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2009.1 - Aula Introdutória


Origem: Cadernos Colaborativos, a enciclopédia livre.
AULA INTRODUTÓRIA: 04/03/2009

Art. 2º do CPC: trata do princípio da inércia/ jurisdição, isto é, o juiz tem que
ser provocado (por meio de uma ação) para dizer o direito. O art. 262 do CPC
também trata do princípio da inércia ao informar que após o juiz ser
provocado, o processo segue o rumo por impulso oficial.
Quando se provoca a demanda, provoca-se a jurisdição. O réu impugna defesa
da demanda. Lide é a pretensão resistida em juízo. Quem tiver interesse, tem
legitimidade – mesmo que seja um terceiro na relação (art. 499 do CPC).

O problema da morosidade do Judiciário deve-se, entre outros fatores, ao


excesso de recursos e de demandas, ao fato de termos poucos juízes se
comparados ao número de processos e ao fato de o acesso a Justiça ter sido
facilitado sem ter tido um acompanhamento para que não houvesse uma
disparidade. Esse acesso facilitado ao Judiciário pode ser objeto de uma
analogia com uma Igreja onde há muitas portas de entrada, mas apenas uma
de saída.

O processo é um conjunto de atos concatenados que objetivam alcançar a


sentença. Primeiro vem a distribuição do processo, depois a citação (art. 219
do CPC). A citação é o primeiro ato do processo; dá direito ao contraditório e
à ampla defesa; é um ato de comunicação processual que objetiva a ampla
defesa e o contraditório. A contra-fé é o mandado de citação com cópia da
petição inicial. A citação por hora certa concretiza-se quando o oficial de
justiça avisa que vai voltar para citar em tais dias e tais horários. Normalmente
ocorre quando há a desconfiança de que as pessoas estão “armando” para não
receberem a citação.

Obs.: As partes devem praticar os atos nos momentos oportunos, sob a pena
de preclusão, isto é, perda do direito de praticar os atos (princípio da
eventualidade). A preclusão pode ser temporal (quando deixa o tempo passar
sem haver manifestação da parte – em geral, o prazo é de 15 dias), lógica
(decorrente da prática de atos incompatíveis com a contestação) e/ ou
consumativa (após contestar, nada mais pode ser dito nem acrescentado –
ainda que não tenham passados os 15 dias).

Existem recursos que visam reformar a sentença (decisão final do juiz) porque
houve erro no julgamento. E existem recursos que pretendem anular a decisão
porque houve um erro “In procendo”, isto é, no procedimento. Esses recursos
são bem fundamentados.
Existem também recursos sem fundamentos – os chamados recursos
protelatórios - que objetivam adiar o transito em julgado (quando não cabe
mais recurso da decisão).
O art. 14, V, § único do CPC prevê multa para quem recorrer apenas para
protelar.
A título de curiosidade: o nome da ação é dado por quem impetra: o rito
processual é q é definido por lei.

Há antecipação de tutela quando há provas no sentido que a alegação é


verossímil (não pode ser concedida se a tutela antecipada for irreversível).
Está prevista no artigo 273 do CPC (tem que haver verossimilhança e
periculum in mora ou verossimilhança e abuso de direito de defesa)
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_Aula_Introdut%C3%B3ria"
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2009.1 - Aula 01 e 02
Origem: Cadernos Colaborativos, a enciclopédia livre.
AULA 01 e 02: 06/03/2009

Princípios do processo: (i) da identidade física, (ii) do devido processo legal,


(iii) do livre convencimento, (iv) da estabilidade processual, (v) da tríplice
identidade dos elementos da causa.

O princípio da identidade física consiste no entendimento de que o juiz que


colheu a prova oral (ouviu as partes e testemunhas) fica vinculado ao
julgamento/ audiência, porque quando está sendo interrogada/ ouvida uma
pessoa esboça reações que informam se está mentindo ou falando a verdade.
Está previsto no art. 132 do Código de Processo Civil.
O princípio do devido processo legal está disposto no art. 398 do CPC. Junto
com o princípio do contraditório e da ampla defesa, compõem os princípios
processuais na Constituição Federal.
O princípio do livre convencimento consiste na noção de que o juiz tem julgar
conforme o seu convencimento.
O princípio da estabilidade processual prevê que há um momento em que
nenhum documento essencial pode ser agregado (mas pode se for documento
acidental). Está previsto no art. 282 do CPC e a sua conseqüência encontra-se
no art. 284 do CPC (se após permitir a emenda da inicial, a parte não atuar, o
juiz dá uma sentença extintiva).

Obs.: sentença extintiva está prevista no art. 267 do CPC e é aquela onde o
juiz extingue o processo sem analisar o mérito. Sempre que houver sentença
extintiva, pode ser proposta uma nova ação porque não houve análise do
mérito: há coisa julgada formal.
Sentença definitiva está prevista no art. 269 do CPC e é aquela em que o juiz
profere sentença após analisar o mérito (há coisa julgada formal e material).

O princípio da tríplice identidade dos elementos da causa refere-se à coisa


julgada. Em caso de paternidade o STJ entende que a coisa julgada pode ser
relativizada em nome da dignidade humana: não há dignidade humana se não
conhecer a sua origem.
Obs.: os elementos da causa são as partes, o pedido e a causa de pedir.

A teoria da sistematização da relativização da coisa julgada defende que toda


sentença que de alguma forma macula/maltrata um principio constitucional é
uma sentença juridicamente impossível e como tal nos conduz à coisa julgada
inconstitucional. Esta teoria não deve ser utilizada a menos que não haja outra
saída.

A teoria da identidade das relações jurídicas institui que havendo coisa


julgada que pode prejudicar outra causa, faz com que a nova causa seja
considerada julgada (art. 267, V do CPC).

Ação rescisória tem como objetivo rescindir uma sentença transitada em


julgado. Tem previsão no art. 485 do CPC – é uma excepcionalidade.
No Direito Penal, a coisa transitada em julgado não tem o mesmo tratamento
do Direito Civil: há revisão criminal porque o direito em jogo é indisponível
(a liberdade).
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2009.1 - Aula 03 e 04
Origem: Cadernos Colaborativos, a enciclopédia livre.
AULA 03 e 04: 11/03/2009

Quando se fala em jurisdição se fala em imparcialidade (é um atributo, sob a


pena de nulificar o julgamento). Mas como garantir? Através da distribuição
dos processos. Porém, a partir de 1996, com a Lei de Arbitragem (Lei nº
9307/96), as partes passaram a poder escolher alguém para julgar a lide. Essa
escolha das partes nada tem nada haver com o Poder Judiciário, apesar de que
a decisão proferida pelo árbitro é válida e representa um título executivo.
A jurisdição encontra seu fundamento no art. 5º, XXXV da Constituição. O
STF entende que a Lei da Arbitragem não é inconstitucional porque é a
manifestação da vontade das partes sobre um direito disponível. Vale lembrar
que a sentença do árbitro não pode ser revista pelo Judiciário.
A imparcialidade garante a existência do juiz natural (é aquele que recebeu
processo após a distribuição).

Recurso de decisão é AGRAVO; recurso de sentença é APELAÇÃO (que


posteriormente será julgada por três dos cinco desembargadores de uma
Câmara).
Na Apelação há um relator, um revisor e um vogal (todos formam o “juiz
natural”). No Agravo há um relator e duas vogais.
O relator analisa o recurso, relata e encaminha ao revisor. O revisor estuda o
processo e marca dia para julgamento. O vogal só sabe o que aconteceu no dia
do julgamento, por isso é comum ele pedir vista.
O relator pode dar decisão monocrática, conforme dispõe o art. 557 do CPC.
Para não violar o princípio do juiz natural a parte pode interpor um agravo
para o colegiado decidir (a única hipótese em que pode ser impedido está
prevista no §2º do art. 557 do CPC).

A prova no processo é tudo. É a base da pretensão do réu ou do autor. O CPC


diz de quem é o ônus da prova, mas a produção delas é controlada: provas
ilícitas ou legitimas não são admitidas (teoria da árvore dos frutos
envenenados). As provas ilícitas são aquelas obtidas com violação de direito
material. As provas ilegítimas são obtidas com violação de regra de direito de
propriedade.
Tríduo: três dias (após o término do interrogatório) para que a defesa
apresente a defesa prévia. Não é recomendado apresentar todos os argumentos
porque lá não vigora o princípio da eventualidade, uma vez que não se opera a
preclusão porque o direito é indisponível, como regra. A defesa prévia tem
como objetivo a apresentação de testemunhas (aí sim pode ocorrer preclusão).

Comentários na aula: a Lei nº 9296 trata da interceptação telefônica. Esta tem


que ser o último meio, tem que ser autorizada pelo juiz e para instruir
processo criminal (tem que ser interpretada restritivamente porque é uma
norma de exceção). O direito se reolsve a luz do caso concreto.
Promotor natural: todos os promotores são totalmente independentes uns dos
outros, e podem contrariar outra posição. Denúncia é a petição inicial
criminal.

Toda reforma do código de processo objetiva nada mais do que garantir a


celeridade da prestação jurisdicional, porque através da celeridade garante-se
a efetividade da prestação jurisdicional. Uma reforma pontual é boa porque a
mudança é mais rápida, mas é ruim porque pode desequilibrar o sistema.
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2009.1 - Aula 05 e 06
Origem: Cadernos Colaborativos, a enciclopédia livre.
AULA 05 e 06: 13/03/2009 e 18/03/2009

A antecipação da tutela é uma medida que visa antecipar os efeitos do pedido


da tutela. A antecipação dos efeitos da tutela encontra-se no art. 273 do
Código de Processo Civil. Para que a tutela seja antecipada, é preciso que a
alegação seja verossímil e haja, ou pericullum in mora ou abuso de direito. A
antecipação de tutela é “impedida” pela irreversibilidade da conduta. A
antecipação da tutela não impede que o processo prossiga normalmente, e
pode ser revogada a qualquer tempo. Até 1994, a antecipação de tutela era
“camuflada” no mandado de segurança – que protege direito líquido e certo –
e atendia pela denominação “medida cautelar satisfativa”. Diferencia-se a
tutela antecipada da medida cautelar segundo o seu objeto.

A decisão que antecipa a tutela que não for cumprida é convertida em perdas e
danos, nos termos do art. 461, §1º do CPC. Quando o objeto em questão é um
bem móvel, há a entrega de coisa certa. Quando o objeto em análise é um bem
imóvel há imissão na posse. Quando a entrega de coisa certa e a imissão na
posse não são cumpridas, cobra-se astreintes (multa diária) conforme prevê o
art. 461, §5º do CPC.

O juiz, pelo princípio da congruência (ou correlação), só pode dar o que foi
pedido (art. 128 e 460 do CPC). A exceção a esse princípio é quando existem
pedidos implícitos. Um exemplo são as astreintes: multas que não objetivam
penalizar, mas sim atuam como forma de coerção. O dinheiro da multa vai
para o credor, e discute-se se há ou não limite para tal. A primeira corrente
defende que a multa não tem limite; já a segunda corrente diz que deve haver
um limite e justifica-se com base no princípio da razoabilidade que é fundado
na necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito.

A tutela antecipada é uma liminar que pode ser requerida a qualquer


momento, mas o ideal é que seja pleiteada na petição inicial.

O recurso de uma sentença chama-se apelação, e tem como regra a produção


do duplo efeito suspensivo/ devolutivo (a exceção é o efeito devolutivo do
recurso, que mantém a produção dos efeitos da tutela antecipada). O art. 520
do CPC traz um rol exemplificativo. A apelação vai para o juiz, que define o
efeito e depois segue para o Tribunal.
O recurso de decisões interlocutórias chama-se agravo e pode ser tanto “de
instrumento” quanto “retido”. Tem como regra a produção de efeito
devolutivo (a exceção é o duplo efeito suspensivo/ devolutivo, que suspende a
sentença – ato formal que veicula todas as decisões). O agravo segue direto
para o Tribunal.

Importante: sempre que houver antecipação de tutela o efeito será devolutivo


para que a sentença/ decisão continue produzindo efeitos durante a apelação
(art. 520, VII do CPC). No recurso devolutivo o Tribunal analisa apenas o
conteúdo contestado (matéria impugnada), e não há suspensão da eficácia da
decisão.

Antecipação de tutela recursal ocorre quando o juiz de primeira instância não


concedeu a antecipação de tutela, mas o Tribunal (o relator) deu – art. 527, III
do CPC. Já o efeito suspensivo ativo ocorre quando o juiz de primeira
instância concedeu a antecipação de tutela, e o Tribunal retira, ou melhor,
suspende a decisão do juiz.

Observação: quando se tratar de ordem pública, não há preclusão (art. 267, §3º
acrescido do art. 301, §4º do CPC), e o juiz pode analisar a qualquer momento
(não há o princípio da eventualidade). O juiz DEVE agir de ofício se tomar
conhecimento de questões de ordem pública.
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2009.1 - Aula 07 e 08
Origem: Cadernos Colaborativos, a enciclopédia livre.
AULA 07 e 08: 20/03/2009

A tutela inibitória pura visa evitar a ocorrência do ilícito (Habeas Corpus


preventivo). Já a tutela inibitória impura visar impedir que o ilícito que já
ocorreu se repita ou prolongue-se no tempo.
Quando o juiz profere uma sentença, ela pode ser constitutiva positiva ou
constitutiva negativa. A sentença é constitutiva porque extingue a relação
jurídica anterior e cria uma nova, como ocorre, por exemplo, no divórcio. A
sentença proferida pode ser ainda condenatória (expropria bens do devedor)
ou declaratória (reconhece uma relação jurídica já existente, como no caso da
paternidade).
Como resultado da sentença condenatória, tem-se a execução (é um processo
contínuo ao de conhecimento). A execução é uma fase do processo que é
único.

Para uma ação de consignação em pagamento tem que haver uma recusa
injustificada do credor de receber o pagamento ou quando se desconhece o
credor. A ação de consignação em pagamento declara que o devedor não tem
mais o dever de pagar ou então garante que este não terá que suportar os
efeitos da mora.

A sentença pressupõe um título líquido, certo e exigível. O art. 475 - N do


CPC prevê os títulos executivos judiciais, ou seja, aqueles exeqüíveis.
Sentença penal condenatória transitada em julgado na esfera penal também faz
coisa julgada na esfera administrativa e cível. Não há interesse em ajuizar uma
ação de conhecimento, só de execução (chamada ação cível ex delito). Para
que essa ação seja proposta, o crime tem que trazer conseqüências materiais –
posição majoritária da doutrina. Já a minoria da doutrina acredita que nem
todo crime traz conseqüências materiais. Uma sentença, mesmo que
declaratória autoriza a execução.
O interesse processual de agir baseia-se na utilidade e na adequação. O art.
267, VI do CPC traz a sentença terminativa.
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