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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

AMANDA PARENTE DE ALMEIDA


ANA CAROLINA OLIVEIRA DA SILVA
JUCIANE OLIVEIRA
SUELLEN DOS SANTOS SIQUEIRA
VALDINEY FRANCISCO DO NASCIMENTO JÚNIOR

RESENHA DE 3 ARTIGOS

SÃO GONÇALO
2011
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AMANDA PARENTE DE ALMEIDA


ANA CAROLINA OLIVEIRA DA SILVA
JUCIANE OLIVEIRA
SUELLEN DOS SANTOS SIQUEIRA
VALDINEY FRANCISCO DO NASCIMENTO JÚNIOR

RESENHA DOS ARTIGOS

Trabalho apresentado à matéria de História de


Enfermagem do curso de Enfermagem da
Universidade Salgado de Oliveira, como parte de
obtenção do semestre.

Orientador: Prof.ª Deise Luci

SÃO GONÇALO
2011
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SUMÁRIO

1. Resenha do 1º Artigo............................................................................................ 03

2. Resenha do 2º Artigo............................................................................................ 05

3. Resenha do 3º Artigo............................................................................................ 07

4. Referências Bibliográficas..................................................................................... 09

ANEXOS.................................................................................................................... 10
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1. Resenha do Artigo - De Florence Nightingale às perspectivas atuais sobre o


cuidado de enfermagem: a evolução de um saber/fazer.

O artigo relata uma reflexão teórica sobre a evolução do cuidado de


enfermagem a partir dos princípios nightingaleanos confrontados com as
perspectivas atuais de alguns autores que vem abordando essa temática.

Pensar em Enfermagem nos dias atuais implica em uma releitura das idéias
de Florence Nightingale, precursora da Enfermagem Moderna. O artigo analisa
deste de Florence Nightingale até 1950, observa-se em sua evolução, a
caracterização como uma disciplina eminentemente prática avançando para a busca
de sistemas de conceitos. Nos Estados Unidos, essa tendência cresceu a partir da
necessidade de confirmação da Enfermagem como uma disciplina científica. No
Brasil, isto aconteceu um pouco mais tarde, na primeira metade dos anos de 1970
com os estudos de Carvalho e Horta, que contribuíram, sobretudo, para a evolução
do conhecimento e sistematização da prática de enfermagem.

Ao analisar o saber nightingaleano, o artigo identifica que, como arte, a


Enfermagem consiste no cuidar de seres humanos sadios e doentes por meio de
ações que têm como base os princípios administrativos. Como ciência, a
Enfermagem fundamenta-se no estudo e na compreensão das leis da vida. Assim,
da arte e da ciência da Enfermagem, emergem suas ações que são entendidas
como cuidar-educar-pesquisar, as quais estão interligadas e compõem as
dimensões de atuação dos enfermeiros.

As bases sólidas fincadas por Florence Nightingale estão permitindo à


Enfermagem avançar em estudos que legitimam e fundamentam o cuidado
enquanto essência do saber e fazer de enfermeiras e enfermeiros nos vários
campos de atuação. Atualmente esses estudos apontam o cuidado como objeto de
teorização em dimensões que aliam aspectos internos e externos à profissão,
inserindo e explorando temas que antes eram velados, embora presentes no
cotidiano da nossa prática, como o significado do corpo e suas formas de expressão
na interação entre quem cuida e é cuidado.

O artigo conclui-se que a trajetória da profissão, constata-se que a


Enfermagem brasileira vem trilhando caminhos diversos, inicialmente pautada em
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conhecimentos advindos de outros países, distantes das singulares características


de um país com amplas dimensões geográficas e culturais. Contudo, ao longo desse
processo, a cada dia constrói e sedimentam seus conhecimentos, ampliando
horizontes, impondo-se como uma profissão que busca e constrói uma história
própria, de acordo com suas potencialidades, sem desprezar suas origens e as
bases de uma profissão jovem e, por isso mesmo, plena de possibilidades de
transformações.
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2. Resenha do Artigo - Processo de Enfermagem: da Teoria á prática


Assistencial e de Pesquisa.

O artigo conta sobre o processo de enfermagem, onde começa definindo


como um instrumental tecnológico ou um modelo metodológico para o cuidado
profissional de enfermagem. Descreve-se também a evolução do conceito e como o
Processo de Enfermagem avançou da ênfase inicial na identificação e resolução de
problemas para o esforço de identificação e classificação de diagnósticos de
enfermagem e, mais atualmente, para a especificação e verificação, na prática, de
resultados do paciente que sejam sensíveis às intervenções de enfermagem. Por
fim, apresentam-se exemplos de estudos que vinculam os elementos da prática
profissional, inerentes ao Processo de Enfermagem (diagnósticos, intervenções e
resultados de enfermagem), à investigação científica.

O Processo de Enfermagem indica um trabalho profissional específico e


pressupõe uma série de ações dinâmicas e interrelacionadas para sua realização,
ou seja, indica a adoção de um determinado método ou modo de fazer
(Sistematização da Assistência de Enfermagem), fundamentado em um sistema de
valores e crenças morais e no conhecimento técnico-científico da área.

Na Enfermagem, as raízes plantadas por Florence Nightingale têm permitido,


até os dias atuais, que se avance no conhecimento sobre o processo de cuidar,
considerado a essência do saber e do fazer de seus agentes.

O significado atribuído ao Processo de Enfermagem e o modo como ele é


aplicado à prática profissional são dinâmicos, modificando-se ao longo do tempo e
de acordo com os diferentes cenários da prática assistencial. Assim, podem ser
identificadas gerações distintas do Processo de Enfermagem, cada uma delas
influenciada pelo estágio do conhecimento e pelas forças atuantes que lhe são
contemporâneos.

O Processo de Enfermagem é aplicável em uma ampla variedade de


ambientes (instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar ou de
serviços ambulatoriais de saúde, escolas, associações comunitárias, fábricas,
domicílios, entre outros); e em uma ampla variedade de situações clínicas em que
as observações sobre as necessidades humanas da clientela acompanham, pari
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passu, o processo de tomada de decisão acerca do cuidado requerido e a avaliação


posterior dos resultados que se obtêm com a ação/intervenção profissional.

Este artigo conseguiu confirmar que o Processo de Enfermagem tem


representado o principal modelo metodológico para o desempenho sistemático da
prática profissional, ou um instrumento tecnológico de que se lança mão para
favorecer o cuidado, para organizar as condições necessárias à realização do
cuidado e para documentar a prática profissional. Assim, ele deve ser compreendido
como um meio, e não um fim em si mesmo.
Descreveu-se como a conceituação e a aplicação do Processo de
Enfermagem evoluiu para o reconhecimento de que, além daquele julgamento
estritamente vinculado à doença e suas complicações, os agentes da Enfermagem
fazem outros tipos de julgamentos e agem com base nesses julgamentos. A
aplicação deliberada e sistemática do Processo de Enfermagem pode acrescentar
qualidade ao cuidado, melhorar a visibilidade e o reconhecimento profissional e
representar uma possibilidade concreta de avaliação da prática profissional.
Seja considerado um modelo metodológico ou um instrumento tecnológico, o
Processo de Enfermagem é extremamente complexo, assim como é complexa a
noção de cuidado profissional de enfermagem. Implícitos e mesclados em seu
desenvolvimento estão o conhecimento pessoal dos agentes da Enfermagem sobre
as necessidades dos seres humanos quando se defrontam com alguma alteração
em seu estado de saúde; o raciocínio lógico; o uso de novas e avançadas
tecnologias, introduzidas a cada dia na área da saúde; a empatia; a experiência,
habilidade e autenticidade no relacionamento interpessoal; a perícia ou destreza
manual no desempenho das ações de cuidado; o comportamento ético, a
sensibilidade e a expressão de emoções tais como compaixão e solidariedade
humanas.
Assim, além da complexidade inerente ao próprio Processo de Enfermagem,
identificaram no artigo outras dificuldades para sua implementação sistemática e
efetiva na prática profissional, algumas relativas à formação profissional dos
componentes da equipe de enfermagem e à organização de seu processo de
trabalho; outras, às expectativas das instituições ou ambiente em que o cuidado
profissional de enfermagem é realizado; outras, ainda, ao modo como a sociedade
ou os gestores da saúde entendem a Enfermagem e o papel de seus exercentes.
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3. Resenha do Artigo – As Tecnologias de Cuidado de Enfermagem Obstétrica


Fundamentada pela Teoria Ambientalista de Florence Nightingale.

Este artigo teve como objetivo discutir o conceito Tecnologia de Cuidado de


Enfermagem aplicada à saúde da mulher à luz da Teoria Ambientalista de Florence
Nightingale. O estudo permitiu identificar e discutir os seguintes aspectos: o
ambiente e o parto, o acompanhante durante o trabalho de parto e parto, a
privacidade, o cuidado de enfermagem à mulher durante as modificações
fisiológicas, a mulher como protagonista do trabalho de parto e parto, a presença
atenciosa da enfermeira no ambiente da mulher, o respeito à individualidade, o
ambiente acolhedor, sons e iluminação, a dieta líquida durante o trabalho de parto e
parto, a deambulação e movimentação livre durante o trabalho de parto e parto,
higiene e conforto, a intersubjetividade na relação enfermeira-usuária e o resgate do
saber feminino popular.

Florence Nightingale preocupava-se com a descaracterização da enfermagem


devida à inserção da profissão dentro de um modelo tecnocrata e impessoal.

O modelo tecnocrata de assistência à saúde da mulher que foi absorvido pela


enfermagem visa medicalizar os processos fisiológicos da vida reprodutiva da
mulher. Esse processo de medicalização reflete a ideologia do domínio masculino do
corpo feminino e os seus interesses em detrimento ao respeito do “processo
restaurador” que representa cada fase da vida das mulheres. Portanto, respeitar a
fisiologia do processo de trabalho de parto e parto é uma tecnologia de cuidado, e
Florence Nightingale deixa claro que cabe à enfermeira o cuidado às pessoas
durante o seu processo restaurador. Entendemos que a enfermeira obstétrica deve
cuidar das mulheres durante o trabalho de parto e parto e não interferir neste
processo que deve ser considerado “restaurador” e fisiológico.

O cuidado prestado à mulher pela enfermagem, que utiliza as tecnologias de


cuidado, visa dar-lhes poder de decisão e ajudá-la a passar, da melhor forma e sem
intervenções desnecessárias, pelos processos naturais.Conforme refletia Florence
Nightingale, conheceremos as sensações genuínas do trabalho de parto quando
devolvermos o processo às mulheres. Ainda segundo ela, a boa assistência é uma
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prática naturalmente evidente, enquanto a medicalização é sempre privada de


méritos totais.

Afinal, deve haver um motivo real para intervir no processo natural do trabalho
de parto. O cuidado atencioso em promover que a própria mulher conduza o seu
trabalho de parto é uma tecnologia de cuidado6. Essa reflexão pode ser apoiada nas
idéias de Florence Nightingale, que valoriza mais o cuidado zeloso da enfermagem
aos remédios e, conseqüentemente, intervenções tecnocratas

Ao realizar a análise desse artigo constatamos que é possível aplicar as


bases teórico-filosóficas da teoria ambientalista de Florence Nightingale aos
pressupostos das tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica.

O trabalho também permitiu a apropriação de conceitos fundamentais para o


cotidiano da enfermagem, através de uma leitura sensível dos escritos da precursora
de nossa profissão.
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4. Referências Bibliográficas

MACEDO, Priscilla et al. AS TECNOLOGIAS DE CUIDADO DE ENFERMAGEM


OBSTÉTRICA FUNDAMENTADAS PELA TEORIA AMBIENTALISTA DE
FLORENCE NIGHTINGALE. Escola Anna Nery Rev Enferm 2008 jun; 12 (2): 341 –
7.

GARCIA, Telma. PROCESSO DE ENFERMAGEM: DA TEORIA À PRÁTICA


ASSISTENCIAL E DE PESQUISA. Escola Anna Nery Rev Enferm 2009 mar; 13 (1):
188-193.

SANTO, Fátima e PORTO, Isaura. De Florence Nightingale às perspectivas


atuais sobre o cuidado de enfermagem: a evolução de um saber/fazer. Escola
Anna Nery. Escola Anna Nery v.10 n.3 Rio de Janeiro dez. 2006
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ANEXOS

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