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Crimes hediondos

Previstos na lei Lei nº 8.072/90. 

Crimes entendidos pelo legislador como sendo merecedores de maior reprovação por parte do
estado

Segundo Fátima Aparecida de Souza Borges:

Crime hediondo diz respeito ao delito cuja lesividade é acentuadamente expressiva, ou seja,
crime de extremo potencial ofensivo, ao qual denominamos crime “de gravidade acentuada”.
O crime hediondo é o crime que causa profunda e consensual repugnância por ofender, de
forma acentuadamente grave, valores morais de indiscutível legitimidade, como o sentimento
comum de piedade, de fraternidade, de solidariedade e de respeito à dignidade da pessoa
humana.

Crimes considerados hediondos

 Homicídio quando praticado em atividade típica de


extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio
qualificado (art. 121, parágrafo 2º, incisos I,II, III,IV e V);
 Latrocínio;
 Extorsão qualificada pela morte;
 Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada;
 Estupro, art.213 caput e §§1º e 2º;
 Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e
4o);
 Epidemia com resultado morte;
 Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapeuticos ou medicinais;
 Crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da lei
2889/56.
[editar]Crimes equiparados a hediondos

 Tráfico ilícito de entorpecentes;


 Tortura;
 Terrorismo.
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Alterações à lei
Foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados do
Brasil um projeto de lei que restringe o benefício da liberdade
provisória para os presos condenados por crimes hediondos. O
projeto foi apresentado no início de 2006, mas a votação só foi
retomada por conta da comoção causada com a morte do
menino João Hélio Vieites, no Rio de Janeiro.
A nova lei estabelece que os condenados por crime hediondo só
podem pleitear o regime de progressão, caso cumpram 40% da
pena e se forem reincidentes a exigência aumenta em 20%,
totalizando 60% (elemento objetivo); juntamente com a obrigação
de se tornarem "bons cidadãos", demonstrando bom
comportamento durante o tempo que estiverem cumprindo a
pena (elemento subjetivo). Podendo assim serem transferidos de
regime fechado para o semi-aberto.
Esse projeto de lei tem o intuito de endurecer a legislação penal,
uma vez que hoje esse beneficio é concedido após o
cumprimento de 1/6 da pena, ou seja, aproximadamente 16,7%
do tempo de condenação, desde que tenha havido bom
comportamento. O projeto de lei foi apresentado após o STF, em
fevereiro de 2006, reconhecer como inconstitucional a proibição
do regime de progressão de pena para crimes caracterizados
como hediondos, previsto na Lei de Crimes Hediondos. Para o
STF, a proibição fere o principio constitucional da individualização
da pena (a pena deve ser individualizada evitando-se a
padronização da sanção penal. Ou seja, em cada caso
subexistem elementos subjetivos inerentes a ele próprio).
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