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Capítulo
NOTAS DE AULA, REV 3.0 – UVA 2007.2 – FLÁVIO ALENCAR DO RÊGO BARROS
Circuitos Eletrônicos 1
Integrado 555
Índice:
6.1- Diagrama em Blocos ................................................................................................. 1
Manufaturadores:.......................................................................................................... 3
6.2- Operação Monoestável e Operação Astável.............................................................. 4
Monoestável ................................................................................................................. 4
Astável .......................................................................................................................... 8
6.3- Aplicações ............................................................................................................... 12
Detector de Escuro...................................................................................................... 12
Schmitt-Trigger: ......................................................................................................... 12
Temporizador 10-minutos .......................................................................................... 13
Detector de pulso perdido........................................................................................... 13
6.4- Anexos..................................................................................................................... 14
UVA 2007 – versão 2 Circuitos Eletrônicos 1 Pg.1
Saída (pino 3): até 200mA (para relés, lâmpadas, cargas grandes)
1
Trigger (pino 2): Ativado na borda de descida abaixo de VCC ou
3
VCONTROLE
2
Reset (pino 4): Ativado na borda de descida abaixo de 0.5v. Em
muitas aplicações este pino é ligado a VCC
2
Sempre que o Limiar (pino 6) exceder VCONTROLE (com VCC ), então COMP1
3
vai a nível alto (vide Figura 4). Portanto, o flip-flop é setado, a sua saída Q vai para
alto, o que satura o transistor de descarga. A saída do 555 é baixa.
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Sempre que o Trigger (pino 2) menor que VTL (com VCC ), então COMP2 vai a
3
nível alto. Portanto, o Flip-Flop é resetado, a sua saída Q vai para baixo, o que corta o
transistor de descarga. A saída do 555 é alta.
Manufaturadores:
Nos anexos desta apostila pode ser encontrado o detalhamento do esquemático do 555 e
descrição de sua pinagem.
Monoestável
Nesta configuração o integrado se presta a ficar certo tempo (programável) em
um estado instável, depois voltando ao seu estado estável. Assim, ele serve para
temporizações, estas de utilidade generalizada em Eletrônica. Esta configuração é
mostrada na Figura 4.
Entrada: Trigger
VCC
Início: Voltagem abaixo de é sentida pelo comparador Trigger. O acionamento
3
do Trigger é mostrado na Figura 5 e as ligações do circuito na Figura 6.
A saída vai para alto; o transistor de descarga vai para OFF (antes estava ON) e então C
2
carrega via R com τ = RC. A tensão no capacitor C alcança VCC em 1.1RC:
3
−t −t
2
vC (t ) = VCC 1 − e RC . Então VCC = VCC 1 − e RC ⇒ t = 1.1RC
3
(tempo do monoestável)
Passado este tempo, o comparador Limiar (Superior) leva a saída para baixo e o
transistor Q fica ON, descarregando C rapidamente.
Passo a passo:
0) (Estado Estável) Na condição inicial do 555, a saída Q = 0, Q = 1 e o transistor
está saturado, portanto, o capacitor C está descarregado, o comparador superior
está com saída 0. Como o trigger não foi ainda acionada, a entrada Trigger (pino
2) está em VCC, portanto, a saída do comparador inferior está em 0.
1) (Início do Estado Instável) Acionando o botão de trigger, o comparador inferior
vai a 1, “setando” o flip-flop (com a volta da entrada de Trigger a VCC a saída do
comparador inferior vai para 0. Portanto a saída vai a alto (Q = 1) e Q vai a
zero, cortando o transistor.
2) O capacitor C vai se carregar através de RA.
2
3) Quando a entrada inversora do comparador superior alcançar VCC este
3
comparador vai para 1 “resetando” o flip-flop. Portanto, Q = 0 (saída volta ao
estado estável) e Q = 1 (transistor volta a saturar). Portanto, voltamos às
condições iniciais, e termina a temporização!
Exemplos:
1) Calcule R para: C = 100 µF; T = 1 seg; modo monoestável
R: 9.09 KΩ
Algumas considerações:
a) Para tempos acima de 5 minutos a precisão de temporização diminui
b) Faixa boa para R: [1K – 1MΩ]
c) Com C eletrolítico deve-se usar valor de tensão de isolação do mesmo cinco
vezes maior que a tensão de alimentação. Entre os eletrolíticos, prefira de
tântalo.
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d) Fazendo RESET por botão – pode ser da mesma forma que fizemos o
acionamento do trigger (vide Figura 4), só que para o pino 4.
Astável
Figura 9 – Astável
Neste tipo de operação a saída ficará variando entre os estados alto e baixo numa
freqüência que será determinada pela rede RC. Nesta montagem ao contrário da anterior
a variação é infinita.
Ao se ligar a alimentação, o capacitor C se carrega até 2/3 da tensão de
alimentação, neste ponto o pino 6 (sensor de nível), percebe este valor e faz com que o
circuito comece a descarregar o capacitor através do pino 7 (pino de descarga). Quando
o valor da tensão no capacitor chegar a 1/3 da tensão de alimentação o pino 2 (Trigger)
percebe e acaba a descarga. O capacitor começa a se carregar novamente.
Na carga a saída do 555 estará em estado alto e na descarga a saída estará em
zero.
Esta situação, carga e descarga, continuará indefinidamente, como mostra a
Figura 10:
Exemplos:
1) Qual o valor da freqüência para: RA =10K; RB =10K; C=1 µF
R: 48 Hz
Obs: Ligações práticas do 555 seja como monoestável, seja como astável, usualmente
interligam ainda:
1) Pino 4 (Reset) ligado a VCC, para prevenir reset não desejado.
2) Pino 5 (Controle) derivado para a terra com capacitor de 0.01µF.
Observe ainda que uma pequena modificação da configuração astável permite obter
um Oscilador Controlado pela Tensão, como mostra a Figura 11. Este circuito é às
vezes chamado Conversor de Tensão em Freqüência, pois a tensão de entrada pode
modificar a freqüência de saída. Colocamos o controle da tensão de entrada via um
potenciômetro, mas poderia ser um circuito transistorizado, um amp op ou um circuito
qualquer.
VCONTROLE
no comparador inferior. Conclusão: teremos diferentes tempos de carga
2
e descarga, conforme a tensão de entrada ajustada.
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6.3- Aplicações
A título de ilustração, segue alguns circuitos de aplicação usando 555.
Detector de Escuro
Este circuito vai alarmar se fica escuro rapidamente. O LDR é um resistor dependente
de luz e o LS é um autofalante de 8 Ω.
Schmitt-Trigger:
Figura 13 – Schmitt-Trigger
Temporizador 10-minutos
Começa o ciclo pressionando a chave de reset que causa o led verde acender. Após 10
minutos (determinado por R1 = 500K) o led vermelho acende.
6.4- Anexos
1
V + ) mais tempo que o ciclo do temporizador. Se isto acontecer, o
3
“timer” vai “retrigar”, assim, ele estará no modo monoestável maior que
a desejada largura de pulso de saída. A largura de pulso mínima para
“trigger” deve se maior que 1 µseg tipicamente. Um segundo cuidado
com respeito à entrada de “trigger” diz respeito ao tempo de
armazenamento no comparador baixo (COMP2). Esta parte do circuito
pode apresentar retardos de desligamento de vários segundos após o
“triggering”, ou seja, o flip-flop pode ter uma entrada de “trigger” por
este período de tempo após o pulso de “trigger”. Na prática, significa que
o pulso mínimo da saída em monoestável deve ser da ordem de 10 µsegs
para prevenir possível duplo “triggering” devido a este efeito.A faixa de
voltagem que pode ser aplicada com segurança ao pino de “trigger” é
entre V+ e terra.
Uma corrente DC, chamada “corrente de trigger”, deve também fluir
deste terminal em direção ao circuito externo. Esta corrente é tipicamente
500 mA e irá definir o limite superior da resistência possível do pino 2
para a terra. Para uma configuração astável, a V+ = 5 volts, ela é 3 MΩ.
Ela poderá ser maior para maiores valores de V+.
3 (SAÍDA) – A saída do 555 vem de um estágio totem pole de alta corrente feita com
transistores Q20 – Q24. Transistores Q21 e Q22 alimentam cargas tipo
fonte e sua configuração Darlington fornece voltagem de saída no estado
alto por volta de 1.7 volts menor que a fonte V+ usada. Transistor Q24
fornece capacidade de dreno de corrente para cargas estado baixo
referentes a V+ (tais como típicas entradas TTL). Q24 tem uma voltagem
baixa de saturação que o permite interfacear diretamente (com boa
margem de ruído) quando alimentando alguma lógica drenadora de
corrente. Níveis exatos de saturação na saída variam com a fonte de
voltagem. Com V+ de 5 volts, por exemplo, VCESAT é tipicamente 0.25
volts a 5 mA. Operando a 15 volts, todavia, ele pode drenar 200 mA se se
admite um nível baixo de 2 volts (dissipação de potência, neste caso,
deve ser considerado). Nível alto é tipicamente 3.3 volts à V+ = 5 volts;
13.3 volts à V+ = 15 volts. Ambos, “rise” e “fall times” da onda de saída
são rápidas, tipicamente chaveamento de 100 ns. O estado do pino de
saída refletirá sempre o inverso do estado lógico do flip-flop. Para
“triggar” a saída para uma condição alta, a entrada de “trigger” é
momentaneamente colocada de um nível mais alto para um mais baixo.
Isto ocasiona o flip-flop ser setado e a saída ir para alto. Atuação do
comparador baixo é a única maneira na qual a saída pode ser colocada no
estado alto. A saída pode retornar ao estado baixo através do Limiar
(pino 6) ir de um nível mais baixo para um mais alto, o que reseta o flip-
flop. Da mesma forma, a saída pode ser levada a zero levando Reset
(pino 4) ao estado baixo.
4 (RESET) – Este pino é usado para resetar o flip-flop e colocar a saída no estado
baixo. O nível limiar de voltagem reset é 0.7v, e a corrente drenada é de
0.1 mA. Estes níveis são relativamente independentes do nível de
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5 (CONTROLE) – Este pino permite acesso direto ao divisor de voltagem V + , nível
3
de referência do comparador superior. Ele permite também acesso
indireto ao comparador inferior através do divisor de tensão 2 : 1 (R8 –
R9) deste ponto até a referência de entrada do comparador inferior, Q13.
O uso deste terminal é opção do usuário, mas ele oferece extrema
flexibilidade na modificação do período de temporização, reset do
temporizador, etc. Quando o timer 555 é usado no modo controlado a
voltagem, sua operação varia de por volta de 1 volt menor que V+ até 2
volts da terra. Aplicando voltagem a este pino, é possível controlar a
largura do pulso de saída independentemente de RC. Quando ele é usado
no modo astável, ele produzirá uma saída modulada em freqüência (FM).
Se não usar este pino, é recomendado ele ser “bypassado” para a terra,
com um capacitor de por volta de 10 nF para imunidade a ruído, dado
que ele é uma entrada de comparador. Um pequeno capacitor de
cerâmica pode eliminar falso “triggering”.