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Introdução
O pólen nada mais é que o gameta masculino da maioria das plantas; Uma flor pode produzir
até 4 milhões de grãos de pólen; Cada grão tem de 10 a 140 micras.
O pólen vai ter sua coloração variando de acordo com sua origem floral, podendo ser:
– Vermelho;
– Castanho;
– Verde;
– Cinza;
– Amarelo (mais comum).
A nível de colônia o pólen é usado na alimentação das larvas e nutrição de abelhas jovens, a
principal fonte de proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas para a colônia. Fica localizado
próximo as crias.
Sem pólen não há estimulo a postura da rainha, a presença de crias abertas estimula a coleta
de pólen pelas abelhas campeiras. O maior horário de coleta de pólen é entre 9 e as 11 horas
da manhã.
Ao chegar a colônia o pólen é uma mistura do gameta masculino aglutinado com néctar e
substâncias salivares, em seguida as abelhas mais jovens vão compactar o pólen com a ajuda
da cabeça e da mandíbula.
Por fim adicionam enzimas (ácido fitocidal principalmente), néctar ou mel, que vão prevenir a
germinação, esse processo também vai aumentar o período de armazenamento dentro dos
alvéolos.
Devido a adição de ácidos e a compactação o pólen vai sofrer uma fermentação láctica Ácida,
neste momento o pólen passa a ser conhecido como pão de abelha.
A composição vai variar de acordo com a origem vegetal, também vai depender de fatores
como: Temperatura do ar e composição química do solo.
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Desta forma pólen de mesma origem vegetal, mas de regiões diferentes tem composição
diferentes.
Vitaminas como:
– Ácido pantotênico;
– Ácido nicotínico;
– Tiamina;
– Riboflavina;
– Ácido ascórbico;
– D e E;
Aminoácidos
São responsáveis por grande parte da composição protéica do pólen, os mais conhecidos são:
Ácido glutâmico, arginina, cistina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina,
treonina, triptofano e valina.
O açúcar presente no pólen advêm do mel ou néctar utilizados para aglutiná-lo, destacam-se a
glicose e a Frutose. Os ácidos graxos mais importantes são: Linoléico, palmítico, linolênico e
oleíco.
Outros
O aroma e o sabor dependem da origem floral, o pH varia de quatro a seis, contém no mínimo
2% de fibra bruta, originaria das celuloses recobrem o pólen.
A coleta de pólen vai variar de acordo com a disponibilidade da região onde se implanta o
apiário, desta forma é interessante o conhecimento da flora para a implantação do local do
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apiário. Desta maneira a produtividade média de colônia com coletor de eficiência (64%)
intermediária seria de: 10 a 26 Kg por ano e de 56 g por dia.
Deve ser o mais próximo possível do local de processamento do pólen, deve ser limpo e
protegido de ventos fortes, não pode ser muito ensolarado, as fontes de água devem ser
potáveis, e as colméias devem estar em cavaletes individuais.
Não existe um consenso sobre o estado da colônia, porém deve ter mais que 4 quadros. O
pólen é consumido em maior quantidade, quanto maior for o número de crias presentes.
Quanto mais jovem a abelha maior a coleta
Outro fator importante é a presença de uma rainha jovem e prolifera, para que sempre haja
larvas jovens e necessidade de coleta de pólen. Seleção de rainhas de alta produção,
alcançando uma maior produtividade.
Além das tradicionais revisões periódicas, deve-se fazer o manejo semanal das colméias, neste
manejo as crias e ovos devem ser colocados para o centro da colméia, desta forma as
operárias vão perder menos tempo mantendo a homeostase do ninho.
Deverá ser efetuada a substituição de quadros velhos e com reservas, por novos para maior
uniformidade no tamanho das colônias e para dar espaço para postura da nova rainha. 20 %
das colméias devem ser destinadas ao apoio das produtoras de pólen, vão servir para doação
de quadros de cria aberta.
Os coletores são uma barreira a entradas das abelhas dentro da colônia, são constituídos por
uma régua coletora contendo perfurações, cada perfuração tem 5 mm. Estas passagens são
suficientemente estreitas para a retirada do pólen presente nas corbículas, esse pólen cai em
uma gaveta, esta gaveta deve ser protegida para evitar o acesso das abelhas, deve também ser
ventilada para evitar a deteriorização do pólen.
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As réguas coletoras não podem reter todo pólen que entra na colônia, se isso acontecesse em
pouco tempo a colônia estaria debilitada. O coletor deve ter eficiência de 30 – 50 %, ou seja
reter de 30 a 50 % do pólen coletado.
A eficiência é calculada da seguinte forma: Colocar o coletor de pólen, contar as 100 primeiras
abelhas que entram na colônia com pólen nas corbículas, retirar o coletor e contar o número
de “bolotas” de pólen na gaveta. % Eficiência = 100 x N° de “bolotas”/ 200
Modelos de Coletores
É o mais comum e o mais utilizado, tem fácil manejo e higienização, por ficar no alvado, acaba
por receber sujeiras resultantes da limpeza da colônia, pois as abelhas constantemente
removem as sujidades para fora.
Modelo Interno
É aberto um alvado secundário, sendo o principal fechado por uma tela de ventilação, tem
como vantagem um índice menor de sujidades e até mesmo de umidade.
Mas como desvantagem existe o fato do aumento da defensividade da colônia, pela obstrução
do alvado principal.
Colheita
Deve ser feita no final do dia para evitar a deteriorização, perda da produção e qualidade.
Deve ser feito em bandejas de plástico atóxico, devem ser tampadas, o transporte deve ser
cuidadoso, pois as “bolotas” são frágeis e quebradiças, se transformando facilmente em pó,
representando um perda significativa no momento do beneficiamento.
Congelamento
O pólen vindo do apiário deve ser transferido para baldes de polietileno, os baldes devem ter a
tampa de pressão, e capacidade máxima de 5Kg, deve ser imediatamente colocado no freezer.
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Deve permanecer por pelo menos 48 horas para eliminação de ácaros, ovos ou larvas de traças
da cera e de outros inseto. Após o congelamento o pólen deve ser descongelado
gradativamente em geladeira por um período de 4 a 8 horas.
Secagem
Após o descongelamento o pólen deve ser colocado em estufa com ventilação forçada e
temperatura controlada entre 40 a 42°C, o pólen deve ser colocado em bandejas inox dentro
da estufa. A distribuição do pólen deve ser em camadas finas de 0,5cm, utilizando um garfo
inox (desoperculador), o pólen deve permanecer na estufa por 8 a 12horas, até atingir 3 a 4%
de umidade.
Uma maneira fácil de saber se a desidratação foi bem sucedida é a desintegração das “bolotas”
de pólen quando pressionadas.
Limpeza
Deve ser feita imediatamente após a desidratação, caso não possa ser feita imediatamente o
pólen deve ser transferido para baldes hermeticamente fechados.
O pólen deve ser passado por peneiras granulométricas para que grumos maiores sejam
desfeitos e o pó do pólen seja retirado, deve ser aplicado um jato de ar seco e finalmente uma
catação manual de sujidades (asas, pernas, larvas de abelhas, etc.) e de própolis.
Armazenamento
Para que haja uma reidratação do pólen este deve ser acondicionado em:
– Latas;
– Tambores;
– E sacos plásticos próprios para alimentos.
Antes de fechar as embalagens o ar deve ser retirado com o auxílio de uma bomba a vácuo. O
armazenamento deve ser feito em ambiente seco, com temperatura amena e ao abrigo da luz.
Comercialização
Pode ser comercializado em sua forma original ou na forma desidratada. O produtor deve
estar registrado em algum órgão competente (serviços de inspeção federal, estadual ou
municipal).
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As abelhas utilizam a própolis na colméia para: Manter o ninho fechado, evitar as mudanças
bruscas de temperatura, pois o ninho tem que manter a temperatura entre 34 a 36° C, defesa
contra inimigos. Como substância embalsamadora para cobrir a carcaça de inimigos mortos
dentro da colônia e que não puderam ser colocados para fora, fortalecer os favos, poderoso
anti-séptico, ajuda na fixação de odores.
Origem
As primeiras abelhas construíam um favo único e exposto, para protegê-los eram necessárias
aproximadamente 80% das abelhas da colônia, desta forma apenas 20% das abelhas ficavam
ativas para coleta de alimentos e cuidados com as crias.
Cavidades naturais são cheias de imperfeições o que atrapalha a eficiência dos sinais químicos.
Estes sinais vão provocar respostas comportamentais ou fisiológicas nos outros indivíduos da
mesma espécie.
Histórico
– Adesivo;
– Selador de fendas;
– Proteção de madeiras.
Nos dias atuais esta sendo usada desde o estudo no combate a células cancerígenas, ao
tratamento de simples cáries dentárias. Suas propriedades tem mais de 60 efeitos diferentes. É
usada no tratamento de aproximadamente 300 doenças.
A própolis deixou de ser jogada fora e passou a ser em algumas regiões do Brasil o principal
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Assim como outros produtos apícolas a maioria dos produtores brasileiros ainda tem uma
baixa produtividade média e desconhece técnicas de manejo que visem o aumento da
produtividade.
Começou a ser explorada no Brasil na década de 80, logo ganhou grande destaque pela
ausência de metais pesados, pesticidas e antibióticos. Em 1995 chegou a ser comercializada
por US$ 120,00/Kg, estimulando a produção.
Porém a própolis brasileira era obtida das tampas e alvados, que eram raspados e a
produtividade não ultrapassava as 300 gramas anuais. Para que o mercado não fosse perdido
foram criados novos métodos de produção que elevaram a qualidade e a produtividade para
700 a 1000 gramas/colméias/ano.
Assim como outros produtos apícolas é muito difícil precisar quanto é produzido e consumido
pelo mercado interno e quanto é exportado. Estimasse que as exportações variem em torno
de 49 a 150 toneladas por ano.
Dentro da colônia de 0,5 a 3% das campeiras estão envolvidas na coleta de própolis, as abelhas
vão coletar as resinas utilizando as mandíbulas e as pernas. A própolis é retirada aos pedaços
com as mandíbulas e é manuseada com o primeiro par de pernas e depois é depositada nas
corbículas.
A idade com a qual as campeiras coletam própolis vai variar de 41 a 63 dias. As abelhas que
vão receber e manipular esta própolis vai variar de 15 a 39 dias e a proporção de abelhas que
vão manipular a própolis é de 8 a 16 para cada campeira.
Isso ocorre porque em dias mais quentes ocorre a volatilização de alguns compostos das
resinas tornando mais fácil sua localização e coleta.
A distância que as abelhas percorrem para coleta de própolis é bem menor que para procura
de alimentos, isso ocorre devido ao alto gasto energético para coleta, ficando restrito as
proximidades da colônia.
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Fontes Produtoras
É importante para que possa fazer uma tipificação da própolis, isso ajudaria a determinar a
composição química e direcionar as colônias para a produção de própolis de interesse
comercial.
Essa tipificação é feita através da comparação da própolis produzida com a resina coletada nos
vegetais, também pode ser feita pelos fragmentos de folhas, grãos de pólen e pedaços das
plantas doadoras de resinas.
Áreas Produtoras
As principais regiões produtoras brasileiras estão no centro-sul de Minas Gerais, sul do Paraná,
leste de São Paulo e algumas áreas serranas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. O Nordeste
brasileiro a produzir a própolis vermelha que ocorre ao longo do litoral da Bahia, Sergipe e
Alagoas.
Destes componentes é a fração resinosa que vai conceder caráter medicinal a própolis. Quanto
maior a diversidade vegetal maior será a amplitude farmacológica da própolis, desta maneira a
própolis nordestina é superior a das regiões Sul e Sudeste.
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FLAVONÓIDES
Compostos essenciais a alimentação. Tem como principal ação limitar a ação dos radicais livres
(compostos oxidantes) no organismo humano. Auxiliam o organismo humano na absorção da
vitamina C. Apresentam atividade antimicrobiana, estimulam o sistema imunológico, auxiliam
nos processos de cicatrização.
A própolis possui dezenas de vezes mais flavonóides do que qualquer vegetal. O flavonóide é
um composto fenólico presente nos vegetais e estuda-se mundialmente a sua eficácia no
combate a varias doenças humana.
Possui atividade antiinflamatória, pois entre outros compostos apresentam essa atividade se
destaca o ácido acetilsalicílico (AAS);
Atividade Antimicrobiana
– Staphylococcus aureus;
– Bacillus subtilis;
– Salmonella typhimurium;
– Salmonella enteritides.
Tem maior ação sobre bactérias grampositivas, atividade antiviral, combatendo a proliferação
do vírus da gripe, e inibição da atividade de replicação do vírus HIV, atividade antiprotista, na
inibição ao Trypanosoma cruzi.
Porém existem poucas pesquisas na área, estas estão mais voltadas para o tratamento da
mastite, diarréia em bezerros, na doença de Aujesky para suínos, feridas em carneiros e no
tratamento da Eimeria em coelhos, na agricultura mostrou-se eficiente no controle da
ferrugem do cafeeiro.
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Efeitos Indesejados
Pode-se encontrar efeitos indesejados como alergias e irritações localizadas. Não existem
relatos de pessoas com alta ou mesmo total intolerância à própolis, porém existem pessoas
alérgicas aos composto da própolis.
Desta maneira a potencialidade alérgica da própolis é mais uma questão individual do que uma
propriedade intrínseca. Por ser coletada na região em torno da colméia, a própolis pode ser
acidentalmente contaminada por:
– Asfalto;
– Excesso de ferro;
– Cobre, magnésio e chumbo.
Características Sensoriais
Aroma:
Cor:
Sabor:
Consistência:
Características Físico-químicas
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Instalação do Apiários
Métodos de Produção
Método da Raspagem
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Sistemas de Sarrafos
Desvantagens: Em períodos muito chuvosos a própolis pode oxidar, as abelhas produzem favos
entre os espaços deixados na colméia, facilidade de pilhagem por outras abelhas.
Desenvolvido pelo apicultor brasileiro Adomar César de Carvalho em 1995, é hoje o método de
coleta de própolis mais difundido e utilizado.
Desvantagens: Visitas periódicas para abrir os espaços, exposição por demasiado tempo até a
formação da placa facilita a oxidação da própolis, custo dos coletores.
Outros Métodos
Método de asas:
As laterais do ninho ou da melgueira de abrem para o exterior, de baixo para cima, tendo
como vantagem evitar a oxidação da própolis.
Tamprópolis:
Tampa coletora de própolis que ao ser aclopada ao ninho deixa frestas que serão preenchidas
com própolis.
Moldura:
Classificação da Própolis
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Os outros tipos com granulométrica muito baixa tem sua comercialização restrita ao mercado
nacional.
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