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Iva Versus Imposto de Consumo 1
Iva Versus Imposto de Consumo 1
Nós devemos pegar no Imposto de Consumo estudá-lo bem e adaptá-lo para o IVA.
Magro, Dou-te toda a razão. O IVA é um imposto com princípios de gestão bastante
fáceis de entender. A sua aplicação real é que já não tem nada de fácil. Por isso, e em
minha opinião, vais bem quando pensas que há que criar o substrato fiscal, que vai do
quadro legislativo pensado para o território fiscal concreto, à máquina administrativa
fiscal que o vai gerir, quer no que toca a formação específica na perspectiva da gestão
estadual do imposto, quer na dos particulares que o vão aplicar no seu dia a dia, quer na
cultura geral dos que o vão suportar em último degrau, os consumidores que, afinal,
serão tendencialmente todos.
1. Temos uma cultura e tradições que são intrínsecas única e exclusivamente ao africano em
geral e em particular ao angolano. Como exemplo temos: o óbito em que a vizinha que cede o
espaço para os comes e bebes é considerada como família; o alabamento; o respeito pela
matriaca (mama); a poligamia pratica no norte de Angola (exemplo Sanza Pombo) - não
confundir ter cinco ou seis namoradas, porque a poligamia tem regras sociais...
Ora tudo o que foi dito tem reflexos na vida dos angolanos nomeadamente nos que vivem fora
dos grandes centros. Muitos tem sido aculturados, o que é um verdadeiro erro.
Esse erro, ou seja, imporem-nos culturas que não são nossas reflecte-se no meu entender no
atraso que África em geral tem tido. Os que estudamos (meu caso) na Europa ou noutros
continentes não podem não devem impor conceitos e regras que colidem com a nossa cultura
e tradições. Temos sim, de adaptar o que aprendemos ao nosso povo. Como exemplo, não se
pode pegar em legislações estrangeiras e fazer um "copy" "paste" para o nosso ordenamento
jurídico. É necessário estudá-los e adaptá-los à nossa realidade. Têm de ser acima de tudo
simples e práticos tendo presente o analfabetismo e literacia que grassa no nosso continente.
Não podemos pensar nós que estudamos noutros continentes que somos os donos da verdade
os sábios cá do sítio. Temos de saber ouvir as autoridades tradicionais, os mais "velhos" que
em África têm muito saber.