Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
De
Teologia
Hermenêutica
do
Capitulo cinco
de
Neemias
“Cristiane e Miguel”
Neemias
Autor:
Possivelmente Neemias
Data:
Tema:
Palavras chave:
Assunto:
Versículo chave:
Neemias 5:15
Mensagem espiritual:
Essas são atitudes de verdadeiros lideres, pessoas que lideram sem o temor e a
presença de Deus na vida, faz tudo aquilo que Deus não se agrada, entristecem o
coração de Deus, mas, aquele que está debaixo da vontade de Deus, esse sim, está no
temor do senhor, deixando Deus guiar e agindo segundo a vontade de Deus,
admoestando quando preciso, procurando sempre o bem estar da sua igreja, sendo
primeiramente um exemplo diante do povo e assim sendo um verdadeiro líder,
ensinando a ser justo e a obedecer à palavra de Deus.
Aspecto Histórico:
Um exemplo de líder
Aspecto Geográfico:
Jerusalém, Judá.
Biografia de Neemias
Existem evidências de que Neemias teria sido eunuco, pois ele servia tanto
na presença do rei como da rainha.
Ficou treze anos como governador de Judá, retornou por pouco tempo à
corte de Artaxerxes e de lá voltou à Judá.
Neemias era um homem de visão, sabedoria, convicção, coragem,
integridade, fé, compaixão pelos oprimidos e possuidor de ricos dons de
liderança e organização.
As condições de Jerusalém
Neemias ficou sabendo através do seu irmão Hanani sobre a situação de
Tudo isso porque não havia muros, qualquer pessoa entrava e saia sem
nenhum impedimento.
Neemias se entristeceu muito, orou e jejuou por vários dias, então um dia
o rei percebeu sua tristeza, e perguntou a Neemias, que logo o explicou;
então o rei lhe deu permissão de ir á Jerusalém e atuar lá como
governador.
O rei lhe concedeu cartas para chegar até Jerusalém, pois naquela época
não se podia ir de uma cidade a outra sem a devida autorização.
Sambalate o horonita:
Tobias:
Gesém o Árabe:
As portas de Jerusalém
Neemias juntamente com o povo restaurou doze portas, cada uma servia
pra alguma coisa, nelas temos os seus significados reais e espirituais,
As portas são:
A Porta do Gado:
A porta do gado simbolizava consagração, mais tarde recebeu o nome de porta das
ovelhas. Ficava nas proximidades do Templo; e do tanque de Betesda.
Por essa porta passavam ou nela permaneciam os animais que deveriam ser oferecidos
como sacrifício pelos pecados do povo, de acordo com as exigências da Lei de Moisés.
Sob o ponto de vista espiritual era a porta mais importante, pois de nenhuma outra a
Bíblia diz que foi consagrada, somente esta!
A Porta dos Peixes:
A Porta Velha:
“E a porta velha, repararam-na, Jeoiada, filho de Paséia; e Mesulão, filho de Besodéias; estes a
emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos”.
A porta velha simbolizava a tradição e a história falada dos hebreus, o tesouro antigo, acerca das
gerações de sua origem.
No sentido espiritual, de modo figurado, indica-nos hoje, a necessidade do desapego e libertação
do passado.
A porta do vale era por onde passavam os esgotos, as águas que se projetavam no vale do
Cedrom.
A porta do monturo era por onde se processava a remoção do lixo. Essas portas representavam a
limpeza que deveria haver na cidade de Deus. Por elas saíam todas as impurezas, como que a
indicar que a cidade santa deveria estar sempre limpa, assim como o nosso coração deve estar.
A Porta da Fonte:
A porta da fonte simbolizava a bênção divina constante a brotar na nascente. Essa porta ficava
ao sul de Jerusalém perto da fonte de Siloé, onde o cego de nascença foi curado por Jesus!
Espiritualmente simbolizava a realidade dos milagres dos evangelhos profetizados por Isaías e
realizados por Jesus; poder este delegado para a igreja para a dispensação da graça.
A Porta do Pátio do Cárcere:
“Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esquina e a torre que sai da casa real superior, que está
junto ao pátio da prisão”.
Neste pátio o profeta Jeremias esteve preso. Espiritualmente simboliza “as cadeias” ou “prisões”
que imobiliza o pecador, ou até mesmo o crente que se descuida da vigilância.
A Porta Oriental:
“... E depois dele reparou Semaías, filho de Secanias, guarda da porta oriental”.
Acredita-se que esta é a porta pela qual Jesus entrou em Jerusalém, e que hoje se encontra
lacrada! Espera-se que o Messias entre por ela em sua segunda vinda.
Ez. 44:2 – “E disse-me o Senhor: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por
ela, porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso estará fechada”.
Na simbologia espiritual esta porta representa a volta de Jesus; o eminente arrebatamento dos
salvos! Esta porta deve estar aberta na vida da igreja, cuja oração deve ser: Ap.22:20 – “Aquele
que testifica estas coisas diz: certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.
A Porta de Mifcade:
“Depois dele reparou Malquias, filho dum ourives, até a casa dos netinins e mercadores,
defronte da porta de Mifcade, e até a câmara do canto”.
A Porta de Efraim
“Saiu, pois, o povo, e de tudo trouxeram, e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, e
nos seus pátios, e nos átrios da casa de Deus, e na praça da porta das águas, e na praça da porta
de Efraim”.
Efraim era o segundo filho de José, mas recebeu a bênção de Jacó como se fora o primogênito.
Efraim significa “fruto dobrado”.
Porção dobrada da herança era um direito de primogenitura .
A penhora dos filhos: o devedor insolvente tem que trabalhar para seu credor até saldar
sua dívida. Mas se não for possível esta retribuição direta, ele e sua família podem ser
vendidos a um terceiro como escravos por dívida e o credor recebe o seu preço.
O caso daqueles que têm campos, vinhas, casas e oliveiras (v. 11) e que tiveram que
empenhá-los durante uma escassez; trata-se de penhora cujo usufruto foi transferido
ao credor. Ou seja: o credor tem direito aos produtos excedentes.
A crise do tempo de Neemias, que aparece em Neemias cinco, pode ter tido vários
motivos, como:
. Piora da qualidade da terra
. Mau tempo que prejudicou a colheita
. Crescimento do número de familiares
. Divisão e diminuição das terras por causa da herança
. Exigências estatais de pagamentos de impostos sobre o terreno, de acordo com seu
tamanho
. E pior: este imposto tinha que ser pago em moedas
Daí: quem já tivesse hipotecado seus campos e sua produção precisava vender filhos e
filhas como escravos.
Nobres e os magistrados:
. Estes são os credores, dos quais muitos judeus dependiam: são da classe alta, pessoas
de posses. Por que a repreensão de Neemias? É que o endividamento tinha como
objetivo levar à venda (ao estrangeiro) o judeu empobrecido. É que estava florescendo o
comércio de escravos no Mediterrâneo.
Lv 25 determina que:
. Se o irmão deve vender seu terreno, então o parente agnático mais próximo deve
comprá-lo
. Se isto não for possível, no 49º ou 50º ano o antigo dono deve receber de volta sua
propriedade vendida
. Se o irmão receber empréstimo em dinheiro ou víveres, não se deve cobrar dele nem
juros, nem quantidade maior de víveres
. Se for vendido à israelita, não deve prestar serviços de escravo, mas deve ser
considerado como um tôshâb (estrangeiro residente) ou um diarista. No ano jubilar
esta condição de empregado termina e ele deve voltar ao seu clã
. Se o irmão for vendido a estrangeiros como escravo, deve ser resgatado pelo parente
mais próximo. Caso contrário, deve ser libertado no ano jubilar.
Neemias após ter ouvido e refletido acerca da gravidade da situação, decidiu convocar
os considerados responsáveis pela situação: Os nobres e magistrados.
Esta argumentação de Neemias queria mostrar que, embora essa camada rica não
estivesse infringindo nenhuma lei (no sentido jurídico-técnico), estava atuando sem
temor a Deus e sem solidariedade, o que ia muito além dos preceitos da lei.
O fato de Neemias ter chamado os sacerdotes para que se fizesse um juramento pode
indicar que: primeiro; Neemias não confiava muito na palavra dos nobres e
magistrados, pois estava lembrado da aliança estabelecida por Zedequias e quebrada
pelos príncipes (Jr 34.11); segundo; era pratica comum para a seriedade do ato.
Essa seriedade fica ainda mais evidente quando, após o juramento firmado na
assembléia, ele proclama uma imprecação contra todo aquele que não cumprir a sua
palavra: será despojado de todos os seus bens. Esse gesto de Neemias indica, uma vez
mais, que a resolução não deve ter sido aceita tão facilmente como o v. 12 a pretende
descrever.
As determinações do perdão das dividas e das devoluções dos bens penhorados são
únicas e não baseadas na lei, embora ela possa ter estado presente como pano de fundo.
As providências tomadas por Neemias foi uma anistia: renúncia às rendas (pelos
credores) das terras hipotecadas
. Conseqüência: exclusão da escravidão do judeu ao estrangeiro.
O relato de Neemias sobre sua conduta nessa posição revela um caráter apologético: ele
governava segundo o principio do serviço e não da ganância. Não usufruiu de alguns
dos privilégios que teria como governador persa de uma província. Um primeiro direito
do qual abriu mão foi o de receber o “pão do governador” (v.14), uma cota estipulada
de gêneros alimentícios para manter a chancelaria.
Acredita-se que Neemias, na condição de governador de Judá, deve ter feito uso das
terras pertencentes ao rei durante o período do reinado. Dessa forma, torna-se mais
compreensível como Neemias pôde bancar do seu próprio bolso os custos da
administração da província (Ne 5:14, 17-18).
Neemias menciona que os governadores anteriores não agiram assim. Pelo contrario
exploraram o povo cobrando 40 ciclos de prata diários para a manutenção da
chancelaria (Ne 5.15). Não bastasse isso, inclusive os funcionários da província
exploravam o povo. Neemias disse que assumiu os custos de manutenção da estrutura
administrativa por causa do temor a Deus, mas também porque a servidão sobre o povo
era grande.
Trabalho de Teologia
Fim