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De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
a) Aditivas
Por Exemplo:
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também),
tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o
conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação
social do país.
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e
nem" para introduzir orações aditivas.
Por Exemplo:
b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior,
estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-
se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada
obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Veja os exemplos:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
Saiba que:
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em
orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Por Exemplo:
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do
tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"
Por Exemplo:
c) Alternativas
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além
dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as
orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos:
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade,
expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei
lá".
d) Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo,
portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo
que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:
e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As
conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).
Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:
Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais
causais. Observe a diferença entre elas:
Por Exemplo:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa
de sua doença.)
Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de
Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é,
muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.