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Heliane

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ALOJAMENTO
CONJUNTO
DEFINICAO
 É um sistema hospitalar em que o recém-nascido
sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado
da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente, até
a alta hospitalar. Tal sistema possibilita a prestação
de todos os cuidados assistenciais, bem como, a
orientação à mãe sobre a saúde do binômio mãe e
filho. (Ministério da saúde, portaria n. 1.016, de 26 de
Agosto de 1993)
DEFINICAO
 Rooming-in consiste na assistência hospitalar
prestada a puerpera e ao RN juntos e
simultaneamente. Colocados lado a lado no
pós-parto, a mulher é estimulada a amamentar
e a cuidar de sua criança tão logo quanto
possível, com o objetivo principal de
proporcionar e fortalecer o vinculo mae-filho e
estimular o aleitamento materno. ( Brenelli-
Vitali)
HISTÓRICO
 Cuidado domiciliar – partos não-hospitalares
 Início do séc. XX: Enfermarias próprias
(berçários) normas rígidas de isolamento
 Altas taxas de mortalidade infantil(doenças
infecciosas)
 Institui-se os berçários: Separação mãe-filho
 Final de 1940, inicio de 50: propostas de
modificação da assistência
 1970: Brasil
HISTÓRICO
 1985: Publicação do Programa de
Reorientação da assistência obstétrica e
pediátrica com as normas básicas do programa
de Alojamento Conjunto.
 Déc. 70-80: Discussão sobre separação mãe-
filho
 1982: Ministério as Saúde promoveu o I
Encontro sobre Alojamento Conjunto.
PORTARIA N. 1.016, DE 26 DE AGOSTO
DE 1993( Ministério da Saúde)

 Considerando:
1) a necessidade de incentivar a lactação e o
aleitamento materno,
2) favorecimento do relacionamento mãe/filho e o
desenvolvimento de programas educacionais de saúde;
3) a necessidade de diminuir o risco de infecção
hospitalar, evitar as complicações maternas e do
recém-nascido;
4) a necessidade de estimular a integração da equipe
multiprofissional de saúde nos diferentes níveis;
PORTARIA N. 1.016, DE 26 DE AGOSTO
DE 1993( Ministério da Saúde)

 Considerando ainda
 Estatuto da Criança e do Adolescente
(capítulo I, Art. 10, inciso V) que estabelece:
"Os hospitais e demais estabelecimentos de
atenção à saúde de gestantes; públicos e
particulares, são obrigados a manter
alojamento conjunto, possibilitando ao
neonato a permanência junto à mãe”.
Vantagens

a) Estimular e motivar o aleitamento materno, de


acordo com as necessidades da criança
b) Fortalecer os laços afetivos entre mae-filho
c) Permitir a observação constante do recém-
nascido pela mãe, o que a faz conhecer melhor
seu filho
d) Oferecer condições à enfermagem de
promover o treinamento materno
Vantagens
f) Manter intercâmbio biopsicossocial entre a mãe,
a criança e os demais membros da família;
g) Diminuir o risco de infecção hospitalar;
h) Facilitar o encontro da mãe com o pediatra por
ocasião das visitas médicas para o exame do
recém-nascido, possibilitando troca de
informações entre ambos
i) Desativar o berçário para recém-nascidos
normais
IV - População a ser Atendida
 1 - Mães - na ausência de patologia que impossibilite
ou contra-indique o contato com recém-nascido.
 2 - Recém-Nascidos - com boa vitalidade, capacidade
de sucção e controle térmico, a critério de elemento
da equipe de saúde.
 2.1 - Considera-se com boa vitalidade os recém-nascidos com
mais de 2 quilos, mais de 35 semanas de gestação e índice de
APGAR maior que 6 no 5 minuto.
 Em caso de cesariana, o filho será levado para perto da
puépera entre 2 a 6 horas após o parto, respeitando as
condições maternas.
V - Recursos para Implantação
 1 - Recursos Humanos:
a) Enfermagem:
- 1 enfermeiro para 30 binômios.
- 1 auxiliar para 8 binômios.
b) Médicos:
- 1 obstetra para 20 mães
- 1 pediatra para 20 crianças
c)Outros Profissionais ( assistente social,
psicólogo, nutricionista)
Recursos Físicos

 Os quartos e/ou enfermarias: 5 m2 para cada


conjunto leito materno/berço.
 O berço deve ficar com separação mínima de 2
m do outro berço.
 Duplas mãe-filho por enfermaria deverá ser de
no máximo 6.
Recursos Materiais

 Na área destinada a cada binômio mãe/filho,


serão localizados: cama, mesa de cabeceira,
berço, cadeira e material de asseio.
 Para cada enfermaria são necessários: 1
lavatório e um recipiente com tampa para
recolhimento da roupa usada.
Avaliação do Sistema:

a) dos resultados quanto ao incentivo ao


aleitamento materno;
b) do desempenho da equipe;
c) da aceitação do sistema pela mãe e familiares;
d) dos resultados quanto à morbi-mortalidade
neonatal dentro do serviço;
e) dos conhecimentos maternos adquiridos
quanto aos cuidados com a criança.
VII - Normas Gerais
 1. A adoção do "Alojamento Conjunto" não
representa a extinção do berçário
 . O "Alojamento Conjunto" não é um método
de assistência utilizado para economizar
pessoal de enfermagem, pois tem um alto
conteúdo educativo que deve ser considerado
prioritário.
Atribuições da Enfermagem
 Orientar a mãe no cuidado com o RN
 g) orientar a participação gradual da mãe no
atendimento ao recém-nascido;
 h) realizar visita diária às puéperas, esclarecendo,
orientando, e dando segurança à mãe quanto ao seu
estado e de seu filho;
 i) ministrar às mães palestras e aulas abordando
conceitos de higiene, controle de saúde e nutrição;
 j) participar do treinamento em serviço, como condição
básica para garantir a qualidade da assistência;
Vantagens
 Aumentar os índices de aleitamento materno
 Estabelecer vínculo afetivo entre mãe e filho
 Orientar a mãe no cuidado com o RN
 Reduzir a incidência de infecção em RN
 Treinar a equipe de saúde
 Favorecer a troca de experiências entre as mães
 Aumentar o número de crianças acompanhadas
por serviço de saúde
 Maior tranqüilidade das mães
Rotinas Gerais
 Quanto as mães a serem atendidas
 Quanto aos RN
 Quanto ao momento de iniciar o Alojamento
Conjunto
 Recursos Humanos
 Área Física
 Recursos Materiais
 Retina de Amamentação
 Rotina de alta hospitalar
Referencias

 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, "Normas Básicas para


Alojamento Conjunto", Portaria MS/GM no 1.016, 26 de
agosto de 1993. DOU no 167 de 1/9/93, seção I, p. 13.066.
 CASANOVA, LD; SEGRE,CAM; "Alojamento Conjunto", In:
DINIZ, EMA; "Manual de Neonatologia", São Paulo,
Revinter, p.17-19,1993.
 SEGRE,CAM; SANTORO JR.,M; "Assistência Hospitalar a
Recém Nascido: Recomendações para Padronização", In:
DINIZ,EMA; "Manual de Neonatologia", São Paulo, Revinter,
p. 1-8, 1993.
 BRENELLI, MA; "Alojamento Conjunto", In: NEME,B;
"Obstetrícia Básica", São Paulo, Savier, p.176-180, 1994.

Referencias
CORRADINI, HB; COSTA, MTZ; BARBIERI, DL; BARROS, JCR;
RAMOS,JLA; MARETTI,M; "Cuidados ao Recém-Nascidos em
Alojamento Conjunto", In: MARCONDES,E ; "Pediatria Básica", 8o
ed., São Paulo, Savier, p.315-16, 1994
 RIGATTI, MF; " Aspectos Gerais da Assistência de Enfermagem em
Sistema de Alojamento Conjunto", In: MUIRA,E e cols.; "
Neonatologia: Princípios e Pratica", São Paulo, Arte Médica, p. 41-43,
1993.
 DEL CIAMPO ,LA & cols. Alojamento Conjunto. Considerações sobre
uma prática sempre benéfica para a saúde materno-infantil. Rev. Paul.
Pediatr., 8:122,1990.
 CASAR, C.M. & cols. O sistema de alojamento conjunto para recém-
nascido e mãe. Ver. Bras. Enf., 34:48, 1981.
 FREDDI, W.E.S. & SCHUBERT, M.Z.B. Considerações gerais sobre o
sistema de `Rooming-in (alojamento conjunto). Rev. Bras. Enf.,
30:136, 1977.
 STOPIGLIA, Odair & cols. Alojamento Conjunto: o sistema da
maternidade de Campinas (vantagens e desvantagens). Rev. Paul.
Pediatr., 7:37,1984..

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