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ESTRUTURAS DE PODER NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

O Estado brasileiro está organizado em três Poderes: o Executivo, o Legislativo e o


Judiciário. Uma das características do Estado Moderno é o estabelecimento da
separação entre os poderes Legislativo, Executivo, e Judiciário por meio de um sistema
de freios e contrapesos que evita a predominância de um Poder sobre os demais. O art.
2º da Constituição Brasileira estabelece que "são Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário".

PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo está representado na pessoa do Presidente da República e seu
Gabinete de Ministros e Secretários. É eleito pelo voto direto, e exerce o mandato por 4
anos, com possibilidade de uma reeleição em seqüência. O Gabinete de Ministros é
nomeado pessoal e exclusivamente pelo Presidente, bem como as secretarias de
primeiro escalão.
No caso do sistema presidencialista de governo adotado pela Constituição Brasileira de
1988, ao Poder Executivo, exercido pelo Presidente da República com o auxílio dos
Ministros de Estado, cabe a função de praticar os atos de chefia de Estado (representar a
nação), de Governo e de Administração.
Segundo os arts. 84 e 61 da Constituição Federal, compete privativamente ao Presidente
da República, entre outras funções, sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, iniciar
o processo legislativo quando se tratar da criação de cargos funções ou empregos
públicos na administração direta ou autárquica ou aumento de sua remuneração, dispor
sobre a organização e funcionamento da administração federal e vetar projetos de Lei,
total ou parcialmente.

O PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo, representado pelo Congresso Nacional, é exercido pela Câmara de
Deputados e pelo Senado. Cada estado da União é representado por três Senadores da
República, eleitos em votação majoritária e as cadeiras na Câmara de Deputados são
divididas de acordo com a população de cada estado, sendo os deputados eleitos por
votação proporcional.
O mandato dos Senadores é de 8 anos, e a cada quatro anos há uma eleição,por meio da
qual são renovados 1/3 e 2/3 da Câmara, alternadamente.
O mandato dos Deputados Federais é de quatro anos.
No contexto da divisão de Poderes o papel do Poder Legislativo é fundamental, pois
cabe a este, entre outras funções, a elaboração das Leis e a fiscalização dos atos dos
demais Poderes da União. As Leis são elaboradas de forma abstrata, geral e impessoal,
pois são feitas para todas as pessoas e não devem atender a interesses ou casos
individuais. O Poder Legislativo também é responsável pela fiscalização dos atos do
Poder Executivo contando, para esta missão, com o auxílio do Tribunal de Contas da
União.

Outras atividades relacionadas com a fiscalização das atividades do Poder Executivo


são a análise da execução do orçamento público, as licitações e os contratos assinados e
a contratação de servidores públicos. O Poder Legislativo também possui instrumentos
específicos para averiguar atos que demandem investigação mais aprofundada, tais
como as Comissões Parlamentares de Inquérito, a convocação de autoridades do Poder
Executivo para prestarem esclarecimentos em audiências públicas e o pedido de
informações dirigido à autoridade responsável pela prática de determinado ato.

O PODER JUDICIÁRIO
Enquanto ao Poder Legislativo compete elaborar as Leis, ao Executivo (em nível
federal, estadual e municipal) executar as Leis e administrar o país, ao Poder Judiciário
compete o poder de julgar os conflitos que surjam no país em face das Leis elaboradas
pelo Poder Legislativo. Cabe ao Poder Judiciário aplicar a Lei – que é abstrata, genérica
e impessoal – a um caso específico que envolva algumas pessoas em um conflito
qualquer e decidir, de forma isenta e imparcial, quem tem razão naquela questão.
O Poder Judiciário do Brasil esta dividido em quatro áreas jurisdicionais: justiça
comum, justiça do trabalho, justiça eleitoral e justiça militar. Cada uma dessas áreas
jurídicas são organizadas no Brasil em duas entrâncias e uma instância superior,
colegiadas por Tribunais superiores compostos por ministros.
O Supremo Tribunal Federal conta com 11 ministros apontados pelo Presidente da
República e aprovados pelo Senado. É a instância máxima do poder judiciário, e suas
decisões versam sobre questões pertinentes ao direito constitucional.
A justiça comum tem como órgão máximo da união o Superior Tribunal de Justiça.
Abaixo dessa corte, existe os tribunais regionais federais como instituição de segunda
entrância, e em cada estado existem juizes federais que formam os órgãos de primeira
entrância. Na justiça federal, são julgadas matérias de direito público relativas a união.
As matérias de direito privado são julgadas na justiça estadual tendo como órgão
máximo os Tribunais de Justiça. A justiça estadual também é responsável pelo
julgamento das matérias de direito público relativos aos órgãos da administração
pública do estado a que faz parte.
A justiça do Trabalho tem como órgão máximo da união o Tribunal Superior do
Trabalho, a justiça eleitoral tem como órgão máximo da união o Tribunal Superior
Eleitoral, a justiça militar tem como órgão máximo da união o Superior Tribunal Militar
e os Tribunais Federais Regionais, cujos juízes ocupam o cargo em caráter vitalício.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_do_Brasil
http://www.plenarinho.gov.br/camara/com-a-palavra/os-tres-poderes-e-suas-
atribuicoes

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