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Apicultura II Prof.: Antonio Abreu da Silveira Neto

Manejo para Produção de Pólen

Introdução

O pólen nada mais é que o gameta masculino da maioria das plantas; Uma flor pode produzir
até 4 milhões de grãos de pólen; Cada grão tem de 10 a 140 micras.

O pólen vai ter sua coloração variando de acordo com sua origem floral, podendo ser:

– Vermelho;
– Castanho;
– Verde;
– Cinza;
– Amarelo (mais comum).

Uso do Pólen a Nível de Colônia

A nível de colônia o pólen é usado na alimentação das larvas e nutrição de abelhas jovens, a
principal fonte de proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas para a colônia. Fica localizado
próximo as crias.

Fornece as larvas e abelhas jovens os nutrientes necessários ao desenvolvimento dos tecidos,


desenvolvimento de glândulas, fonte de nitrogênio.

Sem pólen não há estimulo a postura da rainha, a presença de crias abertas estimula a coleta
de pólen pelas abelhas campeiras. O maior horário de coleta de pólen é entre 9 e as 11 horas
da manhã.

Ao chegar a colônia o pólen é uma mistura do gameta masculino aglutinado com néctar e
substâncias salivares, em seguida as abelhas mais jovens vão compactar o pólen com a ajuda
da cabeça e da mandíbula.

Por fim adicionam enzimas (ácido fitocidal principalmente), néctar ou mel, que vão prevenir a
germinação, esse processo também vai aumentar o período de armazenamento dentro dos
alvéolos.

Devido a adição de ácidos e a compactação o pólen vai sofrer uma fermentação láctica Ácida,
neste momento o pólen passa a ser conhecido como pão de abelha.

Quantidade de Pólen Necessária à Colônia

Uma colônia consome em média de 40 a 60 Kg anuais de pólen, este calculo é baseado na


necessidade das larvas de 100 a 120mg de pólen para seu desenvolvimento, leva em conta
também o número de larvas criadas na colônia em uma ano e a necessidade de pólen para
abelhas jovens.

Composição Média do Pólen

A composição vai variar de acordo com a origem vegetal, também vai depender de fatores
como: Temperatura do ar e composição química do solo.

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Desta forma pólen de mesma origem vegetal, mas de regiões diferentes tem composição
diferentes.

São encontrados no pólen apícola: Carboidratos, lipídeos e aminoácidos livres.

Vitaminas como:

– Ácido pantotênico;
– Ácido nicotínico;
– Tiamina;
– Riboflavina;
– Ácido ascórbico;
– D e E;

Composição Média do Pólen

Aminoácidos

São responsáveis por grande parte da composição protéica do pólen, os mais conhecidos são:
Ácido glutâmico, arginina, cistina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina,
treonina, triptofano e valina.

Açúcares e Ácidos Graxos

O açúcar presente no pólen advêm do mel ou néctar utilizados para aglutiná-lo, destacam-se a
glicose e a Frutose. Os ácidos graxos mais importantes são: Linoléico, palmítico, linolênico e
oleíco.

Outros

O aroma e o sabor dependem da origem floral, o pH varia de quatro a seis, contém no mínimo
2% de fibra bruta, originaria das celuloses recobrem o pólen.

Manejo para Produção de Pólen

Conhecimento da Flora Apícola

A coleta de pólen vai variar de acordo com a disponibilidade da região onde se implanta o
apiário, desta forma é interessante o conhecimento da flora para a implantação do local do

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apiário. Desta maneira a produtividade média de colônia com coletor de eficiência (64%)
intermediária seria de: 10 a 26 Kg por ano e de 56 g por dia.

Localização dos Apiários para Produção do Pólen Apícola

Deve ser o mais próximo possível do local de processamento do pólen, deve ser limpo e
protegido de ventos fortes, não pode ser muito ensolarado, as fontes de água devem ser
potáveis, e as colméias devem estar em cavaletes individuais.

Manejo das Colméias

Características das Colméias para a Produção de Pólen

Não existe um consenso sobre o estado da colônia, porém deve ter mais que 4 quadros. O
pólen é consumido em maior quantidade, quanto maior for o número de crias presentes.
Quanto mais jovem a abelha maior a coleta

Outro fator importante é a presença de uma rainha jovem e prolifera, para que sempre haja
larvas jovens e necessidade de coleta de pólen. Seleção de rainhas de alta produção,
alcançando uma maior produtividade.

Manejo das Colméias para a Produção de Pólen

Além das tradicionais revisões periódicas, deve-se fazer o manejo semanal das colméias, neste
manejo as crias e ovos devem ser colocados para o centro da colméia, desta forma as
operárias vão perder menos tempo mantendo a homeostase do ninho.

Deverá ser efetuada a substituição de quadros velhos e com reservas, por novos para maior
uniformidade no tamanho das colônias e para dar espaço para postura da nova rainha. 20 %
das colméias devem ser destinadas ao apoio das produtoras de pólen, vão servir para doação
de quadros de cria aberta.

Alimentação das Colméias para a Produção de Pólen

Só se faz necessária quando não há fluxo de néctar, deve-se fornecer de 2 a 3 kg de


açúcar/colméia/semana, na proporção de 2:1 e na forma de xarope, só deve ser fornecida se
houver fluxo de pólen.

Obtenção do Pólen Apícola

Coletores e Coleta de Pólen

Os coletores são uma barreira a entradas das abelhas dentro da colônia, são constituídos por
uma régua coletora contendo perfurações, cada perfuração tem 5 mm. Estas passagens são
suficientemente estreitas para a retirada do pólen presente nas corbículas, esse pólen cai em
uma gaveta, esta gaveta deve ser protegida para evitar o acesso das abelhas, deve também ser
ventilada para evitar a deteriorização do pólen.

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As réguas coletoras não podem reter todo pólen que entra na colônia, se isso acontecesse em
pouco tempo a colônia estaria debilitada. O coletor deve ter eficiência de 30 – 50 %, ou seja
reter de 30 a 50 % do pólen coletado.

A eficiência é calculada da seguinte forma: Colocar o coletor de pólen, contar as 100 primeiras
abelhas que entram na colônia com pólen nas corbículas, retirar o coletor e contar o número
de “bolotas” de pólen na gaveta. % Eficiência = 100 x N° de “bolotas”/ 200

Modelos de Coletores

Existem vários modelos, todos tem vantagens e desvantagens.

Modelo Frontal de Alvado

É o mais comum e o mais utilizado, tem fácil manejo e higienização, por ficar no alvado, acaba
por receber sujeiras resultantes da limpeza da colônia, pois as abelhas constantemente
removem as sujidades para fora.

Modelo Interno

É aberto um alvado secundário, sendo o principal fechado por uma tela de ventilação, tem
como vantagem um índice menor de sujidades e até mesmo de umidade.

Mas como desvantagem existe o fato do aumento da defensividade da colônia, pela obstrução
do alvado principal.

Desta forma um bom coletor de pólen deve:

– Ter fácil colocação e remoção;


– Facilitar o manejo;
– Facilite a higienização;
– Permita a ventilação;
– Tenha escape para zangões;
– E protegido contra alterações climáticas.

Colheita

Deve ser feita no final do dia para evitar a deteriorização, perda da produção e qualidade.

Transporte do Pólen Fresco

Deve ser feito em bandejas de plástico atóxico, devem ser tampadas, o transporte deve ser
cuidadoso, pois as “bolotas” são frágeis e quebradiças, se transformando facilmente em pó,
representando um perda significativa no momento do beneficiamento.

Beneficiamento do Pólen Apícola

Congelamento

O pólen vindo do apiário deve ser transferido para baldes de polietileno, os baldes devem ter a
tampa de pressão, e capacidade máxima de 5Kg, deve ser imediatamente colocado no freezer.

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Deve permanecer por pelo menos 48 horas para eliminação de ácaros, ovos ou larvas de traças
da cera e de outros inseto. Após o congelamento o pólen deve ser descongelado
gradativamente em geladeira por um período de 4 a 8 horas.

Secagem

Após o descongelamento o pólen deve ser colocado em estufa com ventilação forçada e
temperatura controlada entre 40 a 42°C, o pólen deve ser colocado em bandejas inox dentro
da estufa. A distribuição do pólen deve ser em camadas finas de 0,5cm, utilizando um garfo
inox (desoperculador), o pólen deve permanecer na estufa por 8 a 12horas, até atingir 3 a 4%
de umidade.

Uma maneira fácil de saber se a desidratação foi bem sucedida é a desintegração das “bolotas”
de pólen quando pressionadas.

Limpeza

Deve ser feita imediatamente após a desidratação, caso não possa ser feita imediatamente o
pólen deve ser transferido para baldes hermeticamente fechados.

O pólen deve ser passado por peneiras granulométricas para que grumos maiores sejam
desfeitos e o pó do pólen seja retirado, deve ser aplicado um jato de ar seco e finalmente uma
catação manual de sujidades (asas, pernas, larvas de abelhas, etc.) e de própolis.

Armazenamento

Para que haja uma reidratação do pólen este deve ser acondicionado em:

– Latas;
– Tambores;
– E sacos plásticos próprios para alimentos.

Antes de fechar as embalagens o ar deve ser retirado com o auxílio de uma bomba a vácuo. O
armazenamento deve ser feito em ambiente seco, com temperatura amena e ao abrigo da luz.

Comercialização

Pode ser comercializado em sua forma original ou na forma desidratada. O produtor deve
estar registrado em algum órgão competente (serviços de inspeção federal, estadual ou
municipal).

Utilização do Pólen pelo Homem

Indicado para manter o equilíbrio metabólico do organismo, aumenta a capacidade física e


mental, previne envelhecimento precoce, regulador da flora intestinal. Tem efeito preventivo
contra a hipertensão arterial, regeneração da mucosa da pele, antidepressivo;.

Carência nutricional: Raquitismo, atraso no crescimento, má dentição ,dentre outros.

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Manejo para Produção de Própolis

Introdução

PRÓ – significa em frente ou em prol;

POLIS – significa cidade ou povoado;

Interpretação – em defesa e proteção da colônia.

Função da Própolis na Colméia

As abelhas utilizam a própolis na colméia para: Manter o ninho fechado, evitar as mudanças
bruscas de temperatura, pois o ninho tem que manter a temperatura entre 34 a 36° C, defesa
contra inimigos. Como substância embalsamadora para cobrir a carcaça de inimigos mortos
dentro da colônia e que não puderam ser colocados para fora, fortalecer os favos, poderoso
anti-séptico, ajuda na fixação de odores.

Porém o ambiente fechado da colméia é um local propício ao desenvolvimento de


microrganismos, desta forma a própolis vai oferecer proteção contra eles ajudando também a
absorver o excesso de umidade.

Origem

As primeiras abelhas construíam um favo único e exposto, para protegê-los eram necessárias
aproximadamente 80% das abelhas da colônia, desta forma apenas 20% das abelhas ficavam
ativas para coleta de alimentos e cuidados com as crias.

A produção de própolis provavelmente está relacionada ao hábito de nidificar em cavidades,


pois era necessária a vedação da cavidade para facilitar a comunicação por sinais químicos os
feromônios.

Cavidades naturais são cheias de imperfeições o que atrapalha a eficiência dos sinais químicos.
Estes sinais vão provocar respostas comportamentais ou fisiológicas nos outros indivíduos da
mesma espécie.

Histórico

É conhecida do homem desde a antiguidade, porém era usada como:

– Adesivo;
– Selador de fendas;
– Proteção de madeiras.

Nos dias atuais esta sendo usada desde o estudo no combate a células cancerígenas, ao
tratamento de simples cáries dentárias. Suas propriedades tem mais de 60 efeitos diferentes. É
usada no tratamento de aproximadamente 300 doenças.

A própolis deixou de ser jogada fora e passou a ser em algumas regiões do Brasil o principal

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produto da colméia, mas o crescimento quantitativo, não foi acompanhado de um crescimento


qualitativo.

Assim como outros produtos apícolas a maioria dos produtores brasileiros ainda tem uma
baixa produtividade média e desconhece técnicas de manejo que visem o aumento da
produtividade.

Começou a ser explorada no Brasil na década de 80, logo ganhou grande destaque pela
ausência de metais pesados, pesticidas e antibióticos. Em 1995 chegou a ser comercializada
por US$ 120,00/Kg, estimulando a produção.

Porém a própolis brasileira era obtida das tampas e alvados, que eram raspados e a
produtividade não ultrapassava as 300 gramas anuais. Para que o mercado não fosse perdido
foram criados novos métodos de produção que elevaram a qualidade e a produtividade para
700 a 1000 gramas/colméias/ano.

Assim como outros produtos apícolas é muito difícil precisar quanto é produzido e consumido
pelo mercado interno e quanto é exportado. Estimasse que as exportações variem em torno
de 49 a 150 toneladas por ano.

A expectativa é de um mercado mais exigente com relação as características da própolis e com


a queda dos valores pagos pelo Kg, que hoje já estão mais baixos chegando de US$ 45 a 70/Kg.

Coleta de Própolis pelas Abelhas

Dentro da colônia de 0,5 a 3% das campeiras estão envolvidas na coleta de própolis, as abelhas
vão coletar as resinas utilizando as mandíbulas e as pernas. A própolis é retirada aos pedaços
com as mandíbulas e é manuseada com o primeiro par de pernas e depois é depositada nas
corbículas.

A idade com a qual as campeiras coletam própolis vai variar de 41 a 63 dias. As abelhas que
vão receber e manipular esta própolis vai variar de 15 a 39 dias e a proporção de abelhas que
vão manipular a própolis é de 8 a 16 para cada campeira.

A coleta de própolis vai estar relacionada as condições da colônia;, porém as condições


ambientais vão afetar mais a coleta do que o grau de desenvolvimento da colônia.

O horário de coleta vai variar de acordo com a temperatura do dia:

– 11 as 15, para os dias mais quentes.


– 10 as 16, para os dias de maior pluviosidade.

Isso ocorre porque em dias mais quentes ocorre a volatilização de alguns compostos das
resinas tornando mais fácil sua localização e coleta.

A distância que as abelhas percorrem para coleta de própolis é bem menor que para procura
de alimentos, isso ocorre devido ao alto gasto energético para coleta, ficando restrito as
proximidades da colônia.

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As abelhas são extremamente seletivas na coleta da resina, verificando-se uma fidelidade a


matéria-prima, a escolha da matéria-prima esta relacionada com suas propriedades
antimicrobianas. Esta só será trocada se acabar nas proximidades de colônia, mesmo que
exista matéria-prima a distâncias maiores.

O que supostamente explica a seletividade por determinadas fontes seria a capacidade da


abelha reconhecer compostos químicos presentes em determinados vegetais.

Fontes Produtoras

É importante para que possa fazer uma tipificação da própolis, isso ajudaria a determinar a
composição química e direcionar as colônias para a produção de própolis de interesse
comercial.

Essa tipificação é feita através da comparação da própolis produzida com a resina coletada nos
vegetais, também pode ser feita pelos fragmentos de folhas, grãos de pólen e pedaços das
plantas doadoras de resinas.

Áreas Produtoras

As principais regiões produtoras brasileiras estão no centro-sul de Minas Gerais, sul do Paraná,
leste de São Paulo e algumas áreas serranas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. O Nordeste
brasileiro a produzir a própolis vermelha que ocorre ao longo do litoral da Bahia, Sergipe e
Alagoas.

Propriedades Farmacológicas da Própolis

A composição básica da própolis:

Destes componentes é a fração resinosa que vai conceder caráter medicinal a própolis. Quanto
maior a diversidade vegetal maior será a amplitude farmacológica da própolis, desta maneira a
própolis nordestina é superior a das regiões Sul e Sudeste.

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Os principais compostos químicos encontrados na própolis são: Açúcares, alcoóis, aldeídos,


ácidos e ésteres alifáticos, ácidos graxos, aminoácidos, ácidos aromáticos, ésteres aromáticos,
esteróides, cetonas, charconas, di-charconas, flavonóides, terpenóides e outros compostos.

FLAVONÓIDES

Compostos essenciais a alimentação. Tem como principal ação limitar a ação dos radicais livres
(compostos oxidantes) no organismo humano. Auxiliam o organismo humano na absorção da
vitamina C. Apresentam atividade antimicrobiana, estimulam o sistema imunológico, auxiliam
nos processos de cicatrização.

Classificação da Própolis de Acordo com o Teor de Flavonóides

Baixo teor: até 1,0%;

Médio teor: > 1,0 – 2,0%;

Alto teor: > 2,0%.

A própolis possui dezenas de vezes mais flavonóides do que qualquer vegetal. O flavonóide é
um composto fenólico presente nos vegetais e estuda-se mundialmente a sua eficácia no
combate a varias doenças humana.

Possui atividade antiinflamatória, pois entre outros compostos apresentam essa atividade se
destaca o ácido acetilsalicílico (AAS);

Atividade Antimicrobiana

Exerce atividade antibacteriana em:

– Staphylococcus aureus;
– Bacillus subtilis;
– Salmonella typhimurium;
– Salmonella enteritides.

Tem maior ação sobre bactérias grampositivas, atividade antiviral, combatendo a proliferação
do vírus da gripe, e inibição da atividade de replicação do vírus HIV, atividade antiprotista, na
inibição ao Trypanosoma cruzi.

Atividade Antitumor; Atividade antioxidativa; Propriedades hepatoprotetivas; Propriedades


cicatrizantes na apiterapia.

Uso da Própolis na Veterinária e na Agricultura

Os animais domésticos são responsáveis por até 80% do consumo de medicamentos


produzidos no mundo, desta maneira torna-se um mercado em potencial para própolis.

Porém existem poucas pesquisas na área, estas estão mais voltadas para o tratamento da
mastite, diarréia em bezerros, na doença de Aujesky para suínos, feridas em carneiros e no
tratamento da Eimeria em coelhos, na agricultura mostrou-se eficiente no controle da
ferrugem do cafeeiro.

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Outras áreas podem ser estudadas como:

– Banir o uso de antibióticos e promotores de crescimento utilizados principalmente em


granjas de suínos e aves.

Efeitos Indesejados

Pode-se encontrar efeitos indesejados como alergias e irritações localizadas. Não existem
relatos de pessoas com alta ou mesmo total intolerância à própolis, porém existem pessoas
alérgicas aos composto da própolis.

Desta maneira a potencialidade alérgica da própolis é mais uma questão individual do que uma
propriedade intrínseca. Por ser coletada na região em torno da colméia, a própolis pode ser
acidentalmente contaminada por:

– Asfalto;
– Excesso de ferro;
– Cobre, magnésio e chumbo.

Características Sensoriais

Aroma:

– Característico (balsâmico e resinoso) dependendoda espécie.

Cor:

– Amarelada, parda, esverdeada, marrom, vermelha e outras variando conforme a origem


botânica.

Sabor:

– Característico de suave balsâmico a forte e picante, dependendo da origem botânica.

Consistência:

– Maleável a rígida, dependendo da origem botânica (a temperatura ambiente).

Características Físico-químicas

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Instalação do Apiários

Métodos de Produção

Método da Raspagem

Vantagem: utiliza-se da revisão para fazer a coleta.

Desvantagem: baixa granulometria, alto teor de cera, dificuldade de comercialização e a baixa


produtividade.

Coleta com Telas

São as mesmas telas plásticas utilizadas em mosquiteiros.

Vantagem: Facilidade de manejo.

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Desvantagem: Baixa granulométrica, alto teor de cera, dificuldade de comercialização e baixa


produtividade.

Sistemas de Sarrafos

Vantagem: Facilidade de manejo, boa produtividade, visitas quinzenais, obtenção de própolis


em fita (tiras) que são de boa aceitação pelo mercado, pouca impureza, baixo custo.

Desvantagens: Em períodos muito chuvosos a própolis pode oxidar, as abelhas produzem favos
entre os espaços deixados na colméia, facilidade de pilhagem por outras abelhas.

Coletor de Própolis Inteligente (C.P.I.)

Desenvolvido pelo apicultor brasileiro Adomar César de Carvalho em 1995, é hoje o método de
coleta de própolis mais difundido e utilizado.

Vantagem: Facilidade de manejo, boa produtividade, obtenção de placas bem aceitas


comercialmente e com poucas impurezas;

Desvantagens: Visitas periódicas para abrir os espaços, exposição por demasiado tempo até a
formação da placa facilita a oxidação da própolis, custo dos coletores.

Coletor Tipo Estojo

Contém um estojo que se abre horizontalmente do centro para fora.

Vantagem: Facilidade de manejo, obtenção de placas bem aceitas comercialmente, poucas


impurezas e menos estressante para as abelhas.

Outros Métodos

Método de asas:

As laterais do ninho ou da melgueira de abrem para o exterior, de baixo para cima, tendo
como vantagem evitar a oxidação da própolis.

Tamprópolis:

Tampa coletora de própolis que ao ser aclopada ao ninho deixa frestas que serão preenchidas
com própolis.

Moldura:

É uma moldura de aproximadamente 2cm colocada por debaixo da tampa.

Classificação da Própolis

Quanto a granulometria a própolis pode ser:

– Do tipo 1 – que ficam nas malhas de até 8mm;

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– Do tipo 2 – que não passam nas malhas de 4 mm

– Do tipo 3 – que passam nas malhas de 4 mm

Classificação Quanto a Cor

Quanto a cor a própolis pode ser classificada como:

– Do tipo A: cor verde e do tipo 1.

– Do tipo B: Cor marrom e tipo 1.

– Do tipo C: De consistência muito viscosa.

Os outros tipos com granulométrica muito baixa tem sua comercialização restrita ao mercado
nacional.

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