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Neemias 2: 3
“Como não estaria triste o meu rosto estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais,
assolada e tendo consumidas as suas portas a fogo?” “Peço-te que me envies”.
Quando o povo de deus foi levado preso para Babilônia, pelo rei Nabucodonosor, por causa dos
seus pecados, a profecia dada através do profeta Jeremias determinou o tempo de castigo de 70
anos. Daniel, o jovem servo de Deus, serviu ao Senhor com inteira fidelidade e alcançou posição
elevada no meio daquele povo.
Outros servos permaneceram fiéis todo o tempo do exílio e quando os 70 anos acabaram-se,
Daniel já era idoso e orou para que o povo voltasse para sua terra.
Esdras era temente a Deus, era sacerdote e logo voltou levando uma boa parte de gente, e o rei
Ciro o ajudou, fazendo cumprir a ordem de Deus. Esdras, no capítulo 1 do seu livro, fala muito claro
sobre isto e o capítulo 2 menciona os nomes de todos que voltaram com Zorobabel e logo que se
estabeleceram, levantaram o altar para adorarem a Deus. O templo foi construído e a alegria do
povo foi intensa.
No capítulo 4, o inimigo se levantou furioso, mas os profetas exortaram o povo a obedecer à voz do
Senhor. É assim que caminha a Obra do Senhor.
Pois bem, é nesta circunstância que aparece o nosso estudo, objetivando lembrar-nos que todo
serviço de Deus tem um fim proveitoso: nossa edificação espiritual, nosso crescimento.
Neemias servia ao rei como copeiro no palácio, mas seu coração estava não no palácio, mas na
Obra de Deus.
Capítulo 1 – ele descobre que o trabalho do templo estava bem, mas os muros e as portas de
Jerusalém estavam queimadas a fogo. Que casa está segura com os muros caídos e as portas
queimadas?
Foi então que ele se entristeceu de tal modo, que o rei que nunca o havia visto triste, perguntou-lhe
qual a razão da sua tristeza? e sua resposta foi: “Porque os muros estão destruídos, as portas
queimadas e os sepulcros dos meus pais assolados.
Com a permissão do rei, Neemias é liberado para o trabalho duro de reconstruir os muros e as
portas. este trabalho é tipo da Obra de Deus, que se faz no presente momento. Temos uma Obra a
fazer e para que o servo viva as 10 portas em sua vida, ele enfrenta lutas com inimigos que se
levantam dentro de si para impedir a sua vitória espiritual. Inicia-se a Obra.
Os muros são para proteção, eles separam o que era da cidade do lado de fora, donde vinha o
perigo: os ataques do inimigo. É necessário o sentimento de realidade na vida do povo, da cidade,
das pessoas e esta realidade é entendida por segurança e paz.
Deus tem prometido por um muro de fogo ao redor do seu povo para protegê-lo.
O Espírito Santo em nós é o fogo que protege e destrói o poder do mal. Se assim não for, nãos nos
enganemos, porque não estamos no Espírito. Muros ao redor significam mais que proteção,
significam aconchego e comunhão.
Primeiro – A porta das ovelhas ou do gado. Eliasibe era o responsável, seu nome significa: Deus
restaura.
Era a pessoa certa, era sacerdote e entendia de rebanho. É uma lembrança do Senhor Jesus e de
todo o seu trabalho que é visto nesta grande Obra.
Jesus, o Pastor. Indica a cruz como primeiro ponto de partida. A convocação para o trabalho se faz
necessário, todos tem que vir a trabalhar.
Jo 10: 1-10 – O Senhor Jesus, portanto, é o Pastor, está cuidando das ovelhas, para que o curral
esteja protegido contra tudo que vem assustá-las e destruí-las.
O ladrão vem para roubar (a fé, o entusiasmo na obra, a comunhão); matar (a vida espiritual
oferecendo o veneno do mundo); destruir (lançar no inferno).
Jesus, o Bom Pastor, está tomando conta do seu rebanho: através do Espírito Santo, orientando
para que nossos muros e portões estejam reparados e fechados contra o mal.
Eu sou a porta
Esta parte do muro ia até a torre de MEAH, que significa dos 100, como Jesus mencionou na
parábola do aprisco que tinha 100 ovelhas. Uma se perdeu, Ele foi buscá-la. Aquela ovelha perdida
era eu.
O limite onde aquele grupo trabalhava até a Torre de HANANEEL, que significa aquele a quem
Deus é gracioso.
Se sou salvo, o limite veio a mim. Se você é salvo, veio a você. Se somos salvos, somos o aprisco
do Senhor.
A Porta do Peixe era onde havia um mercado de peixes, e os pescadores os traziam para ali os
venderem. A cidade precisava do peixe, era alimento e a porta precisava ser reparada.
Estabelece-se a realidade de que depois de salvos, agregados ao aprisco do Senhor, temos que
cuidar de salvar almas.
Assim o Senhor fez, salvou seus servos e chamou-os para serem pescadores de homens.
Edificaram os filhos de Sena, que significa erguer, levantar. Uma obra sem salvação é caída, não
presta. Os que colocaram fechaduras e ferrolhos foram: Meremote (forte), Mesulão (reparador) e
Zadoque – Sadik (justo).
No verso 5, há uma observação: os tecoitas trabalharam, porém os seus nobres não meteram o
seu pescoço a serviço do Senhor. Deus vê tudo, e tudo será galardoado. Quem são os nobres,
neste caso? Aqueles que são nascidos em lares de servos, conhecem a Palavra desde cedo,
pertencem à Igreja, mas não querem pescar os peixes, não se interessam pela evangelização tão
bem vista nesta porta.
Deus está vendo tudo e no dia certo, tais vidas serão reprovadas na sua presença.
Jr 31: 38 – Fala da porta de esquina, a mesma porta velha. Quando José perguntou se o velho pai
ainda vivia, ele queria saber do relacionamento deles com o Pai. Jesus é esta Porta Velha, porque
Ele é eterno. assim é visto com seus cabelos brancos no Apocalipse. Nesta Eternidade, nesta porta
tudo foi acertado entre o Pai e o Filho, para nossa salvação.
Ct 4:6 – Tomaram parte neste trabalho: Joiada, cujo significado é: O Senhor Conhece. Não foi sem
propósito a escolha de alguém com este nome. O Senhor conhece tudo porque Ele é eterno.
Gibeonitas (admitidos por falha de Josué, mas aproveitaram a graça imerecida, tipos do pecador,
nós que somos admitidos na eternidade por Jesus).
Filhas de Salum – Mulheres no campo pesado de trabalho. Salum não tinha filhos, só filhas e Deus
as aceitou na obra. Outros trabalharam na reconstrução desta porta.
Ne 3: 13 – Filipenses 2: 6-8 – Esta porta do Vale, da humildade, fala do lugar que o Senhor Jesus
tomou pelos pecadores. Ele humilhou-se até a morte e morte de cruz, tornando-se maldição por
nós. Esta porta tem que ser restaurada na vida do servo de Deus ou ele não tem lugar na Obra. A
Obra de Deus não tem lugar para orgulhosos, mas para os obedientes, os que se humilham
perante Deus.
Hanun – Gracioso – foi o responsável. Portas com fechaduras e ferrolhos colocados. É necessário
muita vigilância, o inimigo quer sempre colocar arrogância, presunção nos que trabalham, é preciso
ter bem fechado este portão. Um servo orgulhoso é a presa mais fácil para o inimigo derrubar. A
Porta do Vale, da humildade tem que ser restaurada.
O orgulho não reconhece autoridade, ser gracioso para com Deus é ser humilde. Ao humilde Ele, o
Senhor exalta, mas o orgulhoso Ele abate.
Era a porta usada para levar o lixo para fora da cidade. Jesus reparou esta porta em nós levando
nosso lixo, nosso pecado fora da cidade, fora de Jerusalém no calvário.
Tudo que é sujo em nossa vida, tudo que contamina, tem que ser escoado, retirado completamente
e diariamente, porque lixo não pode acumular.
Malaquias filho de Recabe foi o reparador. Ele pertencia à família dos recabitas que o Senhor usou
para mostrar obediência e servir de exemplo ao povo de Jerusalém.
Era o maioral da cidade. Se esta porta em nossa vida não for restaurada Deus não pode operar.
I Pe 1: 15-17: 4: 3-5.
João 4: 6-15 – A Porta da Fonte é tipificada na Água Viva. Água oferecida por Jesus à mulher
samaritana. Só depois de sair o lixo da nossa vida, é que a Porta da Fonte vai poder produzir a
Água Viva. É tipo, portanto, do Espírito santo. Foi reparada por Salum, que significa “Paz”.
A mulher samaritana tinha uma vida que era um monturo, mas Jesus a purificou. Ela aceitou e Ele
ofereceu água viva da qual esta porta é tipo.
Salum – Paz
Mispah – Vigia
Os homens acima mencionados eram os construtores desta porta. Isto nos mostra que: Paz
(Salum) haverá através do servo que, em santidade (Colhoze) vive a Profecia e vigia (Mispah),
assim é que Deus edifica sua Obra. É a porta mais vigiada em termos de reparação, muito trabalho,
muita gente, muita vigilância.
É ligada à Porta da Fonte, porque o Senhor Jesus, tanto é a Fonte, a origem, o nascedouro da
Água, como a própria água.
Jo 3: 5; 7: 35; 5: 26.
Ofel é a palavra em destaque, significa Lugar Alto, arredondado, indicando altura como limite desta
porta. Jesus é do alto, do alto veio e do alto vem a água oferecida.
Diz que os Netinis (que eram servidores do templo) habitavam em Ofel e os tecoítas reparavam.
Dois grupos sem nome específico, mostrando ser uma obra ligada diretamente ao Espírito Santo
prometido pelo Senhor, para batizar seus servos – Pentecostes.
Após derramar o Espírito Santo, a Palavra é revelada e edifica aqueles que estão perto e se
curvam a ela. O homem não edifica a Obra de Deus, e sim o Espírito Santo.
Ofel é o limite registrado no começo e no fim, vem do alto. A Palavra dispensa o homem.
É por onde entravam a cavalo os homens que iam à guerra. Voltar derrotado era triste, mas voltar
com a vitória era alegria. Dá portanto a entender Guerra e Vitória.
Na guerra contra as trevas o povo de Deus está envolvido e tem que passar por esta porta. Porta
caída indica derrota, Porta erguida, mostra a vitória dos valorosos.
Cant 3: 8 – “Todos armados de espadas, destros para a guerra, cada um com sua espada na cinta
por causa dos temores noturnos”.
A porta da Vitória tem que estar restaurada. Os Sacerdotes a repararam. Hoje somos sacerdotes
de Deus e a nós, cada um, cabe manter esta porta da Vitória em sua própria vida. A Obra de Deus
não comporta servo derrotado. Vivemos de Vitória em Vitória.
Luc 2: 79 – “Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que do Oriente do alto nos
visitou”.
Ez 44: 1-2 – “Então levou-me à porta, a porta que olha para o caminho do oriente e eis que a glória
do Deus de Israel vinha do caminho do Oriente e a sua voz era como a voz de muitas águas”.
De Ezequiel sabemos que a Shequina – a glória – deixou a porta Oriental para depois brilhar no
milênio, quando o Senhor Jesus estará novamente reinando neste mundo.
No templo que será em Jerusalém, o Senhor se sentará no Trono de Davi e reinará para todo
sempre.
A Porta Oriental olha para o Sol nascente, portanto é do Senhor Jesus que ela trata.
Ele voltará e, por isso, a igreja se identifica mais e mais com Ele e se prepara para a segunda
vinda. Se esta porta não for restaurada, não há como passar por ela. Seconias era o guarda desta
porta, seu nome significa Habitação do Senhor.
Quando o Senhor vier, governará com vara de ferro: O juízo será estabelecido.
Malaquias significa Jeová é Rei, foi o responsável pela reparação desta porta; ele era filho do
ourives.
I Co 3 – Sl 122: 7
Interessante é notar em Neemias 3: 22 – último verso – a ligação entre esta última porta e a
primeira, a das ovelhas ou do gado.
O início de uma caminhada, quando primeiro somos redimidos, salvos, no aprisco do Senhor e
continuaremos na caminhada até chegarmos ao Tribunal de Cristo, quando receberemos dele os
galardões pelo trabalho feito.
Resumindo, em tudo vemos a caminhada percorrida. O muro circunda, protege as portas, com seus
ferrolhos fecha tudo, não permitindo a entrada do adversário.
CONCLUSÃO
Neemias 3
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