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TRATAMENTO

DA
TUBERCULOSE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA


PNEUMOLOGIA – 2011
PROFESSOR: RAIMUNDO ABREU
TRATAMENTO
DA
TUBERCULOSE
IELLI LACERDA
PATRÍCIA ARAÚJO
RAFAEL GIL PASSOS
TICIANA ALBUQUERQUE
VICTOR HUGO
Tratamento – Introdução
Introdução ao tratamento da TB
• O tratamento cura 100% dos casos novos
– Sensíveis aos medicamentos anti-TB
– Obedecidos os princípios básicos da terapia
medicamentosa

• Importância no controle epidemiológico da TB

• Difícil adesão
– Longo (mínimo 6 meses)
– Melhora clínica no primeiro mês
– Estigma e preconceito da doença

• Período de transmissibilidade após o inicio do tratamento


Adesão ao tratamento:
• Acolhimento
– Escuta qualificada
– Paciente singular com necessidades próprias

• Informação
– Duração do tratamento
– Importância da tratamento meticuloso
– Graves consequências da interrupção e abandono
– Possíveis efeitos adversos

• TODO (Tratamento Diretamente Observado) e


DFC (Dose Fixa Combinada)
Três grande objetivos do tratamento
1- Ter atividade bactericida precoce
 Matar bacilos rapidamente – Importância epidemiológica

2- Ser capaz de prevenir a emergência de bacilos


resistentes
 Terapia com diferentes fármacos

3- Ter atividade esterilizante


 Eliminar bacilos da lesão – impede reincidiva
Regimes de tratamento
 De modo geral é ambulatorial e diretamente
observada (TDO)

 Hospitalização recomendada:
 Meningoencefalite
 Intolerância ao antiTB incontrolável em
ambulatório
 Estado geral impossibilitantes
 Vulnerabilidade social
TRATAMENTO DIRETAMENTE
OBSERVADO DA TB
Tratamento Diretamente Observado
 Muda a forma de administração sem mudar o
esquema terapêutico

 Observação da tomada dos medicamentos


do início até a cura do paciente

 Quando ?
 OBJETIVO

 Vínculo paciente/profissional de saúde


 Quebra dos empecilhos à adesão do tratamento
 Aumento da adesão

 Modalidade de TDO

 Incentivos

 No mínimo 24 tomadas observadas na fase de


ataque e 48 tomadas observadas na fase de
manutenção.
MODALIDADES DE SUPERVISÃO

 Domiciliar
 Na Unidade de Saúde
 Prisional
 Compartilhada

 TDO feita por pessoa da família ou comunidade


 Menos efetivo quando o observador é familiar
 Etapas da organização dos serviços

 Na unidade de saúde:

 Identificar e ordenar local na unidade para o acolhimento do paciente e
observação da tomada dos medicamentos com água potável e copos
descartáveis.
 Viabilizar incentivos e facilitadores.
 Utilizar instrumentos de registro – ficha de controle de TODO, cartão
do paciente.
 Questionar a respeito de efeitos colaterais e incentivar à adesão ao
tratamento a cada visita do paciente.
 Em caso de falta do paciente, proceder contato telefônico e/ou visita
domiciliar, preferencialmente no mesmo dia.

 No domicílio:

 Estabelecer fluxo de visitas e supervisão dos ACS ou outros


profissionais de saúde responsáveis pelo TDO.
 Utilizar instrumentos de registro – ficha de controle de TDO (ANEXO
2), cartão do paciente.
 Questionar a respeito de efeitos colaterais e incentivar à adesão ao
tratamento a cada visita.
FARMACOLOGIA H, R, Z, E

Isoniazida – H
•2º Linha
Etionamida
Rifampicina – R Estreptomicina
Capreomicina
Pirazinamida –Z Ciclosserina
Claritomicina
Etambutol – E Ciprofloxacina
Isoniazida - H
 Limitada a Micobactérias;
 Juntamente com R – alto poder bactericida;
 Atividade intra e extra celular incluindo
cavitações e granulomas;
 Ocorre resistência, mas não cruzada;
 Interação medicamentoso com anti-epiléticos:
- Fenitoína, etossuximida e carbamazepina –
Aumento da biodisp. toxicidade.
Rifampicina - R
• Maior poder esterilizante
• Inibidor da RNA-polimerase de células procariotas
• Entra nas células fagocíticas
• A resistência pode se desenvolver rapidamente
• Dá cor laranja a saliva, escarro, lágrima e suor
• Altas concentrações no LCR
• Interação medicamentosa: Aumenta enzimas de
metabolização do fígado levando a uma
degradação dos seguintes medicamentos:
– Varfarina; Glicocorticoides; Analgésicos Narcóticos;
Antidiabéticos orais; Dapsona e Estrógenos
Pirazinamida - Z
 Tubercolostática em meio ácido – Intracelular
ou granulomas – inativa em pH neutro

 Resistência alcançada rapidamente – não


cruzada
ETAMBUTOL
 Bacteriostático - depois de 24h – mecanismo
desconhecido;

 Em associação com antibióticos mais potentes


previne a emergência de bacilos resistentes;

 A resistência emerge rapidamente em


monoterapia;
FREQUÊNCIA DE MUTANTES RESISTENTES

BRASIL apud Canett G. & col.


AÇÃO MEDICAMENTOSA SEGUNDO AS
CARACTERÍSTICAS DO M. TUBERCULOSIS

Extraído de: BRASIL. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil.


Ministério da Saúde, 2010.
DFC (>10 anos)
•Doses fixas combinadas de 4 medicamentos
–1º Fase ou ataque - 2 meses
–R 150mg; H 75mg; Z 400mg; E 275mg

•Doses fixas combinadas de 2 medicamentos


–2º Fase ou manutenção – 4 meses
–R 150mg; H 75mg

•Doses fixas administradas VO uma vez ao dia

•< 10 anos – esquema 2RHZ/4RH


ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E
ADOLESCENTES - 2RHZE/4RH
ESQUEMA BÁSICO PARA TRATAMENTO DE TB EM
ADULTOS E ADOLESCENTES- 2RHZE/4RH
ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E
ADOLESCENTES - 2HRZE/4RH
Esquema Básico para crianças-
2RHZ/4RH
ESQUEMA PARA TB MENINGOENCEFÁLICA PARA
ADULTOS E ADOLESCENTES- 2RHZE/7RH
ESQUEMA PARA TB MENINGOENCEFALICA PARA
CRIANÇAS- 2RHZ/7RH
ESQUEMA PARA FALÊNCIA AO ESQUEMA BÁSICO
QUIMIOTERAPIA

Classificação de Atividades das Principais Drogas Antituberculosas


Prevenção da Ação Atividade
Resistência Bactericida Esterelizante
Precoce
Forte Rifampicina isoniazida Rifampicina
isoniazida Pirazinamida

Média Etambutol Rifampicina isoniazida


estreptomicina etambutol
Fraca pirazinamida Estreptomicina Estreptomicin
tiacetazona Pirazinamida a
tiacetazona Tiacetazona
etambutol

Mitchison, D.A. , 1985


EFEITOS MENORES
EFEITOS DROGA
Irritação gástrica Rifampicina
Episgastralgia e dor Isoniazida
abdominal Pirazinamida
Artralgia ou artrite Isoniazida
Etambutol
Cefaléia e mudança de Isoniazida
comportamento
Suor e urina de cor alaranjanda Rifampcicina
Prurido cutâneo Isoniazida
Rimpampicina
Hiperuricemia Pirazinamida
Etamutol
Febre Rimfampicina
Isoniazida
EFEITOS MAIORES

EFEITOS DROGA

Exantemas Estreptomicina
Rifampicina
Vertigem e nistagmo Estreptomicina
Hipoacusia Estreptomicina
Psicose, crise Isoniazida
convulsiva, encefalopatia tóxica e
coma
Neurite ótica Etambutol
Isoniazida
Hepatotoxicidade Todas as drogas
(vômitos,hepatite,alt. Das provas de
função hepática)
Trombocitopenia, leucoperia, Rifampicina
eusinofilia, agranulocitose, vasculite Isoniazida
CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO
DE TRATAMENTO

CURA
ABANDONO

CENTRO DE
REFERÊNCIA

ALTA
ÓBITO POR
TUBERCULOSE
TRANSFERÊNCIA

MUDANÇA
DE ÓBITO POR OUTRA
DIAGNÓSTICO CAUSA
TORACOPLASTIA
TORACOPLASTIA

 Indicações:

 
TORACOPLASTIA
 Vantagens x Desvantagens;

 Técnica;

 Complicações;
Bibliografia
 Tarantino, Affonso Berardinelli- Doenças Pulmonares/ 6 edição-
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

 Pessoa, Fernando Pinto- Pneumologia Clínica e Cirurgica/ São


Paulo, editora Atheneu, 2000

 Zamboni, Mauro- Pneumologia- Diagnostico e Tratamento/


Mauro Zamboni, Carlos Alberto de Castro Pereira- São Paulo:
Editora Atheneu, 2006.

 Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no


Brasil / Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde/
Programa Nacional de Controle da Tuberculose 2010
Referencias bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica Manual de Recomendações para o Controle da
Tuberculose no Brasil.Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância m Saúde.
Brasília: 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso/
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 8. ed. rev. – Brasília:
2010.

RANG, H. P.; DALE, M. M. & col. Farmacologia. Elsevier, 6º ed. 2007.

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