Ciência e Tecnologia no Cinema de Ficção Científica
2 PROBLEMA
O cinema de ficção científica contemporâneo consegue acompanhar e
apropriar-se dos mais novos avanços da ciência e da tecnologia?
3 HIPÓTESE
Nem todos os avanços da ciência e da tecnologia são abordados pelo cinema
de ficção científica contemporâneo.
4 OBJETIVOS
4.1 GERAL
Entender a simbiose existente entre ciência, tecnologia e o cinema de ficção
científica. 4.2 ESPECÍFICOS
Pesquisar a bibliografia especializada acerca do tema;
Identificar e selecionar as obras que fornecerão informações ao projeto; Pesquisar na internet as mídias (vídeos, músicas, sons) acerca do tema; Identificar e selecionar os filmes de ficção científica que tratam sobre o tema, disponíveis na videolocadora do autor; Escrever um roteiro de animação de ficção científica; Produzir a animação em stop motion, utilizando-se de bonecos e brinquedos, contendo trechos de filmes e vídeos selecionados e referenciados.
5 JUSTIFICATIVA
Desde sempre, jovens e adultos sentem-se fascinados pelas histórias de FC
baseadas em descobertas realistas. Por certo, graças a estes estímulos muitos buscam seguir a carreira de artista, professor, pesquisador, para então entender e propagar a ciência. Vivemos um tempo onde as inovações técnicas e científicas fazem, cada vez mais, parte do nosso cotidiano. O desenvolvimento das ciências e das novas tecnologias tem produzido mudanças profundas e rápidas nas condições de subjetividade e possibilidades de experiência humana. Curiosamente, pesquisadores e artistas que se dedicam à questão convergem para temáticas de FC. Nascida no seio da Revolução Industrial a FC de subgênero literário torna-se um dos mais populares gêneros da literatura e cinema além de ganhar respeitabilidade na academia enquanto elemento de análise dotado de caráter previsional capaz de ilustrar literariamente as transformações que o avanço da tecnologia e da ciência promove e lançar luz sobre o(s) possível(is) futuro(s) da humanidade. Acredita-se que os grandes temas da ciência e da tecnologia são abordados pelo cinema de FC. Pretende-se neste projeto um aprofundamento teórico e prático da sintonia entre os conhecimentos científicos e o cinema. A pretensão é criar um verdadeiro compêndio para os amantes da FC, desde os tempos do cinema mudo até os dias do Blu-ray, do cinema digital e do IMAX e mais especificamente discutir filmes acervos e lançamentos da primeira década de 2000. Contudo, como o tema é vastíssimo, e mesmo assim sendo de difícil acesso às informações, uma vez que são divulgadas muitas opiniões pessoais, sem, no entanto, contar com uma maior experimentação, que à primeira vista parece óbvio e até mesmo infantil, mas que possui todo o fascínio que a FC provoca, contando com os elementos curiosos das descobertas científicas, que envolvem jovens e adultos no mágico mundo do conhecimento e da imaginação. O desafio da animação não só servirá como estudo técnico de roteiro, storyboard, cenografia, filmagem e edição de imagens e sons, como também servirão de fonte de expiração e aplicação das mais avançadas teorias da física quântica, da robótica, da genética, dentre outras, gerando nos personagens as mais inusitadas instabilidades e imprevisibilidades emocionais, afirmadas por (Brüseke, 2002). Espera-se despertar a crítica ecológica acerca do inevitável caminho da extinção da humanidade e do planeta com o estudo e a produção audiovisual. Embora seja uma animação o assunto é mais que sério e atual. Como o homem vem tratando de si mesmo e do planeta? Ele usa seus conhecimentos científicos e tecnológicos com responsabilidade? Uma odisséia de FC que fará refletirmos se talvez o último homem esteja longe de nascer ou será que já está vivendo entre nós? Contando com uma criteriosa seleção de filmes em formato DVD e documentários do gênero, disponíveis na internet e na videolocadora do autor, fornecerão acréscimos de cenas na animação “A Fantástica História do Último Homem”, propondo ao autor alçar vôos mais altos, desta vez vôos de Ficção Científica.
6 ORIENTAÇÃO
Luis Fernando Severo
7 METODOLOGIA
As metodologias escolhidas: pesquisa bibliográfica (Andrade (1999), Gil
(1991), Severino (2000)), abrangendo a leitura, a análise e a interpretação de livros, periódicos, documentos xerocopiados, mapas, fotos e manuscritos, e a pesquisa- ação midiática (Thiollent (1988)), propondo que sejam reassistidos alguns filmes selecionados em DVD do gênero, disponíveis na videolocadora do autor, para incorporarem pequenas cenas na animação. Todo o material será submetido a uma triagem para estabelecer um plano de leitura, que acompanhará anotações e fichamentos, para posterior fundamentação teórica do estudo.
8 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este processo de múltipla indexação permite que se faça a sua
polirepresentação tentando-se atingir os usuários em potencial, ou seja, o uso da informação a posteriori. Entretanto, deverá ser estabelecido um mínimo-máximo relevante, de modo a se tornar indexável (CORDEIRO, 2000, p. 87-88). Nesse caso, algumas condições deveriam ser atendidas na proposta para a análise e a representação (indexação) dos filmes, pois a produção de sentido compreende a leitura do filme decorrente de um “processo de constituição da subjetividade”, isto é, a “interlocução entre sujeitos e, como tal, o espaço de construção e circulação de sentidos” (GERALDI, 1999, p. 96 apud CASTELLO-BRANCO, 2003, p. 47).
Os autores referem-se aos limites da indexação numa pesquisa midiática, que
no projeto em tela dá-se prioridade aos filmes de ficção científica lançados na primeira década dos anos 2000. Por fim, ressalta-se a inevitável produção e circulação de sentidos inerentes à subjetividade do autor ao selecionar tais filmes. REFERÊNCIAS
AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas: Papirus, 1993.
________ et al. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1995.
________; MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas:
Papirus, 2003.
ASIMOV, Issac. No mundo da ficção científica. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1984.
BRÜSEKE, F. A Modernidade Técnica. Revista Brasileira de Ciências Sociais. V. 17
n. 49. Jun. 2002. P.135-144. São Paulo: ANPOCS
GREENE, Brian. O universo elegante: supercordas, dimensões ocultas e a busca da
teoria definitiva. São Paulo: Cia das Letras, 2001.
H.G. Wells. A máquina do tempo. 1895.
HAWKING, Stephen William. Breve História do Tempo. 3. ed. Rio de Janeiro: Rocco,