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4.2. Escândalos.................................................................................................................... 04
7. Links de Interesse............................................................................................................... 13
8. Questionário........................................................................................................................ 14
9. Trabalho.............................................................................................................................. 14
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1. Os conceitos de Governança Corporativa
Existem muitas definições para o termo Governança Corporativa, mas nada melhor do que
buscar a definição de um órgão especializado no assunto, certo? Assim, o Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa (IBGC) define a Governança Corporativa como:
1. Participação
2. Estado de direito
3. Transparência
4. Responsabilidade
5. Orientação por consenso
6. Igualdade e inclusividade
7. Efetividade e eficiência
8. Prestação de conta (accountability)
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4. A Evolução da Governança Corporativa no Mundo
Nas últimas duas décadas, especialmente em países com mercados de capitais desenvolvidos,
o tema se tornou importante, não somente no meio acadêmico, mas também em debates de
interesse público.Durante esse período, a governança corporativa poderia ser identificada em
reestruturações financeiras, no ativismo dos investidores institucionais e nos processos de
takeover .
O ano de 1990 poderia ser assinalado como um divisor de águas no tempo quanto ao impulso
dos esforços liderados por ativistas para assegurar maior influência na administração das
empresas. Uma agenda positiva em torno de três temas centrais foi montada:
1. Forçando ou conseguindo acordos para mudanças, através da mobilização dos acionistas
para manifestarem os seus pontos de vista, especialmente em desaprovação ao
desempenho empresarial;
2. Influenciando a escolha dos diretores; e
3. Iniciando discussões com administrações e diretorias sobre aspectos relativos à
administração e controle, que conduzam a um acordo sobre certas mudanças ou
concessões em troca de apoio institucional em disputas por procurações.
4.2. Escândalos
O maior escândalo ocorreu no final de 2001, na companhia energética Enron que através de
uma série de mecanismos de fraude, que mais tarde seriam chamados de contabilidade
criativa, escondeu um endividamento expressivo que acabou levando-a falência. No mesmo
episódio, uma das maiores empresas de auditorias do mundo até então, a Arthur Andersen, foi
acusada de compactuar com o esquema e de obstrução da justiça, através da destruição das
provas do processo. A Andersen também acabou falindo devido a saída de diversos clientes e
a possibilidade de ser processada pelo governo americano. Após esse acontecimento, uma
série de outras fraudes veio à tona.
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liderança. Por volta de 1995, no entanto, esse indicador subira a 160, e chegara a 305 em
1997. Os executivos-chefes queriam perpetuar os bons momentos, e o fizeram: em 2000,
embora os lucros não tenham aumentado, eles estavam recebendo em média 458 vezes mais
do que os trabalhadores comuns.
Contudo, o foco do problema não foi atacado. Como alinhar os interesses de controladores e
executivos? É uma pergunta sem uma resposta simples e imediata, mas que passa
necessariamente pela melhora dos mecanismos de governança nas empresas, com foco na
transparência e na prestação de contas à sociedade. Por outro lado, cabe aos órgãos
reguladores aumentarem a fiscalização, garantindo que as leis sejam cumpridas.
Figura 1
Conselho de
Controladores
Administração
Estratégias Fiscalização
Fiscalização
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Na atual situação, em função da percepção generalizada entre os investidores sobre o mercado
brasileiro de ações, a maioria das empresas não consegue obter uma precificação adequada. A
razão para esse desconto seria, de acordo com o gráfico 1, a falta de transparência e de
garantias aos acionistas investidores. Buscando minimizar esse problema, a Bolsa de Valores
de São Paulo criou em 2000 o “Novo Mercado”. Uma seção separada de listagem com regras
mais rígidas de listagem, baseadas nas boas práticas de governança corporativa.
Gráfico 1
Desconto por
desigualde de direitos
Valor justo (-) desconto por baixa (-) desconto por (=) valor de mercado
transparência governança inadequada
- Transparência
- Participação
Governança - Representação
- Remuneração
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Implantados em dezembro de 2000 pela Bolsa de Valores de São Paulo - BM&FBOVESPA,
os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa são segmentos especiais de listagem que
foram desenvolvidos com o objetivo de proporcionar um ambiente de negociação que
estimulasse, simultaneamente, o interesse dos investidores e a valorização das companhias.
Empresas listadas nesses segmentos oferecem aos seus acionistas investidores melhorias nas
práticas de governança corporativa que ampliam os direitos societários dos acionistas
minoritários e aumentam a transparência das companhias, com divulgação de maior volume
de informações e de melhor qualidade, facilitando o acompanhamento de sua performance.
5.2.Companhias Nível 1
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pelos grupos de acionistas do Conselho Fiscal, bem como a evolução dessas posições.
• Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma vez por
ano.
• Apresentação de um calendário anual, do qual conste a programação dos eventos
corporativos, tais como assembléias, divulgação de resultados etc.
• Divulgação dos termos dos contratos firmados entre a companhia e partes
relacionadas.
• Divulgação, em bases mensais, das negociações de valores mobiliários e derivativos de
emissão da companhia por parte dos acionistas controladores.
• Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 25% (vinte
e cinco por cento) do capital social da companhia.
• Quando da realização de distribuições públicas de ações, adoção de mecanismos que
favoreçam a dispersão do capital.
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5.4. Novo Mercado
A valorização e a liquidez das ações são influenciadas positivamente pelo grau de segurança
oferecido pelos direitos concedidos aos acionistas e pela qualidade das informações prestadas
pelas companhias. Essa é a premissa básica do Novo Mercado.
A entrada de uma companhia no Novo Mercado ocorre por meio da assinatura de um contrato
e implica a adesão a um conjunto de regras societárias, genericamente chamadas de "boas
práticas de governança corporativa", mais exigentes do que as presentes na legislação
brasileira. Essas regras, consolidadas no Regulamento de Listagem do Novo Mercado,
ampliam os direitos dos acionistas, melhoram a qualidade das informações usualmente
prestadas pelas companhias, bem como a dispersão acionária e, ao determinar a resolução dos
conflitos societários por meio de uma Câmara de Arbitragem, oferecem aos investidores a
segurança de uma alternativa mais ágil e especializada.
• Extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores
quando da venda do controle da companhia (tag along).
• Realização de uma oferta pública de aquisição de todas as ações em circulação, no
mínimo, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento
do registro de negociação no Novo Mercado.
• Conselho de Administração com mínimo de 5 (cinco) membros e mandato unificado de
até 2 (dois) anos, permitida a reeleição. No mínimo, 20% (vinte por cento) dos membros
deverão ser conselheiros independentes.
• Melhoria nas informações prestadas, adicionando às Informações Trimestrais (ITRs) -
documento que é enviado pelas companhias listadas à CVM e à BM&FBOVESPA,
disponibilizado ao público e que contém demonstrações financeiras trimestrais - entre
outras: demonstrações financeiras consolidadas e a demonstração dos fluxos de caixa.
• Melhoria nas informações relativas a cada exercício social, adicionando às
Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs) - documento que é enviado pelas
companhias listadas à CVM e à BM&FBOVESPA, disponibilizado ao público e que
contém demonstrações financeiras anuais - entre outras, a demonstração dos fluxos de
caixa.
• Divulgação de demonstrações financeiras de acordo com padrões internacionais IFRS ou
US GAAP.
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• Melhoria nas informações prestadas, adicionando às Informações Anuais (IANs) -
documento que é enviado pelas companhias listadas à CVM e à BM&FBOVESPA,
disponibilizado ao público e que contém informações corporativas - entre outras: a
quantidade e características dos valores mobiliários de emissão da companhia detidos
pelos grupos de acionistas do Conselho Fiscal, bem como a evolução dessas posições.
• Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma vez por ano.
• Apresentação de um calendário anual, do qual conste a programação dos eventos
corporativos, tais como assembléias, divulgação de resultados etc.
• Divulgação dos termos dos contratos firmados entre a companhia e partes relacionadas.
• Divulgação, em bases mensais, das negociações de valores mobiliários e derivativos de
emissão da companhia por parte dos acionistas controladores.
• Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 25% (vinte e
cinco por cento) do capital social da companhia.
• Quando da realização de distribuições públicas de ações, adoção de mecanismos que
favoreçam a dispersão do capital.
• Adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado para resolução de conflitos societários.
As empresas candidatas ao BOVESPA MAIS são aquelas que desejam ingressar no mercado
de capitais de forma gradativa, ou seja, que acreditam na ampliação gradual da base acionária
como o caminho mais adequado à sua realidade, destacando-se as de pequeno e médio porte
que buscam crescer utilizando o mercado acionário como uma importante fonte de recursos.
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6. Glossário de Governança Corporativa
Ação ordinária: ação que confere a seu titular os direitos de voto nas instâncias decisórias da
sociedade, além do direito de participar dos resultados da companhia. A cada ação ordinária
corresponde um voto nas deliberações da Assembleia Geral.
Ação preferencial: classe de ações que confere aos seus detentores determinadas vantagens
de natureza financeira ou política em troca de restrições parciais ou totais no exercício do
poder de voto. As vantagens podem incluir prioridades na distribuição de dividendo e/ou
reembolso de capital, tag along, dividendos 10% superiores aos das ações ordinárias, dentre
outros. O estatuto deve definir as situações nas quais as ações preferenciais têm direito de
voto.
Acionista majoritário: pessoa física ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo
de voto, ou sob controle comum, que: a) seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem a
maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores da companhia; b) use efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais
e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.
Acionista minoritário: proprietário de ações, cujo total não lhe permite participar do controle
da companhia.
Código de conduta: manual elaborado pela diretoria de acordo com os princípios e políticas
definidos pelo conselho de administração, visando orientar administradores e funcionários na
sua forma de conduta profissional cotidiana. O código de conduta deve também definir
responsabilidades sociais e ambientais.
Free float (Ações em Circulação): quantidade de ações de uma empresa disponível para
negociação livre em mercado de capitais, ou seja, são todas as ações de emissão da companhia
exceto aquelas: (i) de titularidade do acionista controlador, de seu cônjuge, companheiro(a) e
dependentes incluídos na declaração anual de imposto de renda; (ii) em tesouraria; (iii) de
titularidade de controladas e coligadas da companhia, assim como de outras sociedades que
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com qualquer dessas integre um mesmo grupo de fato ou de direito; (iv) de titularidade de
controladas e coligadas do acionista controlador, assim como de outras sociedades que com
qualquer dessas integre um mesmo grupo de fato ou de direito; e (v) preferenciais de classe
especial que tenham por fim garantir direitos políticos diferenciados, sejam intransferíveis e
de propriedade exclusiva do ente desestatizante.
Tag along: é a extensão parcial ou total, a todos os demais sócios das empresas, das mesmas
condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle de uma sociedade.
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7. Links de Interesse
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8. Questionário
9. Trabalho
Entre no endereço:
http://www.oecd.org/dataoecd/31/29/37846725.pdf
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