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RISCO BIOLÓGICO

CONCEITUAÇÃO DE RISCO
Risco Biológico
Risco:
Expressa uma probabilidade de possíveis
danos dentro de um período de tempo ou
número de ciclos operacionais.
Risco Biológico
O Risco Biológico visto como
possibilidade de evento danoso é inerente
ao processo de viver.
O Risco Biológico considerado como
probabilidade de evento danoso pode ser :
- Controlado
- Avaliado
- Administrado
Risco Biológico

POSSÍVEL X IMPOSSÍVEL
Risco Biológico

PROVÁVEL X IMPROVÁVEL
Risco Biológico
A probabilidade admite uma gradação.
Escala:
- do menos provável
- ao mais provável

A probabilidade está contida na


possibilidade.
Risco Biológico
Avaliação Qualitativa
X
Avaliação Quantitativa

Considerar:
1) Probabilidade da ocorrência do evento
danoso.
2) Potencial de dano.
Risco Biológico
A ocorrência do evento danoso está ligado à :
1) Existência ou não de medidas preventivas que
garantam a conformidade das condições
ambientais “Níveis de Biossegurança”.
2) Existência ou não de medidas preventivas que
garantam a execução dos procedimentos
respeitadas as normas de Biossegurança.
Risco Biológico
A necessidade de proteção contra o risco
biológico é definida:
1) Pela fonte do material;
2) Pela natureza da operação;
3) Pela natureza do experimento a ser
realizado ;
4) Pelas condições ambientais de sua
realização.
Risco Biológico
O risco é função matemática que relaciona duas
variáveis.
Risco = F X ( Ocorrência de não conformidade X
Potencial de Dano)
1) Ocorrência de não conformidade aos preceitos e
procedimentos de segurança biológica;
2) Potencial de Dano ( Classificação do Bioagente
patogênico-NR 32).
Risco Biológico
NR 32
32.4.22.1 O PCMSO, além do previsto na NR 7, deve contemplar,
ainda:
a) a avaliação dos riscos biológicos

b) localização das áreas de risco elevado segundo os parâmetros do


Anexo I;

c) identificação nominal dos trabalhadores expostos aos agentes


biológicos classificados nos grupos 3 e 4, do anexo I, desta NR;

d) vigilância médica dos trabalhadores expostos;

e) programa de vacinação.
Risco Biológico
ANEXO I - NR32

Classificação dos agentes


biológicos em grupos
Risco Biológico

Grupo 1: os que apresentam


baixa probabilidade de causar
doenças ao homem:
Risco Biológico
Grupo 2: os que podem causar
doenças ao homem e constituir
perigo aos trabalhadores, sendo
diminuta a probabilidade de se
propagar na coletividade e para as
quais existem, geralmente, meios
eficazes de profilaxia ou
tratamento.
Risco Biológico

Grupo 3: os que podem causar


doenças graves ao homem e
constituir um sério perigo aos
trabalhadores, com risco de se
propagarem na coletividade e
existindo, geralmente, profilaxia e
tratamento eficaz.
Risco Biológico
Grupo 4: os que causam doenças
graves ao homem e que constituem
um sério perigo aos trabalhadores,
com elevadas possibilidades de
propagação na coletividade e, para
as quais, não existem geralmente
meios eficazes de profilaxia ou de
tratamento.
Risco Biológico
QUALIDADE

Aplicação apropriada do conhecimento


disponível, bem como da tecnologia, no
cuidado da saúde. Denota um grande
espectro de características desejáveis de
cuidados, incluindo eficácia, eficiência,
efetividade.
Risco Biológico
EFICÁCIA

É a habilidade do cuidado, no seu máximo


para incrementar saúde.
Risco Biológico
EFICIÊNCIA

É a habilidade de obter um máximo de


saúde com um mínimo de custo.
Risco Biológico
EFETIVIDADE

O Grau no qual a atenção à saúde é


realizado.
Risco Biológico

A Qualidade-Eficácia-Eficiência-Efetividade:

Não podem ser alcançados sem a


administração efetiva de um programa de
prevenção de riscos biológicos que
proporcione condições ambientais seguras
para o paciente e para os profissionais que aí
desenvolvem suas atividades de trabalho.
Risco Biológico
Os estabelecimentos de atenção à saúde
devem desenvolver essa política, assegurando que
gerentes e funcionários estejam cientes de suas
responsabilidades na eliminação e redução de
riscos biológicos e acidentes.
Devem promover e reforçar práticas seguras
de trabalho e proporcionar ambientes livres de
riscos, em acordo com as obrigatoriedades
técnicas e legais.
Risco Biológico

O risco biológico pode ser alto porque a


não conformidade é muito alta ( embora o
potencial de dano seja baixo).

O Risco Biológico pode ser alto porque


o potencial de dano é de alta magnitude
(embora seja um evento raro).
Risco Biológico
Agente de Risco

Qualquer coisa, pessoa, procedimento


operacional ou administrativo, responsável
ou co-responsável pela existência de
condições que propiciam ou possam
propiciar a ocorrência de um evento
danoso.
Risco Biológico

NÃO DIRECIONAR O ERRADO À AÇÃO

MONITORAR O PROCESSO DE TRABALHO


Risco Biológico
Doenças Transmissíveis

São causadas por Bioagentes


Patogênicos cujo agente pode passar de um
indivíduo para outro ou de um animal para
um indivíduo ou ainda de um indivíduo
para um animal.
Risco Biológico

Doenças Infecciosas
x
Doenças Infecto-Contagiosas
TODA DOENÇA CONTAGIOSA É
INFECCIOSA.

NEM TODA DOENÇA INFECCIOSA É


CONTAGIOSA.
Risco Biológico
Doenças Infecciosas comumente não são
transmitidas do doente para os seus contatos.

Este fato deve-se a características relacionadas ao:


• Bioagente patogêncico;
• Local de instalação no organismo infectado;
• Características do indivíduo infectado;
• Suscetibilidade individual.
Risco Biológico
CADEIA DE TRANSMISSÃO DE UMA
DOENÇA

É um conjunto de eventos ( elos ) encadeados


de tal forma, que para a existência de um elo é
necessário que exista o elo anterior e assim
sucessivamente, de forma a permitir a propagação
do Bioagente patogênico.

Ao se romper um dos elos, cessará a


transmissão
Risco Biológico
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
É composta dos seguintes elos:
1. Bioagente patogênico
2. Reservatorio
3. Via de eliminação (porta de saida)
4. Modo de transmissão
5. Via de penetração (porta de entrada)
6. Novo hospedeiro ou suscetível
Risco Biológico
1) Bioagente patogênico: organismo vivo (micro ou
macro) capaz de causar uma infecção, ou seja
penetrar num organismo e aí se multiplicar e ou se
desenvolver.
• Infectividade
• Patogenicidade
• Virulência
• Imunogenecidade
• Dose infectante
Risco Biológico
2 ) Reservatório
Todo organismo vivo ou matéria inanimada que
abriga um bioagente e lhe oferece condições para
sobreviver e reproduzir e do qual ele será
transmitido para um hospedeiro.

Fonte de Infecção:
Refere-se ao organismo ou substância ou objeto do
qual o bioagente passa diretamente para um
organismo suscetível.
Risco Biológico
3) Via de eliminação ou porta de saida:

É o local por onde o bioagente “deixa” o


reservatório para continuar a cadeia de
transmissão.
A eliminação pode se dar por:
• Orifícios naturais
• Solução de continuidade da pele e mucosa
• Mucosa integra
• Extração mecânica através de objetos
• Picada de vetores
Risco Biológico
4) Modo de transmissão:
1. De forma horizontal (entre pessoas)
a) Direta
– imediata (quando o bioagente é transferido do
reservatorio para novo hospedeiro sem passar pelo
ambiente (ex: via sexual)
– Mediata (quando o bioagente passa por um
curtíssimo intervalo de tempo pelo ambiente
(ex:tosse, espirro)
b) Indireta : ocorre quando existe um veículo ou hospedeiro
intermediário ou quando existe um vetor

2. De forma vertical (da mãe para o feto, intrautero,


ou durante o parto)
Risco Biológico
• Veiculo: substância ou objeto que carreia o bioagente
(ex:sangue, alimentos)
• Vetor: invertebrados que carreiam o bioagente
mecanicamente
1 – vetor mecânico: barata, formiga, aranha...
2 – vetor biológico: no qual o bioagente desenvolve
parte do seu ciclo de vida: chagas, dengue...
• Hospedeiro intermediário: ser vivo que oferece abrigo
ao bioagente e onde esse desenvolve as formas
imaturas ou se reproduz assexuadamente: caramujos
• Hospedeiro definitivo: aquele onde o bioagente atinge
a maturidade e se reproduz sexuadamente: doença de
chagas.
Risco Biológico
5) Porta de entrada ou via de penetração
É o local por onde o bioagente penetra quando
infecta um novo hospedeiro

Mecanismos de penetração
• Invasão e colonização da pele integra (micose)
• Penetração ativa do bioagente na pele íntegra
(esquistossomose)
• Ingestão do bioagente (veículos contaminados ou
ingestão de um hospedeiro intermediário morto
capaz de liberar o bioagente do organismo
humano (carne mal cozida de porco ou gado -
toxoplasma)
Risco Biológico
6) Novo hospedeiro ou suscetível

Indivíduo ou animal passível de adquirir a infecção.


Quando ele não oferece resistência à penetração,
multiplicação e desenvolvimento do bioagente,
diz-se que está suscetível: hospedeiro
O hospedeiro pode apresentar manifestações clínicas
decorrentes de uma infecção ou ser apenas um
portador, muitas vezes sem nem saber que
apresenta a doença.
Comunicante: é aquele que tem contato com o
hospedeiro (doente ou portador são) em situação
que possibilita a transmissão.
Risco Biológico
O controle das doenças transmissíveis está
baseado em:
• Conhecimento de sua cadeia de transmissão
• Conhecimento técnico
• Recursos tecnológicos existentes
• Disponibilidade de recursos financeiros
• Adoção de estratégias de controle visando a
eliminação de um ou mais elos da cadeia
epidemiológica
Risco Biológico
Riscos Ambientais:

Além das preocupações legais em


definir os riscos biológicos existentes no
ambiente dos estabelecimentos de
assistência à saúde é importante inventariá-
los de forma

OBJETIVA E RACIONAL
Risco Biológico
A doença infectocontagiosa é dividida em
cinco períodos:
1. Período de incubação
2. Período prodrômico
3. Período de estado
4. Periodo de convalescença
5. Período de transmissibilidade
Risco Biológico
1. Período de incubação
inicia-se com a infecção e dura até o início do
horizonte clínico

Obs: muitas doenças já começam a transmissão


durante o período de incubação (hepatite A,
onde a transmissão se dá desde a segunda
semana antes do início dos sintomas)
Risco Biológico
2 . Período prodrômico
Período inicial das manifestações clínicas
com sinais e sintomas inespecíficos como
febre, coriza, tosse, espirros, mialgias e mal
estar.

Obs: o sarampo e a rubéola podem ser


transmitidas neste período.
Risco Biológico
3 . Período de estado
As manifestações clínicas são
características de determinada doença,
possibilitando a formulação da hipótese
diagnóstica com consequente investigação
epidemiológica e desencadeamento das
medidas de controle.
Risco Biológico
4 . Periodo de convalescença
é o período de remissão das manifestações
clínicas em direção à cura

Obs: a febre tifóide pode ser transmitida pelas


fezes até o final da convalescença.
Risco Biológico
5 . Período de transmissibilidade
É o péríodo em que o bioagente é eliminado
através da porta de saída, possibilitando a
infecção de suscetíveis.

Obs: é variável entre as doenças


transmissiveis, podendo permear todos os
períodos
Risco Biológico

Doenças de transmissão indireta:

• Relacionadas ao fator ambiental (responsável por


carregar o bioagente)
• Doenças de veiculação hidrica (o veículo é a água
como no caso do coléra e hepatite A)
• Doenças transmitidas por alimentos
Risco Biológico
COMISSÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA
Nível de Biossegurança
“ NBS”SETORIAL
Existem quatro níveis de biossegurança:
1. NBS-1,
2. NBS-2,
3. NBS-3 e
4. NBS-4,
crescentes no maior grau de contenção e
complexidade do nível de proteção biológica
Risco Biológico
PROGRAMA DE BIOVIGILÂNCIA

• EVITAR A AGREGAÇÃO DE MUITAS


PESSOAS EM SALAS DE ESPERA
• MUITOS PACIENTES INFECTADOS
PROCURAM ATENDIMENTO DURANTE
PERÍODOS EPIDEMICOS OU ENDÊMICOS
DE INFECÇÕES VIRÓTICAS
• CRIAÇÃO DE PROTOCOLO DE TRIAGEM
ADEQUADA NESSES SETORES
• O NÚMERO DE TROCAS DE AR NESSES
LOCAIS DEVE SER ESTUDADO PARA
EVITAR A RECIRCULAÇÃO OU BAIXO
NÚMERO DE TROCAS
Risco Biológico
Programa de Controle da Tuberculose
1. Identificação precoce e isolamento do
paciente com suspeita ou confirmação de
Tb
2. Triagem de suspeitos por pessoas e equipe
médica que realizam à avaliação inicial
nos ambulatórios e pronto-atendimento
através dos sinais e sintomas de Tb
3. Isolamento e precauções apropriadas para
pacientes susceptíveis a Tb
Risco Biológico
Programa de Controle da Tuberculose (cont)

1. Treinamento dos profissionais no


reconhecimento de pacientes que possam
ter Tb e na implantação de medidas de
precaução e isolamento ( uso de máscaras
combrindo a boca e nariz)
2. Realização de radiografia de tórax
imediatamente
3. Na suspeita de Tb, não permanecer em
áreas onde não há filtro HEPA e instituir
medidas de precaução imediata
Risco Biológico
Insalubridade até quando?

Aceitar passivamente que a insalubridade por


risco biológico se torne perene em todos os
setores dos estabelecimentos de saúde é
admitir que não temos capacidade para propor
medidas de controle que eliminem ou
neutralizem tais infortúnios laborais.
ALGORÍTMO PARA ISOLAMENTO DE PACIENTE PORTADOR DE TBC NA
EMERGÊNCIA – RECOMENDAÇÕES ADOTADAS NOS EUA
PACIENTE SUSPEITO

TOSSE PERSISTENTE POR MAIS DE 3 SEMANAS NÃO PARAR

SIM

• CONTATO MAIS DE 1H/DIA COM ALGUMA PESSOA QUE TEVE TBC


• TEVE PPD POSITIVO? NÃO PARA
• REALIZOU TRATAMENTO PARA TBC? PARAR
TODAS
• RISCO AUMENTADO PARA TBC: PERMANECER EM CLÍNICAS
GERIÁTRICAS, ABRIGO OU CASA DE CORREÇÃO

•SALA COM PRESSÃO SIM PARA UMA OU MAIS


NEGATIVA
•PORTA FECHADA ISOLAR
•MÁSCARA CIRÚRGICA
•RESPIRADORES N-95 PARA NENHUMA
DESCONTINUAR
PROFISSIONAL DE SAÚDE NOTIFICAR AO MÉDICO SUSPEITA
ISOLAMENTO
EM CASO DE SUSPEITA DE DE TBC
TBC AVALIAÇÃO MÉDICA PARA TBC

RX DE TÓRAX SUSPEITA DE TBC APÓS AVALIAÇÃO


PPD
BAAR EM ESCARRO INICIAR PROPEDEUTICA
TRABALHAR COM SEGURANÇA É ACIMA DE
TUDO TRABALHAR COM RESPEITO;
RESPEITO À VOCE
RESPEITO À EMPRESA
RESPEITO À TODOS!

QUALIDADE É SEGURANÇA NO AMBIENTE


DE TRABALHO
HOSPITAL CRUZ AZUL
DE SÃO PAULO

MEDICINA DO TRABALHO

• Dr. Cláudio Alves de L. Nascimento


• Enfª Giliane Fabíola M. dos Reis
• Sra. Marisa Alavês

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