EMP-Alianças Estratégicas No Shipping

Você também pode gostar

Você está na página 1de 16

A IMPORTÂNCIA DE ALIÂNÇAS ESTRATÉGICAS NA

INDÚSTRIA DO TRANSPORTE MARÍTIMO


INTRODUÇÃO

Durante as ultimas décadas, o comercio internacional via marítima aumentou


continuamente, e como consequência o transporte de mercadorias também
aumentou e sofreu algumas mudanças: o volume de carga transportada por
frotas de navios de carga especializadas diminuiu em função do crescimento
competitivo dos operadores globais de contentor.

No entanto, como diz Giulia Arduino e David G. Carrillo Murillo em ”dynamic


role of actors in freight transport and logistics” :

«The increasing trade of goods and the containerisation have generated new
problems to solve for the global system of transportation. Not only maritime
actors, but also ports have changed their role as nodes in a global network,
allowing the interconnection between the foreland with the hinterland.»
Tudo isso, porque se percebeu finalmente que a maior parte da procura actual
do transporte mundial está nas terras industrializadas sem acesso ao mar,
tornando a esfera do shipping alta mente competitiva.
OBJECTIVOS

 Observar a evolução em termos de tendências nas alianças estratégicas das


multinacionais que procuram cada vez mais novos mercados e abordagens
integrando a componente marítima e portuária assim como todo hinland.

 Analisar o modelo estratégico usado pelas respectivas empresas segundo


Porter´s Competitive Strategis Model.

Definição

Por definição, Aliança Estratégica Comercial, é a união circunstancial de dois


(ou mais) sócios, onde uma das partes aporta os produtos/serviços e a outra
parte seu mercado de clientes e de relacionamentos com o objectivo concreto
mediante uma parceria, de gerar novos negócios com benefícios de ganhos para
ambas as partes.
-Daniel Gustavo C. Coulomb

Nota: O importante nas Alianças Estratégicas é que, ao concretizar uma operação comercial, ganham
todas as partes intervenientes nesse empreendimento específico, de forma equilibrada.
FORMAS ESTRATEGICAS DE COLABORAÇÃO NA INDUSTRIA DO SHIPPING

Co-opetition = competition (Competição) + co-operation (Cooperação)

Como as empresas de hoje são confrontadas com a alteração dinamica do


ambiente empresarial os métodos tradicionais de sobrevivência do negocio
pela intensificação da competição ou por colaboração com os rivais para
compartilhar os activos e os recursos valiosos não são mais opções viáveis para
garantir sustentabilidade empresarial a longo prazo. Em vez disso as
empresas são forçadas a manter um equilíbrio adequado entre a competição e
a cooperação a fim de atenuar qualquer restrição que pode surgir ao seguir um
único curso de acção. Essa abordagem multifacetada ajuda as empresas a
procurar novas formas de vantagens estratégicas maximizando os benefícios
resultantes dos actos simultâneos da competição e cooperação.

Tipos de Co-opetition

co-operation-dominated – aquela em que a mais cooperação do que competição

competition- dominated – aquela em que a mais competição do que cooperação

equal relations - existe equilíbrio entre as duas


FORMAS ESTRATEGICAS DE COLABORAÇÃO NA INDUSTRIA DO SHIPPING

Em logística, um comportamento típico dos actores da oferta é a colaboração


para aumentar o alvo de seu marketing, de igual modo o transporte mundial
por frete. Assim a cooperação emerge como resultado da alta competitividade
existente.

“At the maritime side, joint ventures and alliances rise between liners and
terminal operators. At the port enclosure some kind of associations are shown by
port authorities and port service suppliers in forms of concession. At the
hinterland segment, collaboration is imminent since competition is given at the
spatial, mode and intra-modal context.”
- Giulia Arduino e David G. Carrillo Murillo
Cooperação do lado marítimo

“Strategic alliances in the shipping industry were initially composed by liners co-
operation through forms of operating agreements among global carriers in the
maritime industry. The main aim of these alliances is to enlarge the range of
servicesprovided by each member, through a geographical complementation
where respective networks and markets are brought together.”

Nota: No entanto, os resultados mostram que a cooperação talvez seja necessária para reduzir a competitividade existente no transporte e
mercado logístico.
“The majority of shipping alliances has been constituted in the 1990's among
global container operators, such as Global Alliance (APL, Mitsui, OOCL,
Nedlloyd) and Grand Alliance (NYK, Hapag, Lloyd, Neptune Orient Line,
P&O Line). However, the composition of these alliances has changed over the
past 12 years, according to the consolidation occurred in the shipping industry.”
- Giulia Arduino e David G. Carrillo Murillo

Fonte: Eon-Seong Lee - KNOWLEDGE ACQUISITION AND MARITIME LOGISTICS VALUE: AN INTER ORGANISATIONAL RELATIONSHIP PERSPECTIVE,
pag61, 2010
O mais significante impacto destas estruturas associadas é claramente
representada pela dimensão económica para competir no mercado mundial
(adquirida por cada parceiro), obtidos através do elevado factor de carga da
frota, alta gama de serviços de “liner” e capacidade de oferta.

Seguindo o modelo de Porter, nesta fase de cooperação (lado marítimo),


estas alianças tendem mais para sair do “cost focus” para o “cost leadership”

Fonte: http://www.mbaknol.com/strategic-management/business-level-or-generic-or-competitive-strategies/
16-04-2011
Cooperação do lado do Porto

Nos últimos anos, a progressiva concentração no mercado dos transportes


levou a um processo de concentração no mercado da estiva, onde terminais e
os operadores de terminais desenvolveram estratégias de ampliação dos seus
activos.

Um processo de “liberalização” em muitos portos europeus permitiu a


concentração dos estivadores principais:

 Hutchinson Port Holdings (HPH) (que adquiriu uma participação


minoritária da Europe Container Terminals (ECT) em Roterdão (assumiu
em 2002);

 Port of Singapore Autority (PSA) que assumiu Hesse Noord Natie, a


principal estivadora da Antuérpia;

 Dubai Ports (DP) que assumiu totalmente a Peninsular & Oriental Steam
Navigation Company (P&O) no norte da Europa.
Cooperação do lado do Porto

Fonte: DYNAMIC ROLE OF ACTORS IN FREIGHT TRANSPORT AND LOGISTICS – Giulia Arduino, David G.Carrilo Murrilo, 2010.

A APM e Cosco são os chamados "híbridos" operadores de terminais, cuja


actividade principal é o transporte de contentores, mas em que uma divisão
operacional do terminal em separado foi estabelecida e integrada com sua rede de
serviço de transporte marítimo de linha.
Além disso, há companhias integradas dirigindo terminais, como a MSC e
Evergreen, que conseguem benefícios, escolhendo a melhor forma de
cooperação que podem obter, não estando vinculados a um operador de
terminal específico e desenvolvem acordos estratégicos também com
operadoras locais.

“What is presently emerging in the container industry is a strategic reaction


of the shipping lines to the process of stevedores’ concentration, by adopting
various forms of integration along the supply chain in order to control also
terminal handling and land operations. Some acquire terminals, others are
involved in collaborative ventures with pure stevedores by investing in
terminals (minority shares, joint-venture, majority shares). For instances,
Maersk Line and APM or Hapag Lloyd and European Container Terminal.”

- Giulia Arduino e David G. Carrillo Murillo


Fonte: Eon-Seong Lee - KNOWLEDGE ACQUISITION AND MARITIME LOGISTICS VALUE: AN INTER ORGANISATIONAL RELATIONSHIP PERSPECTIVE,
pag62, 2010

As empresas efectuam estas associações com o objectivo de aumentar o seu


alcance de actuação, controle de sua quota de mercado e partilhar os seus
riscos da parte marítima. Estas associações são tão importantes para o
transporte marítimo uma vez que podem reduzir os seus custos assim como
é uma estratégia que visa influenciar a demanda (transitários ou
transportadores), oferecendo preços competitivos.
Fonte: Eon-Seong Lee - KNOWLEDGE ACQUISITION AND MARITIME LOGISTICS VALUE: AN INTER ORGANISATIONAL RELATIONSHIP PERSPECTIVE,
pag64, 2010
Um estudo realizado pelo Prof. Pierre Cariou da Universidade de Nantes, sob o
tema “Strategic Alliances in Liner Shipping: An Analysis of “Operational
Synergies”” revelou que as principais justificações apresentadas pelos ship-
owners para as alianças são:

 economies of scale (the ability to operate bigger vessels)

 operational synergies (the ability to achieve a better allocation of vessels)

 market control (the ability to increase market power)

No entanto, um outro estudo realizado em 2006, por Hua-An Lu, James Cheng,
Tai-Shen Lee sob o tema ”An Evaluation of strategic Alliances in Shipping – An
Empirical Study of CKYH”, revelou após inquérito, que o mais importante nas
alianças são:

 Maior cobertura de serviços (diversificação) e maior frequência

 Confiança mútua (devido a diferença de culturas)

 Integração do sistema global de logística


CONCLUSÃO

O aumento de casos de joint ventures, alianças de portos e multinacionais do


shipping, são na verdade reflexo de um mercado esgotado devido a
competição, surgindo assim a cooperação, para reforçar as opções de oferta
(preços baixos, diversidade de operações, frota maior e neste caso mais carga
para absorver) e controlar o mercado que parece fugir do controle das
multinacionais. Assim, numa óptica de puro marketing, pela cooperação
estas procuram proporcionar preços baixos e serviços diversificados ou
diferenciados pela integração de novas actividades na cadeia já existente.
Este fenómeno, ocorre tanto no lado do mar como em terra, e pelo que se
tem visto, advinha-se uma altura em que a referência dissociada destes dois
lados não fara qualquer sentido, devido a forma intrincada que estarão no
futuro. Apesar de se fazer mais referência a cooperação, é bom lembrar que a
cooperação tem como objectivo competir, mas a um nível mais elevado.
BIBLIOGRAFIA

Eon-Seong Lee - KNOWLEDGE ACQUISITION AND MARITIME LOGISTICS VALUE: AN INTER


ORGANISATIONAL RELATIONSHIP PERSPECTIVE, 2010

http://www.mbaknol.com/strategic-management/business-level-or-generic-or-competitive-strategies/
16-04-2011

Giulia Arduino, David G.Carrilo Murrilo - DYNAMIC ROLE OF ACTORS IN FREIGHT TRANSPORT AND
LOGISTICS , 2010.

Ligação por se estabelecer


FIM

Você também pode gostar