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ULTRA-SONOGRAFIA

ASPECTOS HISTÓRICOS

A história do ultra-som remonta a


1794, quando Lazzaro Spallanzini
demonstrou que os morcegos se
orientavam mais pela audição do
que pela visão para localizar
obstáculos e presas.
Em 1880, Jacques e Pierre Curie
descrevem a propriedade que
determinados cristais naturais
(quartzo, turmalina) possuem de
emitirem uma descarga elétrica
quando submetidos a uma pressão
mecânica.
Esta propriedade foi denominada de
efeito piezoelétrico, isto é, pressão
gerando eletricidade. Inversamente,
campos alternados aplicados sobre
estes cristais produzem vibração
mecânica, resultando em ondas
sonoras de alta frequência .
Somente no início da Primeira
Guerra Mundial é que vários
engenheiros passaram a se dedicar
às pesquisas. Paul Langevin
desenvolveu pesquisas para o
governo francês durante a Primeira
Guerra Mundial. A intenção era
investigar o uso de ondas ultra-
sônicas de alta frequência no início
da década de 20.
O ultra-som tinha por finalidade
avaliar a profundidade dos oceanos e
detectar a presença de submarinos.
Inclusive, chegou-se a desenvolver o
Sistema de Navegação e Localização
por Som (SONAR), que foi utilizado já
na Segunda Guerra Mundial.
Nos anos 20 e 30, o ultra-som foi usado
terapeuticamente em tratamentos
médicos, chegando a ser avaliado no
tratamento de câncer. O uso em
diagnóstico na Medicina também teve
início nas décadas de 40 e 50. Karl
Dussik, na Áustria, delineou estruturas
intracranianas utilizando o ultra-som,
sendo o primeiro a empregá-lo como
método de diagnóstico.
George Ludwig observou que a
velocidade das ondas sonoras era
diferente, em diferentes tecidos. Os
investigadores Wild e John Reid
construíram sondas ultra-sônicas de
contato direto, como sondas vaginais e
retais, e um sistema para
rastreamento de câncer de mama em
modo A. Os ecos eram registrados
num osciloscópio, mas as imagens não
ofereciam boa visualização anatômica.
No final dos anos 1950, pesquisadores
nos Estados Unidos, no Japão e na
Europa projetaram dispositivos de ultra-
som bidimensionais em escala cinza,
chamados de modo B. O uso da escala
cinza permitia que a intensidade dos ecos
de retorno fosse representada por vários
graus de cinza. Um conversor de vídeo-
scan amplifica e processa esses ecos e os
mostra em um monitor em escala cinza.
Hoje existe uma ampla aplicação,
sendo possível observar detalhes
funcionais e anatômicos de regiões
variadas do nosso organismo, com
capacidade, inclusive. De permitir o
diagnóstico de patologias ainda na
vida fetal.
FORMAÇÃO DA IMAGEM
Um transdutor de ultra-som converte
energia elétrica em energia ultra-sônica.
Esse transdutor contém um material
cerâmico especial que cria o som de alta
freqüência quando uma corrente elétrica
passa através dele, fazendo-o vibrar. Esse
processo é denominado efeito
piezoelétrico.
Durante um exame com ultra-som, o
transdutor, que produz as ondas
ultra-sônicas, é colocado
diretamente na superfície da pele,
sobre a qual é aplicado um gel. Esse
gel assegura que não haja perda de
sinal como um resultado de ar
encarcerado entre a face do
transdutor e a superfície da pele.
Diferentes transdutores de freqüência estão
disponíveis para propósitos específicos. Por
exemplo, um tipo de transdutor de freqüência
mais alta, de 5 a 7 MHz, é usado para um
abdome médio ou pequeno, resultando em
resolução mais alta mas penetração mais
baixa. Para um paciente maior, um transdutor
de freqüência mais baixa de 3,5 MHz irá
diminuir a resolução mas aumentar a
penetração. Transdutores intraluminais de até
17 MHz são usados quando é exigida
penetração mínima para a resolução mais alta.
TRANSDUTORES
- É TRANSMISSOR E RECEPTOR DE ONDAS SONORAS (ao mesmo tempo)
CONVERTEM A ONDA MECÂNICA EM ONDA ELÉTRICA E VICE-VERSA ATRAVÉS
DO EFEITO PIEZO-ELÉTRICO.
FORMATOS:
3,75MHz 3,5 M Hz 5,0 MHz
3,75MHz

Convexo Setorial Lineares Endocavitários


Transdutores de Permite a Ideais para e
alta sensibilidade realização de
que permitem a
realização de Transvaginais
exames exames
obtenção de
imagens de cardíacos superficiais,
qualidade e alta com alta
mama, carótida
resolução. precisão e
facilidade e tireóide.
Ecos: Uma vez que as ondas sonoras sejam
produzidas, elas são direcionadas para o
interior do corpo. Elas viajam através do corpo
até atingirem uma barreira tissular que reflete
a onda sonora para o transdutor. Essas ondas
sonoras que são refletidas por estruturas
internas de volta para o transdutor são
denominadas ecos. Assim, o transdutor age
tanto como um transmissor quanto um
receptor; ele tanto envia quanto recebe essas
ondas de eco, e as converte em voltagens
elétricas.
Esses ecos de retorno são então medidos e
mostrados no monitor de visualização
como vários matizes de cinza, de acordo
com sua intensidade e com o tempo que
leva para esses ecos retornarem ao
transdutor. Essas imagens podem ser
vistas diretamente em um monitor como
uma imagem em tempo real e/ou gravadas
em um filme ou fita de vídeo para
visualização posterior e armazenamento.

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