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CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO CIVIL - LICC – PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
GENERALIDADES
CONTEÚDO
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
não convertidas em lei (art. 14, § 1.º, da LC 95/1998, com redação alterada
pela LC 107/2001).
Assim, enquanto o Código cria e revoga normas, a
Consolidação apenas reúne as já existentes, isto é, não cria nem revoga as
normas. O Código é estabelecido por lei; a Consolidação pode ser criada por
mero decreto. Nada obsta, porém, que a Consolidação seja ordenada por lei,
cuja iniciativa do projeto compete à mesa diretora do Congresso Nacional, de
qualquer de suas casas e qualquer membro ou comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional. Será também
admitido projeto de lei de consolidação destinado exclusivamente à
declaração de leis ou dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia
ou validade encontra-se completamente prejudicada, outrossim, para inclusão
de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes (art. 14, § 3.º, da
LC 95/1998, com redação alterada pela LC 107/2001).
Por outro lado, a compilação consiste num repertório de
normas organizadas pela ordem cronológica ou matéria.
Finalmente, o Estatuto é a regulamentação unitária dos
interesses de uma categoria de pessoas. Exemplos: Estatuto do Idoso,
Estatuto do Índio, Estatuto da Mulher Casada, Estatuto da Criança e do
Adolescente. No concernente ao consumidor, o legislador optou pela
denominação Código do Consumidor, em vez de Estatuto, porque disciplina o
interesse de todas as pessoas, e não de uma categoria específica, tendo em
vista que todos podem se enquadrar no conceito de consumidor.
SISTEMAS DE VIGÊNCIA
VACATIO LEGIS
a. Lei que cria ou aumenta contribuição social para a Seguridade Social. Só pode
entrar em vigor noventa dias após sua publicação (art. 195, § 6.º, da CF).
b. Lei que cria ou aumenta tributo. Só pode entrar em vigor noventa dias da
data que haja sido publicada, conforme art. 150, III, c, da CF, com redação
determinada pela EC 42/2003. Saliente-se, ainda, que deve ser observado
o princípio da anterioridade.
CLÁUSULA DE VIGÊNCIA
FORMA DE CONTAGEM
LEI CORRETIVA
a.direito estrangeiro;
b.direito municipal;
c.direito estadual;
d.direito consuetudinário.
Nesses casos, a parte precisa provar o teor e a vigência
do direito.
REPRISTINAÇÃO
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO CIVIL - PARTE GERAL - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
A ESTRUTURA DO CÓDIGO
PRINCÍPIOS
DAS PESSOAS
PERSONALIDADE JURÍDICA
CONCEITO
COMORIÊNCIA
não se pode vender ou doar bens a esses órgãos, pois, não sendo eles
pessoas, inviabiliza-se o registro do bem.
NASCITURO
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO CIVIL – DIREITO DE FAMÍLIA - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
INTRODUÇÃO
CONTEÚDO E CONCEITO
a. casamento;
b. união estável;
c. relações de parentesco;
d. poder familiar;
e. alimentos;
f. bem de família;
g. tutela e curatela.
CASAMENTO
CONCEITO
NATUREZA JURÍDICA
PROCESSO DE HABILITAÇÃO
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
VI. as pessoas casadas. A bigamia é crime (CP, art. 235). Na verdade, não
se trata propriamente de um impedimento e sim de incapacidade
matrimonial, porque à pessoa casada é vedado o casamento com
qualquer outra pessoa. O Código atual comete o mesmo erro do anterior,
pois deveria ter dito que não podem se casar as pessoas vinculadas
matrimonialmente. Com efeito, o separado judicialmente não está mais
casado; no entanto, é vedado-lhe o casamento, porque se encontra ainda
vinculado matrimonialmente;
VII. o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de
homicídio contra o seu consorte. O casamento gera uma presunção de
conivência no crime de homicídio. Ainda que o cônjuge nada tenha a ver
com o homicídio, impõe-se o impedimento. É lícito o casamento na
hipótese de absolvição, ainda que por insuficiência de provas, ou
extinção da punibilidade, outrossim, quando tratar-se de homicídio
culposo. O simples fato de existir um processo-crime em andamento não
inviabiliza o matrimônio; a lei exige condenação definitiva; antes disso,
milita em prol do acusado o princípio da presunção da inocência. O
impedimento deve existir até o momento da celebração do casamento.
Se o trânsito em julgado da condenação ocorrer depois do casamento,
este permanece intacto.
CAUSAS SUSPENSIVAS
II. a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou anulado, até
dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade
conjugal. O objetivo da lei é evitar a turbatio sanguinis, isto é, um conflito de
paternidade, tendo em vista que a presunção de paternidade, nos moldes
do art. 1.597, pode militar em favor de ambos, isto é, do atual marido e do
marido morto. Afasta-se essa causa suspensiva, provando-se, perante o
juiz, o nascimento de filho, ou a inexistência de gravidez, na fluência do
prazo (parágrafo único do art. 1.523);
III. o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal. Trata-se de inovação da lei, cujo objetivo é
também evitar a confusão de patrimônios. Se se provar, perante o juiz, a
inexistência de prejuízo para o ex-cônjuge, o casamento poderá ser
celebrado (parágrafo único do art. 1.523);
IV. o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas. O objetivo da lei é proteger o pupilo ou curatelado da influência
exercida pelo tutor ou curador. Admite-se, porém, o casamento, na
pendência da tutela ou curatela, mediante alvará judicial, provando-se a
inexistência de prejuízo para a pessoa tutelada ou curatelada (parágrafo
único do art. 1.523).
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO CIVIL - DIREITO DAS SUCESSÕES - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
CONCEITO
FORMAS DE SUCESSÃO
ABERTURA DA SUCESSÃO
DA INDIVISIBILIDADE DA HERANÇA
a. antes da partilha, o co-herdeiro pode alienar apenas a sua quota ideal, isto
é, os seus direitos hereditários. Não pode alienar coisa certa e
determinada, salvo se houver alvará judicial ou autorização de todos os
demais herdeiros;
b. antes de alienar os seus direitos, os demais herdeiros devem ser
notificados, os quais poderão exercer o direito de preferência na aquisição
do quinhão. Se a alienação ocorrer sem essa notificação, os herdeiros
preteridos em seu direito de preferência ou preempção poderão ajuizar
ação reivindicatória, dentro do prazo de 180 dias após a transmissão,
depositando em juízo o preço (art. 1.795). Sendo vários os co-herdeiros a
exercer a preferência, entre eles distribuir-se-á o quinhão, na proporção
das respectivas quotas hereditárias;
c. o adquirente dos direitos hereditários não poderá registrar no Registro de
Imóveis a cessão, porque a herança é composta de direitos e obrigações,
móveis e imóveis, de modo que o registro não pode recair sobre objeto
indeterminado. O inciso I do art. 167 da Lei 6.015/73, cujo rol é taxativo,
não prevê o registro da cessão de direitos hereditários;
d. qualquer dos co-herdeiros pode ajuizar ações petitórias e possessórias em
face de terceiros, visando a defesa de toda a herança.
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS - PROF. ROBERTO BARBOSA ALVES
INTRODUÇÃO
CONCEITO DE INTERESSE
INTERESSES DIFUSOS
INTERESSES COLETIVOS
QUESTÕES
1. O que é lide?
2. Qual a diferença entre interesse público primário e secundário?
3. Por que ao longo do tempo a dicotomia interesse público – interesse
particular deixou de ser suficiente para explicar a questão dos
interesses?
4. Como são chamados os interesses compartilhados por grupos, classes
ou categorias de pessoas?
5. Quais as principais características da tutela coletiva?
6. Quais ass três espécies de interesses metaindividuais disciplinadas pelo
Código de Defesa do Consumidor?
7. O que são interesses difusos?
8. Quais os elementos dos interesses difusos?
9. O que é interesse coletivo?
10. Quais os elementos do interesse coletivo?
11. Qual a diferença entre interesse difuso e interesse coletivo?
12. O que são interesses individuais homogêneos e quais os seus
elementos?
13. Qual a diferença entre interesse difuso e o interesse individual
homogêneo?
14. Qual a diferença entre interesse coletivo e interesse individual
homogêneo?
ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO À DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - PROF. FAUSTO JUNQUEIRA DE PAULA
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
1
Curso de Direito Comercial, p.4, S.Paulo, Saraiva, 1995.
2
Fábio Ulhoa Coelho, Manual de Direito Comercial, p.3, S.Paulo, Saraiva, 1993.
3
Ob.cit.p.23-24.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 2
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
4
Ob.cit.p.8.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 3
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
beneficiada pela mesma Lei Complementar, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; V – cujo sócio ou titular seja
administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; VI –
constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII – que
participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII – que exerça atividade de
banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de
crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores
mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros
privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX – resultante
ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de
pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário
anteriores; X – constituída sob a forma de sociedade por ações.
No âmbito tributário, a Lei Complementar n. 123/2006 (art.
12) instituiu o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Simples Nacional ou “Super Simples”), abrangendo o recolhimento, mediante
documento único instituído pelo Comitê Gestor, do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS, Contribuição para o
PIS/Pasep, Contribuição para a Seguridade Social (art. 22 da Lei n.
8.212/1991), Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação (ICMS) e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISS). As alíquotas variam conforme a atividade do empresário ou sociedade
(comércio, indústria, serviços e locação de bens móveis e serviços em geral),
entre 4% e 17,42%, observado o faturamento (Anexo da Lei Complementar n.
123/2006). Assim, a ME que, por exemplo, atua no comércio e tem
faturamento bruto anual de R$ 120.000,00, deverá pagar 4% de Simples
Nacional, sendo que devem ser destinados 0,21% do total a CSLL, 0,74% a
COFINS, 1,80% ao INSS e 1,25% ao ISS. Já a EPP que tem faturamento
bruto anual entre R$ 2.280.000,01 e R$ 2.400.000,00 e atua no ramo da
prestação de serviços, deverá recolher o Simples Nacional com alíquota de
16,85%, sendo que 6,12% serão destinados ao pagamento do IRPJ, 2,53% a
CSLL, 2,63% a COFINS, 0,57% ao PIS/PASEP e 5,00% ao ISS.
Contudo, não podem recolher os impostos e contribuições
na forma do Simples Nacional a ME ou EPP: I – que explore atividade de
prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão
de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,
gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços
(factoring); II – que tenha sócio domiciliado no exterior; III – de cujo capital
participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal,
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 7
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
FONTES PRIMÁRIAS
5
V. Ricardo Negrão, Manual de Direito Comercial e de Empresa, v. 1, p.11-20; Rubens Requião, Curso de Direito
Comercial, 1º v., p. 26-29.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 9
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
FONTES SECUNDÁRIAS
6
Ob.cit.p.26.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 10
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
INTRODUÇÃO
7
O Projeto do Novo Código Civil, p. 17, S. Paulopaulo, Saraiva, 1999.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 12
DIREITO COMERCIAL I - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO COMERCIAL II - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
TÍTULOS DE CRÉDITO
INTRODUÇÃO
1
Apud Rubens Requião, Curso de Direito Comercial, 2º v., p. 357, S. Paulo, Saraiva, 2003.
2
Apud Luiz Emygdio. F. Rosa Jr., Títulos de Crédito, p. 51, Rio de Janeiro, Renovar, 2002.
3
Tratatto di diritto commerciale, 3ª ed. Milão, Casa Editrice Dott. Francesco.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 2
DIREITO COMERCIAL II - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
CARTULARIDADE
LITERALIDADE
AUTONOMIA
ABSTRAÇÃO
5
Neste sentido, Fábio Ulhoa Coelho, Curso de Direito Comercial, v. I, p. 378.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 6
DIREITO COMERCIAL II - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
6
V. Amador Paes de Almeida, Teoria e Prática dos Títulos de Crédito, p.13-15; Fábio Ulhoa Coelho, Curso de Direito
Comercial, v. 1, p.381-383.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 7
DIREITO COMERCIAL II - PROF. SÍLVIO ANTÔNIO MARQUES
II. Vinculados: tem modelo previsto em lei, como o cheque e duplicata, que
seguem os padrões legais.
FORMA
HIPÓTESES DE EMISSÃO
CIRCULAÇÃO
CONTEÚDO
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO À DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS
DA AÇÃO
TEORIA DA ASSERÇÃO
CONCEITO DE AÇÃO
CONDIÇÕES DA AÇÃO
LEGITIMIDADE AD CAUSAM
INTERESSE DE AGIR
interesse, isto significa que a ação deve ser julgada improcedente e não o
autor carecedor da ação. Assim, por exemplo, se alguém pede o despejo, em
contrato de locação residencial, por motivo não elencado na Lei do Inquilinato
e isto for, afinal, verificado, o juiz deverá julgar a ação improcedente e não o
autor carecedor da ação. Isto porque o pedido era juridicamente possível
(despejo), mas seu fundamento não está amparado pela lei.”
ELEMENTOS DA AÇÃO
PARTES
PEDIDO
FORMAÇÃO DO PROCESSO
INTRODUÇÃO
INÍCIO DO PROCESSO
ESTABILIZAÇÃO DO PROCESSO
SUSPENSÃO DO PROCESSO
CONCEITO
Suspende-se o processo:
I. pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes,
de seu representante legal ou de seu procurador;
CURSO À DISTÂNCIA – MÓDULO I 13
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS
a. interna: é a que surge dentro do mesmo processo em que vai ser proferida
a sentença. Antes de decretar o despejo, por exemplo, o juiz deve decidir o
argumento do réu de que o contrato não é de locação, mas de comodato.
A questão prejudicial interna não suspende o processo. Aliás, se for
requerida como ação declaratória incidental, determina o julgamento
simultâneo na mesma sentença.
b. externa: é a que é objeto de outro processo. Essa questão prejudicial
externa é causa de suspensão do processo (art. 265, IV, “a” e “c”). A
suspensão pode ser de ofício ou a requerimento da parte. Acrescente-se
ainda que a suspensão do processo não poderá exceder a um ano. Findo
este prazo, o juiz mandará prosseguir o processo (§ 5º do art. 265).
Exemplo: a ação de indenização pela prática de delito pode ser suspensa
até o julgamento definitivo da ação penal. Outro exemplo: numa ação de
indenização por doença do trabalho movida em face do empregador, o juiz
pode suspender o processo se houver uma ação trabalhista em que as
mesmas partes discutem a existência do vínculo empregatício.
Cumpre acrescentar, porém, que, inexistindo obstáculo para
a reunião das causas conexas, há de se aplicar a regra do art. 106 do CPC,
que manda reunir as ações conexas para julgamento simultâneo.
Portanto, a suspensão do processo, como salienta Humberto
Theodoro Júnior, “só prevalecerá sobre a conexão prevista no citado art. 106,
quando:
a. a competência seja diferente em caráter absoluto, como se passa entre
ação penal e a civil, ou entre feitos afetos à justiça comum e à especial
etc.;
b. as fases em que se encontram as duas causas sejam inconciliáveis, o feito
prejudicado está em primeiro grau de jurisdição e o prejudicial em
segundo;
c. os procedimentos são diversos e inteiramente incompatíveis, como, por
exemplo, a pretensão à divisão geodésica manifestada individualmente por
um dos herdeiros antes da partilha sucessória;
d. a causa petendi na ação prejudicial seja totalmente diversa da que
fundamenta a causa prejudicada”.
Por outro lado, o art. 265, inc. IV, “b”, do CPC preceitua que
se suspende o processo quando não puder ser proferida a sentença de mérito
senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova,
requisitada a outro juízo. Tal ocorre, quando a produção da prova é feita por
carta precatória ou carta rogatória. A suspensão do processo, contudo, só
ocorrerá se a prova houver sido requerida antes o despacho saneador, por
força do art. 338 do CPC. Ainda assim, para que haja a suspensão, é
necessário que tal prova seja imprescindível, conforme nova redação do
artigo 338 do CPC, dada pela Lei nº 11.280, de 16 de fevereiro de 2006. O
momento da suspensão é o da expedição da carta. Ao deferir a expedição da
CURSO À DISTÂNCIA – MÓDULO I 16
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS
carta, o juiz assinará prazo para seu cumprimento, que não poderá exceder a
um ano.
QUESTÕES
36. O réu pode formular na contestação algum pedido que amplie os limites
do julgamento do magistrado?
37. O que é causa de pedir?
38. Como se subdivide a causa de pedir?
39. Qual a diferença entre a teoria da substanciação e a teoria da
individualização? O CPC adotou qual dessas teorias?
40. Haverá litispendência se apenas uma das causas de pedir for idêntica?
41. O princípio da eventualidade é aplicável ao autor?
42. Qual é a diferença entre a fundamentação jurídica e a fundamentação
legal?
43. A fundamentação legal é dispensável?
44. O que é processo e qual a sua finalidade?
45. O que é a teoria linear?
46. O que é a teoria angular?
47. O que é a teoria triangular?
48. O processo é regido pelo princípio dispositivo ou pelo princípio
inquisitivo?
49. Qual é o momento da formação do processo?
50. Em que momento o réu se vincula ao processo?
51. Em que momento ocorre a estabilização da relação processual e quais as
suas três principais conseqüências?
52. O autor, após a propositura da ação, pode alterar a causa de pedir?
53. Em que consiste a suspensão do processo?
54. Cessada a suspensão, os prazos processuais recomeçam a contar por
inteiro?
55. No período de suspensão do processo é possível a prática de atos
processuais?
56. Qual a diferença entre suspensão própria e suspensão imprópria?
57. Qual o termo inicial da suspensão do processo?
58. Qual é o termo final da suspensão do processo?
59. No caso de morte de qualquer das partes o processo é suspenso ou
extinto?
60. No caso de morte do representante legal de uma das partes até quando o
processo permanece suspenso?
61. No caso de suspensão por morte ou perda da capacidade processual de
qualquer das partes ou do representante legal, a audiência é ou não
realizada?
62. Com a morte do advogado, o processo é suspenso e a parte intimada
pessoalmente para constituir novo advogado em 20 dias. Se a parte não
constituir novo advogado, o que acontece?
63. Qual o prazo de suspensão do processo por acordo entre as partes? O
juiz tem o dever ou mera faculdade de, nesse caso, suspender o
processo?
64. A questão prejudicial interna é causa de suspensão do processo?
65. Qual é o prazo da suspensão em razão de questão prejudicial?
66. A expedição de carta precatória sempre suspende o processo?
67. O que é a teoria da asserção?
LEGISLAÇÃO PENAL
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - PROF. ADRIANO RICARDO CLARO
medicinais (art. 273, caput, e § 1º, § 1ºA, § 1º B, com a redação dada pela Lei
9.677/98); II) Fora do Código Penal – genocídio (arts. 1º, 2º e 3º, da Lei 2.889,
de 1º de outubro de 1956). A tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, e o terrorismo não são crimes hediondos, mas estão contidos na Lei
8.072/90 e têm tratamento jurídico assemelhado a tais crimes.
LEI 8.930/94
LEI 9.695/98
OUTRAS ALTERAÇÕES
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
1
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I
DIREITO PENAL PARTE GERAL I - PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS
INTRODUÇÃO
ESCOLAS PENAIS
NOÇÕES GERAIS
CONCEITO
FONTES MATERIAIS
FONTES FORMAIS
LEI PENAL
INTRODUÇÃO
CONCEITO E OBJETO
interpretativa, que simplesmente opta por uma exegese razoável, que já era
admitida antes de sua edição, com lei que cria situação nova, albergando
exegese até então inadmissível. Neste último caso, se prejudicial ao réu, não
poderá retroagir.
Interpretação doutrinária ou científica é a oriunda da
doutrina, isto é, dos teóricos do direito penal. Não tem força obrigatória.
Interpretação judicial ou jurisprudencial é a realizada pelos
magistrados na decisão do caso concreto. Não tem força obrigatória, salvo
para o caso concreto, quando a sentença que a adotou transitar em julgado. É
também obrigatória, vinculando todos os magistrados, a decisão do STF
declarando a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei, no controle
por via de ação direta. Já no controle por via de exceção, uma vez declarada
inconstitucional por decisão definitiva do STF, a lei só perde a eficácia quando
o Senado, por resolução, suspender sua aplicação.
Recentemente, ingressou no ordenamento jurídico pátrio o
polêmico instituto da súmula vinculante do STF. Com efeito, dispõe o art. 103-
A da EC n. 45/2004 que o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após
reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir
de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão
ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. No § 1º dispõe que a Súmula
terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos
judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave
insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão
idêntica. O § 2º estabelece que sem prejuízo do que vier a ser estabelecido
em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
provocada por aqueles que podem propor a ação de inconstitucionalidade. E
em seu § 3º que do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a
súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao
Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que
outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
Finalmente, a Exposição de Motivos do Código Penal não é
interpretação autêntica, pois não é lei. É uma simples interpretação
doutrinária. Não tem, portanto, força obrigatória.
minori ad maius — o que é proibido para o menos é proibido para o mais (ex.:
se é crime a bigamia, com maior razão há de incriminar-se a poligamia).
Interpretação restritiva é a que diminui a amplitude do texto
da lei, adaptando-o à sua real vontade. A lei disse mais do que quis (plus dixit
quam voluit).
Interpretação ab-rogante é aquela em que, diante da
incompatibilidade absoluta e irredutível entre dois preceitos legais ou entre um
dispositivo de lei e um princípio geral do ordenamento jurídico, conclui-se pela
inaplicabilidade da lei interpretada.
INTERPRETAÇÃO PROGRESSIVA
ANALOGIA
CONCEITO E FUNDAMENTO
ESPÉCIES DE ANALOGIA
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Rei João Sem Terra, em 1215, na Inglaterra. Mas há quem proclame que as
suas raízes encontram-se no direito ibérico, nas Cortes de Leão, em 1186, no
reinado de Afonso IX.
O princípio da reserva legal é reforçado pela regra do nulla
poena sine juditio (não há pena sem julgamento). A exigência do devido
processo legal obstaculiza a criação da chamada norma-sentença, que impõe
pena sem julgamento. O direito penal moderno é de coação indireta,
porquanto não se pode impor pena sem o due process of law.
FUNDAMENTO POLÍTICO
mais do que quis, razão pela qual deve ser interpretada restritivamente,
circunscrevendo-se a proibição às normas penais incriminadoras. Com efeito,
as normas penais não incriminadoras podem nascer até dos costumes, de
modo que nada obsta a sua veiculação pela medida provisória e lei delegada.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO PENAL – PARTE GERAL II - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
SANÇÃO PENAL
CONCEITO E ESPÉCIES
DAS PENAS
CONCEITO
TEORIAS
FUNDAMENTO DA PENA
FINALIDADES DA PENA
a. Princípio da reserva legal (CF, art. 5º, XXXIX, e art. 1º do CP): só a lei
pode criar a pena. Nulla poena sine lege.
b. Princípio da anterioridade: nenhuma pena pode ser imposta sem que
esteja prevista em lei anterior à prática do fato.
c. Princípio da personalidade ou intransmissibilidade (art. 5º, XLV, da CF):
nenhuma pena passará da pessoa do delinqüente. A pena não pode
atingir terceiros estranhos ao delito. A Magna Carta abre uma exceção a
esse princípio ao estatuir que a pena de perda de bens pode ser aplicada
aos sucessores (inter vivos ou causa mortis) do condenado até o limite do
patrimônio transferido.
d. Princípio da proporcionalidade ou individualização (CF, art. 5º, XLVI): a
pena deve graduar-se de acordo com a relevância do bem jurídico
tutelado, levando-se também em conta a pessoa do delinqüente. Esse
princípio está relacionado com o caráter retributivo da pena. O inciso XLVI
do art. 5º da CF estatui que “a lei regulará a individualização da pena...”.
Individualizar a pena nada mais é do que “retribuir o mal concreto do
crime, com o mal concreto da pena, na concreta personalidade do
criminoso” (Nélson Hungria).
Projeta-se sob três aspectos a individualização da pena: o
legislativo, o judicial e o executório ou administrativo.
A individualização legislativa é operada pelo legislador
quando comina a pena abstrata, de acordo com a maior ou menor
gravidade do delito. A lei deve prever a espécie e quantidade da pena e,
se for o caso, a sua substituição por outras penas mais leves.
A individualização judicial é efetuada pelo magistrado
quando, na sentença, impõe a pena concreta ao réu, dosando-a com base
nos critérios previstos no art. 59 do CP. Conquanto os réus possam sofrer
penas idênticas, é essencial a fixação separada da pena, a análise
individual, sendo vedada a aplicação da pena de forma conjunta para
todos os co-réus. A reformatio in pejus inviabiliza que, no caso de
anulação da sentença por recurso exclusivo da defesa, seja ultrapassado
o limite da pena anteriormente fixada.
e. Princípio da inderrogabilidade ou inevitabilidade: a pena, desde que
presentes os seus pressupostos, deve ser aplicada e fielmente cumprida.
Esse princípio é excepcionado por diversos institutos penais, a saber:
sursis, livramento condicional, perdão judicial, anistia, prescrição etc.
f. Princípio da humanização (CF, art. 5º, XLIX): a pena não pode violar a
integridade física e moral do condenado. Nenhum tratamento cruel,
desumano ou degradante pode ser infligido à pessoa detida, presa ou
custodiada pelo Estado. O inciso XLVII do art. 5º da CF proíbe as
seguintes penas: a) de morte; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos
forçados; d) de banimento; e) cruéis. Abre-se exceção à pena de morte,
que pode ser decretada em caso de guerra externa, declarada nos termos
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 5
DIREITO PENAL – PARTE GERAL II - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO PENAL ESPECIAL I - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES GERAIS
HOMICÍDIO
CONCEITO
OBJETIVIDADE JURÍDICA
ESPÉCIES DE HOMICÍDIOS
SUJEITO ATIVO
SUJEITO PASSIVO
NÚCLEO DO TIPO
MEIOS DE EXECUÇÃO
modo que não há relação de meio e fim entre esses dois crimes, que na
verdade são regidos pela conexão ocasional, impondo-se o concurso material
de crimes. Ressalte-se, porém, que o porte de arma deve ser absorvido
apenas na hipótese de a arma ter sido adquirida com fim específico de praticar
o delito contra a vida, pois em tal situação integra o “iter criminis” percorrido
pelo agente, caracterizando-se uma situação de progressão criminosa.
CONSUMAÇÃO
TENTATIVA
dubio pro societate. A propósito, cumpre registrar que o princípio “in dubio
pro societate “ vigora na área penal nas seguintes hipóteses: a) no momento
do oferecimento da denúncia; b) no momento da pronúncia; c) no julgamento
da revisão criminal.
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
QUESTÕES
33. Qual a diferença entre morte clínica e morte encefálica? Qual o critério
adotado pela legislação brasileira?
34. O desligamento de aparelho que artificialmente mantém viva a pessoa
acometida de morte cerebral caracteriza delito de homicídio?
35. Por que o homicídio é um delito de forma livre?
36. Como se analisa a idoneidade do meio executório?
37. O que são meios morais ou psíquicos?
38. O que é homicídio patológico? O contágio doloso do vírus HIV
caracteriza qual delito?
39. É possível homicídio por omissão?
40. Aquele que se recusa a socorrer alguém que esteja morrendo, comete
homicídio ou omissão de socorro?
41. O delito de disparo de arma de fogo é absorvido pelo homicídio? E o
delito de porte ilegal de arma?
42. Em latim, como se expressa o dolo de matar?
43. O que é dolo direto de primeiro grau?
44. O que é dolo direto de segundo grau? Exemplifique.
45. O que é dolo eventual e como se diferencia do dolo direto de segundo
grau?
46. Por que no homicídio o dolo é genérico? Há alguma exceção?
47. Quais os critérios identificadores do “animus necandi”?
48. Não havendo “animus necandi”, exclui-se o delito de homicídio. Nesse
caso, o agente responde por qual crime?
49. Quando se consuma o crime de homicídio?
50. Por que o homicídio é delito não transeunte?
51. O princípio “in dúbio pro societate” é aplicável em que hipóteses?
52. O tribunal do júri, na dúvida, absolve ou condena o réu?
53. O homicídio privilegiado é causa obrigatória ou facultativa de redução
de pena?
54. Quais são as três espécies de homicídio privilegiado?
55. O que é motivo?
56. Qual a diferença entre relevante valor moral e relevante valor social?
57. Se apenas um dos agentes age sob relevante valor moral ou social, os
demais serão beneficiados pelo homicídio privilegiado, que prevê a
redução da pena?
58. Quais os requisitos do homicídio emocional?
59. O que se entende por provocação injusta?
60. Na influência de violenta emoção o homicídio é privilegiado?
61. O privilégio é aplicável ao domínio de violenta paixão?
62. No homicídio privilegiado a reação deve ser imediata?
63. O homicídio passional é sempre privilegiado?
64. O homicídio privilegiado é compatível com a “aberratio ictus”?
65. No homicídio privilegiado, o agente reage a uma provocação injusta, ao
passo que na legítima defesa ele reage contra uma agressão injusta. Há
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 22
DIREITO PENAL ESPECIAL I - PROF. FLÁVIO AUGUSTO MONTEIRO DE BARROS
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO PROCESSUAL PENAL I - PROFª. ROSANE CIMA CAMPIOTTO
INTRODUÇÃO
DIREITO DE PUNIR
LIDE PENAL
c. Princípio da Indisponibilidade:
É decorrência do princípio da obrigatoriedade, vigorando
inclusive no inquérito policial.
O inquérito policial, uma vez instaurado, não pode ser
paralisado indefinidamente ou mesmo ser arquivado sem determinação
judicial. Aliás, dispõe o artigo 17 do Código de Processo Penal que a
autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito policial.
A lei estabelece prazos para a conclusão do inquérito. Além
disso, o requerimento de arquivamento, formulado pelo representante do
Ministério Público, deve ser submetido ao Juiz, como fiscal do princípio da
indisponibilidade, o qual, discordando das razões invocadas, deve remeter os
autos ao chefe da instituição, conforme determina o artigo 28, do Código de
Processo Penal.
Tal princípio implica também na impossibilidade do órgão do
Ministério Público desistir da ação penal instaurada (conforme estabelece o
artigo 42, do Código de Processo Penal) e do recurso já interposto (nos
termos do artigo 576, do Código de Processo Penal).
Referido princípio, contudo, sofre algumas exceções. A
primeira se refere à ação penal privada, onde vige a disponibilidade, pois,
uma vez proposta a ação, o querelante pode perdoar o querelado, pode dar
causa à perempção ou mesmo desistir da ação.
Outra exceção se refere à possibilidade de suspensão
condicional do processo, nas infrações que tenham pena mínima igual ou
inferior a um ano, desde que preenchidos os demais requisitos legais
previstos no artigo 89, da Lei 9.099/95. Assim, neste caso, poderá o
representante do Ministério Público formular proposta visando a suspensão
do processo mediante algumas condições que, se aceitas e cumpridas pelo
acusado, acarretarão a extinção da punibilidade.
e. Princípio da Publicidade:
Constitui garantia para a sociedade, servindo de freio contra
eventuais fraudes, corrupções e julgamentos secretos.
Encontra-se previsto no artigo 5º, LX, da Constituição
Federal, que estabelece que: “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”.
Além disso, de acordo com o artigo 93, inciso IX, da Magna
Carta, “todos os julgamentos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade
do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”.
A doutrina costuma distinguir a publicidade plena e a
publicidade restrita.
A primeira, publicidade plena, geral ou popular é aquela que
permite o acesso dos autos do processo por qualquer pessoa. Já, a
publicidade restrita, especial ou para as partes, é aquela em que apenas um
número reduzido de pessoas pode ter acesso aos autos.
Em processo penal, a regra é a publicidade plena. A
exceção é a publicidade restrita, ou para as partes, quando a defesa da
intimidade ou o interesse social exigirem.
São exemplos de publicidade restrita, previstas no Código de
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 9
DIREITO PROCESSUAL PENAL I - PROFª. ROSANE CIMA CAMPIOTTO
j. Princípio da Oficialidade:
Como a repressão ao criminoso constitui função do Estado
(jus puniendi) é indispensável que sejam instituídos órgãos encarregados da
persecução penal.
De acordo com este princípio, os órgãos encarregados de
deduzir a pretensão punitiva devem ser órgãos oficiais. Tais órgãos são as
autoridades policiais e os representantes do Ministério Público.
A Constituição Federal assegura que a apuração das
infrações penais deve ser efetivada pela Polícia (artigo 144) e que a ação
penal pública deve ser promovida, privativamente, pelo Ministério Público
(artigo 129, I).
Este princípio, entretanto, não é absoluto, pois
excepcionalmente, a ação penal privada é promovida pelo ofendido ou por
quem tenha qualidade para representá-lo (artigo 30, do Código de Processo
Penal). Além disso, a Constituição Federal prevê a ação penal privada
subsidiária (artigo 5º, LIX).
Do princípio da oficialidade decorrem os princípios da
autoritariedade e da oficiosidade.
Autoritariedade significa que os atos de persecução penal
são presididos por autoridades públicas, como são a autoridade policial e o
órgão do Ministério Público.
Oficiosidade, por seu turno, significa que os órgãos
incumbidos da persecução penal devem agir de ofício, ou seja, por iniciativa
própria, sem a necessidade de provocação.
m. Princípio da Oralidade:
Vários atos do processo são realizados oralmente, tais
como, interrogatório, depoimentos, acareações, reconhecimentos, etc.
Todavia, a oralidade é relativa, uma vez que a legislação
mantém as regras do procedimento escrito.
Da oralidade decorrem os subprincípios da concentração,
da imediatidade e da identidade física do juiz.
Segundo o princípio da concentração, o julgamento deve
ser concentrado em uma ou poucas audiências, marcadas a curtos intervalos
de tempo.
Pelo princípio da imediatidade, ou imediação, para poder
julgar, o juiz deve ter contato direto com as partes e as provas.
Por fim, o princípio da identidade física do juiz, segundo o
qual o juiz que realiza a instrução vincula-se ao processo devendo proferir
decisão final, não vige, como regra, no processo penal, sendo admitido
apenas como exceção, no rito do Tribunal do Júri, no momento do julgamento
em Plenário. Assim, os jurados que começaram a instrução devem concluir o
julgamento, proferindo veredicto final, sendo que, na hipótese de não ocorrer
o julgamento, a instrução deve ser realizada novamente, perante os novos
jurados sorteados.
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
INTRODUÇÃO
PRIMEIRA PARTE
1
Para leitura complementar, recomendamos BASTOS, Celso Ribeiro, Curso de Direito Constitucional, 22ª edição, São
a
Paulo, Ed. Saraiva, 2001; CANOTILHO, José Joaquim Gomes, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 3 edição,
Coimbra, Livraria Almedina, 1999; FAVOREU, Louis, coordonnateur, Patrick Gaïa, Richard Ghevontian, Jean-Louis
Mestre, André Roux, Otto Pfersmann et Guy Scoffoni, Droit Constitucionnel, Paris, Dalloz, 1998; FERREIRA FILHO,
Manoel Gonçalves, Curso de Direito Constitucional, 29ª edição, São Paulo, Ed. Saraiva, 2002; LENZA, Pedro, Direito
Constitucional Esquematizado, 5a edição, São Paulo, LTr, 2003; MORAES, Alexandre de, Direito Constitucional, 13ª ed.,
São Paulo, Ed. Atlas, 2003; SIÉYÈS, Emmanuel, A Constituinte burguesa, Qu’est-ce que le Tiers État?, 3ª edição,
organização e introdução de Aurélio Wander Bastos, Rio de Janeiro, Ed. Lumen Juris, 1997; SILVA, José Afonso da,
Curso de Direito Constitucional Positivo, 21ª edição, São Paulo, Ed. Malheiros, 2002; e TAVARES, André Ramos, Curso
de Direito Constitucional, São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
2
Desde ARISTÓTELES, A Política (tradução do grego por Mário da Gama Kury, 2ª edição, Brasília, Ed. Universidade de
Brasília, 1988), já se cuidava de regras elementares para a estruturação da sociedade e do Estado, motivo pelo qual é
possível falarmos em Constituição Antiga e Constituição Moderna, cujo divisor é o século XVIII d.C..
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 3
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
3
Para leitura a análise mais detida desta parte, recomendamos FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves, Curso de Direito
Constitucional, 29ª edição, São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
4
Há vários outros documentos relevantes para a história constitucional, que compõem o bloco que forma a Constituição
não escrita da Inglaterra, como o Petition of Rights de 1628, Habeas Corpus Act de 1679, Bill of Rights de 1689 e Act of
Seattlemente de 1701.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 5
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
CONTRATOS DE COLONIZAÇÃO
5
A Assembléia dos Estados Gerais, composta pelo alto clero, pela nobreza e pela burguesia (Terceiro Estado) era
raramente convocada (às vezes com intervalo de várias décadas), e foi justamente sua reunião que acelerou a queda de
Luís XVI no processo da Revolução Francesa de 1789, quando então foi publicado o manifesto O que é o Terceiro
Estado?, escrito pelo abade Emmanuel Joseph Sieyès (integrante do Terceiro Estado), reclamando o direito de a
burguesia ser ouvida nas decisões da Assembléia dos Estados Gerais (até então dominada pelo alto clero e pela
nobreza).
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 6
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
atividades, e sempre limitam suas ações segundo a vontade contida nas leis
(que expressam a vontade geral do povo mediante seus representantes
integrantes dos parlamentos). Substitui-se o império do monarca pelo império
da lei decorrente da vontade da sociedade manifestada pelas relações
interpessoais e declarada pelo Legislativo (caixa de ressonância social), que é
a essência do Estado de Direito definido no ambiente liberal do século XVIII. 6
O CONSTITUCIONALISMO
6
Qualquer visão minimamente crítica duvida da concretização desses ideais liberais, especialmente se considerarmos
que o parlamento do século XVIII era composto basicamente pela burguesia (pelo voto censitário e a outras exclusões de
direitos políticos motivadas por sexo ou formação cultural), pelo clero e pela nobreza. O grande desafio da democracia
representativa sempre foi a vinculação da vontade do representante à vontade do representado, problema apenas
amenizado a partir do século XX com o surgimento da democracia pelos partidos e a democracia participativa, não
obstante as dificuldades verificadas nesses mecanismos, o que estudaremos mais adiante, no Sistema Político.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 8
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
FASE LIBERAL
FASE SOCIAL
INTERNACIONALIZAÇÃO
7
A definição de globalização é complexa porque envolve conceito em formação que reúne diversos fatores, mas, em
apertada síntese, indica a solidariedade de múltiplos países na conjugação de esforços para a busca de pontos de
interesse comum e de solução de problemas que atingem número indeterminado de pessoas, notadamente na área
social e econômica.
8
Tomando como exemplo a União Européia, a mesma é dotada dos elementos tradicionais de Estado, pois tem território
definido (soma dos territórios dos países que integram a comunidade), povo (composto pelos nacionais dos países
signatários, com livre trânsito), estrutura de governo (Parlamento, Primeiro-Ministro e Secretariado, além de Tribunais
Comunitários, tanto para questões relativas a direitos humanos quanto para demais temas da União Européia), e a
finalidades institucionais comuns. Além disso, o Banco Central Europeu detém instrumentos para emissão e controle do
euro (moeda única dotada de curso forçado em todos os países que forma a União Européia), além de símbolos (como
bandeira própria e documentos pessoais padronizados), aspectos que, reunidos, intensificam a polêmica acerca da
natureza jurídica dessa organização como sendo confederação (ante à possibilidade de dissolução de vínculo), federação
ou um novo modelo estatal sem precedentes. Outro passo marcante no sentido da definição da União Européia como
novo modelo de Estado é a conclusão de sua Constituição, expressão amplamente empregada com o propósito de
afirmar o elo entre os componentes dessa unidade.
9
Sobre o tema Georges Burdeau, Francis Hamon, Michel Troper, Droit Constitutionnel, 26a édition, Paris, Librairie
Générale de Droit et de Jurisprudence – L.G.D.J., 1999 p. 649, e Jean Rivero e Jean Waline, Droit Administratif, 18ª ed.,
Paris, Éditions Dalloz, 2000, p. 79.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 12
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
10
Há várias definições de “Estado de Direito”, como alerta Carl Schmitt, Legalidad y Legitimidad, trad. de José Díaz
Garcia, Madrid, Aguilar, 1971, p. 23. Hans Kelsen, Teoria Pura do Direito, trad. de João Batista Machado, e revisado para
a edição brasileira por Silvana Vieira, 2ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1987, p. 328, a expressão “Estado de
Direito” representa um pleonasmo, pois para ele Estado e Direito são conceitos idênticos. Sobre a evolução do antigo
regime para o Estado de Direito, bem como o desenvolvimento para o Estado Democrático de Direito, conferir Manoel
Gonçalves Ferreira Filho, Estado de Direito e Constituição, 2ª edição, São Paulo, Ed. Saraiva, 1999, e José Afonso da
Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, 21ª edição, Ed. Malheiros, São Paulo, 2002, págs. 112 e seguintes.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 13
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
11
Sobre o assunto, Elías Díaz, Estado de Derecho y Sociedad Democrática, Madrid, Editorial Cuadernos para el Diálogo,
1973, p. 29. Identificando-o com social-democracia, encontramos o Estado de Direito Democrático e Social, no art. 28, I,
da Lei Fundamental de Bonn de 1949, o Estado Democrático e Social do art. 2º da Constituição francesa de 1958, e o
Estado Social e Democrático de Direito, no art. 1º da Constituição espanhola de 1978. No art. 2º da Constituição
portuguesa de 1976 consta o Estado de Direito Democrático, inicialmente com vocação socialista (cunhada após a
Revolução dos Cravos), abandonada nas revisões constitucionais qüinqüenais.
12
Sobre o assunto, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Constituição e Governabilidade, São Paulo, Ed. Saraiva, 1995.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 14
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
13
Por exemplo, assumiriam força equivalente às emendas os tratados que cuidem de instituições políticas do Mercosul
(tema tipicamente constitucional, mas que não versa especificamente sobre direitos humanos)? Os tratados
internacionais sobre direitos humanos vigentes antes da edição da Emenda Constitucional 45/2004 devem ser
“recepcionados” com força de emenda, ainda que não submetidos à votação em dois turnos, por maioria de 3/5? Nossa
posição é favorável a essa “recepção”, o que fundamentamos na razão de ser desse instituto (que estudaremos na
hermenêutica constitucional), mas admitimos que esse aspecto é controvertido, pois antes da Emenda Constitucional
45/2004, entendendo que os tratados sobre direitos fundamentais possuem natureza e força normativa equivalente aos
preceitos constitucionais formais, havia vários acórdãos do Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, dentre eles a AC
601.880/4-SP, 1o TAC, 1a Câmara, Rel. Juiz Elliot Akel, cuidando da proibição da prisão do depositário infiel em razão do
que dispõe o Pacto de San Jose da Costa Rica (Acordo Interamericano sobre Direitos Humanos). Já o Supremo Tribunal
Federal, antes da Emenda Constitucional 45/2004, afirmou que esse ato internacional agregou-se ao Direito interno com
força de norma infraconstitucional (p. ex., no HC 77.631/SC, Rel. Min. Marco Aurélio). Sobre o tema, CANÇADO
TRINDADE, Antonio Augusto, Direito Internacional e Direito Interno: sua internação na proteção dos direitos humanos,
em Instrumentos Internacionais de proteção dos direitos humanos, Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado
de São Paulo, p. 15 e seguintes, e PIOVESAN, Flávia, Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional, 3ª
edição, São Paulo, Ed. Max Limonad, 1997.
14
Sobre o assunto, José Eduardo Faria (coordenação), Direito e Globalização Econômica - Implicações e Perspectivas”,
São Paulo, Ed. Malheiros, 1996; Norbert Reich, Intervenção do Estado na Economia (Reflexões sobre a Pós-
Modernidade), Revista de Direito Público, n.º 94, p. 265; José Joaquim Gomes Canotilho, Direito Constitucional citado,
págs. 901 a 904; e Mário Pereira Neto, Direito-Política-Economia das comunidades Européias, São Paulo, Ed.
Aduaneiras, 1994, p. 79 e 80.
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 15
DIREITO CONSTITUCIONAL I - PROF. JOSÉ CARLOS FRANCISCO
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO ADMINISTRATIVO – PROFª CRISTINA APARECIDA FACEIRA MEDINA MOGIONI
O DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 1
DIREITO TRIBUTÁRIO- PROFºs. GUILHERME ADOLFO DOS SANTOS MENDES e
DIMAS MONTEIRO DE BARROS
TRIBUTO
CONCEITO
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
COMPULSÓRIO
INSTITUÍDA EM LEI
NATUREZA JURÍDICA
ESPÉCIES
A TEORIA TRICOTÔMICA
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
QUESTÕES
CURSO A DISTÂNCIA – MÓDULO I 14
DIREITO TRIBUTÁRIO- PROFºs. GUILHERME ADOLFO DOS SANTOS MENDES e
DIMAS MONTEIRO DE BARROS
1- c 2- d 3- a 4- c 5- a
6- a 7- b 8- c 9- d 10- c
26- c 27- d