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A Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) na formação acadêmica: Conhecimentos e medidas de prevenção

Artigo Original / Original


Tôrres, B.O.,Article
et al

A Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) na formação aca-


dêmica: conhecimentos e medidas de prevenção*

The Hearing Loss Noise-Induced in academic formation: knowledge


and prevention measures
Bianca Oliveira Tôrres*, Maria Juliêta Medeiros Fernandes*, Solange Soares da Silva Félix**, Iris do Céu Clara Costa***

* Mestrandas em Odontologia – Área de Concentração em Odontologia Preventiva e Social – UFRN.


** Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
*** Doutora em Odontologia Social pela UNESP – Araçatuba/SP e Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Descritores Resumo

Perda auditiva provocada por ruído, Ruído ocu- O tema ruído tem sido objeto de crescentes preocupações e investigações na área da saúde pública,
pacional, Estudantes de odontologia. sendo importante registrar que entre suas repercussões está a perda auditiva induzida pelo ruído
(PAIR), efeito tardio e irreversível que acomete cirurgiões-dentistas (CDs). O objetivo deste trabalho
foi avaliar o nível de conhecimento de acadêmicos de Odontologia acerca da PAIR. Participaram
do estudo 68 alunos, de ambos os sexos, entre 18 e 26 anos, do Curso de Odontologia da Universi-
dade Federal da Paraíba. Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário contendo questões
inerentes aos objetivos propostos para o estudo. Os resultados mostram que 79,5% dos estudantes
sabem que a PAIR é uma perda da capacidade auditiva provocada por exposição constante ao
ruído, 4,5% complementaram, classificando-a como doença ocupacional. Com relação às causas,
92,6% citaram o ruído constante como condição de risco para a PAIR, sendo o compressor e a alta
rotação os mais citados como fonte de ruído. Como medidas de prevenção, o protetor auricular, a
localização adequada do compressor e a manutenção técnica dos equipamentos foram as mais
relacionadas. Os resultados observados indicam que os acadêmicos conhecem a PAIR, sabem
que o CD é um profissional de risco para tal patologia e ainda conhecem suas causas e medidas
de prevenção, apesar de não utilizá-las. Assim, percebe-se a necessidade da conscientização dos
acadêmicos para a utilização de tais medidas, visto que essa problemática interfere na qualidade
de vida dos que atuam na profissão odontológica. 151
Key-words Abstract

Hearing loss noise-induced, Occupational The noise has been object of increasing concerns and inquiries in the public health, being impor-
noise, Dental students. tant register that in its repercussions is the hearing loss noise-induced, a delayed and irreversible
effect that acomete dentists. The aim of this research was evaluate the knowledge of Odontology
academics concerning the hearing loss noise-induced. In this study, 68 dentistry students of Federal
University of Paraíba, both sorts, between 18 and 26 years had participated. A questionnaire con-
tends questions inherent to the objectives considered for the study was applied for data collection.
The results show that 79.5% of the students know that the hearing loss noise-induced is provoked
by constant exposition to the noise, 4.5% had complemented, classifying it as occupational illness.
With relation to the causes, 92.6% had cited the constant noise as condition of risk for the hearing
loss noise-induced, being the compressor and the high rotation the most cited as noise source.
As measures of prevention, the auricular protector, the adequate localization of the compressor
and the equipment maintenance technique had been related. The observed results indicate that
the academics know the hearing loss noise-induced, know that the dentists are professionals in
risk for such pathology and still they know its causes and measures of prevention, although do not
use them. Thus, it is necessary the academics’ awareness for the use of such measures, once this
problematic intervenes in the professionals’ who act in the odontology quality of life.
*Trabalho premiado no VII Encontro da SNPqO, Natal/RN, 2005.
Correspondência para / Correspondence to:
Departamento de Prótese Dentária e Pós-Graduação em Odontologia da UFRN
Av. Senador Salgado Filho, 1787 - Lagoa Nova - Natal-RN - CEP: 59056-000 / E-mail: cmos@dod.ufrn.br
Av. Senador Salgado Filho, 1787 - Lagoa Nova - Natal-RN - CEP: 59056-000

observadas ao final da carreira, quando nada mais ou muito


INTRODUÇÃO / REVISÃO DA LITERATU- pouco pode ser feito.
RA Para entendermos o ruído, é interessante começarmos
definindo o som que é a impressão fisiológica causada por uma
O exercício profissional da odontologia traz ao longo onda mecânica quando esta atinge nosso ouvido18. Para um
de sua trajetória alguns riscos ocupacionais severos. Dentre som ser percebido, é necessário que ele esteja dentro da faixa
eles, os problemas auditivos oriundos dos ruídos do ambiente de freqüência captável pelo ouvido humano14.
clínico são bastante freqüentes, causando danos irreversíveis Por sua vez, o número de vibrações realizadas por um
aos profissionais atuantes. É importante registrar que as pos- corpo num intervalo de 1 segundo é denominado freqüência,
síveis marcas dos anos de trabalho são cumulativas e só serão sendo sua unidade de medida o hertz (Hz). A intensidade do

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som é mensurada em decibéis (dB) numa escala logarítmica de de 85 dB(A), embora o limiar seguro possa variar de pessoa
0 a 150 dB 7,13,17. Somente para se ter uma idéia, num diálogo para pessoa e até de ouvido para ouvido. Quanto aos limites
convencional, a intensidade sonora é de aproximadamente de tolerância, o tempo máximo de exposição a um ruído de 85
50 dB. Os níveis de ruído toleráveis devem ter intensidade de dB equivale a oito horas, sendo que se em 86 dB este tempo
até 70 dB, sendo que de 90 a 140 dB, há um alto risco para a passa para sete, em 87 dB cai para seis horas e em 88 dB sua
acuidade auditiva15. tolerância baixa para cinco horas 3.A esse respeito, Shiraishi et
O tema ruído, suas repercussões na saúde e a maneira de al18 (1998); Ibañez e Seligman8 (1993) criticam esta legislação
estabelecer controle do mesmo tem sido objeto de crescentes uma vez que a mesma embora exista, não é aplicada e por isso
estudos e preocupações no campo da saúde pública. O termo não tem conseguido evitar o surgimento de casos de surdez
ruído deve ser usado para descrever um som indesejável, de profissional no nosso país.
forma distinta do termo som, utilizado apenas para as sensa- Em relação aos níveis de ruído, a Organização Mundial
ções prazerosas13. de Saúde (OMS) preconiza que o limiar seguro é de 55 dB,
Sabe-se que o cirurgião-dentista está exposto a altos ní- recomendando a utilização algum tipo de proteção em níveis
veis de ruído advindos de várias fontes, presentes no consultório acima deste. Quando o nível de ruído ultrapassa 75 dB (A), as
odontológico, tais como, compressores de ar, sugadores de pessoas começam a sentir desconforto acústico, e além de 80
saliva, bombas de aspiração à vácuo e turbinas de alta rotação dB (A), as mais sensíveis podem sofrer perda de audição, o que
além de outros fatores como som ambiente e ruído externo ao se generaliza quando ocorrem níveis acima de 85 dB(A) 10.
ambiente de trabalho. Em função disso, devem preocupar-se com A norma regulamentadora 17 (NR-17) preconiza que
a perda auditiva neurossensorial1, 7,15. para o trabalho ser executado de forma segura e eficiente,
Desta forma, a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) o nível de ruído aceitável deve ser de 65 dB, no que tange às
pode ser conceituada como uma diminuição gradual da acui- condições de acústica3.
dade auditiva do tipo neurossensorial decorrente da exposição Observa-se essa divergência entre as formas da Lei, de
contínua a níveis elevados de ruído, constituindo-se em doença maneira que nem a do Ministério da Saúde, nem a da Organi-
profissional de grande prevalência no meio odontológico 4,9. zação Mundial de Saúde tem força de vigorar. Nesse meio fica
O indivíduo acometido pela PAIR é capaz de ouvir, porém o cirurgião-dentista à revelia, exposto aos riscos ocupacionais
incapaz de compreender o que está sendo dito. Na odonto- e sofrendo as conseqüências da PAIR.
logia, o ruído pode provocar ainda uma queda de 60% na Existem medidas de prevenção e controle das doenças
produtividade por dificultar a concentração, propiciando erros, ocupacionais auditivas. Uma delas refere-se ao fato de que o
desperdícios e acidentes por distração. É importante ressaltar cirurgião-dentista deveria incluir o protetor auricular no Equi-
que tal distúrbio não é corrigido nem cirurgicamente, e muito pamento de Proteção Individual (EPI), uso de material fonoa-
menos com o uso de aparatos auditivos 10,16. bsorvente para promover o isolamento acústico e realização
Os efeitos nocivos do ruído não se limitam apenas às de manutenção técnica periódica dos instrumentos rotatórios,
lesões do aparelho auditivo, mas comprometem diversos ou- principalmente das turbinas de alta rotação, à fim de minimizar
152 tros órgãos, aparelhos e funções do organismo, contribuindo o ruído no consultório odontológico. Assim, os acadêmicos de
dessa maneira para aumentar as preocupações e esforços na odontologia, bem como os cirurgiões dentistas devem tomar
eliminação e/ou controle desse agente 7,13,14,19. tais medidas uma vez que, o uso simultâneo de várias turbinas,
Os fatores a serem considerados num trauma acústico como ocorre nas clínicas universitárias, aumenta a intensidade
são a freqüência e intensidade da vibração, o tempo de ex- total dos ruídos de cada turbina, exacerbando o limite que o
posição ao ruído e o intervalo entre as exposições, além da ouvido humano é capaz de suportar14.
susceptibilidade individual. No caso do cirurgião-dentista esses O Ministério da Saúde determina que os estabelecimen-
são componentes presentes no seu dia-a-dia, através do uso tos de saúde deveriam apresentar diversos aspectos qualitati-
da turbina de alta rotação 14,17,19. vos, dentre eles, o conforto acústico 2.
As suspeitas de que a turbina de alta rotação poderia Desta maneira, a racionalização do trabalho na odon-
produzir a PAIR surgiram imediatamente após a sua introdução tologia tem proporcionado ao profissional a possibilidade de
na Odontologia ao final da década de 50, quando foi observado produtividade através de meios e sistemas fundamentados na
o alto nível de ruído emitido (aproximadamente 100 dB) e em ergonomia, tornando seu trabalho eficiente e menos cansativo.
alta freqüência (acima de 6.000 Hz) 17. Entretanto os alunos são preparados para o exercício de uma
A primeira evidência conclusiva de que a exposição a este Odontologia com alto grau de desenvolvimento tecnológico,
tipo de ruído poderia causar dano à audição foi observada por porém com baixa produtividade, preocupando-se apenas e tão
Sheldon e Soko (1984) apud Lopes e Genovese9 (1991), em somente com o resultado final do trabalho, negligenciando a
um estudo onde 40 entre 137 dentistas que foram expostos maneira como este é executado, reduzindo muitas vezes a sua
diariamente, durante aproximadamente quatro anos, ao ruído própria capacidade de trabalho e se expondo a doenças ocupa-
da turbina de alta rotação, apresentaram uma perda auditiva cionais que poderiam ser minimizadas e/ou prevenidas.
em torno de 5 a 7 dB. A cronicidade dos efeitos e a dificuldade de estabelecer
Shinohara e Mitsuda17 (1998) afirmam que as turbinas correlações diretas com tais doenças fazem do ruído um
modernas, se mantidas sob manutenção técnica periódica e agente reconhecível, mas com repercussões pouco “visíveis”,
adequadamente lubrificadas, apresentam um nível de ruído sendo necessário chamar a atenção para o real problema
abaixo de 85 dB, sendo incapazes de produzir a PAIR no que afeta os trabalhadores da saúde bucal. Neste sentido, o
cirurgião-dentista, Lopes e Genovese9 (1991) descrevem que presente estudo teve a intenção precípua de avaliar o nível de
as turbinas de alta rotação podem emitir sons de intensidade conhecimento de acadêmicos de Odontologia acerca da Perda
acima de 90 dB, dependendo do modelo, da idade e conser- Auditiva Induzida Pelo Ruído.
vação, da distância do ouvido do operador e da consistência
do material que a broca estiver cortando.
No que diz respeito à legislação que controla o ruído, o MATERIAL E MÉTODO
Ministério da Saúde, através da Norma Regulamentadora nº
15, anexo nº 1, da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, A população do estudo foi constituída pelos 329 aca-
estabelece que os sons potencialmente perigosos estão acima dêmicos do Curso de Odontologia da Universidade Federal

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da Paraíba. Para a seleção desta amostra, foram utilizados


como critérios: estar matriculado e freqüentando o curso de
Odontologia da UFPB, assim como aceitar participar da pes-
quisa, manifestando esta aceitação pela assinatura do termo
de consentimento livre e esclarecido.
Com base nos critérios adotados, a amostra foi constituí-
da por 68 acadêmicos, o que corresponde a aproximadamente
20% da referida população.
Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário
contendo questões inerentes aos objetivos propostos para o
estudo (Anexo 1).
Os dados foram analisados pela estatística descritiva e
estão relatados a seguir. Figura 2. Respostas dadas por acadêmicos de odontologia
sobre as causas da PAIR na Odontologia. João Pessoa, PB.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 2005.

Os resultados mostraram que os entrevistados possuíam ainda cursado tal disciplina.


idades entre 18 e 26 anos, 57,4% eram do sexo feminino e Quando questionados sobre que medidas de proteção
42,6% do masculino. Foi observado que 79,5% dos acadêmicos são importantes para a prevenção da PAIR, se destacaram o
sabem que a PAIR é uma perda da acuidade auditiva provocada uso do protetor auricular, a realização de manutenção técnica
por exposição constante ao ruído, enquanto 4,5% definiram-a periódica dos equipamentos, e a localização adequada do
como perda da audição causada pela exposição ao ruído que compressor, citados por 53%, 50% e 28% dos alunos, respec-
pode acometer os indivíduos durante o exercício profissional, ou tivamente (Figura 4). Tal resultado concorda com estudos de
seja, uma doença ocupacional (Figura 1). Tais definições seme- Saquy et al14 (1994).
lhantes às apresentadas por Lopes e Genovese9 (1991), Brasil4 Nenhum dos acadêmicos relatou conhecer a legislação
(1997) e Fernandes e Morata6 (2002). Assim como no estudo (NR - 15, anexo nº 1, da Portaria nº 3.214/78 do Ministério da
de Félix5 (2005) onde 95% dos entrevistados afirmaram ser o Saúde) com relação à tolerância ao ruído. Souza et al19 (2002),
cirurgião-dentista um profissional de risco para a PAIR, nesta relata a necessidade de informações relacionadas a PAIR
pesquisa, todos os acadêmicos entrevistados fizeram tal afir- serem divulgadas, para que os cirurgiões-dentistas possam
mação. A maioria enumerou como causa o ruído proveniente de estar protegidos contra suas agressões.
diversos equipamentos presentes no consultório odontológico
tais como compressor, caneta de alta/baixa rotação, fotopo- CONCLUSÕES
limerizador, sugador, amalgamador e condicionador de ar 153
(Figura 2), corroborando os estudos de Bahannan et al1 (1993), Diante dos resultados obtidos, concluímos que os estu-
Saquy et al15 (1996), Garbin et al7 (2004). Ainda foram citados dantes de odontologia têm consciência dos riscos e medidas
falta de manutenção técnica dos equipamentos e presença de de prevenção relacionados ao ruído, embora não ponham em
prática tal conhecimento e que o problema do ruído produzido
pelos equipamentos odontológicos é uma realidade que acom-
panha o cirurgião-dentista desde o período de sua formação
profissional.
Diante das repercussões do ruído na saúde do profissional
e considerando que a odontologia exige trabalho de precisão
e concentração é preciso um movimento de conscientização
dos acadêmicos para uso de equipamento de proteção indi-
vidual (EPI), incluindo o uso de protetor auricular ao aparato

Figura 1. Descrições dos entrevistados sobre Perda Auditiva


Induzida pelo Ruído. João Pessoa, PB. 2005.

ruídos externos provenientes da sala de espera ou localização


do consultório em rua movimentada, corroborando com Lopes
e Genovese9 (1991) que afirmam que existem outras fontes
de ruídos que podem acometer o profissional no consultório Figura 3. Você acha que a proteção geral e/ou individual con-
odontológico como o barulho do trânsito, a conversação dos tribuem para evitar distúrbios auditivos?
clientes na sala de espera, o ruído dos reatores das luminárias
fluorescentes, entre outros.
A maioria dos entrevistados (85%) julga ser importante
o uso de proteção individual e/ou geral para evitar distúrbios
auditivos (Figura 3), concordando com o estudo de Félix5
(2005), onde 72% dos entrevistados apresentaram a mesma
opinião. Todos aqueles que afirmaram ter recebido orientações
sobre a PAIR (43%), relataram ter adquirido tais informações
na disciplina de Odontologia Social, sendo que dos 57% dos
acadêmicos que afirmaram nunca ter recebido nenhum tipo Figura 4. Medidas de proteção geral e/ou individual julgadas
de orientação, 67% estão no ciclo básico do curso, não tendo importantes pelos pesquisados. João Pessoa, PB. 2005.

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já utilizado. do Cirurgião Dentista. Parte I – introdução e agentes físicos.


Para tal conscientização dos acadêmicos, as faculda- ROBRAC 1996; 6(19);25-8.
des de odontologia, deveriam implementar um programa de
conservação auditiva que contemplasse o fornecimento de 16. Saquy PC, Pécora JD. Orientação Profissional em Odonto-
informações acerca da PAIR e a exigência de que no equipa- logia. São Paulo: Santos; 1996.
mento de proteção individual de uso já rotineiro, em função
das normas de biossegurança adotadas, seja incluído o prote- 17. Shinohara EH, Mitsuda ST. Trauma acústico na Odontologia.
tor auricular, o que o tornaria também de uso obrigatório no Rev CROMG 1998; 4(1): 42-5.
atendimento clínico.
Dessa forma, o acadêmico de odontologia, deve encarar 18. Shiraishi NY et al. Avaliação de ruído em uma indústria
a importância de identificar riscos e procurar eliminá-los, desde gráfica: uma alternativa metodológica. REDE 1998; 3:74-87.
já, de seu ambiente de trabalho, a fim de atingir, no futuro, uma
ótima saúde e qualidade de vida. 19. Souza HMMR et al. Nível de ruído produzido por turbina de
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154
5. Félix, SSS. Análise do Ruído Ocupacional em Odontologia:
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nais atuantes [Tese de doutorado]. João Pessoa: Universidade
Federal da Paraíba; 2005.
Recebido para publicação em 13/09/2006
6. Fernandes M, Morata TC. Estudo dos efeitos auditivos e
extra-auditivos da exposição ocupacional a ruído e vibração.
RBORL 2002; 68(5):705-13 Aceito para publicação em 31/10/2006

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Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 6 (2): 151-154, abr/jun., 2007


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