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É a obra impar de Damatta, onde ele retrata a possibilidade de explorar todo o universo
antropológico brasileiro. É em A casa e a Rua que conhecemos o verdadeiro cidadão
que somos e o que imaginamos sobre nós e a sociedade e o Estado.
Esta na obra a separação do conceito de Casa, tanto na valoração como pedaço do que
é meu como também da valoração dos conceitos sociais, políticos e jurídicos. É a
Casa onde o indivíduo se suprir-se de energia para viver, para sobreviver e acima de
tudo como participante da sociedade.
É mais que um simples passar de transeuntes, ela possui uma “alma encantadora”
Não é um simples alinhamento de fachadas, ela é agasalhadora da miséria, é o aplauso
dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte.
É generosa, é transformadora de línguas, matando substantivos, transformando a
significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa.
Arquitetos e urbanistas, as ruas ligam os múltiplos pontos de interesse particular ou
semi público.
A rua, então, se apresenta como o resultado da contradição entre o público e o privado
Para Damatta
A “casa” e “rua” são categorias sociológicas para os brasileiros, estou afirmando que,
entre nós estas palavras não designam simplesmente espaços geográficos ou coisas
físicas comensuráveis, mas acima de tudo entidades morais, esferas de ação social,
províncias éticas dotadas de possibilidade, domínios culturais institucionalizados e, por
causa disso, capazes de despertar emoções, reações, leis, orações, músicas e imagens
esteticamente emolduradas e inspiradas”