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Vanessa Bezerra Venâncio

vanbezven@hotmail.com
vanessa.bezerravenancio@gmail.com

Prof. Esp. Alexandre Veloso dos Passos (orientador)


P R I N C I PA I S M O D E L O S D E S I S T E M A S C A R C E R Á R I O S
CLÁSSICOS

 Pensilvânico: Modelo de Jeremias Bentham. Desenvolvido na Filadélfia no ano de 1829, na Eastean


Penitenciary.Baseava-se no isolamento celular. Solidão conduziu a maioria dos presos a loucura.

 Auburniano: Desenvolvido no Presídio de Alburn, Nova York, a partir de 1881. Conhecido nos EUA como
silent system.

 Progressivo Inglês (Mark System): Surgiu na Inglaterra no ano de 1840. Medida em razão do trabalho,
boa conduta do condenado e a gravidade do delito praticado. Marcas ou vales.

 Progressivo irlandês: Criado em 1854.Quatro períodos de execução de pena..Acrescentou um período


intermediário entre a prisão comum e o livramento condicional (ticket of leave ).

 Elmira: Baseado no sistema Progressivo Irlandês. Surgiu, nos Estados Unidos, o Sistema Reformatório.
Combate à criminalidade através da cura do condenado ao analisar a evolução da política penitenciária.

 Montesinos : Baseado no exercício humanitário da prisão. Em 1835 o presídio de Valência na Espanha


implantou um sistema eficiente e diferenciado.

 Borstal: Desenvolvido na Inglaterra em 1920.Destinado a atender jovens de idade compreendida entre 16 e


21 anos. Inovou ao admitir um regime aberto para o cumprimento da pena e fomento a criação de casas
penais abertas .
DO SUPLÍCIO NO ESTADO ABSOLUTO À RESSOCIALIZAÇÃO
NO ESTADO DE DIREITO

Banimento e a multa eram as sanções penais mais aplicadas nos primórdios,apesar de também se
praticar o Suplício.

“O suplício penal não corresponde a qualquer punição corporal: é uma produção diferenciada de
sofrimentos, um ritual organizado para a marcação das vítimas e a manifestação do poder que
pune: não é absolutamente a exasperação de uma justiça que, esquecendo seus princípios,
perdesse todo o controle. Nos "excessos" dos suplícios, se investe toda a economia do poder. O
corpo supliciado se insere em primeiro lugar no cerimonial judiciário que deve trazer à luz a
verdade do crime.” FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir:nascimento na prisão.6
ed..Petrópolis:Ed Vozes,1987,p. 31.

O processo criminal era escrito e secreto, satisfazendo o princípio do absoluto e exclusivo


estabelecimento da verdade para com o soberano e seus juízes

House of Corretion.
Tardiamente introduzida em Londres, no ano de 1950.Inicia-se o período humanitário do Sistema
Carcerário.
Transição do sistema vingativo para um sistema justo, preventivo e reparador.
Substituição do uso excessivo da pena como forma de expressão de poder do Estado pela aplicação
penal moderada destinada a atingir sua finalidade precípua.
O Direito de Punir está diretamente associado a nova forma de Estado adotada na França ,o Estado
de Direito, no qual os princípios constitucionais protegendo Estado e impedem o abuso ou exercício ilegal do
poder ocorrente no passado,isto é, o uso arbitrário e ilegítimo de poder . Predominância do principio da
legalidade e da legitimidade.
SISTEMA PENITENCIÁRIO E A EXECUÇÃO PENAL

DA NATUREZA DA EXECUÇÃO PENAL

Posicionamento majoritário da Doutrina Brasileira quanto à natureza jurídica mista da


execução penal.
A evolução histórica das formas de punição do Estado brasileiro é compreendida entre o Direito de
Punir Lusitano e o Direito de Punir Brasileiro propriamente dito.
O direito de punir lusitano, do século XVI e XVII, consistia na deportação dos autores de delitos
mais graves por um período que variava entre três e dez anos, um verdadeiro purgatório para os habitantes do
“mundo civilizado”.
Os séculos XVIII e XIX foram marcados por Suplícios, sistema decadente no Velho Mundo.
Após o cruel período compreendido entre os séculos XVIII e XIX, o Estado brasileiro avançou para
uma fase científica, nomeada Período Científico da Prisão.

INSTITUIÇÕES

Segundo dados consolidados e registrados em relatório do DEPEN - Departamento Penitenciário


Nacional, o Sistema Carcerário brasileiro tem 1.006 estabelecimentos prisionais, 206.559 mil vagas
destinadas aos condenados. Excedendo o número de vagas disponíveis, temos 361.402 mil detentos
encarcerados, como consta em senso realizado em 2005.

CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL


O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é órgão federal responsável por elaborar a
Política Penitenciária Nacional.

D E PA RTA M E N TO N AC I O N A L P E N I T E N C I Á R I O
O DEPEN é o órgão executor das diretrizes da Política Penitenciária no Brasil.
O Sistema prisional piauiense integra o sistema carcerário nacional, tendo sua estrutura semelhante à
descrita no capítulo anterior. As diferenças e peculiaridades do sistema penitenciário local estão associadas a
fatores históricos que influenciaram a formação atual.

 SECRETARIA DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS


 CONSELHO DA COMUNIDADE
 CONSELHO PENITENCIÁRIO
 UNIDADE DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
 UNIDADE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL
 ESTABELECIMENTOS PENAIS
 PENITENCIÁRIAS
 DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR
 DA CASA DO ALBERGADO
 DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO
 DA CADEIA PÚBLICA
SUPERPOPULAÇÃO – MACROCOMUNIDADE DE PRESOS

Afronta ao artigo 5,XLIX,CF.Afronta a norma hipotética fundamental-Princípio da Dignidade


Humana.Afronta ao artigo 88,LEP.

Quantidade total de presos :500.000


Capacidade total de presos : 260.000

Solução : Racionalidade na imputação da pena,isto é , maior utilização das penas alternativas-


Opinião da Socióloga Julita Lemgruber.

PRIVILÉGIOS E CORRUPÇÕES NAS PRISÕES

OCIOSIDADE DO RECLUSO
82% dos presos no Brasil não trabalham.Presídio torna-se base de comando do preso.

ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
Estados Unidos,1860 (surgimento).
Brasil(RJ),1979 (Comando Vermelho).
Brasil(SP),1993(Ganha força,surge o Primeiro Comando da Capital – PCC).
SAÚDE
Inexistente.Insalubridade,falta de atendimento médico,práticas de risco.
1/3 da população carcerária é portadora do vírus HIV.
Principais doenças:Tuberculose,DST,hepatite,dermatose.

MOROSIDADE PROCESSUAL e ERROS DO PODER JUDICIÁRIO


Prisões erradas.Prisões processuais.Homônimos.Penas alternativas.
O Código de Processo Penal atual prevê duas modalidades de prisão: condenatória e
processual.
Acontece que, atualmente, na capital do estado do Piauí a prisão provisória, utilizada em
caráter temporário tem superado, paradoxalmente, as prisões condenatórias. Tal fato tem chamado
atenção de autoridades da Corte Superior do país e do órgão fiscalizador do Poder Judiciário,o
Conselho Nacional de Justiça.
CONCLUSÕES E
RECOMENDAÇÕES
CAUSAS

 Sucateamento das prisões;


 Corrupção dos agentes penitenciários que lidam com o universo penitenciário ;
 Despreparo dos agentes;
 Ausência de cuidados com a saúde dos apenados ;
 Superpopulação;Convivência promíscua entre os presos;
 Ociosidade do detento;
 Crescimento das facções criminosas.

SOLUÇÕES GENÉRICAS

 Ações conjuntas entre a sociedade e os políticos.


 Quebra de preconceitos em relação ao ex-detento.

SOLUÇÕES ESPECÍFICAS

 CRIAR Políticas Públicas para erradicação da pobreza.


 INVESTIR em educação básica de qualidade.
 INSVESTIR em estudos prospectivos sobre causas e formas de prevenção da reincidência criminal do ex-
detento.

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