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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS (DQE)


DISCIPLINA: FÍSICA GERAL EXPERIMENTAL I

MOVIMENTO SOBRE UM PLANO HORIONTAL


SOB AÇÃO DE UMA FORÇA CONSTANTE

Camila Santos
Cheilane Tavares
Ducilene Libarino
Elivana França
Juliana Leite
Laís Novaes
Lauro Caires
Marlon Santos

Jequié - BA
Dezembro de 2010
MOVIMENTO SOBRE UM PLANO
HORIZONTAL SOB AÇÃO DE UMA
FORÇA CONSTANTE.

Trabalho apresentado à
disciplina Física Geral e
Experimental I, sob a orientação
do Prof. MSc. Candido Requião
para fins avaliativos.
"Tempo, espaço, lugar e movimento são palavras conhecidas de todos. Há
de se observar, contudo que o leigo, só concebe estas quantidades partindo
da relação que guardam com as coisas observáveis".

Isaac Newton no seu livro "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural"


SUMÁRIO

Introdução____________________________________________
Objetivos_____________________________________________
Material Utilizado______________________________________
Procedimento_________________________________________
Resultados___________________________________________
Conclusão____________________________________________
Referências Bibliográficas_______________________________
INTRODUÇÃO

Isaac Newton, em 1687, tendo como base as experiências de


Galileu e outros cientistas da época foi o primeiro a enunciar leis
que fazem parte do grupo do que conhecemos hoje como a
Mecânica Clássica. As três leis do movimento de Newton causaram
uma profunda revolução no modo de pensar do universo: grande
parte dos fenômenos naturais conhecidos até aquela época
poderiam ser explicados com base em apenas três leis
aparentemente desconexas com a realidade.
A segunda Lei de Newton descreve exatamente como pode
ser o movimento de um corpo qualquer, dado o campo conjunto de
forças que atuam sobre ele. Segundo o próprio enunciado de
Newton: “A variação do movimento é proporcional à força impressa
e tem a direção da força”. Ou seja, a força é a taxa de variação
temporal do movimento. Matematicamente, tem-se:
r = m . a
Onde m é a massa do corpo e a é a aceleração.
A força gravitacional exercida sobre um corpo é um tipo
especial de atração que um segundo corpo exerce sobre o
primeiro. Assim, quando fala-se da força gravitacional que age
sobre um corpo refere-se à força que o atrai na direção do centro
da terra, ou seja, verticalmente para g baixo.
Considerando um corpo de massa m em queda livre,
submetido, portanto, a uma aceleração de módulo g nesse caso,
despreza-se os efeitos do ar a única força que age sobre o corpo é
a força gravitacional g . Pode-se relacionar essa força à
aceleração correspondente através da Segunda Lei de Newton:

g = m . g
Essa mesma força gravitacional, com o mesmo módulo, atua
sobre o corpo mesmo quando não está em queda livre.
O peso P de um corpo é o módulo da força necessária para
impedir que o corpo caia livremente medida em relação ao solo.
Assim, por exemplo, para manter uma bola em repouso sobre a
mão enquanto o corpo está parado deve-se aplicar uma força para
cima para equilibrar a força gravitacional que a Terra exerce sobre
a bola.

Substituindo Fg por mg, obtêm-se a equação:


P = m . g
Quando empurra-se ou tenta-se empurrar um corpo sobre
uma superfície, a interação dos átomos do corpo com os átomos da
superfície faz com que haja uma resistência ao movimento. A
resistência é considerada como uma única força F, que recebe o
nome de força de atrito, ou simplesmente atrito. Esta força é
paralela à superfície e aponta no sentido oposto ao do movimento
ou tendência ao movimento.
Para minimizar o atrito, é preciso minimizar o contato entre
as superfícies. Uma maneira simples e eficiente de fazer isso é
utilizando trilho de ar.
O trilho de ar é construído em um tubo de alumínio oco de
seção reta triangular ou quadrada e comprimento da ordem de 2,5
m. Uma das extremidades do tubo é fechada e a outra é conectada
a um compressor de ar. As 2 faces superiores do tubo possuem
pequenos orifícios regularmente espaçados, pelos quais sai o ar
insuflado pelo compressor. A existência dos pequenos orifícios nas
faces superiores são responsáveis pela criação de um “colchão de
ar” quando o compressor é ligado. As forças de atrito presentes
são a associada com a viscosidade da camada de ar em cima da
qual o carrinho desliza e a força de arraste devido ao movimento
do carrinho, sendo o atrito desprezível.
OBJETIVOS

• Verificar a II Lei de Newton;


• Estudar o movimento do carrinho em uma situação quase
ideal;
• Determinar a aceleração da gravidade local.
Material Utilizado

• Trilho de ar
• Carrinho
• Cronômetro digital
• Régua
• Compressor de ar
• Balança
Procedimentos

3.1. Primeiramente mediu-se com auxilio de uma balança massa do


carrinho, em seguida.
3.2.Marcou-se no trilho, com um lápis as distâncias 15, 30, 45 e 60
cm.
3.3. Foram regulados os parafusos da base do trilho até que o
mesmo ficasse inclinado, em seguida, injetou-se ar nos trilhos,
ligando o compressor.
3.4. Depois de montado e testado todo o dispositivo experimental,
determinou-se com o cronômetro digital, o tempo gasto para o
carrinho percorrer as distancias enumeradas no item (3.2). Com
estes dados, construiu-se a tabela 1. Repetiu-se o procedimento
10 vezes para cada distância.
3.5. De posse dos dados, construiu-se o gráfico velocidade X
tempo, com o tempo em abscissas.
3.6. Por derivação gráfica, foi construído o gráfico correspondente
ao da aceleração x tempo.
3.7. A partir do gráfico velocidade X tempo, obteve-se o gráfico do
espaço X tempo.
3.8. Determinou-se algebricamente o valor da aceleração.foi
comparado com a aceleração obtida pelo método gráfico.
3.9. Escreveram-se as equações do movimento:
S = S(t)

V = V(t)

α = α(t)
3.10. Foi determinado o valor da aceleração da gravidade local e
comparado com o valor teórico de g.
Resultados
Depois de montado o dispositivo experimental, determinou-se com um cronômetro
digital, o tempo gasto para o carrinho percorrer as distâncias enumeradas no
procedimento (3.2).
Com estes dados pode-se construir a seguinte a tabela.

TABELA 1:

Distância 1 Distância 2 Distância 3 Distância 4


Δx(m) (0,15) +/- 0,05 (0,30)+/- 0,05 (0,45)+/- 0,05 (0,60)+/- 0,05
Tempo 1 0,54 0,84 1,06 1,25
Tempo 2 0,56 0,9 1,07 1,22
Tempo 3 0,53 0,91 1,06 1,25
Tempo 4 0,56 0,85 1,09 1,28
Tempo 5 0,59 0,87 1,04 1,28
Tempo 6 0,53 0,88 1,03 1,25
Tempo 7 0,53 0,84 1,03 1,28
Tempo 8 0,56 0,84 1,06 1,22
Tempo 9 0,53 0,9 1,06 1,28
Tempo 10 0,63 0,85 1,06 1,28

Média

0,56 0,87 1,06 1,26

OBS: Para cada distância analisada, foram realizadas dez medidas do tempo necessário
para o carrinho percorrer a trajetória. Tudo, para que fosse obtidos através ds médias
desses tempos, um valor mais conciso das médias.
• Analisando os erros de medidas:
Tabela

Erros de medidas de tempo da distância 1

Cálculo do desvio padrão


1
S=
n −1
∑( xi − x)2 = 0,03

Cálculo do erro padrão

S=

Cálculo do erro relativo

e%= x100 = 1,03%


Realizando todas as análises dos erros experimentais, pode-se partir para o
desenvolvimento do gráfico que relaciona a velocidade e tempo, com o tempo
e%= x100 = 0,5%
em abscissas.

O gráfico velocidade x tempo é uma reta, o que implica que a


relação entre as grandezas é uma relação linear (y (x) = Ax + B)
em que A é o coeficiente angular da reta e que na função da
velocidade chamamos de aceleração (a); E o valor de B é o
coeficiente linear (V(0) = V 0 ) é a velocidade do inicio da trajetória
(t = 0):

V (t) = V0 + at

O gráfico da aceleração x tempo é uma reta paralela ao eixo t, pois neste


movimento a aceleração é constante.
O gráfico espaco x tempo não é uma reta, o que implica que a
relação entre as grandezas não é uma relação linear ( y (x) = Ax + B
) e sim de uma relação quadrática ( y(x) = Ax + Bx + C), em que o
termo C ( y(0) = c) é o ponto de inicio da trajetória (t = 0 ) o que
corresponderia posição inicial S0, o termo B a velocidade inicial do

movimento V0 e A seria um meio da aceleração do carinho a.

S(t) = S0 + V0t + at2


Conclusão

Utilizando o colchão de ar como um instrumento para minimizarmos as


forças de atrito do trilho, conseguimos um resultado experimental para a
aceleração do sistema, que se aproxima do valor calculado a partir de uma
análise ideal do aparelho usado, desprezando todas as forças resistentes ao
movimento. Quando fizemos a análise do fenômeno através da 2ª Lei de
Newton, desconsideramos a ação do atrito, da resistência do ar e de outras
eventuais forças resistentes ao movimento e isto resultou como o esperado que
o módulo dessa aceleração fosse maior do que o módulo da aceleração obtida
através do estudo dos dados experimentais que refletem a situação real, uma
vez que as forças resistentes estiveram presentes nos dados analisados.
Isto comprova a 2ª Lei de Newton em relação a equação horária do
espaço num movimento retilíneo uniformemente variado. O que se pode
analisar do sistema é que o carrinho foi acelerado devido à ação da tração no
fio ocasionada pelo peso do corpo suspenso na extremidade do fio. Sabendo
que só há aceleração quando uma força atua no sistema, se o corpo suspenso
tocasse o chão, a força normal anularia seu peso que anularia a tração no fio e
a resultante do sistema se tornaria nula, o que deixaria o carrinho numa
situação de movimento retilíneo uniforme, ou seja, com velocidade constante,
já que não haveria aceleração.
Referências Bibliográficas

• J.M. Cameron, "Statistics," in " Fundamental Formulas of


Physics ," edited by D.H. Menzel, Vol. 1, ch. 2, Dover, New
York, 1960.

• G.L. Squires, " Practical Physics ," 3rd. edition, Cambridge


University Press, Cambridge, 1985.

• Halliday, David 1916- Fundamentos de Física, volume 1:


mecânica/ David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker;
tradução e revisão técnica Ronaldo Sérgio de Biasi. – 8. Ed.-
Rio de Janeiro: LTC 2008.

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