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Universidade Federal do Rio Grande

Nome: Fernando Vaz Corrêa

Nº.: 47370

Turma: C

A exclusão, coloco um dos focos principais no conto ‘O Patinho Feio’; a agressão, a


luta por dias melhores, busca da aceitação de todos, o grito por socorro muitas vezes
nem ouvidos pelos seres humanos, ou muitas vezes compactualizados entre esses.

Trazendo a nossa realidade e o grande enfoque trazido pela mídia nas ultimas semanas,
exponho meu texto e faço um comparativo do conto ‘O Patinho Feio’ com o Bullying
sofrido diariamente por pessoas, não diretamente pela aparência, mas modo de pensar,
agir e sobreviver nessa selva que chamamos de mundo.

Como vemos no conto, nem menos sabendo de que origem vinha o tal patinho feio,
sofre inúmeras agressões físicas e morais durante a história pelos que ali viviam, tal
como o bullying, em que a criança geralmente pelos seus preceitos de personalidade em
formação e físicos sofre inúmeras tentativas e progressivas agressões por não ser igual a
suposta normalidade imposta pela sociedade.

Nas escolas, nos clubes e nos cursos de idioma há, pelo menos, uma criança que é alvo
de rejeições. O desajuste infantil - gerado pela sensação de não-pertencimento ao código
social - é pretexto suficiente para a chacota geral ou, em muitos casos, é fruto dela. O
drama, apesar de não ser recente e de atingir instituições públicas e privadas, somente
agora é reconhecido como um distúrbio social a ser combatido por orientadores
escolares.

Os alvos, em geral, são pouco sociáveis e detentores de um forte sentimento de


insegurança, que os impede de solicitar ajuda, além de não disporem de status, recursos
ou habilidade para cessarem os atos danosos contra si.

Aproximar-se de um modelo estético e comportamental tornou-se pré-requisito em


qualquer ambiente de sociabilidade, sobretudo para o indivíduo em fase de formação. A
constante busca por aceitação condena o jovem ao cárcere da multiplicidade padrão, ou
seja, desde muito cedo, tornamo-nos joguetes dentro do mesmo, proibidos de qualquer
rasgo de autenticidade, regrados pelo vazio do descartável. O diferente ameaça o limiar
de conforto da polis e é sumariamente expelido pela conveniência da imagem. Um
simples "desvio" ao previsível é considerado nocivo ao corpo social, para muitos,
beirando inclusive a patologia. É emergencial que se trabalhe para reverter essa lógica.
A saúde social não está na eliminação da curva, mas na possibilidade da igualdade pela
diferença.

Apelidar, agredir, difamar, ameaçar e pegar pertences são apenas algumas das
"brincadeiras" físicas e psicológicas a que está suscetível qualquer criança que,
intimidada, possivelmente não irá motivar adultos a agirem em sua defesa. Portanto,
mais do que diagnosticar o problema, é preciso difundir o conceito do bullying para que
pais e orientadores escolares atentem para a tomada de iniciativas.

Vamos pensar em algum menino sofrendo bullying e vamos contextualizar com o conto;

Nascendo numa família humilde, tanto de recursos financeiros, como em valores


culturais. Por ser uma criatura diferente, foi desprezado pela mãe e consequentemente
influenciada por ela, também pelos meus irmãos e por todos os outros animais. Naquela
época, não se falava em inclusão, portanto, foi alienado da sociedade.

Sentiu-se um ser desprezível e, analisando bem, entendemos que foi vítima do que
chamam hoje de Bullying, pois passou por muitos constrangimentos que o levaram a
fugir do seu habitat e viver em um lugar onde ninguém me conhecia.

Apesar de todo esse sofrimento, não se envolveu com drogas e nem com más
companhias, não existia essa Associação de proteção aos animais e nem a Agência
Nacional de Proteção à Criança e ao Adolescente, portanto, teve que se virar sozinho
para sobreviver. Por alguns momentos, quando via seu reflexo na água, sentia que eu
possuía qualidades que poderiam superar qualquer problema de aparência, era só uma
questão de oportunidade para mostrar mseu talento.

Todo esse processo de rejeição mexeu muito com a sua auto-estima, e levou esse trauma
por muitos anos da vida. Confessando que andou sob sol escaldante em solo causticante,
como forasteiro, como um pato errante, mesmo assim, sentiu saudade dos patos que o
hostilizaram a todo instante.

O tempo passou e a natureza se encarregou de transformar o “Patinho feio” num cisne


exuberante, no entanto, quando via seu reflexo na água, reconhecia que a mudança só
havia acontecido por fora, pois, internamente, eu era o mesmo Pato de outrora.

Pensou em recorrer aos meus direitos de Pato-cidadão e requerer indenização por danos
morais, porém desistiu, pois, compreendeu que o sofrimento havia amadurecido seus
sentimentos e que as mudanças fizeram dele, um Pato resiliente, o que é uma grande
qualidade nos dias de hoje com tantas transformações sociais e culturais.

Um sentimento de nostalgia o fez voltar às origens, e aí, a maior indignação: Foi tratado
como um rei, apenas pela sua aparência, valorizando muito mais o seu “ter” do que o
seu “ser”.
Sempre pensou em se manifestar, mas pensou que isso pudesse interferir na história que
as crianças tanto admiram. Com a produção intertextual, entendeu que poderia dar a
posição dos fatos, sem que o valor do conto seja alterado.

Outra coisa, ao final da história, correu um boato de que quando virou cisne, viveu feliz
para sempre. Não acreditem nesta versão. Na realidade teve que fazer terapia por muito
tempo até encontrar com o meu próprio “eu”.

Assim, tento equiparar esse conto, com a realidade talvez, atual, ou melhor dizendo no
problema que agora queremos resolver, digo, nós em relação a sociedade num todo,
pois, nem sempre este enfoque esteve em alta, contudo, sempre foi um martírio para
cada cabeçinha humana que um dia já passou por algo nesse patamar.

O patinho feio era alto, desengonçado, tinha a cor diferente de todos os outros que
convivia e tinha a auto-estima baixa. E vivia chorando, pois não entendia como podia
ser tão feio. Entretanto ele cresce, ocorre uma transformação e ele percebe que ele era
diferente de todos ali, pois aquele não era o seu lugar. Ele era na verdade um belo Cisne
e não um pato. Voa para longe dali e encontra outros iguais a ele e também o seu amor.

As crianças são influenciáveis, por isso o comportamento dos pais pode alterar a
maneira de agir dos pequenos para pior. Jogos e filmes violentos também preenchem o
repertório de experiências da criança com violência e agressões que em algum momento
ela pode colocar em prática no ambiente escolar.

O bullying é de longe uma das mais ameaçadoras patologias sociais, que tem moldado
pessoas violentas para a sociedade. Para que o problema seja controlado e até mesmo
curado, é necessário que o agressor passe por uma série de tratamentos psicológicos que
vão desde o diagnóstico até sessões de terapia.

Alguns pais acreditam que mudar o filho de escola é a melhor forma de conter o
bullying, mas a iniciativa não acaba com o comportamento agressivo dessa criança, só
dissemina-o em outros lugares. Caso tenha dúvidas sobre como tratar bullying, a melhor
forma de aliviar os sintomas da patologia é pedindo as orientações de um psicólogo.

Somente com terapia a criança consegue vencer o bullying. Ela participa de exames
psicológicos, sessões de análise e até psicologia em grupo para enfrentar o seu problema
de perto. O problema leva tempo para ser trabalhado e requer a participação de toda a
família para a recuperação do agressor.

Felicidade, Glórias, Amor, Amizade, Fraternidade, Solidariedade, convivendo juntas


jamais ocorreriam diferenciações, como vemos Foucault onde nos mostra uma nova era
de transformações, uma era de uma modernidade se liquefazendo, diferenças emergindo
e jamais poderemos relutar com isso, pois, cada ser humana tem seu ‘eu’, tem sua
conduta, tem seus valores, tem seu diferencial, então, viver na diferença é normal, e
lutar por ela é primordial.

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