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27.01.

2009 | 16:20

Mercado percebe no mobile um canal estratégico


Segundo pesquisa da Nielsen, 61% da população utilizou SMS constantemente em 2008

Por Fernanda Magalhães*

O ano de 2008 foi extremamente positivo para o mobile marketing no Brasil. Esse novo
importante canal de comunicação cresceu, ganhou maior atenção do mercado e deverá
conquistar ainda mais adeptos em 2009. Depois da chegada da tecnologia 3G e do
iPhone ao País, acompanhamos a evolução do número de marcas que passaram a usar
essa ferramenta como um canal estratégico de comunicação com seu público. Ainda
nada que se compare aos países líderes do segmento, que geram bilhões de dólares em
receita com esse serviço anualmente. É o caso dos EUA (US$ 36 bi), Japão (US$ 16 bi),
China (US$ 14 bi), Reino Unido (US$ 8 bi) e Itália (US$ 7,5 bi).

Com 147 milhões de celulares habilitados, os brasileiros terminaram o ano com um


aumento significativo na utilização dos serviços de dados em todos os seus formatos,
além do bem difundido SMS. Segundo pesquisa da Nielsen, 61% da população utilizou
SMS constantemente em 2008. No ano anterior, eram 51 %, de acordo com estudo
similar da NIC.br. Da mesma forma, consultas às contas de e-mail e bancária, acesso à
internet móvel e downloads de conteúdo estão fazendo cada vez mais parte do dia-a-dia
de todos nós.

Logicamente que a chegada das novas tecnologias (3G e iPhone) é o principal fator
para  esse progresso. Prova disso são os dados do Terra sobre seu conteúdo de notícias,
esportes e variedades no celular. Segundo o portal, desde a chegada do iPhone no
Brasil, em agosto desse ano, sua audiência deu um salto expressivo e cresceu cerca de
160%.

O mais importante é que essa curva ascendente está apenas no começo. Acabamos de
completar um ano de rede 3G no Brasil e ainda estamos presenciando a adoção de
funcionalidades por parte dos usuários, como câmeras mais avançadas, opções de
armazenamento de conteúdo (uploads e downloads) mais simples, entre outras. Isso sem
mencionar o aumento do tamanho das telas dos celulares, como é o caso do iPhone da
Apple, que tornou a exploração de conteúdo e internet móvel muito mais ilustrativa.

Sendo assim, já é possível alegar que nosso mercado segue em ritmo acelerado rumo ao
desenvolvimento de ações que tenham mobile como canal. É inegável que os serviços
de publicidade pelo celular realizados no País devam ser, pelo menos por enquanto,
mais simplificados. Entretanto, devemos estar atentos para utilização de conceitos que
já fazem parte da realidade dos países europeus e dos EUA. É o caso dos jogos com
publicidade (advergaming) e interações utilizando MMS. Ambas deverão ganhar mais
força em 2009 aliadas à criatividade típica brasileira.

Simples ou sofisticadas, as ações de mobile marketing são abrangentes e podem


envolver apenas um tipo de tecnologia ou se utilizar de muitas. O mobile marketing
pode ser utilizado para gerar interatividade e qualificar a audiência. A interação gerada
com o consumidor oferece às marcas um modo perfeito de enriquecer e estender de
forma espontânea seu contato junto ao cliente, além de alertas e cupons promocionais
que podem ser ofertados com o objetivo de aumentar o tráfego no ponto-de-venda para
a geração de novos negócios.

Dessa forma, podemos mensurar o retorno sobre o investimento e permitir melhorar as


taxas de desempenho das campanhas de resposta direta que venham a ser realizadas. Já
é fato que o canal mobile representa uma grande oportunidade de convergência para a
entrega de anúncios personalizados que veremos com mais freqüência nesse ano que
está chegando.

* Fernanda é diretora da Mobext, agência de mobile marketing do grupo Havas

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