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Conteúdo da organização judiciária

O sistema constitucional brasileiro divide os órgãos do Poder Judiciário em dois


aparelhos: Federal, de jurisdição nacional, e os Estaduais, de jurisdição em cada Estado
membro. Todos são liderados pelo Superior Tribunal Federal, em matéria constitucio-
nal, e pelo Superior Tribunal de Justiça, em tema de direito comum.

O aparelho federal compreende, além da Justiça civil, órgãos de jurisdição


especial, como a justiça militar, a justiça eleitoral e a trabalhista. Em matéria de
jurisdição civil, a administração da justiça está confiada ao aparelho federal, que
compreende os Tribunais Regionais Federais e os juízes federais, aparelhos estaduais,
que compreendem os Tribunais e juízes de cada Unidade da Federação. Ambos os
aparelhos sujeitam-se a jurisdição extraordinária comum e unificadora do STF e do STJ.

Assim, forma-se uma “pirâmide”, que tem no ápice o STF, seguido pelo STJ, e
por base os juízes estaduais e federais de primeiro grau de jurisdição. Dentro de cada
aparelho, os juízes situam-se em dois planos: o do primeiro grau e o do segundo grau
de jurisdição. No primeiro, estão os juízes singulares, juízes de direito e juízes federais,
e no segundo, estão os juízes coletivos,o TRF e Tribunais de Justiça.Os tribunais
formam o grau superior da hierarquia jurisdicional, colocando-se acima dos juízes,
como órgãos de competência recursal. Seus membros são, pois, juízes de recurso ou
sobrejuízes.

Entre os juízes de primeiro grau e os tribunais de segundo grau a que se acham


subordinados os primeiros, a hierarquia é orgânica e funcional, pois os superiores
exercem função de reexame e disciplina. Os tribunais gozam de autonomia administra-
tiva e financeira, escolhem seus dirigentes e elaboram seus regimentos internos, bem
como organizam serviços de suas secretarias e dos juízos que lhe são vinculados, e
ainda promovem cargos de juiz de carreira e os necessários a administração da justiça.

A união, compete a elaboração de lei complementar, de iniciativa do Supremo


Tribunal Federal, para estabelecer normas, aplicáveis a todo o aparelhamento judiciá-
rio do País, sobre organização, funcionamento, disciplina, vencimentos, promoções,
remoções, etc.

Assim, as justiças estaduais organizar-se-ão segundo suas leis locais e regimen-


tos internos, mas deverão acomodá-los as normas traçadas pelo Estatuto Nacional.

Fonte bibliográfica: Curso de Direito Processual


Civil - Humberto Theodoro Junior.

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