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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MECÂNICA DOS FLUÍDOS

INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DOS FLUIDOS
Luís Miguel Durão
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA 1
Janeiro 2007

DEFINIÇÃO DE FLUIDO
¾ Do ponto de vista da Mecânica dos Fluidos só
há dois estados:
z SÓLIDO – se sujeito a uma tensão de corte,

apresenta uma deformação estática

zFLUÍDO – qualquer tensão de corte provoca


um movimento deste
Um fluído move-
move- se e deforma
- se de uma forma
contínua.

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA

Deflexão estática de um sólido;


Um líquido precisa de estar confinado para manter a
sua forma;
Um gás não mantém a sua forma.

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TIPOS DE FLUÍDOS
¾ LÍQUIDOS – compostos por moléculas
agregadas e pouco espaçadas com fortes
forças coesivas, pode manter a sua forma (se
confinado) e volume.

¾ GASES – compostos por moléculas muito


espaçadas e com fracas forças coesivas, não
mantém a sua forma nem volume.

PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS

¾ Pressão – p
¾ Densidade – ρ
¾ Temperatura – T
¾ Energia interna – e
¾ Entalpia – h
¾ Entropia – s
¾ Calor específico – cp; cv
¾ Viscosidade – µ
¾ Condutividade té
térmica – k

VISCOSIDADE
¾ Ideia de resistência a um escoamento

¾ Lei de Newton: dv 1
= τ
dy µ
¾ A viscosidade varia com a pressão e com a
temperatura

¾ Unidade: kg/(m
kg/(m.s)

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VISCOSIDADE
¾ Os fluidos que obedecem a esta lei são
designados de newtonianos (água, óleo, ar, ...)

¾ Viscosidade cinemática: µ
ν =
ρ

Alguns valores de viscosidade (1 atm,


atm, 20ºC)

Fluido µ [kg/(ms
[kg/(ms)]
)] ν [m2/s]
Hidrogénio 8.9 x 10-6 1.06 x 10-4
Ar 1.8 x 10-5 1.51 x 10-5
Gasolina 2.9 x 10-4 4.27 x 10-7
Água 1.0 x 10-3 1.01 x 10-6
Álcool etílico 1.2 x 10-3 1.51 x 10-6
Mercúrio 1.5 x 10-3 1.16 x 10-7
Óleo SAE30 0.26 2.79 x 10-4
Glicerina 1.5 1.19 x 10-3

Fonte: F. M. White, “Fluid Mechanics”, McGraw-Hill, 1979

FLUIDOS NÃO-
NÃO-NEWTONIANOS
¾ Todos os que não seguem a lei
de viscosidade linear atrás
descrita

¾ A viscosidade varia com o grau


de deformação aplicado

¾ Exemplos: ketchup,
ketchup, mel,
gelatina, parafina, lama

¾ São estudados pela Reologia

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TEOREMA DE BERNOULLI
p1 1 p 1
+ v12 + gz1 = 2 + v 22 + gz 2 = const.
ρ 2 ρ 2

¾ Válido em escoamento permanente, não


viscoso e incompressível ao longo de um
tubo de corrente

p2 < p1
v2 > v1

TEOREMA DE BERNOULLI
¾ Não é válido em situações em que
ocorram transferências de calor ou de
trabalho

Nº DE REYNOLDS
¾ Parâmetro adimensional de grande
importância na mecânica dos fluidos

ρUL
Re =
µ
em que:
ρ – densidade µ – coef.
coef. viscosidade
U – vel.
vel. de referência L – comprim.
comprim. de referência

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Nº DE REYNOLDS
¾ Permite distinguir dois tipos de regime de
escoamento:
z Laminar, com Re baixo

z Turbulento, com Re elevado

¾ Considera- se que a transição laminar- turbulento


ocorre para valores de Re entre a 103 e 104.
Para escoamentos em condutas aceita - se o
valor de Re = 2300.

ESCOAMENTO LAMINAR
¾ Condições: baixa velocidade, viscosidade alta

¾ O escoamento é calmo e estacionário


¾ Uma perturbação na conduta (curva, ressalto, ...) pode
alterar o tipo de escoamento ao longo de uma certa
distância

ESCOAMENTO TURBULENTO
¾ Condições: velocidade alta, viscosidade baixa

¾ Situação mais frequente


¾ Afectado pela rugosidade das paredes da conduta

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ESCOAMENTOS EM CONDUTAS
¾ Para o mesmo caudal, o tipo de escoamento
influencia o perfil de velocidades

a) escoamento laminar (não há agitação de partículas do fluido)


b) escoamento turbulento (com grande agitação de partículas do
fluido)

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