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DOMUS MISERICORDIAE

Residências para seniores

R E G U L A M E N T O

CAPÍTULO I
Natureza e Objectivos

Artigo 1.º
(Denominação e natureza)

1 – A Instituição Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, Contribuinte n.º


501109528, com sede em Rua Serpa Pinto n.º 1 – 2560-363 Torres Vedras, freguesia
de S. Pedro e Santiago, Concelho de Torres Vedras é dona e legítima proprietária
de um imóvel (descrição) e inscrito a seu favor pela inscrição n.º ...

2 – No imóvel acima referido a Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras,


promoveu a construção, já concluída, de X residências.

Artigo 2.º
(Finalidade)

As residências destinam-se a habitação, acompanhada pela prestação dos serviços


descritos neste regulamento, em unidades residenciais.

Artigo 3.º
(utentes)

1 – Os utentes titulares serão de ambos os sexos, sem distinção de raça ou


religião, sendo determinadas como condições de admissão e de permanência, a
aquisição prévia do título do direito vitalício de ocupação exclusiva e o
cumprimento das normas instituídas.

2 – O título de ocupação vitalícia exclusiva é intransmissível quer inter vivos


quer mortis causa.

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Artigo 4.º
(admissibilidade)

1 – A admissão poderá ser recusada aos portadores de doenças infecto-contagiosas


ou outra que possa perturbar o regular funcionamento da Instituição,
nomeadamente doentes com deficiência mental clinicamente comprovada, segundo
parecer da Direcção Técnica e do Médico responsável da Instituição;

2 – A admissão também poderá ser recusada a quem, pela sua conduta psicossocial
possa colocar em risco o bom ambiente institucional.
Artigo 5.º
(Objectivos)

Os objectivos do Equipamento Residências “Domus Misericordiae” são os


seguintes:
1 – Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos utentes e respectiva
família.
2 – Assegurar aos utentes serviços que permitam a satisfação das necessidades
básicas e actividades da vida diária com qualidade.
3 – Prestar cuidados de saúde, cuidados de ordem física e apoio psicossocial aos
utentes, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar, proporcionando
uma melhor qualidade de vida.

CAPÍTULO II
Processo de selecção e de admissão de utentes

Artigo 6.º
(admissão)

É condição de aquisição da qualidade de utente a aquisição do título de ocupação


vitalícia exprimindo assim, a vontade expressa da sua admissão.

Artigo 7.º
(Candidatura)

1 – Para efeitos de admissão, o interessado deverá apresentar na secretaria da


Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, no respectivo horário de
expediente, os seguintes documentos:
a) Fotocópia do bilhete de identidade (ou cartão de cidadão);
b) Fotocópia de cartão de contribuinte (ou cartão de cidadão);
c) Fotocópia do cartão de beneficiário ou de pensionista;

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d) Fotocópia do cartão de utente dos serviços de saúde;
e) Boletim de vacinas;
f) Relatório médico referindo as patologias, tratamentos, cirurgias e medicação
relacionados com o candidato a utente e, bem assim, atestando a ausência de
doenças infecto contagiosas;

2 – Em situações de interdição ou inabilitação pode ser solicitada certidão de


sentença judicial que regule, respectivamente, a tutela ou a curatela.

Artigo 8.º
(Avaliação)

1 – Recebida a candidatura, e avaliada pelos serviços respectivos e acompanhada


de parecer, é submetida a deliberação da Mesa Administrativa.

2 – De forma a concluir o processo de admissão o utente deve fazer prova do


pagamento da totalidade do valor de aquisição do direito de ocupação vitalícia
da respectiva residência e, bem assim, do pagamento da primeira mensalidade.

3 – O valor da mensalidade será pago na totalidade se o utente for admitido na


1.ª quinzena do mês e corresponderá a metade quando o utente é admitido na 2.ª
quinzena desse mês.

4 – Sempre que se verifique uma não adaptação do utente à instituição, a


família, ou o respectivo responsável, assumirá a responsabilidade pelo seu
recolhimento, nesse caso, a Santa Casa da Misericórdia devolverá ao utente:
75% do valor da aquisição se a denuncia for efectuada até ao sexto mês.
50% do valor da aquisição se a denuncia for efectuada no primeiro ano.
25% do valor da aquisição se a denuncia for efectuada no decurso do segundo ano.
15% do valor da aquisição se a denuncia for efectuada no decurso do terceiro
ano.
Após este período não haverá direito a qualquer reembolso.

CAPÍTULO III
Instalações e Regras Gerais de Funcionamento

Artigo 9.º
(Instalações)

Cada uma das Unidade Residênciais “Domus Misericordiae” está sedeada no imóvel
referido n.º 1 do artigo 1.º sendo as suas instalações compostas por:

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a) Residências Tipologia T1, com sala, Kitchenet, um quarto, WC e varanda (ou
terraço);
b) Mobiliário e equipamento adequados a essa tipologia, conforme com a lista de
inventário, que deverá ser conferida no momento da ocupação inicial;
c) Serviços de enfermagem;
d) Sala e boxes de fisioterapia;
e) Zonas de convívio, restaurante e bar;
f) Piscina e balneários de apoio;
g Ginásio;

Artigo 10.º
(Serviços Prestados)

1 – A Unidade Residências “Domus Misericordiae” coloca á disposição os


seguintes serviços aos utentes das residências:
a) Alojamento, que inclui serviços de manutenção e de conservação das infra-
estruturas básicas e do equipamento;
b) Alimentação;
c) Higiene pessoal;
d) Tratamento de roupas;
e) Limpeza diária das instalações;
f) Serviço de enfermagem, prestado por pessoal técnico inscrito na Ordem dos
Enfermeiros e ao serviço da instituição;
g) Deslocações para e do centro da cidade de Torres Vedras, de acordo com
horário afixado (segundo horário a definir);

2 – Ao abrigo de contrato de prestação de serviços serão ainda prestados os


seguintes serviços:
a) Serviços de acção social;
b) Actividades gímnicas, de fisioterapia ou relacionadas com a utilização da
piscina, pelo menos uma vez por semana (segundo horário a estabelecer);

3 – Os serviços referidos na alínea f) do n.º 1 é prestado por profissionais


qualificados, inscritos nas referidas ordens profissionais, não se
responsabilizando a instituição por danos, quaisquer que estes possam ser,
decorrentes ou conexos com o estado físico, mental e relativo à idade dos
utentes, causados pelos mesmos.

Artigo 11.º
(Alimentação)

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1 – A alimentação deverá ser variada e adequada à idade e ao estado de saúde dos
utentes e às prescrições médicas.

2 – A ementa é afixada semanalmente, em local bem visível.

3 – Serão fornecidas dietas, de acordo com prescrição médica, tendo os utentes


direito às seguintes refeições diárias:
a) Pequeno-Almoço e Lanche, normalmente compostas por leite, café, chá, iogurte
ou cereais, pão com manteiga, doce, queijo ou fiambre, bolos ou bolachas;
b) Almoço e Jantar, compostos, cada um deles, por sopa, prato de peixe ou de
carne (ou de dieta/opção), fruta da época ou doce.

4 – Em períodos de ausência superior a 2 semanas, seguidas desde que exista


comunicação prévia à Direcção técnica da instituição, com um mínimo de 24 horas,
a mensalidade será reduzida de acordo com tabela aprovada e em uso nesse
momento, e disponível em anexo ao presente regulamento no qual, como anexo ao
regulamento, figurará o preçário da lista de extras previstos.

Artigo 12.º
(Horários)

O horário de funcionamento da Unidade é de 24 horas por dia, todos os dias da


semana.

a) Serviços de Enfermagem, Fisioterapia e Piscina


 São facultados aos Titulares/Utentes, dentro dos dias e horários
afixados.

CAPÍTULO IV
Direitos e Deveres

Artigo 13.º
(Direitos e Deveres dos Titulares/Utentes)

1 – São direitos do utente:

a) Ser respeitado, e fazer-se respeitar, na sua dignidade, intimidade e


privacidade, não podendo sofrer quaisquer tipos de discriminação.
b) Usufruir de todos os serviços a que tem direito, conforme o seu estado físico

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ou psíquico;
c) Receber, em perfeito estado de funcionamento, quer a residência adquirida nos
termos do contrato de cedência e aquisição, quer o seu conteúdo, de acordo com o
inventário a conferir no momento da ocupação das residências “Domus
Misericordiae” pelo Utente/Titular;
d) Receber visitas de familiares e amigos;
e) Ser ouvido nas decisões que a si digam respeito;

2 – São Deveres do Utente

a) Tratar com urbanidade e correcção os funcionários, elementos da Mesa


Administrativa, voluntários e demais utentes
b) Cumprir os horários e regulamentos aprovados pela Mesa Administrativa;
c) Não consumir substâncias psicotrópicas, com excepção de medicação com
prescrição médica;
d) Não permitir a ocupação da residência por outra ou outras pessoas que não
sejam o ou os titulares ou utentes indicados como segundo ou segundos
outorgantes no contrato de cedência e aquisição.

3 – Os utentes, seus familiares e visitas manterão dentro da unidade, um


comportamento que se paute pelos princípios morais e de convivência social
normalmente aceites, abstendo-se de, por qualquer forma, lesar os demais
utentes, pessoal, outras visitas e os interesses da instituição, nomeadamente o
seu bom nome e honorabilidade.

Artigo 14.º
(Bens Pessoais)

1 – Os utentes poderão ter em seu poder objectos de uso pessoal, não se


responsabilizando o estabelecimento pela segurança ou garantia desses objectos,
independentemente do seu valor material ou estimativo.

2 – A instituição não se responsabiliza por dinheiro, valores e objectos dos


utentes, que não tenham sido declarados à sua guarda.

3 – Sempre que esses estejam confiados, pelo utente, ou família ou responsável,


à guarda da instituição, deverão constar em registo próprio de cada utente;

4 – Nos casos em que faça parte do inventário da residência a existência de


cofre compete ao utente, ou a quem por ele for responsável, zelar pela guarda de
chaves e/ou do respectivo segredo.

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Artigo 15.º
(Contrato de Prestação de Serviços)

1 – No Contrato de Prestação de Serviços devem estar definidos os termos e


condições do mesmo, nomeadamente: direitos e obrigações de ambas as partes; data
de início e o período; condições de suspensão e/ou rescisão da prestação de
serviços; serviços e actividades a prestar e preços dos serviços a prestar e
modalidade de pagamento. O contrato é elaborado em duplicado e assinado por
ambas as partes, ficando um exemplar na posse da Misericórdia e o outro é
entregue ao Utente.

2 – Sempre que o Utente não possa assinar o contrato e o presente regulamento, a


assinatura daqueles documentos pelo responsável pelo Utente, seja ou não seu
familiar, entender-se-á como assinado em seu próprio nome e como gestor de
negócios do utente;

3 – Se o prazo estabelecido expirar, por razões que naquele contrato estão


previstas nas cláusulas 1.ª e 7.ª sem que os responsáveis o tenham renovado ou
promovido a deslocação do Utente, poderá a Direcção das Residências tomar
providências de o fazer retirar, para o domicílio da pessoa responsável perante
esta instituição, correndo por conta daquela as despesas efectuadas.

4 – O Utente titular de residência pode manifestar interesse em ser transferido


para um dos Lares da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras e a situação
será analisada pelas Direcções das Residências e dos Lares e apresentada ao
Provedor que providenciará apreciação do caso pela Mesa Administrativa que
tomará uma decisão em conformidade com os enunciados no clausulado do Contrato e
no do presente Regulamento;

5 – Não será conferido nem reconhecido o direito à restituição de quaisquer


importâncias já pagas às “Residências”, nomeadamente nos seguintes casos
(exceptuando-se as situações previstas no Artigo 8º nº. 4 do Capitulo II do
presente Regulamento:
a) Falecimento.
b)Internamento Hospitalar.
c) Férias ou ausência temporária dos Utentes.
d)Não utilização dos serviços colocados, pela instituição, à disposição dos
utentes.
e) Resolução do contrato de aquisição e de cedência.

CAPÍTULO VII

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Disposições Finais

Artigo 16.º
(Alterações ao regulamento)

1 – As disposições deste regulamento poderão ser alteradas ou revogadas, sempre


que as normas superiores o exijam mas nesse caso tais alterações ou revogações,
respectivamente, só regerão para o futuro.

2 – Serão consideradas nulas e de nenhum efeito quaisquer disposições do


presente regulamento que restrinjam ou violem disposições contidas em diplomas
com força legal.

Artigo 16.º
(casos omissos)

As situações omissas serão esclarecidas pela Mesa Administrativa da Santa Casa


da Misericórdia de Torres Vedras, sendo, em caso de litígio, competente o foro
da Comarca de Torres Vedras, salvo se outro não se sobrepuser face ao mapa
judicial do País, em cada momento em vigor.

Torres Vedras,
O Provedor
O Utente

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