trata o caput deste artigo, deverá constar a
expressão "Saída com suspensão da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS", com a
especificação do dispositivo legal correspondente.
§ 3o A suspensão das contribuições não impede a manutenção e a utilização dos créditos
pelo respectivo estabelecimento industrial, fabricante das referidas matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de embalagem.
§ 4o Para os fins do disposto neste artigo, as empresas adquirentes deverão:
I - atender aos termos e às condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal; e
II - declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que atende a todos os
requisitos estabelecidos.
§ 5o A pessoa jurídica que, após adquirir matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem com o benefício da suspensão de que trata este artigo, der-lhes
destinação diversa de exportação, fica obrigada a recolher as contribuições não pagas pelo
fornecedor, acrescidas de juros e multa de mora, ou de ofício, conforme o caso, contados a
partir da data da aquisição. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)

9.3.8 Condições para a Habilitação

Apenas a pessoa jurídica previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal é beneficiária
do RECAP.

A habilitação somente pode ser requerida por:

 pessoa jurídica preponderantemente exportadora;


 pessoa jurídica que assumir o compromisso de exportação; ou
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 161

 estaleiro naval brasileiro.

Não poderá se habilitar ao RECAP a pessoa jurídica:

a) que tenha suas receitas, no todo ou em parte, submetidas ao regime de incidência cumulativa
da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS;

b) optante pelo Simples; ou

c) que esteja irregular em relação aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da
Receita Federal e Secretaria da Receita Previdenciária.

A adesão ao RECAP fica condicionada à regularidade fiscal da pessoa jurídica em relação aos
tributos e contribuições federais.

Base: artigos 2º e 3º do Decreto 5.649/2005 e IN SRF 605/2006.

9.3.9 Cancelamento da Habilitação

O cancelamento da habilitação ocorrerá:

I - a pedido; ou

II - de ofício, na hipótese em que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer, ou não


cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para habilitação ao regime.

A pessoa jurídica que tiver a habilitação cancelada não poderá efetuar importação ou aquisição
no mercado interno com suspensão da exigibilidade do PIS e COFINS (art.8º, do Decreto
5.649/2005).

9.3.10 Aquisições RECAP Não Geram Direito ao Desconto do Crédito

A aquisição de bens de capital com o benefício do RECAP não gera, para o adquirente, direito ao
desconto de créditos apurados na forma do art. 3 da Lei 10.637/2002 e do art. 3 da Lei
10.833/2003 (créditos da não cumulatividade).

A suspensão da exigência do PIS e da COFINS incidentes sobre a venda de bens de capital para
pessoa jurídica habilitada no RECAP não impede a manutenção e a utilização dos créditos pela
pessoa jurídica vendedora, no caso de esta ser tributada pelo regime de incidência não-
cumulativa dessas contribuições.

Não há o referido direito ao crédito pelo fato que as aquisições pelos beneficiários RECAP são à
alíquota zero e as vendas de seus produtos/mercadorias são imunes (exportação), conforme
descrito no item 3.11 Créditos à Alíquota 1,65% e 7,60% Admitidos na Aquisição de Insumos à
Alíquota Zero
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 162

Base: artigos 11 e 13 do Decreto 5.649/2005.

9.3.11Bases Legais

Artigos 12 a 16 da Lei 11.196/2005, Decreto 5.649/2005 e os citados no texto.

9.4 REIDI - REGIME ESPECIAL DE INCENTIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO


DA INFRA-ESTRUTURA

É beneficiária do REIDI a pessoa jurídica que tenha projeto aprovado para implantação de obras
de infra-estrutura nos setores de transportes, portos, energia, saneamento básico e irrigação.

BENEFÍCIOS

9.4.1 Suspensão do PIS e COFINS - Mercado Interno

O REIDI suspende a exigência da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o


Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da:

a) venda de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, quando adquiridos por


pessoa jurídica habilitada ao regime, para incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao
seu ativo imobilizado;

b) venda de materiais de construção, quando adquiridos por pessoa jurídica habilitada ao regime,
para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao seu ativo imobilizado;
e

c) prestação de serviços, por pessoa jurídica estabelecida no País, à pessoa jurídica habilitada ao
regime, quando aplicados em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo imobilizado.

d) a partir de 03.01.2008, por força da MP 413/2008, convertida na Lei 11.727/2008, a


suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplica-se também na hipótese de
receitas oriundas de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos para
utilização em obras de infra-estrutura quando contratado por pessoa jurídica beneficiária do
REIDI.

Nos casos de suspensão citados, a pessoa jurídica vendedora ou prestadora de serviços deve fazer
constar na nota fiscal o número da portaria que aprovou o projeto, o número do ato que concedeu
a habilitação ou a co-habilitação ao REIDI à pessoa jurídica adquirente e, conforme o caso, a
expressão:

I - “Venda de bens efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/PASEP e da


COFINS”, com a especificação do dispositivo legal correspondente; ou
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 163

II - “Venda de serviços efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/PASEP


e da COFINS”, com a especificação do dispositivo legal correspondente.

9.4.2 Suspensão do PIS e COFINS - Importação

O REIDI suspende a exigência do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes


sobre:

a) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, quando importados diretamente por


pessoa jurídica habilitada ao regime para incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao
seu ativo imobilizado;

b) materiais de construção, quando importados diretamente por pessoa jurídica habilitada ao


regime para incorporação ou utilização em obras de infra-estrutura destinadas ao seu ativo
imobilizado; e

c) o pagamento de serviços importados diretamente por pessoa jurídica habilitada ao regime,


quando aplicados em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo imobilizado.

9.4.3 Conversão em Alíquota Zero

A suspensão do PIS e COFINS converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização,


na obra de infra-estrutura, dos bens ou dos serviços adquiridos ou importados com o regime do
REIDI.

9.4.4 Período de Utilização

A suspensão do PIS e COFINS pode ser usufruída nas aquisições e importações de bens e
serviços vinculadas ao projeto aprovado, realizadas no período de cinco anos contados da data da
aprovação do projeto de infra-estrutura.

9.4.5 Manutenção dos Créditos do Pis e Cofins

A suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a


venda de bens e serviços para pessoa jurídica habilitada ao REIDI não impede a manutenção e a
utilização dos créditos pela pessoa jurídica vendedora, no caso de esta ser tributada no regime de
apuração não-cumulativa dessas contribuições.

9.4.6 Vedação dos Créditos do Pis e Cofins para o Adquirente

A aquisição de bens ou de serviços com a suspensão prevista no REIDI não gera, para o
adquirente, direito ao desconto de créditos apurados no regime não cumulativo do PIS e
COFINS, conforme art. 13 Decreto 6.144/2007. Portanto, tal previsão não está inserida na Lei
11.488/2007, pelas normas de interpretação um Decreto Presidencial não pode inovar uma lei,
principalmente no sentido de aumentar tributo, ferindo o princípio da legalidade. Assim, ao
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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 164

nosso ver, salvo entendimento contrário, essas aquisições geram direito ao crédito, até porque,
as receitas com obras de infra-estrutura nos setores de transportes, portos, energia, saneamento
básico e irrigação terá a incidência de PIS e COFINS. Não há o direito ao desconto do crédito
nas situações em que as referidas receitas não sejam tributadas (alíquota zero, não incidência,
suspensão, imunidade, isenção), conforme citado no item 3.11 CRÉDITOS À ALÍQUOTA
1,65% E 7,60% ADMITIDOS NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS À ALÍQUOTA ZERO. Sendo
prudente a utilização da alíquota normal de depreciação e não a depreciação acelerada.

O disposto não se aplica quando a pessoa jurídica habilitada ou co-habilitada optar por efetuar
aquisições e importações fora do REIDI, sem a suspensão prevista neste regime.

9.4.7 Recolhimento Posterior

Na hipótese de não ser efetuada a incorporação ou utilização, na obra de infra-estrutura, dos bens
ou dos serviços adquiridos ou importados com o regime do REIDI, a pessoa jurídica beneficiária
do REIDI fica obrigada a recolher as contribuições não pagas em função da suspensão,
acrescidas de juros e multa de mora ou de ofício, na forma da lei, contados a partir da data de
aquisição ou do registro da Declaração de Importação - DI, na condição de:

I - contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e à COFINS-


Importação; ou

II - responsável, em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS.

9.4.8 Habilitação

Somente poderá efetuar aquisições e importações de bens e serviços no regime do REIDI a


pessoa jurídica previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

A habilitação somente poderá ser requerida por pessoa jurídica de direito privado titular de
projeto para implantação de obras de infra-estrutura nos setores de:

I - transportes, abrangendo rodovias, ferrovias, hidrovias, trens urbanos e portos organizados;

II - energia, abrangendo a geração e a transmissão de energia elétrica de origem hidráulica,


eólica, nuclear, solar e térmica;

III - saneamento básico, abrangendo abastecimento de água potável e esgotamento sanitário; ou

IV - irrigação.

Considera-se titular a pessoa jurídica que executar o projeto, incorporando a obra de infra-
estrutura ao seu ativo imobilizado.

A habilitação e a co-habilitação ao REIDI devem ser requeridas à Secretaria da Receita Federal.


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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 165

Será divulgado no sítio na Internet da RFB, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>, a


relação das pessoas jurídicas habilitadas e co-habilitadas ao REIDI, na qual constará: nome
empresarial, número de inscrição no CNPJ, número da Portaria que aprovou o projeto, setor de
infra-estrutura favorecido, e o número e data do ADE de habilitação.

As normas para habilitação foram tratadas pela IN RFB 758/2007 e pelo Decreto 6.416/2008.

Pessoa Jurídica Co-habilitada

Também poderá usufruir do regime do REIDI a pessoa jurídica co-habilitada.

A pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e


da COFINS, que aufira receitas decorrentes da execução por empreitada de obras de construção
civil, contratada pela pessoa jurídica habilitada ao REIDI, poderá requerer co-habilitação ao
regime.

A pessoa jurídica a ser co-habilitada deverá:

I - comprovar o atendimento de todos requisitos necessários para a habilitação ao REIDI; e

II - cumprir as demais exigências estabelecidas para a fruição do regime.

Para a obtenção da co-habilitação, fica dispensada a comprovação da titularidade do projeto.

9.4.9 Vedação

Não poderá se habilitar ou co-habilitar ao REIDI a pessoa jurídica:

I - optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das


Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES ou pelo SIMPLES NACIONAL
de que trata a Lei Complementar 123/2006; ou

II - que esteja irregular em relação aos impostos e às contribuições administrados pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil.

Bases Legais: artigos 1 a 5 da Lei 11.488/2007, Decretos 6.144/2007, 6.167/2007 e 6.416/2008 e


os citados no texto.

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Créditos do PIS e COFINS© - pág. 166

9.5 REPES - REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO PARA A PLATAFORMA DE


EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

9.5.1 Suspensão do Pis e Cofins na Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado

No caso de venda ou de importação de bens novos destinados ao desenvolvimento, no País, de


software e de serviços de tecnologia da informação, fica suspensa a exigência:

a) da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta da venda de


bens novos no mercado interno, quando os referidos bens forem adquiridos por pessoa jurídica
beneficiária do REPES para incorporação ao seu ativo imobilizado;

b) da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, quando os referidos


bens forem importados diretamente por pessoa jurídica beneficiária do REPES para incorporação
ao seu ativo imobilizado.

Para fins deste item, o percentual de exportações de que se refere o art. 2º, da Lei 11.196/2005,
será apurado considerando-se a média obtida, a partir do ano-calendário subseqüente ao do início
de utilização dos bens adquiridos no âmbito do REPES, durante o período de 3 (três) anos-
calendário.

Na apuração do valor da receita bruta total de venda de bens:

I - devem ser consideradas as receitas de todos os estabelecimentos da pessoa jurídica; e

II - deve-se excluir o valor dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda.

O prazo de início de utilização não poderá ser superior a 1 (um) ano, contado a partir da
aquisição.

Os bens beneficiados pela suspensão são relacionados em regulamento (Decreto 5.712/2006),


sendo eles, os classificados nos códigos 84.71, 8473.30 e 85.17 da Tabela de Incidência do
Imposto sobre produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto 4.542/2002.

Base: art. 4º da Lei 11.196/2005.

9.5.2 Suspensão do Pis e Cofins na Aquisição de Serviços Destinados ao REPES

No caso de venda ou de importação de serviços destinados ao desenvolvimento, no País, de


software e de serviços de tecnologia da informação, fica suspensa a exigência:

a) da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta auferida pela
prestadora de serviços, quando tomados por pessoa jurídica beneficiária do REPES;

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b) da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, para serviços


importados diretamente por pessoa jurídica beneficiária do REPES.

Para fins deste item, o percentual de exportação a que se refere o art. 2º, da Lei 11.196/2005, será
apurado considerando as vendas efetuadas no ano-calendário subseqüente ao da prestação do
serviço adquirido com suspensão.

Na apuração do valor da receita bruta total de venda de serviços:

I - devem ser consideradas as receitas de todos os estabelecimentos da pessoa jurídica; e

II - deve-se excluir o valor dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda.

Os serviços beneficiados pela suspensão referida são os relacionados no anexo do Decreto


5.713/2006.

Base: art. 5º Lei 11.196/2005.

9.5.3 Beneficiários

A partir de 22.11.2005, é beneficiária do REPES a pessoa jurídica que exerça exclusivamente as


atividades de desenvolvimento, no País, de software e de prestação de serviços de tecnologia da
informação, cumulativa ou não, e que, por ocasião da sua opção pelo REPES, assuma
compromisso de exportação superior a 80% de sua receita bruta anual de venda de bens e
serviços respectivos.

A partir de 13.05.2008, por força da MP 428/2008 (convertida na Lei 11.774/2008), será


beneficiária do REPES a pessoa jurídica que exerça preponderantemente as atividades de
desenvolvimento de software ou de prestação de serviços de tecnologia da informação, e que, por
ocasião da sua opção pelo REPES, assuma compromisso de exportação igual ou superior a 60% -
sessenta por cento - de sua receita bruta anual decorrente da venda dos bens e serviços
respectivos.

A receita bruta será considerada após excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a
venda.

Bases: artigos 1º a 11 da Lei 11.196/2005, Decretos 5.712/2006 e 5.713/2006 e IN SRF


630/2006.

9.5.4 Habilitação ao REPES

Obrigatoriedade Da Habilitação

Somente poderá efetuar aquisição de bens e serviços com o benefício do REPES a pessoa
jurídica previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal.
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Pessoas Jurídicas Que Podem Requerer A Habilitação

A habilitação ao REPES somente pode ser requerida por pessoa jurídica que exerça
exclusivamente as atividades de desenvolvimento de software ou de prestação de serviços de
tecnologia da informação, cumulativamente ou não, e que, por ocasião da sua opção pelo
REPES, assuma compromisso de exportação igual ou superior a oitenta por cento de sua receita
bruta anual de venda de bens e serviços.

Habilitação Vedada

Não poderá se habilitar ao REPES a pessoa jurídica:

- optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas


e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;

- que esteja irregular em relação aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da
Receita Federal e Secretaria da Receita Previdenciária.

Até 13.05.2008, não se aplicavam à pessoa jurídica optante pelo REPES as disposições do inciso
XXV do art. 10 da Lei 10.833/2003 (apuração do PIS e COFINS pelo sistema cumulativo). A
partir de 13.05.2008, esta vedação foi revogada pela MP 428/2008.

Requerimento Da Habilitação

A habilitação ao REPES deve ser requerida por meio do formulário constante do Anexo Único
da IN SRF 630/2006, a ser apresentado à Delegacia da Receita Federal (DRF) ou à Delegacia da
Receita Federal de Administração Tributária (Derat) com jurisdição sobre o estabelecimento
matriz da pessoa jurídica, acompanhado de:

I - declaração de empresário ou ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,


devidamente registrado, em se tratando de sociedade empresária e, no caso de sociedade por
ações, os documentos que atestem o mandato de seus administradores;

II - indicação do titular da empresa ou relação dos sócios, pessoas físicas, bem assim dos
diretores, gerentes, administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição no
Cadastro de Pessoa Física (CPF) e respectivos endereços;

III - relação das pessoas jurídicas sócias, com indicação do número de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), bem assim de seus respectivos sócios, pessoas físicas,
diretores, gerentes, administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição no
CPF e respectivos endereços;

IV - documentos comprobatórios da regularidade fiscal da pessoa jurídica requerente em relação


aos tributos e contribuições administrados pela SRF.

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Procedimentos para a Habilitação

Para a concessão da habilitação, a DRF ou Derat deve:

I - verificar a correta instrução do pedido, relativamente à documentação de que trata o item


acima;

II - preparar o processo e, se for o caso, saneá-lo quanto à instrução;

III - proceder ao exame do pedido;

IV - determinar a realização de diligências julgadas necessárias para verificar a veracidade ou


exatidão das informações constantes do pedido;

V - deliberar sobre o pleito e proferir decisão; e

VI - dar ciência ao interessado da decisão exarada.

A habilitação será concedida por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) emitido pelo
Delegado da DRF ou da Derat e publicado no Diário Oficial da União.

O ADE referido será emitido para o número do CNPJ do estabelecimento matriz e aplica-se a
todos os estabelecimentos da pessoa jurídica requerente.

Na hipótese de indeferimento do pedido de habilitação ao regime, cabe, no prazo de 10 (dez)


dias, contado da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, à
Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF).

O recurso deve ser protocolizado junto à DRF ou à Derat com jurisdição sobre o estabelecimento
matriz da pessoa jurídica que, após o devido saneamento, o encaminhará à respectiva SRRF.

Proferida a decisão do recurso, o processo será encaminhado à DRF ou à Derat de origem para as
providências cabíveis e ciência ao interessado.

A relação das pessoas jurídicas habilitadas a operar o regime de suspensão deverá ser
disponibilizado na página da SRF na internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>.

9.5.5 Controle

Para fins de controle da produção e da comprovação de que o contratante do serviço prestado


seja residente ou domiciliado no exterior, o beneficiário do REPES utilizará programa de
computador que permita o controle da produção dos serviços prestados.

A Receita Federal terá acesso on line, pela internet, às informações e ao programa, para fins de
auditoria, com controle de acesso mediante certificação digital.
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Para fins de reconhecimento da utilização da infra-estrutura de software e hardware, o referido


programa será homologado pela Secretaria da Receita Federal, sendo-lhe facultado o acesso ao
código-fonte.

9.5.6 Descrição das Notas Fiscais

No caso de aquisições efetuadas no País com o benefício do REPES, a pessoa jurídica vendedora
deve fazer constar na nota fiscal de venda o número do ato que concedeu a habilitação à
adquirente e, conforme o caso, a expressão:

I - "Venda efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/PASEP e da


COFINS", com especificação do dispositivo legal correspondente; ou

II - "Venda de serviços efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/PASEP


e da COFINS", com a especificação do dispositivo legal correspondente.

9.5.7 Conversão em Alíquota Zero

As suspensões de que tratam os arts. 4º e 5º da Lei 11.196/2005 convertem-se em alíquota 0


(zero) após cumprida a condição de que trata o caput do art. 2º desta Lei, observados os prazos
de que tratam os §§ 2º e 3º do art. 4º e o § 2º do art. 5º da Lei 11.196/2005.

A adesão ao REPES fica condicionada à regularidade fiscal da pessoa jurídica em relação aos
tributos e contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil.

9.5.8 Cancelamento da Adesão

A pessoa jurídica beneficiária do REPES terá a adesão cancelada:

I) de ofício na hipótese de descumprimento do compromisso de exportação superior a


oitenta por cento de sua receita bruta anual de venda de bens e serviços;

II) de ofício sempre que se apure que o beneficiário:

a) não satisfazia as condições ou não cumpria os requisitos para a adesão; ou

b) deixou de satisfazer as condições ou de cumprir os requisitos para a adesão; e

III) a pedido.

Na ocorrência do cancelamento da adesão ao REPES, a pessoa jurídica dele excluída fica


obrigada a recolher juros e multa de mora, na forma da lei, contados a partir da data da aquisição
no mercado interno ou do registro da Declaração de Importação, conforme o caso, referentes às
contribuições não pagas em decorrência da suspensão de que tratam os arts. 4 e 5 da Lei

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11.196/2005, na condição de contribuinte, em relação aos bens ou serviços importados, ou na


condição de responsável, em relação aos bens ou serviços adquiridos no mercado interno.

Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento das obrigações não pagas em decorrência da
suspensão, caberá lançamento de ofício, com aplicação de juros e da multa de que trata o caput
do art. 44 da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

Relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, os juros e multa, de mora ou de


ofício, de que trata este artigo serão exigidos:

I - juntamente com as contribuições não pagas, no caso:

a) de transferência da propriedade ou cessão do uso do bem efetuada antes de decorridos dezoito


meses da sua aquisição;

b) de cancelamento a pedido da habilitação;

c) de cancelamento de ofício da habilitação, quando o beneficiário não satisfazia ou deixou de


satisfazer, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para habilitação; ou

II - isoladamente, no caso:

a) de transferência da propriedade ou cessão do uso do bem efetuada após decorridos dezoito


meses da sua aquisição;

b) de cancelamento de ofício da habilitação, quando o beneficiário descumprir o compromisso de


exportação de que trata o art. 4º do Decreto 5.712/2006, observadas as disposições do art. 5º do
mesmo.

A pessoa jurídica excluída do REPES somente poderá efetuar nova adesão após o decurso do
prazo de 2 (dois) anos, contado da data do cancelamento.

Na hipótese de descumprimento do compromisso de exportação, a multa, de mora ou de ofício, a


que se referem os §§ 1º e 2º do art. 8º e o art. 9º da Lei 11.196/2005 será aplicada sobre o valor
das contribuições não recolhidas, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo de
exportações estabelecido no art. 2º da Lei 11.196/2005 e o efetivamente alcançado.

9.5.9 Transferência da Propriedade

A transferência de propriedade ou a cessão de uso, a qualquer título, dos bens importados ou


adquiridos no mercado interno com suspensão da exigência das contribuições de que trata o art.
4º da Lei 11.196/2005, antes da conversão das alíquotas a 0 (zero), conforme o disposto no art.
6º da Lei 11.196/2005, será precedida de recolhimento, pelo beneficiário do REPES, de juros e
multa de mora, na forma da lei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da

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Declaração de Importação, conforme o caso, na condição de contribuinte, em relação aos bens


importados, ou na condição de responsável, em relação aos bens adquiridos no mercado interno.

Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento na forma acima citada, caberá lançamento de
ofício, com aplicação de juros e da multa de que trata o caput do art. 44 da Lei 9.430/1996.

Os juros e multa, de mora ou de ofício, de que trata este artigo serão exigidos

I - juntamente com as contribuições não pagas, no caso de transferência de propriedade efetuada


antes de decorridos 18 (dezoito) meses da ocorrência dos fatos geradores;

II - isoladamente, no caso de transferência de propriedade efetuada após decorridos 18 (dezoito)


meses da ocorrência dos fatos geradores.

9.5.10 Direito ao Desconto de Créditos Vedação para o Adquirente

Conforme art. 9º do Decreto 5.712/2006, a importação ou a aquisição no mercado interno de


bens e serviços com o benefício do REPES não gera, para o adquirente, direito ao desconto de
créditos apurados na forma do art. 3º da Lei 10.637, de 2002, do art. 3º da Lei 10.833, de 2003, e
do art. 15 da Lei 10.865/2004.

Portanto, tal previsão não está inserida na Lei 11.196/2005, mas no art. 9º do Decreto 5.712/2006
pelas normas de interpretação um Decreto Presidencial não pode inovar uma lei, principalmente
no sentido de aumentar tributo, ferindo o princípio da legalidade. Assim, ao nosso ver, salvo
entendimento contrário, essas aquisições geram direito ao crédito proporcionalmente às
vendas no mercado interno, até porque, essa receitas terá a incidência de PIS e COFINS. Não
há o direito ao desconto do crédito nas situações e proporcionalmente em que as referidas
receitas sejam exportadas, conforme citado no item 3.11 CRÉDITOS À ALÍQUOTA 1,65% E
7,60% ADMITIDOS NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS À ALÍQUOTA ZERO. Sendo prudente
a utilização proporcional relativo às vendas internas e ainda à alíquota normal de depreciação e
não a depreciação acelerada.

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10. SITUAÇÕES ESPECIAIS

10.1 PESSOAS JURÍDICAS ESTABELECIDAS NA ZONA FRANCA DE MANAUS

10.1.1 PIS E CONFINS INCIDENTES SOBRE A VENDA

A receita bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus,
decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA, que fica sujeita,
às alíquotas de:

I - 3% (três por cento), no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida:


a) na Zona Franca de Manaus; e
b) fora da Zona Franca de Manaus, que apure a COFINS no regime de não-cumulatividade;

II - 6% (seis por cento), no caso de venda efetuada a:


a) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de
renda com base no lucro presumido;
b) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de
renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída do regime
de incidência não-cumulativa da COFINS;
c) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e que seja optante pelo
Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições - SIMPLES; e
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal.

Também, se aplica à receita bruta auferida por pessoa jurídica industrial ou comercial
estabelecida nas Áreas de Livre Comércio de que tratam as Leis n os 7.965, de 22 de dezembro de
1989, 8.210, de 19 de julho de 1991, e 8.256, de 25 de novembro de 1991, o art. 11 da Lei no
8.387, de 30 de dezembro de 1991, e a Lei no 8.857, de 8 de março de 1994. (Incluído pela Lei nº
11.945, de 2009).
A exigência relativa ao projeto aprovado não se aplica às pessoas jurídicas comerciais
referidas nas Áreas de Livre Comércio. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009).

Base: art. 2º, §§ 5º,6º e 7º da Lei 10.833/2003

10.1.2 CRÉDITOS PIS E COFINS INCIDENTES SOBRE AS AQUISIÇÕES

CRÉDITOS COFINS

Na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na Zona Franca de


Manaus, consoante projeto aprovado pelo Conselho de Administração da Superintendência da
Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, o crédito será determinado mediante a aplicação da
alíquota de 4,6% (quatro inteiros e seis décimos por cento).
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Na situação de que trata a alínea b do inciso II do § 5o do art. 2o da Lei 10.833/2003, mediante a


aplicação da alíquota de 7,60% (sete inteiros e sessenta centésimos por cento), nos casos de
aquisição de:
a) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de
renda com base no lucro presumido;
b) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de
renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída do regime
de incidência não-cumulativa da COFINS;
c) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e que seja optante pelo
Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições - SIMPLES; e
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal.

CRÉDITOS PIS

Na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na Zona Franca de


Manaus, consoante projeto aprovado pelo Conselho de Administração da Superintendência da
Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, o crédito será determinado mediante a aplicação da
alíquota de 1% (um por cento) e,

Na situação de que trata a alínea b do inciso II do § 4o do art. 2o da Lei 10.637/2002, mediante a


aplicação da alíquota de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento), nos
casos de aquisição de:
a) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de
renda com base no lucro presumido;
b) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de
renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída do regime
de incidência não-cumulativa da COFINS;
c) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e que seja optante pelo
Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições - SIMPLES; e
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal. (Incluído pela Lei nº
10.996, de 2004)

Base: art. 3º, § 17 da Lei 10.833/2003 e art. 3º §12 da Lei 10.637/2002

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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA:

ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de Renda das Empresas. São Paulo: Atlas,
2008.

CAVALLO, Achiles Augustus. Comentários à Legislação do Cofins. São Paulo: Editora


Quartier Latin, 2005.

HIGUCHI, Hiromi. Imposto de Renda das Empresas Interpretação e Prática. São Paulo: Editora
IR Publicações, 2009.

MARTINS, Ives Gandra da Silva. Curso de Direito Tributário. 9 ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2006.

MARTINS, Ives Gandra da Silva & FERNANDES, Edison Carlos. Não-cumulatividade do


PIS e da COFINS. São Paulo: Editora Quartier Latin,2007.

MELLO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 22 ed. São Paulo: Editora
Malheiros, 2008.

REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2002.

REALE, Miguel. Teoria Tridimensional de Direito. 5ed. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1994,
p. 124.

TEIXEIRA, Paulo Henrique. Compêndio Tributário – obra eletrônica atualizável. Curitiba:


Portal Tributário e Maph Editora, 2009.

TEIXEIRA, Paulo Henrique. Apostila Curso Planejamento Tributário. Curitiba: Maph Editora,
2009.

TORRES, Ricardo Lobo. Tratado de Direito Constitucional Financeiro e Tributário. Volume II.
Rio de Janeiro: Renovar, 2005, p.333

VELLOSO, Andrei Pitten. Constituição Tributária Interpretada. São Paulo: Atlas, 2007.

ZANLUCA, Júlio César. PIS e COFINS – obra eletrônica atualizável. Curitiba: Portal Tributário
Editora, 2009.

ZILVETI, Fernando. Variações sobre o princípio da neutralidade no direito tributário


internacional. In COSTA, Alcides Jorge e outros. Direito Tributário Atual nº 19, São Paulo:
Dialética, 2005, p.24-25.

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ANEXO I – TAXAS DE DEPRECIAÇÃO ADMITIDAS PELA RECEITA FEDERAL

Instrução Normativa SRF nº 162, de 31 de dezembro de 1998

Anexo I - Bens relacionados na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM

Referência NCM Bens Prazo de vida Taxa anual


útil (anos) de depre-
ciação
Capítulo 01 ANIMAIS VIVOS
0101 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES CAVALAR, ASININA E MUAR 5 20 %
0102 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE BOVINA 5 20 %
0103 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE SUÍNA 5 20 %
0104 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES OVINA E CAPRINA 5 20 %
0105 GALOS, GALINHAS, PATOS, GANSOS, PERUS, PERUAS E GALINHAS-D'ANGOLA 2 50 %
(PINTADAS), DAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS, VIVOS
Capítulo 39 OBRAS DE PLÁSTICOS
3923 ARTIGOS DE TRANSPORTE OU DE EMBALAGEM, DE PLÁSTICOS
3923.10 -Caixas, caixotes, engradados e artigos semelhantes 5 20 %
3923.30 -Garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes 5 20 %
3923.90 -Outros vasilhames 5 20 %
3926 OUTRAS OBRAS DE PLÁSTICOS E OBRAS DE OUTRAS MATÉRIAS DAS POSIÇÕES 3901
A 3914
3926.90 Correias de transmissão e correias transportadoras 2 50 %
3926.90 Artigos de laboratório ou de farmácia 5 20 %
Capítulo 40 OBRAS DE BORRACHA
4010 CORREIAS TRANSPORTADORAS OU DE TRANSMISSÃO, DE BORRACHA VULCANIZADA 2 50 %
Capítulo 42 OBRAS DE COURO
4204 Correias transportadoras ou correias de transmissão 2 50 %
Capítulo 44 OBRAS DE MADEIRA
4415 CAIXOTES, CAIXAS, ENGRADADOS, BARRICAS E EMBALAGENS SEMELHANTES, DE 5 20 %
MADEIRA; CARRETÉIS PARA CABOS, DE MADEIRA; PALETES SIMPLES, PALETES-
CAIXAS E OUTROS ESTRADOS PARA CARGA, DE MADEIRA; TAIPAIS DE PALETES, DE
MADEIRA
4416 BARRIS, CUBAS, BALSAS, DORNAS, SELHAS E OUTRAS OBRAS DE TANOEIRO 5 20 %
Capítulo 57 TAPETES E OUTROS REVESTIMENTOS PARA PAVIMENTOS, 5 20 %

DE MATÉRIAS TÊXTEIS
Capítulo 63 OUTROS ARTEFATOS TÊXTEIS CONFECCIONADOS
6303 CORTINADOS, CORTINAS E ESTORES; SANEFAS E ARTIGOS SEMELHANTES PARA 5 20 %
CAMAS PARA USO EM HOTÉIS E HOSPITAIS
6305 SACOS DE QUAISQUER DIMENSÕES, PARA EMBALAGEM 5 20 %
6306 ENCERADOS E TOLDOS; TENDAS; VELAS PARA EMBARCAÇÕES, PARA PRANCHAS À 4 25 %
VELA OU PARA CARROS À VELA; ARTIGOS PARA ACAMPAMENTO
Capítulo 69 PRODUTOS CERÂMICOS
6909 APARELHOS E ARTEFATOS PARA USOS QUÍMICOS OU PARA OUTROS USOS 5 20 %
TÉCNICOS, DE CERÂMICA; ALGUIDARES, GAMELAS E OUTROS RECIPIENTES
SEMELHANTES PARA USOS RURAIS, DE CERÂMICA; BILHAS E OUTRAS VASILHAS
PRÓPRIAS PARA TRANSPORTE OU EMBALAGEM, DE CERÂMICA
Capítulo 70 OBRAS DE VIDRO
7010 GARRAFÕES, GARRAFAS, FRASCOS, BOIÕES, VASOS, EMBALAGENS TUBULARES, 5 20 %
AMPOLAS E OUTROS RECIPIENTES, DE VIDRO, PRÓPRIOS PARA TRANSPORTE OU
EMBALAGEM; BOIÕES DE VIDRO PARA CONSERVA
Capítulo 73 OBRAS DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO

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7308 CONSTRUÇÕES, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO, EXCETO AS CONSTRUÇÕES


PRÉ-FABRICADAS DA POSIÇÃO 9406
7308.10 -Pontes e elementos de pontes 25 4%
7308.20 -Torres e pórticos 25 4%
7309 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES SEMELHANTES PARA QUAISQUER 10 10 %
MATÉRIAS (EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS), DE FERRO FUNDIDO,
FERRO OU AÇO, DE CAPACIDADE SUPERIOR A 300 LITROS, SEM DISPOSITIVOS
MECÂNICOS OU TÉRMICOS, MESMO COM REVESTIMENTO INTERIOR OU CALORÍFUGO
RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS, DE FERRO FUNDIDO, 5 20 %
FERRO OU AÇO
7311
7321 AQUECEDORES DE AMBIENTES (FOGÕES DE SALA), CALDEIRAS DE FORNALHA, 10 10 %
FOGÕES DE COZINHA (INCLUÍDOS OS QUE POSSAM SER UTILIZADOS
ACESSORIAMENTE NO AQUECIMENTO CENTRAL), CHURRASQUEIRAS
(GRELHADORES), BRASEIRAS, FOGAREIROS A GÁS, AQUECEDORES DE PRATOS, E
APARELHOS NÃO ELÉTRICOS SEMELHANTES, DE USO DOMÉSTICO, DE FERRO
FUNDIDO, FERRO OU AÇO
7322 RADIADORES PARA AQUECIMENTO CENTRAL, NÃO ELÉTRICOS, DE FERRO FUNDIDO, 10 10 %
FERRO OU AÇO; GERADORES E DISTRIBUIDORES DE AR QUENTE (INCLUÍDOS OS
DISTRIBUIDORES QUE POSSAM TAMBÉM FUNCIONAR COMO DISTRIBUIDORES DE AR
FRIO OU CONDICIONADO), NÃO ELÉTRICOS, MUNIDOS DE VENTILADOR OU FOLE COM
MOTOR, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
Capítulo 76 obras DE Alumínio
7610 CONSTRUÇÕES DE ALUMÍNIO 25 4%
7611 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES SEMELHANTES PARA QUAISQUER 10 10 %
MATÉRIAS (EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS), DE ALUMÍNIO, DE
CAPACIDADE SUPERIOR A 300 LITROS, SEM DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU
TÉRMICOS, MESMO COM REVESTIMENTO INTERIOR OU CALORÍFUGO
7613 RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS, DE ALUMÍNIO 5 20 %
Capítulo 82 FERRAMENTAS
8201 PÁS, ALVIÕES, PICARETAS, ENXADAS, SACHOS, FORCADOS E FORQUILHAS, 5 20 %
ANCINHOS E RASPADEIRAS; MACHADOS, PODÕES E FERRAMENTAS SEMELHANTES
COM GUME; TESOURAS DE PODAR DE TODOS OS TIPOS; FOICES E FOICINHAS, FACAS
PARA FENO OU PARA PALHA, TESOURAS PARA SEBES, CUNHAS E OUTRAS
FERRAMENTAS MANUAIS PARA AGRICULTURA, HORTICULTURA OU SILVICULTURA
8202 SERRAS MANUAIS; FOLHAS DE SERRAS DE TODOS OS TIPOS (INCLUÍDAS AS FRESAS- 5 20 %
SERRAS E AS FOLHAS NÃO DENTADAS PARA SERRAR)
8203 LIMAS, GROSAS, ALICATES (MESMO CORTANTES), TENAZES, PINÇAS, CISALHAS PARA
METAIS, CORTA-TUBOS, CORTA-PINOS, SACA-BOCADOS E FERRAMENTAS
SEMELHANTES, MANUAIS
8203.20 -Alicates (mesmo cortantes), tenazes, pinças e ferramentas semelhantes 5 20 %
8203.30 -Cisalhas para metais e ferramentas semelhantes 5 20 %
8203.40 -Corta-tubos, corta-pinos, saca-bocados e ferramentas semelhantes 5 20 %
8204 CHAVES DE PORCAS, MANUAIS (INCLUÍDAS AS CHAVES DINAMOMÉTRICAS); CHAVES 5 20 %
DE CAIXA INTERCAMBIÁVEIS, MESMO COM CABOS
8205 FERRAMENTAS MANUAIS (INCLUÍDOS OS CORTA-VIDROS) NÃO ESPECIFICADAS NEM 5 20 %
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES, LAMPARINAS OU LÂMPADAS DE SOLDAR
(MAÇARICOS) E SEMELHANTES; TORNOS DE APERTAR, SARGENTOS E
SEMELHANTES, EXCETO OS ACESSÓRIOS OU PARTES DE MÁQUINAS-FERRAMENTAS;
BIGORNAS; FORJAS-PORTÁTEIS; MÓS COM ARMAÇÃO, MANUAIS OU DE PEDAL
8206 FERRAMENTAS DE PELO MENOS DUAS DAS POSIÇÕES 8202 A 8205 5 20 %
8210 APARELHOS MECÂNICOS DE ACIONAMENTO MANUAL, PESANDO ATÉ 10kg, 10 10 %
UTILIZADOS PARA PREPARAR, ACONDICIONAR OU SERVIR ALIMENTOS OU BEBIDAS
8214 MÁQUINAS DE TOSQUIAR 5 20 %
Capítulo 83 OBRAS DIVERSAS DE METAIS COMUNS
8303 COFRES-FORTES, PORTAS BLINDADAS E COMPARTIMENTOS PARA CASAS-FORTES, 10 10 %
COFRES E CAIXAS DE SEGURANÇA E ARTEFATOS SEMELHANTES, DE METAIS
COMUNS
8304 CLASSIFICADORES, FICHÁRIOS (FICHEIROS*), CAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO, PORTA- 10 10 %
CÓPIAS, PORTA-CANETAS, PORTA-CARIMBOS E ARTEFATOS SEMELHANTES, DE
ESCRITÓRIO, DE METAIS COMUNS, EXCLUÍDOS OS MÓVEIS DE ESCRITÓRIO DA
POSIÇÃO 9403

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Capítulo 84 REATORES NUCLEARES, CALDEIRAS, MÁQUINAS, APARELHOS E INSTRUMENTOS


MECÂNICOS
8401 REATORES NUCLEARES; ELEMENTOS COMBUSTÍVEIS (CARTUCHOS) NÃO 10 10 %
IRRADIADOS, PARA REATORES NUCLEARES; MÁQUINAS E APARELHOS PARA A
SEPARAÇÃO DE ISÓTOPOS
8402 CALDEIRAS DE VAPOR (GERADORES DE VAPOR), EXCLUÍDAS AS CALDEIRAS PARA 10 10 %
AQUECIMENTO CENTRAL CONCEBIDAS PARA PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE E VAPOR
DE BAIXA PRESSÃO; CALDEIRAS DENOMINADAS "DE ÁGUA SUPERAQUECIDA"
8403 CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO CENTRAL, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8402 10 10 %
8404 APARELHOS AUXILIARES PARA CALDEIRAS DAS POSIÇÕES 8402 OU 8403 (POR 10 10 %
EXEMPLO: ECONOMIZADORES, SUPERAQUECEDORES, APARELHOS DE LIMPEZA DE
TUBOS OU DE RECUPERACAO DE GÁS); CONDENSADORES PARA MÁQUINAS A VAPOR
8405 GERADORES DE GÁS DE AR (GÁS POBRE) OU DE GÁS DE ÁGUA, COM OU SEM 10 10 %
DEPURADORES; GERADORES DE ACETILENO E GERADORES SEMELHANTES DE GÁS,
OPERADOS A ÁGUA, COM OU SEM DEPURADORES
8406 TURBINAS A VAPOR 10 10 %
8407 MOTORES DE PISTÃO, ALTERNATIVO OU ROTATIVO, DE IGNIÇÃO POR CENTELHA 10 10 %
(FAÍSCA) (MOTORES DE EXPLOSÃO)
8408 MOTORES DE PISTÃO, DE IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO (MOTORES DIESEL OU SEMI- 10 10 %
DIESEL)
8410 TURBINAS HIDRÁULICAS, RODAS HIDRÁULICAS, E SEUS REGULADORES 10 10 %
8411 TURBORREATORES, TURBOPROPULSORES E OUTRAS TURBINAS A GÁS 10 10 %
8412 OUTROS MOTORES E MÁQUINAS MOTRIZES 10 10 %
8413 BOMBAS PARA LÍQUIDOS, MESMO COM DISPOSITIVO MEDIDOR; ELEVADORES DE 10 10 %
LÍQUIDOS
8414 BOMBAS DE AR OU DE VÁCUO, COMPRESSORES DE AR OU DE OUTROS GASES E 10 10 %
VENTILADORES; COIFAS ASPIRANTES (EXAUSTORES*) PARA EXTRAÇÃO OU
RECICLAGEM, COM VENTILADOR INCORPORADO, MESMO FILTRANTES
8415 MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-CONDICIONADO CONTENDO UM VENTILADOR 10 10 %
MOTORIZADO E DISPOSITIVOS PRÓPRIOS PARA MODIFICAR A TEMPERATURA E A
UMIDADE, INCLUÍDOS AS MÁQUINAS E APARELHOS EM QUE A UMIDADE NÃO SEJA
REGULÁVEL SEPARADAMENTE
8416 QUEIMADORES PARA ALIMENTAÇÃO DE FORNALHAS DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS, 10 10 %
COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS PULVERIZADOS OU DE GÁS; FORNALHAS AUTOMÁTICAS,
INCLUÍDAS AS ANTEFORNALHAS, GRELHAS MECÂNICAS, DESCARREGADORES
MECÂNICOS DE CINZAS E DISPOSITIVOS SEMELHANTES
8417 FORNOS INDUSTRIAIS OU DE LABORATÓRIO, INCLUÍDOS OS INCINERADORES, NÃO 10 10 %
ELÉTRICOS

Ver Nota (1)


8418 REFRIGERADORES, CONGELADORES ("FREEZERS") E OUTROS MATERIAIS, MÁQUINAS 10 10 %
E APARELHOS PARA A PRODUÇÃO DE FRIO, COM EQUIPAMENTO ELÉTRICO OU
OUTRO; BOMBAS DE CALOR, EXCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-
CONDICIONADO DA POSIÇÃO 8415
8419 APARELHOS E DISPOSITIVOS, MESMO AQUECIDOS ELETRICAMENTE, PARA 10 10 %
TRATAMENTO DE MATÉRIAS POR MEIO DE OPERAÇÕES QUE IMPLIQUEM MUDANÇA
DE TEMPERATURA, TAIS COMO AQUECIMENTO, COZIMENTO, TORREFAÇÃO,
DESTILAÇÃO, RETIFICAÇÃO, ESTERILIZAÇÃO, PASTEURIZAÇÃO, ESTUFAGEM,
SECAGEM, EVAPORAÇÃO, VAPORIZAÇÃO, CONDENSAÇÃO OU ARREFECIMENTO,
EXCETO OS DE USO DOMÉSTICO; AQUECEDORES DE ÁGUA NÃO ELÉTRICOS, DE
AQUECIMENTO INSTANTÂNEO OU DE ACUMULAÇÃO
8420 CALANDRAS E LAMINADORES, EXCETO OS DESTINADOS AO TRATAMENTO DE METAIS 10 10 %
OU VIDRO, E SEUS CILINDROS
8421 CENTRIFUGADORES, INCLUÍDOS OS SECADORES CENTRÍFUGOS; APARELHOS PARA 10 10 %
FILTRAR OU DEPURAR LÍQUIDOS OU GASES
8422 MÁQUINAS DE LAVAR LOUÇA; MÁQUINAS E APARELHOS PARA LIMPAR OU SECAR 10 10 %
GARRAFAS OU OUTROS RECIPIENTES; MÁQUINAS E APARELHOS PARA ENCHER,
FECHAR, ARROLHAR OU ROTULAR GARRAFAS, CAIXAS, LATAS, SACOS OU OUTROS
RECIPIENTES; MÁQUINAS PARA CAPSULAR GARRAFAS, VASOS, TUBOS E
RECIPIENTES SEMELHANTES; OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA EMPACOTAR
OU EMBALAR MERCADORIAS (INCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS PARA
EMBALAR COM PELÍCULA TERMO-RETRÁTIL); MÁQUINAS E APARELHOS PARA
GASEIFICAR BEBIDAS
8423 APARELHOS E INSTRUMENTOS DE PESAGEM, INCLUÍDAS AS BÁSCULAS E BALANÇAS 10 10 %

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PARA VERIFICAR PEÇAS USINADAS (FABRICADAS*), EXCLUÍDAS AS BALANÇAS


SENSÍVEIS A PESOS NÃO SUPERIORES A 5cg; PESOS PARA QUAISQUER BALANÇAS
8424 APARELHOS MECÂNICOS (MESMO MANUAIS) PARA PROJETAR, DISPERSAR OU 10 10 %
PULVERIZAR LÍQUIDOS OU PÓS; EXTINTORES, MESMO CARREGADOS; PISTOLAS
AEROGRÁFICAS E APARELHOS SEMELHANTES; MÁQUINAS E APARELHOS DE JATO DE
AREIA, DE JATO DE VAPOR E APARELHOS DE JATO SEMELHANTES
8425 TALHAS, CADERNAIS E MOITÕES; GUINCHOS E CABRESTANTES; MACACOS

10 10 %
8426 CÁBREAS; GUINDASTES, INCLUÍDOS OS DE CABO; PONTES ROLANTES, PÓRTICOS DE 10 10 %
DESCARGA OU DE MOVIMENTAÇÃO, PONTES-GUINDASTES, CARROS-PÓRTICOS E
CARROS-GUINDASTES
8427 EMPILHADEIRAS; OUTROS VEÍCULOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA E 10 10 %
SEMELHANTES, EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS DE ELEVAÇÃO
8428 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE ELEVAÇÃO, DE CARGA, DE DESCARGA OU DE 10 10 %
MOVIMENTAÇÃO (POR EXEMPLO: ELEVADORES OU ASCENSORES, ESCADAS
ROLANTES, TRANSPORTADORES, TELEFÉRICOS)
8429 "BULLDOZERS", "ANGLEDOZERS", NIVELADORES, RASPO-TRANSPORTADORES 4 25 %
("SCRAPERS"), PÁS MECÂNICAS, ESCAVADORES, CARREGADORAS E PÁS
CARREGADORAS, COMPACTADORES E ROLOS OU CILINDROS COMPRESSORES,
AUTOPROPULSORES
8430 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE TERRAPLENAGEM, NIVELAMENTO, RASPAGEM, 10 10 %
ESCAVAÇÃO, COMPACTAÇÃO, EXTRAÇÃO OU PERFURAÇÃO DA TERRA, DE MINERAIS
OU MINÉRIOS; BATE-ESTACAS E ARRANCA-ESTACAS; LIMPA-NEVES
8432 MÁQUINAS E APARELHOS DE USO AGRÍCOLA, HORTÍCOLA OU FLORESTAL, PARA 10 10 %
PREPARAÇÃO OU TRABALHO DO SOLO OU PARA CULTURA; ROLOS PARA GRAMADOS
(RELVADOS), OU PARA CAMPOS DE ESPORTE
8433 MÁQUINAS E APARELHOS PARA COLHEITA OU DEBULHA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS, 10 10 %
INCLUÍDAS AS ENFARDADORAS DE PALHA OU FORRAGEM; CORTADORES DE GRAMA
(RELVA) E CEIFEIRAS; MÁQUINAS PARA LIMPAR OU SELECIONAR OVOS, FRUTAS OU
OUTROS PRODUTOS AGRÍCOLAS, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8437
8434 MÁQUINAS DE ORDENHAR E MÁQUINAS E APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE 10 10 %
LATICÍNIOS
8435 PRENSAS, ESMAGADORES E MÁQUINAS E APARELHOS SEMELHANTES, PARA 10 10 %
FABRICAÇÃO DE VINHO, SIDRA, SUCO DE FRUTAS OU BEBIDAS SEMELHANTES
8436 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA AGRICULTURA, HORTICULTURA, 10 10 %
SILVICULTURA, AVICULTURA OU APICULTURA, INCLUÍDOS OS GERMINADORES
EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU TÉRMICOS E AS CHOCADEIRAS E
CRIADEIRAS PARA AVICULTURA
8437 MÁQUINAS PARA LIMPEZA, SELEÇÃO OU PENEIRAÇÃO DE GRÃOS OU DE PRODUTOS 10 10 %
HORTÍCOLAS SECOS; MÁQUINAS E APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE MOAGEM OU
TRATAMENTO DE CEREAIS OU DE PRODUTOS HORTÍCOLAS SECOS, EXCETO DOS
TIPOS UTILIZADOS EM FAZENDAS
8438 MÁQUINAS E APARELHOS NÃO ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS 10 10 %
POSIÇÕES DO PRESENTE CAPÍTULO, PARA PREPARAÇÃO OU FABRICAÇÃO
INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS OU DE BEBIDAS, EXCETO AS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA EXTRAÇÃO OU PREPARAÇÃO DE ÓLEOS OU GORDURAS VEGETAIS FIXOS OU
DE ÓLEOS OU GORDURAS ANIMAIS
8439 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE PASTA DE MATÉRIAS FIBROSAS 10 10 %
CELULÓSICAS OU PARA FABRICAÇÃO OU ACABAMENTO DE PAPEL OU CARTÃO
8440 MÁQUINAS E APARELHOS PARA BROCHURA OU ENCADERNAÇÃO, INCLUÍDAS AS 10 10 %
MÁQUINAS DE COSTURAR CADERNOS
8441 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA O TRABALHO DA PASTA DE PAPEL, DO 10 10 %
PAPEL OU CARTÃO, INCLUÍDAS AS CORTADEIRAS DE TODOS OS TIPOS
8442 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAL (EXCETO AS MÁQUINAS-FERRAMENTAS DAS 10 10 %
POSIÇÕES 8456 A 8465), PARA FUNDIR OU COMPOR CARACTERES TIPOGRÁFICOS OU
PARA PREPARAÇÃO OU FABRICAÇÃO DE CLICHÊS, BLOCOS, CILINDROS OU OUTROS
ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; CARACTERES TIPOGRÁFICOS, CLICHÊS, BLOCOS,
CILINDROS OU OUTROS ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; PEDRAS LITOGRÁFICAS,
BLOCOS, PLACAS E CILINDROS, PREPARADOS PARA IMPRESSÃO (POR EXEMPLO:
APLAINADOS, GRANULADOS OU POLIDOS)
8443 MÁQUINAS E APARELHOS DE IMPRESSÃO, INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE IMPRESSÃO 10 10 %
DE JATO DE TINTA, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS AUXILIARES PARA
IMPRESSÃO
8444 MÁQUINAS PARA EXTRUDAR, ESTIRAR, TEXTURIZAR OU CORTAR MATÉRIAS TÊXTEIS 10 10 %

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SINTÉTICAS OU ARTIFICIAIS
8445 MÁQUINAS PARA PREPARAÇÃO DE MATÉRIAS TÊXTEIS; MÁQUINAS PARA FIAÇÃO, 10 10 %
DOBRAGEM OU TORÇÃO, DE MATÉRIAS TÊXTEIS E OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA FABRICAÇÃO DE FIOS TÊXTEIS; MÁQUINAS DE BOBINAR (INCLUÍDAS AS
BOBINADEIRAS DE TRAMA) OU DE DOBAR MATÉRIAS TÊXTEIS E MÁQUINAS PARA
PREPARAÇÃO DE FIOS TÊXTEIS PARA SUA UTILIZAÇÃO NAS MÁQUINAS DAS
POSIÇÕES 8446 OU 8447
8446 TEARES PARA TECIDOS 10 10 %
8447 TEARES PARA FABRICAR MALHAS, MÁQUINAS DE COSTURA POR ENTRELAÇAMENTO 10 10 %
("COUTURE-TRICOTAGE"), MÁQUINAS PARA FABRICAR GUIPURAS, TULES, RENDAS,
BORDADOS, PASSAMANARIAS, GALÕES OU REDES; MÁQUINAS PARA INSERIR TUFOS
8448 MÁQUINAS E APARELHOS AUXILIARES PARA AS MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8444, 8445, 10 10 %
8446 OU 8447 (POR EXEMPLO: RATIERAS, MECANISMOS "JACQUARD", QUEBRA-
URDIDURAS E QUEBRA-TRAMAS, MECANISMOS TROCA-LANÇADEIRAS)
8449 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO OU ACABAMENTO DE FELTRO OU DE 10 10 %
FALSOS TECIDOS, EM PEÇA OU EM FORMAS DETERMINADAS, INCLUÍDAS AS
MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE CHAPÉUS DE FELTRO; FORMAS
PARA CHAPÉUS E PARA ARTEFATOS DE USO SEMELHANTE
8450 MÁQUINAS DE LAVAR ROUPA, MESMO COM DISPOSITIVOS DE SECAGEM 10 10 %
8451 MÁQUINAS E APARELHOS (EXCETO AS MÁQUINAS DA POSIÇÃO 8450) PARA LAVAR, 10 10 %
LIMPAR, ESPREMER, SECAR, PASSAR, PRENSAR (INCLUÍDAS AS PRENSAS
FIXADORAS), BRANQUEAR, TINGIR, PARA APRESTO E ACABAMENTO, PARA REVESTIR
OU IMPREGNAR FIOS, TECIDOS OU OBRAS DE MATÉRIAS TÊXTEIS E MÁQUINAS PARA
REVESTIR TECIDOS-BASE OU OUTROS SUPORTES UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE
REVESTIMENTOS PARA PAVIMENTOS, TAIS COMO LINÓLEO; MÁQUINAS PARA
ENROLAR, DESENROLAR, DOBRAR, CORTAR OU DENTEAR TECIDOS
8452 MÁQUINAS DE COSTURA, EXCETO AS DE COSTURAR CADERNOS DA POSIÇÃO 8440; 10 10 %
MÓVEIS, BASES E TAMPAS, PRÓPRIOS PARA MÁQUINAS DE COSTURA; AGULHAS
PARA MÁQUINAS DE COSTURA
8453 MÁQUINAS E APARELHOS PARA PREPARAR, CURTIR OU TRABALHAR COUROS OU 10 10 %
PELES, OU PARA FABRICAR OU CONSERTAR CALÇADOS E OUTRAS OBRAS DE COURO
OU DE PELE, EXCETO MÁQUINAS DE COSTURA
8454 CONVERSORES, CADINHOS OU COLHERES DE FUNDIÇÃO, LINGOTEIRAS E MÁQUINAS 10 10 %
DE VAZAR (MOLDAR), PARA METALURGIA, ACIARIA OU FUNDIÇÃO
8455 LAMINADORES DE METAIS E SEUS CILINDROS 10 10 %
8456 MÁQUINAS-FERRAMENTAS QUE TRABALHEM POR ELIMINAÇÃO DE QUALQUER 10 10 %
MATÉRIA, OPERANDO POR "LASER" OU POR OUTROS FEIXES DE LUZ OU DE FÓTONS,
POR ULTRA-SOM, ELETRO-EROSÃO, PROCESSOS ELETROQUÍMICOS, FEIXES DE
ELÉTRONS, FEIXES IÔNICOS OU POR JATO DE PLASMA
8457 CENTROS DE USINAGEM (CENTROS DE MAQUINAGEM*), MÁQUINAS DE SISTEMA 10 10 %
MONOSTÁTICO ("SINGLE STATION") E MÁQUINAS DE ESTAÇÕES MÚLTIPLAS, PARA
TRABALHAR METAIS
8458 TORNOS (INCLUÍDOS OS CENTROS DE TORNEAMENTO) PARA METAIS. 10 10 %
8459 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS UNIDADES COM CABEÇA DESLIZANTE) 10 10 %
PARA FURAR, MANDRILAR, FRESAR OU ROSCAR INTERIOR E EXTERIORMENTE
METAIS, POR ELIMINAÇÃO DE MATÉRIA, EXCETO OS TORNOS (INCLUÍDOS OS
CENTROS DE TORNEAMENTO) DA POSIÇÃO 8458
8460 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA REBARBAR, AFIAR, AMOLAR, RETIFICAR, BRUNIR, 10 10 %
POLIR OU REALIZAR OUTRAS OPERAÇÕES DE ACABAMENTO EM METAIS OU
CERAMAIS ("CERMETS") POR MEIO DE MÓS, DE ABRASIVOS OU DE PRODUTOS
POLIDORES, EXCETO AS MÁQUINAS DE CORTAR OU ACABAR ENGRENAGENS DA
POSIÇÃO 8461
8461 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA APLAINAR, PLAINAS-LIMADORAS, MÁQUINAS- 10 10 %
FERRAMENTAS PARA ESCATELAR, BROCHAR, CORTAR OU ACABAR ENGRENAGENS,
SERRAR, SECCIONAR E OUTRAS MÁQUINAS-FERRAMENTAS QUE TRABALHEM POR
ELIMINAÇÃO DE METAL OU DE CERAMAIS ("CERMETS"), NÃO ESPECIFICADAS NEM
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES
8462 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS PRENSAS) PARA FORJAR OU ESTAMPAR, 10 10 %
MARTELOS, MARTELOS-PILÕES E MARTINETES, PARA TRABALHAR METAIS;
MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS PRENSAS) PARA ENROLAR, ARQUEAR,
DOBRAR, ENDIREITAR, APLANAR, CISALHAR, PUNCIONAR OU CHANFRAR METAIS;
PRENSAS PARA TRABALHAR METAIS OU CARBONETOS METÁLICOS, NÃO
ESPECIFICADAS ACIMA
8463 OUTRAS MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA TRABALHAR METAIS OU CERAMAIS 10 10 %
("CERMETS"), QUE TRABALHEM SEM ELIMINAÇÃO DE MATÉRIA
8464 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA TRABALHAR PEDRA, PRODUTOS CERÂMICOS, 10 10 %

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CONCRETO (BETÃO), FIBROCIMENTO OU MATÉRIAS MINERAIS SEMELHANTES, OU


PARA O TRABALHO A FRIO DO VIDRO
8465 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS MÁQUINAS PARA PREGAR, GRAMPEAR, 10 10 %
COLAR OU REUNIR POR QUALQUER OUTRO MODO) PARA TRABALHAR MADEIRA,
CORTIÇA, OSSO, BORRACHA ENDURECIDA, PLÁSTICOS DUROS OU MATÉRIAS DURAS
SEMELHANTES
8467 FERRAMENTAS PNEUMÁTICAS, HIDRÁULICAS OU DE MOTOR, NÃO ELÉTRICO, 10 10 %
INCORPORADO, DE USO MANUAL
8468 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SOLDAR, MESMO DE CORTE, EXCETO OS DA 10 10 %
POSIÇÃO 8515; MÁQUINAS E APARELHOS A GÁS, PARA TÊMPERA SUPERFICIAL
8469 MÁQUINAS DE ESCREVER, EXCETO AS IMPRESSORAS DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS 10 10 %
DE TRATAMENTO DE TEXTOS
8470 MÁQUINAS DE CALCULAR QUE PERMITAM GRAVAR, REPRODUZIR E VISUALIZAR
INFORMAÇÕES, COM FUNÇÃO DE CÁLCULO INCORPORADA; MÁQUINAS DE
CONTABILIDADE, MÁQUINAS DE FRANQUEAR, DE EMITIR BILHETES E MÁQUINAS
SEMELHANTES, COM DISPOSITIVO DE CÁLCULO INCORPORADO; CAIXAS
REGISTRADORAS
8470.21 --Máquinas eletrônicas de calcular com dispositivo impressor incorporado 10 10 %
8470.29 --Outras máquinas eletrônicas de calcular, exceto de bolso 10 10 %
8470.30 -Outras máquinas de calcular 10 10 %
8470.40 -Máquinas de contabilidade 10 10 %
8470.50 -Caixas registradoras 10 10 %
8470.90 Máquinas de franquear correspondência 10 10 %
8471 MÁQUINAS AUTOMÁTICAS PARA PROCESSAMENTO DE DADOS E SUAS UNIDADES; 5 20 %
LEITORES MAGNÉTICOS OU ÓPTICOS, MÁQUINAS PARA REGISTRAR DADOS EM
SUPORTE SOB FORMA CODIFICADA, E MÁQUINAS PARA PROCESSAMENTO DESSES
DADOS, NÃO ESPECIFICADAS NEM COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES
8472 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE ESCRITÓRIO [POR EXEMPLO: DUPLICADORES 10 10 %
HECTOGRÁFICOS OU A ESTÊNCIL, MÁQUINAS PARA IMPRIMIR ENDEREÇOS,
DISTRIBUIDORES AUTOMÁTICOS DE PAPEL-MOEDA, MÁQUINAS PARA SELECIONAR,
CONTAR OU EMPACOTAR MOEDAS, APONTADORES (AFIADORES) MECÂNICOS DE
LÁPIS, PERFURADORES OU GRAMPEADORES]
8474 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SELECIONAR, PENEIRAR, SEPARAR, LAVAR, 5 20 %
ESMAGAR, MOER, MISTURAR OU AMASSAR TERRAS, PEDRAS, MINÉRIOS OU OUTRAS
SUBSTÂNCIAS MINERAIS SÓLIDAS (INCLUÍDOS OS PÓS E PASTAS); MÁQUINAS PARA
AGLOMERAR OU MOLDAR COMBUSTÍVEIS MINERAIS SÓLIDOS, PASTAS CERÂMICAS,
CIMENTO, GESSO OU OUTRAS MATÉRIAS MINERAIS EM PÓ OU EM PASTA; MÁQUINAS
PARA FAZER MOLDES DE AREIA PARA FUNDIÇÃO
8475 MÁQUINAS PARA MONTAGEM DE LÂMPADAS, TUBOS OU VÁLVULAS, ELÉTRICOS OU 10 10 %
ELETRÔNICOS, OU DE LÂMPADAS DE LUZ RELÂMPAGO ("FLASH"), QUE TENHAM
INVÓLUCRO DE VIDRO; MÁQUINAS PARA FABRICAÇÃO OU TRABALHO A QUENTE DO
VIDRO OU DAS SUAS OBRAS
8476 MÁQUINAS AUTOMÁTICAS DE VENDA DE PRODUTOS (POR EXEMPLO: SELOS, 10 10 %
CIGARROS, ALIMENTOS OU BEBIDAS), INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE TROCAR
DINHEIRO
8477 MÁQUINAS E APARELHOS PARA TRABALHAR BORRACHA OU PLÁSTICOS OU PARA 10 10 %
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DESSAS MATÉRIAS, NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8478 MÁQUINAS E APARELHOS PARA PREPARAR OU TRANSFORMAR FUMO (TABACO), NÃO 10 10 %
ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8479 MÁQUINAS E APARELHOS MECÂNICOS COM FUNÇÃO PRÓPRIA, NÃO ESPECIFICADOS
NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8479.10 -Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou trabalhos semelhantes 4 25 %
8479.20 -Máquinas e aparelhos para extração ou preparação de óleos ou gorduras vegetais fixos ou de 10 10 %
óleos ou gorduras animais
8479.30 -Prensas para fabricação de painéis de partículas, de fibras de madeira ou de outras matérias 10 10 %
lenhosas, e outras máquinas e aparelhos para tratamento de madeira ou de cortiça
8479.40 -Máquinas para fabricação de cordas ou cabos 10 10 %
8479.50 -Robôs industriais, não especificados nem compreendidos em outras posições 10 10 %
8479.60 -Aparelhos de evaporação para arrefecimento do ar 10 10 %
8479.8 -Outras máquinas e aparelhos
8479.81 --Para tratamento de metais, incluídas as bobinadoras para enrolamentos elétricos 10 10 %

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8479.82 --Para misturar, amassar, esmagar, moer, separar, peneirar, homogeneizar, emulsionar ou 10 10 %
agitar
8479.89 --Outros 10 10 %
8480 CAIXAS DE FUNDIÇÃO; PLACAS DE FUNDO PARA MOLDES; MODELOS PARA MOLDES; 3 33,3 %
MOLDES PARA METAIS (EXCETO LINGOTEIRAS), CARBONETOS METÁLICOS, VIDRO,
MATÉRIAS MINERAIS, BORRACHA OU PLÁSTICOS
Capítulo 85 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE
REPRODUÇÃO DE SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE
IMAGENS E DE SOM EM TELEVISÃO
8501 MOTORES E GERADORES, ELÉTRICOS, EXCETO OS GRUPOS ELETROGÊNEOS 10 10 %
8502 GRUPOS ELETROGÊNEOS E CONVERSORES ROTATIVOS, ELÉTRICOS 10 10 %
8504 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS, CONVERSORES ELÉTRICOS ESTÁTICOS 10 10 %
(RETIFICADORES, POR EXEMPLO), BOBINAS DE REATÂNCIA E DE AUTO-INDUÇÃO
8508 FERRAMENTAS ELETROMECÂNICAS DE MOTOR ELÉTRICO INCORPORADO, DE USO 5 20 %
MANUAL
8510 APARELHOS OU MÁQUINAS DE TOSQUIAR DE MOTOR ELÉTRICO INCORPORADO 5 20 %
8514 FORNOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS OU DE LABORATÓRIO, INCLUÍDOS OS QUE 10 10 %
FUNCIONAM POR INDUÇÃO OU POR PERDAS DIELÉTRICAS; OUTROS APARELHOS
INDUSTRIAIS OU DE LABORATÓRIO PARA TRATAMENTO TÉRMICO DE MATÉRIAS POR
INDUÇÃO OU POR PERDAS DIELÉTRICAS
8515 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SOLDAR (MESMO DE CORTE) ELÉTRICOS (INCLUÍDOS 10 10 %
OS A GÁS AQUECIDO ELETRICAMENTE), A "LASER" OU OUTROS FEIXES DE LUZ OU DE
FÓTONS, A ULTRA-SOM, A FEIXES DE ELÉTRONS, A IMPULSOS MAGNÉTICOS OU A
JATO DE PLASMA; MÁQUINAS E APARELHOS ELÉTRICOS PARA PROJEÇÃO A QUENTE
DE METAIS OU DE CERAMAIS ("CERMETS")
8516 APARELHOS ELÉTRICOS PARA AQUECIMENTO DE AMBIENTES, DO SOLO OU PARA 10 10 %
USOS SEMELHANTES
8517 APARELHOS ELÉTRICOS PARA TELEFONIA OU TELEGRAFIA, POR FIO, INCLUÍDOS OS 5 0%
APARELHOS TELEFÔNICOS POR FIO CONJUGADO COM UM APARELHO TELEFÔNICO
PORTÁTIL SEM FIO E OS APARELHOS DE TELECOMUNICAÇÃO POR CORRENTE
PORTADORA OU DE TELECOMUNICAÇÃO DIGITAL; VIDEOFONES
8520 GRAVADORES DE DADOS DE VÔO 5 20 %
8521 APARELHOS VIDEOFÔNICOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO, MESMO
INCORPORANDO UM RECEPTOR DE SINAIS VIDEOFÔNICOS
8521.10 Gravador-reprodutor de fita magnética, sem sintonizador 5 20 %
8521.90 Gravador-reprodutor e editor de imagem e som, em discos, por meio magnético, óptico ou opto- 5 20 %
magnético
8524 DISCOS, FITAS E OUTROS SUPORTES GRAVADOS, COM EXCLUSÃO DOS PRODUTOS
DO CAPÍTULO 37
8524.3 -Discos para sistemas de leitura por raio "laser": 3 33,3 %
8524.40 -Fitas magnéticas para reprodução de fenômenos diferentes do som e da imagem 3 33,3 %
8524.5 -Outras fitas magnéticas 3 33,3 %
8524.60 -Cartões magnéticos 3 33,3 %
8525 APARELHOS TRANSMISSORES (EMISSORES) PARA RADIOTELEFONIA, 5 20 %
RADIOTELEGRAFIA, RADIODIFUSÃO OU TELEVISÃO, MESMO INCORPORANDO UM
APARELHO DE RECEPÇÃO OU UM APARELHO DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE
SOM; CÂMERAS DE TELEVISÃO; CÂMERAS DE VÍDEO DE IMAGENS FIXAS E OUTRAS
CÂMERAS ("CAMCORDERS")
8526 APARELHOS DE RADIODETECÇÃO E DE RADIOSSONDAGEM (RADAR), APARELHOS DE 5 20 %
RADIONAVEGAÇÃO E APARELHOS DE RADIOTELECOMANDO
8527 APARELHOS RECEPTORES PARA RADIOTELEFONIA, RADIOTELEGRAFIA OU 5 20 %
RADIODIFUSÃO, EXCETO DE USO DOMÉSTICO
8543 MÁQUINAS E APARELHOS ELÉTRICOS COM FUNÇÃO PRÓPRIA, NÃO ESPECIFICADOS 10 10 %
NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO PRESENTE CAPÍTULO
Capítulo 86 VEÍCULOS E MATERIAL PARA VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES, APARELHOS
MECÂNICOS (INCLUÍDOS OS ELETROMECÂNICOS) DE SINALIZAÇÃO PARA VIAS DE
COMUNICAÇÃO
8601 LOCOMOTIVAS E LOCOTRATORES, DE FONTE EXTERNA DE ELETRICIDADE OU DE 10 10 %
ACUMULADORES ELÉTRICOS
8602 OUTRAS LOCOMOTIVAS E LOCOTRATORES; TÊNDERES 10 10 %

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8603 LITORINAS (AUTOMOTORAS), MESMO PARA CIRCULAÇÃO URBANA, EXCETO AS DA


POSIÇÃO 8604
10 10 %
8604 VEÍCULOS PARA INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES, 10 10 %
MESMO AUTOPROPULSORES (POR EXEMPLO: VAGÕES-OFICINAS, VAGÕES-
GUINDASTES, VAGÕES EQUIPADOS COM BATEDORES DE BALASTRO, ALINHADORES
DE VIAS, VIATURAS PARA TESTES E DRESINAS)
8605 VAGÕES DE PASSAGEIROS, FURGÕES PARA BAGAGEM, VAGÕES-POSTAIS E OUTROS 10 10 %
VAGÕES ESPECIAIS, PARA VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES (EXCLUÍDAS AS
VIATURAS DA POSIÇÃO 8604)
8606 VAGÕES PARA TRANSPORTE DE MERCADORIAS SOBRE VIAS FÉRREAS 10 10 %
8608 Aparelhos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de sinalização, de segurança, de controle 10 10 %
ou de comando para vias férreas ou semelhantes, rodoviárias ou fluviais, para áreas ou
parques de estacionamento, instalações portuárias ou para aeródromos
8609 CONTEINERES (CONTENTORES), INCLUÍDOS OS DE TRANSPORTE DE FLUIDOS, 10 10 %
ESPECIALMENTE CONCEBIDOS E EQUIPADOS PARA UM OU VÁRIOS MEIOS DE
TRANSPORTE
Capítulo 87 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, TRATORES, CICLOS E OUTROS

VEÍCULOS TERRESTRES
8701 TRATORES (EXCETO OS CARROS-TRATORES DA POSIÇÃO 8709) 4 25 %
8702 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE 10 PESSOAS OU MAIS, INCLUINDO O 4 25 %
MOTORISTA
8703 AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS E OUTROS VEÍCULOS AUTOMÓVEIS 5 20 %
PRINCIPALMENTE CONCEBIDOS PARA TRANSPORTE DE PESSOAS (EXCETO OS DA
POSIÇÃO 8702), INCLUÍDOS OS VEÍCULOS DE USO MISTO ("STATION WAGONS") E OS
AUTOMÓVEIS DE CORRIDA
8704 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE MERCADORIAS 4 25 %
8705 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA USOS ESPECIAIS (POR EXEMPLO: AUTO-SOCORROS, 4 25 %
CAMINHÕES-GUINDASTES, VEÍCULOS DE COMBATE A INCÊNDIOS, CAMINHÕES-
BETONEIRAS, VEÍCULOS PARA VARRER, VEÍCULOS PARA ESPALHAR, VEÍCULOS-
OFICINAS, VEÍCULOS RADIOLÓGICOS), EXCETO OS CONCEBIDOS PRINCIPALMENTE
PARA TRANSPORTE DE PESSOAS OU DE MERCADORIAS
8709 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS SEM DISPOSITIVO DE ELEVAÇÃO, DOS TIPOS UTILIZADOS EM 10 10 %
FÁBRICAS, ARMAZÉNS, PORTOS OU AEROPORTOS, PARA TRANSPORTE DE
MERCADORIAS A CURTAS DISTÂNCIAS; CARROS-TRATORES DOS TIPOS UTILIZADOS
NAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS
8711 MOTOCICLETAS (INCLUÍDOS OS CICLOMOTORES) E OUTROS CICLOS EQUIPADOS 4 25 %
COM MOTOR AUXILIAR, MESMO COM CARRO LATERAL; CARROS LATERAIS
8716 REBOQUES E SEMI-REBOQUES, PARA QUAISQUER VEÍCULOS; OUTROS VEÍCULOS 5 20 %
NÃO AUTOPROPULSORES
Capítulo 88 AERONAVES E APARELHOS ESPACIAIS
8801 BALÕES E DIRIGÍVEIS; PLANADORES, ASAS VOADORAS E OUTROS VEÍCULOS 10 10 %
AÉREOS, NÃO CONCEBIDOS PARA PROPULSÃO COM MOTOR
8802 OUTROS VEÍCULOS AÉREOS (POR EXEMPLO: HELICÓPTEROS, AVIÕES); VEÍCULOS 10 10 %
ESPACIAIS (INCLUÍDOS OS SATÉLITES) E SEUS VEÍCULOS DE LANÇAMENTO, E
VEÍCULOS SUBORBITAIS
8804 PÁRA-QUEDAS (INCLUÍDOS OS PÁRA-QUEDAS DIRIGÍVEIS E OS PARAPENTES) E OS 10 10 %
PÁRA-QUEDAS GIRATÓRIOS
8805 APARELHOS E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO DE VEÍCULOS AÉREOS; 10 10 %
APARELHOS E DISPOSITIVOS PARA ATERRISSAGEM DE VEÍCULOS AÉREOS EM
PORTA-AVIÕES E APARELHOS E DISPOSITIVOS SEMELHANTES; APARELHOS
SIMULADORES DE VÔO EM TERRA
Capítulo 89 EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES
8901 TRANSATLÂNTICOS, BARCOS DE CRUZEIRO, "FERRY-BOATS", CARGUEIROS, CHATAS 20 5%
E EMBARCAÇÕES SEMELHANTES, PARA O TRANSPORTE DE PESSOAS OU DE
MERCADORIAS
8902 BARCOS DE PESCA; NAVIOS-FÁBRICAS E OUTRAS EMBARCAÇÕES PARA O 20 5%
TRATAMENTO OU CONSERVAÇÃO DE PRODUTOS DA PESCA
8903 IATES E OUTROS BARCOS E EMBARCAÇÕES DE RECREIO OU DE ESPORTE; BARCOS A
REMOS E CANOAS
8903.10 -Barcos infláveis 5 20 %

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8903.9 -Outros 10 10 %
8904 REBOCADORES E BARCOS CONCEBIDOS PARA EMPURRAR OUTRAS EMBARCAÇÕES 20 5%
8905 BARCOS-FARÓIS, BARCOS-BOMBAS, DRAGAS, GUINDASTES FLUTUANTES E OUTRAS 20 %
EMBARCAÇÕES EM QUE A NAVEGAÇÃO É ACESSÓRIA DA FUNÇÃO PRINCIPAL; DOCAS
OU DIQUES FLUTUANTES; PLATAFORMAS DE PERFURAÇÃO OU DE EXPLORAÇÃO,
FLUTUANTES OU SUBMERSÍVEIS
8906 OUTRAS EMBARCAÇÕES, INCLUÍDOS OS NAVIOS DE GUERRA E OS BARCOS SALVA- 20 5%
VIDAS, EXCETO OS BARCOS A REMO
8907 OUTRAS ESTRUTURAS FLUTUANTES (POR EXEMPLO: BALSAS, RESERVATÓRIOS,
CAIXÕES, BÓIAS DE AMARRAÇÃO, BÓIAS DE SINALIZAÇÃO E SEMELHANTES)
8907.10 -Balsas infláveis 5 20 %
8907.90 -Outras 20 5%
Capítulo 90 INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA OU CINEMATOGRAFIA,
MEDIDA, CONTROLE OU DE PRECISÃO; INSTRUMENTOS E APARELHOS MÉDICO-
CIRÚRGICOS
9005 BINÓCULOS, LUNETAS, INCLUÍDAS AS ASTRONÔMICAS, TELESCÓPIOS ÓPTICOS, E 10 10 %
SUAS ARMAÇÕES; OUTROS INSTRUMENTOS DE ASTRONOMIA E SUAS ARMAÇÕES,
EXCETO OS APARELHOS DE RADIOASTRONOMIA
9006 APARELHOS FOTOGRÁFICOS; APARELHOS E DISPOSITIVOS, EXCLUÍDAS AS 10 10 %
LÂMPADAS E TUBOS, DE LUZ-RELÂMPAGO ("FLASH"), PARA FOTOGRAFIA
9007 CÂMERAS E PROJETORES, CINEMATOGRÁFICOS, MESMO COM APARELHOS DE 10 10 %
GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE SOM INCORPORADOS
9008 APARELHOS DE PROJEÇÃO FIXA; APARELHOS FOTOGRÁFICOS, DE AMPLIAÇÃO OU DE 10 10 %
REDUÇÃO
9009 APARELHOS DE FOTOCÓPIA, POR SISTEMA ÓPTICO OU POR CONTATO, E APARELHOS 10 10 %
DE TERMOCÓPIA
9010 APARELHOS DOS TIPOS USADOS NOS LABORATÓRIOS FOTOGRÁFICOS OU 10 10 %
CINEMATOGRÁFICOS (INCLUÍDOS OS APARELHOS PARA PROJEÇÃO OU EXECUÇÃO
DE TRAÇADOS DE CIRCUITOS SOBRE SUPERFÍCIES SENSIBILIZADAS DE MATERIAIS
SEMICONDUTORES); NEGATOSCÓPIOS; TELAS PARA PROJEÇÃO
9011 MICROSCÓPIOS ÓPTICOS, INCLUÍDOS OS MICROSCÓPIOS PARA FOTOMICROGRAFIA, 10 10 %
CINEFOTOMICROGRAFIA OU MICROPROJEÇÃO
9012 MICROSCÓPIOS (EXCETO ÓPTICOS) E DIFRATÓGRAFOS 10 10 %
9015 INSTRUMENTOS E APARELHOS DE GEODÉSIA, TOPOGRAFIA, AGRIMENSURA, 10 10 %
NIVELAMENTO, FOTOGRAMETRIA, HIDROGRAFIA, OCEANOGRAFIA, HIDROLOGIA,
METEOROLOGIA OU DE GEOFÍSICA, EXCETO BÚSSOLAS; TELÊMETROS
9016 BALANÇAS SENSÍVEIS A PESOS IGUAIS OU INFERIORES A 5cg, COM OU SEM PESOS 10 10 %
9017 INSTRUMENTOS DE DESENHO, DE TRAÇADO OU DE CÁLCULO (POR EXEMPLO: 10 10 %
MÁQUINAS DE DESENHAR, PANTÓGRAFOS, TRANSFERIDORES, ESTOJOS DE
DESENHO, RÉGUAS DE CÁLCULO E DISCOS DE CÁLCULO); INSTRUMENTOS DE
MEDIDA DE DISTÂNCIAS DE USO MANUAL (POR EXEMPLO: METROS, MICRÔMETROS,
PAQUÍMETROS E CALIBRES), NÃO ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM
OUTRAS POSIÇÕES DO PRESENTE CAPÍTULO
9018 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDICINA, CIRURGIA, ODONTOLOGIA E
VETERINÁRIA, INCLUÍDOS OS APARELHOS PARA CINTILOGRAFIA E OUTROS
APARELHOS ELETROMÉDICOS, BEM COMO OS APARELHOS PARA TESTES VISUAIS
9018.1 -Aparelhos de eletrodiagnóstico (incluídos os aparelhos de exploração funcional e os de 10 10 %
verificação de parâmetros fisiológicos)
9018.20 -Aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos 10 10 %
9018.4 -Outros instrumentos e aparelhos para odontologia
9018.41 --Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados numa base comum com outros 10 10 %
equipamentos dentários
9018.49 --Outros instrumentos e aparelhos para odontologia 10 10 %
9018.50 -Outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia 10 10 %
9018.90 -Outros instrumentos e aparelhos 10 10 %
9019 APARELHOS DE MECANOTERAPIA; APARELHOS DE MASSAGEM; APARELHOS DE 10 10 %
PSICOTÉCNICA; APARELHOS DE OZONOTERAPIA, DE OXIGENOTERAPIA, DE
AEROSSOLTERAPIA, APARELHOS RESPIRATÓRIOS DE REANIMAÇÃO E OUTROS
APARELHOS DE TERAPIA RESPIRATÓRIA
9020 OUTROS APARELHOS REPIRATÓRIOS E MÁSCARAS CONTRA GASES, EXCETO AS 10 10 %
MÁSCARAS DE PROTEÇÃO DESPROVIDAS DE MECANISMO E DE ELEMENTO

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FILTRANTE AMOVÍVEL
9022 APARELHOS DE RAIOS X E APARELHOS QUE UTILIZEM RADIAÇÕES ALFA, BETA OU 10 10 %
GAMA, MESMO PARA USOS MÉDICOS, CIRÚRGICOS, ODONTOLÓGICOS OU
VETERINÁRIOS, INCLUÍDOS OS APARELHOS DE RADIOFOTOGRAFIA OU DE
RADIOTERAPIA, OS TUBOS DE RAIOS X E OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE
RAIOS X, OS GERADORES DE TENSÃO, AS MESAS DE COMANDO, AS TELAS DE
VISUALIZAÇÃO, AS MESAS, POLTRONAS E SUPORTES SEMELHANTES PARA EXAME
OU TRATAMENTO
9024 MÁQUINAS E APARELHOS PARA ENSAIOS DE DUREZA, TRAÇÃO, COMPRESSÃO, 10 10 %
ELASTICIDADE OU DE OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE MATERIAIS (POR
EXEMPLO: METAIS, MADEIRA, TÊXTEIS, PAPEL, PLÁSTICOS)
9025 DENSÍMETROS, AREÔMETROS, PESA-LÍQUIDOS E INSTRUMENTOS FLUTUANTES 10 10 %
SEMELHANTES, TERMÔMETROS, PIRÔMETROS, BARÔMETROS, HIGRÔMETROS E
PSICRÔMETROS, REGISTRADORES OU NÃO, MESMO COMBINADOS ENTRE SI
9026 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDIDA OU CONTROLE DA VAZÃO (CAUDAL), DO 10 10 %
NÍVEL, DA PRESSÃO OU DE OUTRAS CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS DOS LÍQUIDOS OU
GASES [POR EXEMPLO: MEDIDORES DE VAZÃO (CAUDAL), INDICADORES DE NÍVEL,
MANÔMETROS, CONTADORES DE CALOR], EXCETO OS INSTRUMENTOS E APARELHOS
DAS POSIÇÕES 9014, 9015, 9028 OU 9032
9027 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA ANÁLISES FÍSICAS OU QUÍMICAS [POR 10 10 %
EXEMPLO: POLARÍMETROS, REFRATÔMETROS, ESPECTRÔMETROS, ANALISADORES
DE GASES OU DE FUMAÇA]; INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA ENSAIOS DE
VISCOSIDADE, POROSIDADE, DILATAÇÃO, TENSÃO SUPERFICIAL OU SEMELHANTES
OU PARA MEDIDAS CALORIMÉTRICAS, ACÚSTICAS OU FOTOMÉTRICAS (INCLUÍDOS OS
INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSIÇÃO); MICRÓTOMOS
9028 CONTADORES DE GASES, LÍQUIDOS OU DE ELETRICIDADE, INCLUÍDOS OS 10 10 %
APARELHOS PARA SUA AFERIÇÃO
9029 OUTROS CONTADORES (POR EXEMPLO: CONTADORES DE VOLTAS, CONTADORES DE 10 10 %
PRODUÇÃO, TAXÍMETROS, TOTALIZADORES DE CAMINHO PERCORRIDO,
PODÔMETROS); INDICADORES DE VELOCIDADE E TACÔMETROS, EXCETO OS DAS
POSIÇÕES 9014 OU 9015; ESTROBOSCÓPIOS
9030 OSCILOSCÓPIOS, ANALISADORES DE ESPECTRO E OUTROS INSTRUMENTOS E 10 10 %
APARELHOS PARA MEDIDA OU CONTROLE DE GRANDEZAS ELÉTRICAS;
INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDIDA OU DETECÇÃO DE RADIAÇÕES ALFA,
BETA, GAMA, X, CÓSMICAS OU OUTRAS RADIAÇÕES IONIZANTES
9031 INSTRUMENTOS, APARELHOS E MÁQUINAS DE MEDIDA OU CONTROLE, NÃO 10 10 %
ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO PRESENTE
CAPÍTULO; PROJETORES DE PERFIS
9032 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA REGULAÇÃO OU CONTROLE, AUTOMÁTICOS 10 10 %
Capítulo 94 MÓVEIS; MOBILIÁRIO MÉDICO-CIRÚRGICO; CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS
9402 MOBILIÁRIO PARA MEDICINA, CIRURGIA, ODONTOLOGIA OU VETERINÁRIA (POR 10 10 %
EXEMPLO: MESAS DE OPERAÇÃO, MESAS DE EXAMES, CAMAS DOTADAS DE
MECANISMOS PARA USOS CLÍNICOS, CADEIRAS DE DENTISTA); CADEIRAS PARA
SALÕES DE CABELEIREIRO E CADEIRAS SEMELHANTES, COM DISPOSITIVOS DE
ORIENTAÇÃO E DE ELEVAÇÃO
9403 OUTROS MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO 10 10 %
9406 CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS 25 4%
Capítulo 95 ARTIGOS PARA DIVERTIMENTO OU PARA ESPORTE
9506 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS PARA CULTURA FÍSICA E GINÁSTICA; PISCINAS 10 10 %
9508 CARROSSÉIS, BALANÇOS, INSTALAÇÕES DE TIRO-AO-ALVO E OUTRAS DIVERSÕES DE 10 10 %
PARQUES E FEIRAS; CIRCOS, COLEÇÕES DE ANIMAIS E TEATROS AMBULANTES

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