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CURSO ON-LINE – AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS P/ TCU

PROFESSOR: LUIZ FERNANDO

Olá Pessoal!

Sou o Luiz Fernando e espero poder colaborar com os estudos que vocês desenvolvem com
o objetivo de aprovação no concurso para Analista de Controle Externo do TCU em 2009. Sei
que a informação de que não serão abertas vagas focadas para a área de auditoria
governamental, com 90 vagas para auditoria de obras públicas, frustrou os não engenheiros
que já vinham se preparando. Entretanto, como bem colocado pelo Vicente Paulo na notícia
Ponto 393, o grande número de vagas dá margem a grandes possibilidades de que seja
aprovado número significativo de não-engenheiros. Então, por que não correr o risco de ser
aprovado?

E foi exatamente com esse espírito que me inscrevi no concurso de 2005 do TCU, que
apesar de classificado para a área de controle externo, foi focado na área de obras. É claro
que no meu caso havia o facilitador de ser engenheiro de fortificação e construção (o
engenheiro civil formado pelo IME), com mestrado em estruturas pela COPPE/UFRJ. Além
disso, desde a graduação trabalhei no Exército Brasileiro com engenharia, primeiro com
projeto e conservação de estradas, depois com projeto e fiscalização de obras civis
(edificações em geral). Mas, após vir para Brasília e ter tentado alguns concursos sem
sucesso – Câmara dos Deputados e Polícia Federal –, confesso que estava meio desiludido
e nem cogitava fazer a prova do TCU. Por insistência de um colega de trabalho, resolvi me
inscrever e estudar. E qual não foi a surpresa quando olhei o resultado e descobri que havia
passado em 1° lugar?!

Portanto, a possibilidade está aí para todos! E já que resolvemos dar a ela uma chance,
temos que facilitar sua transformação em realidade. Para tentar ajudá-los nessa empreitada,
vamos comparar os itens dos editais dos concursos de 2005 e 2007 com os do recém-
publicado edital de 2009, chamados de Auditoria de Obras Rodoviárias:

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Auditoria de Obras Rodoviárias

Item Editais 2005 / 2007 Edital 2009

1 Estudos geotécnicos (análise de relatório Análise de relatório de sondagens.


de sondagens)
2 Projetos de obras rodoviárias: Fundamentos de projetos de obras
terraplanagem, pavimentação, rodoviárias: terraplanagem, pavimentação,
drenagem, meio-ambiente, sinalização e drenagem, meio-ambiente, sinalização,
obras complementares obras de arte especiais, correntes e obras
complementares
3 Projetos de obras de arte especiais e Materiais: características físicas e aplicações
obras de arte correntes
4 Especificações de materiais: Ensaios técnicos. Tipos e finalidades
características físicas
5 Principais ensaios técnicos: de solo, de Análise orçamentária: Sistema de Custos
materiais betuminosos e de agregados Rodoviários do DNIT (SICRO) – metodologia
e conceitos, produtividade e equipamentos
6 Especificações de serviços: Principais impactos ambientais e medidas
terraplanagem (corte, aterros, bota-fora mitigadoras
etc.); pavimentação: reforço do sub-leito,
sub-base, base e revestimento asfáltico;
drenagem e obras de arte especiais;
principais equipamentos utilizados
7 Análise orçamentária: Sistema de Custos Fiscalização: acompanhamento da aplicação
Rodoviários do DNIT (SICRO). de recursos (medições, cálculos de
Metodologia e conceitos, produtividade e reajustamento, mudança de data-base),
equipamentos análise e interpretação de documentação
técnica (editais, contratos, aditivos
contratuais, cadernos de encargos, projetos,
diário de obras)

8 Acompanhamento de obras: apropriação Conservação e manutenção de rodovias,


de serviços conforme normas do DNIT

9 Construção: organização do canteiro de


obras; execução de serviços de
terraplanagem, pavimentação, drenagem
e sinalização
10 Principais impactos ambientais e
medidas mitigadoras
11 Fiscalização: acompanhamento da
aplicação de recurso (medições, cálculos
de reajustamento, mudança de data-
base, emissão de fatura etc.), análise e
interpretação de documentação técnica
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(editais, contratos, aditivos contratuais,
cadernos de encargos, projetos, diário de
obras etc.)

12 Controle de materiais: cimento,


agregados, aditivos, materiais
betuminosos; controle de execução de
obras e serviços

Comparando-os, podemos montar a seguinte tabela de correspondência entre os itens:

Editais 2005 / 2007 Edital 2009

1 1
2e3 2
4 + aplicações dos 3
materiais
5 4, discriminado em:
4.1 Material betuminoso: determinação da penetração, determinação da
viscosidade Saybolt-Furol, determinação do teor de betume para
cimentos asfálticos de petróleo;
4.2 Solos: determinação do teor de umidade, determinação da densidade
real, determinação do limite de liquidez, compactação, determinação do
módulo de resiliência, determinação de expansibilidade, determinação da
massa específica aparente in situ, determinação da massa específica in
situ, análise granulométrica por peneiramento, determinação do limite de
plasticidade, determinação do Índice de Suporte Califórnia, determinação
dos fatores de contração, determinação da umidade;
4.3 Agregado: adesividade a ligante betuminoso, determinação da
abrasão “Los Angeles”, análise granulométrica e determinação do
inchamento de agregado miúdo;
4.4 Solos e agregados: equivalente de areia;
4.5 Misturas betuminosas: percentagem de betume, determinação da
densidade aparente, determinação do módulo de resiliência,
determinação da resistência à tração por compressão diametral, ensaio
Marshall e determinação da ductilidade;
4.6 Pavimento: determinação das deflexões pela Viga Benkelman e pelo
Falling Weight Deflectometer – FWD
7 5
10 6
11 7
Sem 8
correspondência

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Vejam que os itens 6, 8, 9 e 12 dos editais passados não foram abordados de forma direta
na presente ocasião. Digo isso – de forma direta – pois alguns conceitos de especificações e
execução de serviços serão fatalmente cobrados, já que estamos falando de obras
rodoviárias – e consequentemente de sua execução. Além disso, controle de materiais está
intimamente ligado à execução de alguns ensaios. E em relação a estes últimos, a
discriminação levada a cabo no item 4 foi extremamente positiva, pois sabemos agora quais
ensaios estudar.

Especificamente sobre os itens cobrados, normalmente são vistos como matérias do curso
de graduação, em algumas escolas de engenharia civil, os de números 1 a 4, e 6. Os
demais normalmente são explorados apenas pelos que trabalham na área. O que significa
que certamente apenas uma minoria detém conhecimento sobre todos os pontos cobrados
no edital afetos a rodovias.

Passando agora a falar sobre o curso, e baseando-me nos quadros acima, pretendo dividi-lo
em tópicos da seguinte maneira:

Tópico 1 – Estudos preliminares, projetos básico e executivo, elementos de projeto


geométrico;

Tópico 2 – Análise de relatório de sondagem e fundamentos de projetos;

Tópico 3 – Materiais e ensaios técnicos;

Tópico 4 – Análise orçamentária (SICRO) (com alguns conceitos de execução);

Tópico 5 – Conservação e manutenção;

Tópico 6 – Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras;

Tópico 7 - Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recurso (medições, cálculos de


reajustamento, mudança de data-base, emissão de fatura etc.), análise e interpretação de
documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos,
projetos, diário de obras etc.)

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Como podem perceber, fiz alguns ajustes em relação ao programa apresentado no edital
buscando facilitar o aprendizado, seguindo um encadeamento que me parece ser mais
lógico. Faço apenas a ressalva de que o tópico 4, tratando sobre o sistema de custos
utilizado pelo DNIT na orçamentação de obras, poderia ser considerado como melhor
abordado junto ao tópico 1 (projeto), já que o ato de orçar “algo” deve ser executado antes de
realizá-lo. Entretanto, envolve uma série de nuances da execução, parecendo-me mais
didático falar sobre o assunto mais para frente.

Bem, comecemos então...

1 – INTRODUÇÃO
Não há como falar em rodovias no Brasil sem mencionar o Departamento Nacional de Infra-
Estrutura de Transportes – DNIT. É o órgão executor da política de transportes determinada
pelo Governo Federal, sendo uma Autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes.
Desempenha as funções relativas à construção, manutenção e operação de infra-estrutura
dos segmentos do Sistema Federal de Viação (SFV) sob administração direta da União nos
modais rodoviário, ferroviário e aquaviário, conforme Decreto nº 4.129 de 13/02/2002. No
presente curso abordaremos tópicos relativos ao modal rodoviário.

O SFV abrange a malha arterial básica, sendo formado por eixos e terminais relevantes do
ponto de vista da demanda de transporte, da integração nacional e das conexões
internacionais do Sistema Nacional de Viação (SNV). No nosso estudo estaremos
interessados no Sistema Rodoviário Federal, integrante do SFV, compreendendo as
principais rodovias brasileiras e que estão sob cuidado federal, por intermédio do DNIT. Em
2008 atingia aproximadamente 62.000 km de rodovias pavimentadas, 13.500 km de rodovias
não-pavimentadas e 43.000 km de planejadas.

O conjunto de princípios e normas fundamentais aplicáveis ao SNV é chamado de Plano


Nacional de Viação - PNV. Ele foi aprovado pela Lei nº 5.917 de 10/09/1973. É quem define
a nomenclatura das rodovias brasileiras, classificadas da seguinte forma:

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Rodovias Radias Rodovias Longitudinais

Nomenclatura: BR-0XX Nomenclatura: BR-1XX


Algarismos Restantes: Algarismos Restantes:
de 05 a 95, segundo a razão numérica 05 e no de 00, no extremo leste , a 50, em BSB, e de 50 a 99,
sentido horário. no extremo oeste.

Rodovias Transversais Rodovias Diagonais

Nomenclatura: BR-2XX Nomenclatura: BR-3XX


Algarismos Restantes: Algarismos Restantes:
de 00, no extremo norte, a 50, em BSB, e de 50 a 99 Diagonais orientadas na direção geral NO-SE:
no extremo sul. segundo números pares, de 00, no extremo Nordeste,
a 50, em BSB, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste.
Diagonais orientadas na direção geral NE-SO:
segundo números ímpares, de 01, no extremo
Noroeste, a 51, em BSB, e de 51 a 99, no extremo

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Sudeste.

Há ainda as Rodovias de Ligação, apresentando-se em qualquer direção, geralmente


ligando rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos
importantes ou ainda a nossas fronteiras internacionais. Obedecem à nomenclatura BR-4XX,
com os restantes variando entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte de BSB, e entre 50 e
99, se estiver ao sul.

Após essa pequena introdução tratando de generalidades sobre estradas, focando


gerenciamento e nomes, passemos a falar dos assuntos relacionados especificamente à sua
constituição física. E como primeiro aspecto, não há como fugir do projeto, entendido o termo
de forma geral e simplista como um conjunto de ações destinadas a produzir informações
capazes de possibilitar a construção de uma rodovia.

2 – Estudos e Projetos
No âmbito federal a elaboração de projetos rodoviários é orientada por Diretrizes Básicas
alinhadas com os ditames da Lei nº 8.666/93, com vistas a processos licitatórios para a
execução de obras e para a prestação de serviços. Então, vale lembrarmos de algumas
definições tratadas na Lei de Licitações (mencionada acima), como também algumas
disposições nela estipuladas e elaborações adicionais.

Sucintamente, convém lembrarmos que anteriormente a terminologia focalizava três etapas


básicas anteriores à execução propriamente dita da obra: os estudos preliminares, o ante-
projeto e o projeto, constituindo esse conjunto o chamado Projeto de Engenharia. A Lei das
Licitações não menciona explicitamente essas fases, limitando-se a definir Projeto Básico e
Projeto Executivo. A diferença entre um e outro é de grau: o Projeto Básico é “o conjunto de
elementos necessários e suficientes... para caracterizar a obra ou serviço...” (Art. 6º, Inc
IX); o Projeto Executivo é “o conjunto de elementos necessários e suficientes à
execução completa da obra...” (Art. 6º, Inciso X).

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Já o Art. 7º leciona que: “as licitações para a execução de obras e para a prestação de
serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:

I - projeto básico; II - projeto executivo; III - execução das obras e serviços.

§ 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação,


pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do
projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das
obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.

§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos
interessados em participar do processo licitatório.”

Um comentário pertinente é que, de acordo com a seqüência lógica apresentada, o Projeto


Básico seria a exigência mínima para a realização da licitação da obra, mas nunca para sua
execução. Embora se admita o desenvolvimento do Projeto Executivo concomitantemente à
execução das obras e serviços, é altamente desejável que o Projeto Executivo já esteja
disponível a tempo da licitação, assegurando assim uma maior proximidade entre os termos
de referência e a realidade da obra. Podemos dizer que termos de referência são
documentos expositivos, esquemáticos, marcados pela objetividade e estruturados a partir
dos elementos essenciais do projeto. Ao elaborar um termo de referência é fundamental que
busquemos explicitar as idéias contidas no projeto, tais como O que fazer? Por que fazer?
Como fazer? Onde fazer? E com quanto fazer?

Lógico é então que quanto mais elementos definidos tivermos do projeto, mais aderidos à
obra tenderão a ser os termos de referência elaborados. E como o Projeto Executivo tende a
ser produto com maior nível de detalhamento, é desejável que já esteja disponível por
ocasião do processo licitatório.

O DNIT então, sendo fiel à tradição e alinhando-se com a Lei, divide a fase de projeto em 3
etapas, a saber:

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1. Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica-Ambiental de Rodovias (EVTE) – conjunto de
estudos desenvolvidos para avaliação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes
dos investimentos em implantação de novas rodovias ou melhoramentos de rodovias já
existentes. A avaliação apura se os benefícios estimados superam os custos com os
projetos e execução das obras previstas. É desenvolvido nas fases Preliminar e
Definitiva;

2. Projeto Básico de Engenharia (PB) – conjunto de elementos necessários e suficientes


com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviços, de implantação
e/ou pavimentação de segmentos rodoviários, elaborado com base nas indicações de
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do
custo da obra e a definição dos métodos e prazos de execução para fins de licitação;

3. Projeto Executivo de Engenharia (PE) – conjunto de elementos necessários e suficientes


para execução completa da obra, de acordo com as Normas Técnicas do DNER e DNIT.

EVTE

PE
PB

O diagrama acima mostra de modo simplificado a relação entre as três fases, com o EVTE
servindo de subsídio para a elaboração do PB, sendo este expandido e detalhado para se
tornar o PE.

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Detendo-nos agora nas três fases, cabe citar e definir brevemente seus elementos
constituintes:

1. EVTE

Os Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica–Ambiental de Rodovias deverão demonstrar


se a alternativa escolhida, sob o enfoque de traçado e características técnicas e
operacionais, oferece maior benefício que outras, em termos de custo total de transporte.

O custo total de transporte (R$/km) é a soma dos custos de construção e de manutenção dos
pavimentos, custos operacionais dos veículos, custo do tempo de viagem, custo associado à
infra-estrutura operacional e custo relativo a acidentes que vêm ocorrendo na via.

Será imprescindível a realização de estudos relativos ao impacto da rodovia sobre o meio


ambiente e a fixação de cronograma expedito para a execução das obras, de acordo com a
disponibilidade dos recursos financeiros.

Para fins de elaboração do estudo de viabilidade de implantação de rodovia, ou de


melhoramentos em rodovia existente, haverá necessidade de estimar tráfego - atual e futuro,
nas condições “sem e com” a execução do empreendimento, estabelecer as características
técnicas e operacionais, e fixar as possíveis diretrizes do eixo.

Diretriz – Posição do eixo da rodovia em planta.

Planta – Projeção horizontal de um levantamento topográfico, de um projeto, de um croqui,


de um imóvel ou de uma benfeitoria.

Os EVTE serão desenvolvidos em duas fases, compreendendo:

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Fase Preliminar Fase Definitiva

Estudos Ambientais – devem caracterizar a situação Definição e Cálculo dos Custos – deverão ser
ambiental da área de influência do empreendimento considerados os seguintes custos:
nos aspectos físicos, bióticos, antrópicos, objetivando a) custo de construção;
um conhecimento da região antes da implantação do b) custo de conservação;
empreendimento, servindo de referência para c) custo de manutenção;
avaliação dos impactos ambientais advindos das d) custo de infra-estrutura operacional da rodovia;
obras, da operação da rodovia, e dos passivos e) custo de operação de veículos;
ambientais. f) custo de tempo de viagem.

Estudos de Tráfego – deverão incluir as seguintes Definição e Cálculo dos Benefícios – com base
atividades: nas potencialidades de cada alternativa estudada,
a) estabelecimento das zonas de tráfego; e na metodologia adotada nas projeções de
b) coleta de dados de tráfego; tráfego, poderão ser definidos e calculados os
c) pesquisas complementares, tais como de benefícios que resultarão da realização dos
contagens volumétricas e de origem/destino; investimentos na rodovia. Os benefícios se
d) determinação do tráfego atual e futuro; classificam em:
e) avaliação preliminar da capacidade de escoamento a) diretos, resultantes de investimentos que
e dos níveis de serviço dos diversos trechos impliquem em minimização dos custos de
rodoviários, considerando a situação atual e a transporte, considerando a redução dos custos
introdução de melhoramentos na infra-estrutura operacionais dos veículos, e ainda do tempo de
existente. viagem, custos de manutenção e número de
acidentes;
b) indiretos, decorrentes do desenvolvimento social
Estudos de Traçado – deverão ser identificados as
e econômico da região em face dos investimentos
possíveis alternativas de traçado a serem
rodoviários realizados.
consideradas no estudo. Para tanto, poderão ser
utilizados levantamentos, informações e outros dados
Comparação entre Benefícios e Custos – Para
disponíveis a respeito da região considerada, tais
fins de avaliação da viabilidade dos
como: mapas, cartas geográficas, imagens áreas ou
empreendimentos em estudo, deverá ser
de satélites, restituições aerofotogramétricas, estudos
elaborada, para cada alternativa considerada, uma
geológicos e geotécnicos, dados das contagens
análise comparativa entre os custos envolvidos na
volumétricas, obtidas nos estudos de tráfego já
realização dos empreendimentos e os benefícios
realizados na área de interesse dos estudos de
que deles se esperam.
viabilidade, e os custos estimados de construção e
Deverão ser computados os valores anuais de
manutenção.
benefícios e de custos, a cada ano ao longo do
período compreendido desde o início da realização
Estudos sócio-econômicos – deverão incluir as dos investimentos até o final da vida útil
seguintes atividades: considerada, montando-se o fluxo de caixa de
a) definição do zoneamento de tráfego a ser adotado custos e benefícios do empreendimento.
nos estudos; A partir desse fluxo de caixa, deverão ser
b) análise da situação existente, incluindo clima, calculados os seguintes Indicadores de
solos, população, frota de veículos, Rentabilidade Econômica:
atividades econômicas, produção local, produtividade a) Relação Benefício/Custo (B/C): dada pelo
e mercados; quociente entre o valor atual dos benefícios e o
c) análise preliminar do potencial econômico da região valor atual dos custos. B/C deve ser ≥ 1;
e das alternativas dos traçados e
b) Valor Atual (VA): dado pela diferença entre o
características funcionais para a rodovia;
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d) definição dos parâmetros a utilizar nas projeções valor atual dos benefícios e o valor atual dos
de tráfego; custos. VA deve ser ≥ 0;
e) definição das hipóteses a adotar na quantificação
c) Taxa Interna de Retorno (TIR); dada pela taxa
dos benefícios.
efetiva anual de juros que, considerada no fluxo de
caixa, torna a Relação B/C unitária ou anula o VA.
TIR deve ser ≥ 12%
2. PROJETO BÁSICO (PB)

Denomina-se Projeto Básico de Engenharia o conjunto de elementos necessários e


suficientes com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra, ou serviços, de
implantação e/ou pavimentação de segmentos rodoviários, elaborado com base nas
indicações de estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o
adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação
do custo da obra e a definição dos métodos e prazos de execução para fins de licitação.

E a Lei de Licitações estabelece que esse projeto deverá conter os seguintes elementos (Art.
6º, Inc IX):

"a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e


identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar


a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto
executivo e de realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar


à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o
empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações


provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para
a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua


programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso;
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f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços
e fornecimentos propriamente avaliados."

Os PB serão desenvolvidos também em duas fases, compreendendo:

Fase Preliminar Fase de Projeto Básico

Nesta fase serão complementadas as informações Nesta fase, complementando os estudos já


colhidas durante os estudos desenvolvidos na fase elaborados, serão aprofundadas as informações
dos EVTE, sendo feitos ainda obtidas para a solução escolhida.

Estudos Geológicos – deverão ser desenvolvidas as Estudos de Tráfego – terão como produto
seguintes atividades: principal a obtenção do número N, para
a) Coleta e pesquisa de dados; dimensionamento de pavimentos flexíveis e semi-
rígidos, e determinação do número de repetições
b) Interpretação de fotografias aéreas;
por tipo de eixo, por intervalo de carga, para o
c) Investigações de campo dimensionamento de pavimentos rígidos.

Estudos Hidrológicos – consistem basicamente na Estudos Geológicos – terão como produto


coleta de dados hidrológicos (clima, pluviometria, principal o estabelecimento de um plano de
fluviometria e geomorfologia) da região. sondagem e o mapeamento geológico da região.

Estudos Topográficos – objetivam a obtenção de Estudos Hidrológicos – terão como produto


modelos topográficos digitais do terreno, obtidos por principal o dimensionamento das soluções
processo aerofotogramétrico, ou por processo propostas utilizando métodos e fórmulas
convencional, necessários para a identificação das consagradas.
alternativas de traçado, com precisão compatível com
a escala de 1:5.000. Estudos Topográficos – nesta fase, objetivam a
elaboração de um modelo topográfico digital do
terreno que permita a definição da geometria do
traçado selecionado, e forneça os elementos
topográficos necessários a elaboração dos estudos
e projetos que compõe o PB. Esses levantamentos
devem ser realizados com precisão compatível com
a escala 1:2.000. Terão como produtos principais :
a) Implantação e nivelamento da rede de referência
de nível (RRN);
b) Levantamento planialtimétrico cadastral do
terreno;
c) Locação de pontos do eixo do traçado
selecionado que permita sua perfeita identificação
no campo;
d) Levantamento planialtimétrico cadastral dos
locais de jazidas, interseções, dispositivos de
drenagem, obras-de-arte especiais etc.

Estudos Geotécnicos – referenciados aos


estudos geológicos, nesta fase compreenderão:
a) Estudo do subleito;
b) Estudo de empréstimo para terraplenagem;
c) Estudos de ocorrências de materiais para
pavimentação;
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d) Estudos de fundação de aterros;
e) Estudos de estabilidade de taludes.

Bem, vale a pena neste momento apresentar algumas definições de termos surgidos no
quadro acima e de importância no tema que estamos estudando:

Aerofotogrametria – conjunto de operações destinadas à elaboração do levantamento


topográfico de uma região, com o emprego de fotografias aéreas.

Número N – número de passagens do eixo padrão (carga de 8,2 toneladas) durante o


período de projeto escolhido. A passagem de um eixo com carga diferente é considerada
pelo uso de um fator multiplicador afetando o eixo padrão. Ex: a passagem de um eixo
simples de 12 ton equivale à passagem de 10 eixos padrão.

Pavimento flexível – pavimento formado por uma camada de rolamento (também conhecida
como revestimento, por onde passa o tráfego) asfáltica sobre uma camada de base,
constituída por uma ou mais camadas. É considerado flexível pois a camada de rolamento
pode adaptar-se à deformação da base, quando solicitada.

Pavimento rígido – pavimento cujo revestimento é constituído de concreto de cimento. É


considerado rígido pois a camada de rolamento é uma laje de concreto, não se deformando
juntamente com a base.

Pavimento semi-rígido – tem deformabilidade > rígido e < flexível, sendo constituído de base

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semi-flexível e de camada superficial flexível.

Sondagem – processo de investigação do subsolo.

Referência de nível (RN) – ponto de posição bem definida, altitude conhecida e inalterável
com o tempo, que serve de base para determinação das altitudes de outros pontos.

Levantamento planialtimétrico - conjunto de operações de medida de distâncias, ângulos,


alturas e altitudes, necessárias à preparação de uma planta topográfica com vistas à sua
representação gráfica.

Locação – determinação exata de um ponto ou um detalhe em uma carta ou em uma


fotografia. Pode ser também a colocação de dados de um levantamento em um mapa.

Jazida – depósito natural suscetível de fornecer material para a construção da estrada.

Interseção – área em que duas ou mais vias se cruzam, e onde se localizam todos os
dispositivos que permitem os diversos movimentos de circulação ordenada dos veículos.

Obra-de-arte especial (OAE) – estrutura, tal como ponte, viaduto ou túnel que, pelas suas
proporções e características peculiares, requer um projeto específico.

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Subleito – maciço teoricamente infinito que serve de fundação (apoio) para um pavimento. É
a superfície que serve de suporte para o pavimento (camadas de base e de revestimento).

Empréstimo – volume de material que se escava para suprir a deficiência ou insuficiência do


destinado ao aterro.

Talude – superfície inclinada que limita lateralmente os cortes e os aterros.

Aterro – Maciço artificial de solo formado em conformidade com projeto, em geral construído
em baixios.

Corte – Escavação a céu aberto feita em uma faixa de terreno para rebaixá-lo e dar,
eventualmente, passagem a uma rodovia.

Podemos dizer que, ainda nessa Fase de Projeto Básico, são apresentados os primeiros
produtos intitulados como projetos, a saber:

• Projeto Geométrico Básico – constituindo-se de projeto planialtimétrico nas escalas


de 1:2.000 (H) e 1:200(V) e desenho de seções transversais típicas das plataformas;

• Projeto Básico de Terraplenagem – serão avaliadas as alternativas que se


apresentem quanto à movimentação dos volumes de terraplenagem de modo a
ajustar, entre outras, as necessidades de empréstimos e bota-foras com
disponibilidade de áreas para tal, levando ainda em conta os planos de urbanização e
paisagismo existentes ou planejados, além da proteção ao meio ambiente. É

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apresentado ainda um quadro com o resumo dos volumes de corte, por categoria, e
volumes de aterro a compactar;

• Projeto Básico de Drenagem – com base no levantamento dos dispositivos de


drenagem, conforme estudos realizados na fase anterior, que possibilitaram a
obtenção do dimensionamento e quantificação preliminar das soluções propostas,
serão definidas as soluções a serem adotadas;

• Projeto Básico de Pavimentação – definição da concepção do pavimento, a partir


do dimensionamento preliminar e soluções estruturais, que deverão ser objeto de
análise técnico-econômica, e da estimativa de quantitativos de serviços;

• Projeto Básico de Obras-de-arte Especiais – serão feitos: estudo de alternativas


para a travessia, no que respeita ao local de implantação da obra; estudo das
soluções estruturais exeqüíveis, em decorrência do exame do local de implantação,
com definição, para cada solução proposta, do comprimento total da obra, número de
vãos, características geométricas principais, extensão dos aterros de acesso e
fundações; e pré-dimensionamento das alternativas selecionadas, com estimativas de
quantidades e custos e total justificativa para cada solução;

• Projeto Básico de Interseções, Retornos e Acessos – compreende: justificativas


das soluções adotadas em face ao tráfego a atender; representação gráfica
planialtimétrica, com dimensionamento e tratamento de todos os elementos
geométricos do projeto (a serem definidos em ocasião posterior no presente curso),
tais como, pistas, acostamentos, faixas de mudança de velocidade, faixa de domínio,
superelevações, canteiros e ilhas; seções transversais típicas, nos pontos notáveis; e
estimativa de quantidades de serviços e custos;

• Projeto Básico de Sinalização – elaborado com os dados obtidos na elaboração do


cadastro da rodovia, onde foram assinaladas asdeficiências da sinalização viária do
trecho;

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• Projeto Básico de Obras Complementares – será elaborado prevendo a construção
de defensas, barreiras, cercas de delimitação e eventuais obras de contenção;

• Projeto Básico de Desapropriação – restringir-se-á a uma avaliação das áreas a


serem desapropriadas, e a uma estimativa de seus custos. Deverá se basear no
Projeto Geométrico elaborado nesta fase;

• Projeto Básico de Paisagismo – compreende a identificação das áreas a serem


submetidas a tratamento paisagístico e a seleção das espécies vegetais a serem
propostas para este tratamento;

• Projeto Básico do Canteiro de Obras e Acampamento do Pessoal – deverá ser


desenhada uma planta com a situação das instalações industriais e operacionais do
canteiro das obras, bem como do acampamento do pessoal.

Cabe observar, nesta oportunidade, que a elaboração correta do projeto básico é de extrema
importância para o sucesso do empreendimento, quer do ponto de vista técnico, quanto do
ponto de vista econômico-financeiro. Nessa linha, diversos julgados recentes do TCU têm
referendado esse entendimento, a saber:

Acórdão 353/2007-P – “Erros no projeto que serviu de base à licitação e que se revelou
incompleto, defeituoso ou obsoleto devem acarretar a nulidade do
contrato, conseqüente realização de nova licitação e a
responsabilização do gestor que realizou a licitação original com
projeto inepto.”

Acórdão 2162/2008-P – “A elaboração do Projeto Executivo ao longo da execução da obra,


com a desnaturação do objeto efetivamente licitado e contratado,
com implicações diretas no custo do empreendimento, e sem as
necessárias justificativas e termos aditivos correspondentes é
inadmissível sob o ponto de vista lógico-jurídico, uma vez a Lei de
Licitações é taxativa no sentido de que o Projeto Básico, no qual se
funda a licitação, deve conter elementos que permitam a precisa

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definição do objeto licitado. Nesta linha, presta-se o Projeto
Executivo, ainda que não contemporâneo ao procedimento licitatório,
a detalhar o Projeto Básico, de molde a viabilizar a execução da
obra.”

Acórdão 2439/2008-P – “Deficiências no projeto básico dão margem à prática do ‘jogo de


planilhas’, em que as licitantes, sabedoras dos problemas no projeto
básico, supervalorizam os itens cujos quantitativos estão
subestimados e subvalorizam aqueles cujas quantidades estão
superestimadas, com a certeza de que em momento posterior serão
celebrados aditivos para corrigir esses problemas, que modificarão o
equilíbrio econômico do contrato, em benefício da contratada e em
desfavor do erário. Um primeiro reflexo imediato dessa fragilidade do
projeto é que, posteriormente à contratação, necessariamente
ocorrem profundas alterações no projeto, que muitas vezes
desconfiguram o objeto.”

Além dessa documentação, serão ainda apresentados:

• Componente Ambiental do Projeto – o Componente Ambiental do Projeto, nesta


Fase de Projeto Básico, deverá ser desenvolvido segundo as atividades: a)
Elaboração do Diagnóstico Definitivo Ambiental; b) Levantamentos de Passivos
Ambientais; c) Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais; d) Estabelecimento
do Prognóstico Ambiental; e) Medidas de Proteção Ambiental;

• Orçamento Básico da Obra – ao final dos estudos desenvolvidos nesta fase serão
definidos os custos dos trabalhos para construção da rodovia. No caso do DNIT, serão
seguidas a metodologia preconizada na IS-220 - Orçamento da Obra - Fase de
Projeto Básico e as recomendações do Sistema de Custos Rodoviários SICRO 2;

• Plano Básico de Execução da Obra – resume-se a uma apresentação, a nível


básico, da seqüência racional do conjunto de atividades que deverá ter a execução do

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projeto, indicando os problemas de natureza climática, administrativa, operacional, e
de segurança; além do provável período de execução das obras.

3. PROJETO EXECUTIVO (PE)

Denomina-se Projeto Executivo de Engenharia o conjunto de elementos necessários e


suficientes para execução completa da obra. Deve ser desenvolvido consecutivamente aos
respectivos EVTE e ao respectivo PB, permitindo caracterizar a obra completamente do
ponto de vista da execução, e contendo todos os elementos das fases anteriores, acrescidos
do nível de detalhamento próprio ao Projeto Executivo, de tal forma a fornecer uma visão
global da obra, e identificar todos os seus elementos construtivos com clareza. Serão
fornecidos plantas, desenhos e notas de serviço que forneçam os seguintes elementos:

• informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,


instalações provisórias e condições organizacionais para a obra;

• subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra;

• orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de


serviços, fornecimentos dos materiais e transportes propriamente avaliados;

• informações para a instrução dos processos desapropriatórios.

Em resumo, o PE pode ser considerado como um detalhamento do PB, possibilitando


a execução da obra.

Algumas observações relativas a componentes deste projeto:

O Projeto Geométrico Planialtimétrico deverá ser elaborado nas escalas de


1:2.000(Horizontal) e 1:200(Vertical), e as seções transversais do terreno devem ser
desenhadas nas escalas 1:200 ou 1:100.

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A materialização no campo do eixo do traçado selecionado na Fase de Projeto Básico,
desenvolvido no projeto citado no parágrafo anterior, deverá se dar, resumidamente, da
seguinte forma:

a) O eixo de projeto será locado por coordenadas, de 20 em 20 metros e em todos os


seus pontos notáveis, tais como início e final de curvas, cruzamento com rodovias, ferrovias,
divisas de propriedades, etc, observando-se:

– Em todos os pontos locados, será cravado um piquete de madeira de boa qualidade


e junto aos piquetes, para identificação dos pontos, serão cravadas estacas testemunhas,
onde será anotada a identificação do ponto locado;

– Os pontos também serão identificados, sempre que possível, com tinta indelével em
postes, moirões de cercas, muros, pavimento existente, etc;

b) Todos os pontos locados serão nivelados trigonometricamente;

c) Serão levantadas seções transversais em segmentos pré-determinados, quando


necessário, para detalhamento de projetos específicos ou melhor precisão de dados de
campo;

d) Serão levantadas ocorrências de materiais;

e) Serão realizados Levantamentos específicos de:

– Áreas para postos de polícia, balança e pedágio;

– Locais para interseção e acessos; postos de serviços e parqueamento;

– Cursos d´água, etc.

f) Será feito levantamento cadastral da faixa de domínio, identificando a existência de


benfeitorias ou outros elementos que possam influir na locação da estrada.

O Componente Ambiental do Projeto nesta Fase de Projeto Executivo consiste no


detalhamento e orçamentação das medidas de proteção ambiental, quer corretivas, quer
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preventivas, indicadas na Fase de Projeto Básico, objetivando a reabilitação/recuperação do
passivo ambiental e a execução das obras de forma ambientalmente corretas.

As atividades de detalhamento devem atentar para as informações ou exigências dos órgãos


ambientais e outros estudos ambientais elaborados para o empreendimento. Destaca-se que
para as interferências com os mananciais destinados ao consumo humano, devem ser
projetados dispositivos de proteção, a fim de evitar ou mitigar os impactos decorrentes de
possíveis sinistros com o transporte rodoviário de produtos perigosos.

3 – Elementos de Projetos
Cabe falarmos agora de alguns elementos e conceitos do projeto geométrico que fazem
parte do dia-a-dia das obras rodoviárias e que deverão ser conhecidos, pois poderão
aparecer citados em questões da futura prova do concurso.

Estacas – pontos situados sobre o eixo da rodovia que servem para defini-lo. Classificadas
em Inteiras, localizadas de 20 em 20 m, a partir da origem do estaqueamento, numeradas
sequencialmente desde a origem (estaca 0), e Intermediárias (ou Fracionárias), localizadas
entre duas inteiras, designadas pelo número da estaca de menor valor, seguido da distância
a essa estaca precedida do sinal +.

Piquetes – peças de madeira de boa qualidade, cravadas no terreno nos pontos


correspondentes às estacas.

Testemunhas – peças de madeira de boa qualidade cravadas do lado esquerdo dos


piquetes (ou a montante, nas encostas). Possuem junto ao topo um rebaixo no qual é
gravado ou pintado o número da estaca correspondente.

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Velocidade Diretriz – velocidade selecionada para fins de projeto da via e que condiciona
certas características da mesma, tais como curvatura, superelevação, distância de
visibilidade e rampas, das quais depende a operação segura e confortável dos veículos.

Faixa de domínio – faixa de terreno que contém a estrada e áreas a ela adjacentes,
destinada ao alargamento da rodovia e a conter as construções e instalações necessárias
aos serviços de fiscalização da rodovia.

1. Elementos da Planta

Tangente – qualquer trecho retilíneo do eixo da estrada.

Ponto de interseção (PI) – ponto de cruzamento dos prolongamentos de duas tangentes


sucessivas.

Deflexão ou ângulo de deflexão (d) – ângulo, com centro no PI, formado pelo prolongamento
de uma tangente com o prolongamento da seguinte, recebendo as denominações “à direita”
ou “à esquerda” de acordo com a orientação da segunda tangente, observado o sentido do
estaqueamento.

Curva circular de concordância – arco de circunferência que concorda duas tangentes


sucessivas. Caracterizada pelo raio R e pelo grau G, definido como o ângulo central de um
segmento cuja corda mede 20 m.

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Curva de transição – ramo de uma curva especial, interposta entre uma das tangentes e a
curva circular, com objetivo principal de evitar o surgimento brusco da força centrífuga, ao
passar o veículo da trajetória retilínea para a circular. Deve apresentar, como característica
principal, uma variação gradativa decrescente do raio de curvatura, desde o ponto de contato
com a tangente (R = infinito) até o ponto de contato com a curva circular. Ao longo da
transição são dadas, gradativamente, a superlargura e a superelevação. No Brasil utiliza-se
como transição a curva conhecida com clotóide ou curva de Euler.

Ponto de curva (PC) – ponto de contato da curva circular com a primeira tangente, nos
casos em que não há necessidade de curva de transição (curvas com raio muito grande,
onde a variação da força centrífuga não causa incômodo ou insegurança).

Ponto de tangente (PT) – ponto de contato da curva circular com a segunda tangente, nos
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casos em que não há necessidade de curva de transição.

Ângulo central (AC) – ângulo formado pelos raios das curva que passam pelo PC e pelo PT.

TS ou TE – ponto de contato do primeiro ramo de transição com a primeira tangente, nos


casos de transição.

SC ou EC – ponto de contato do primeiro ramo de transição com a curva principal, nos casos
de transição.

CS ou CE – ponto de contato do segundo ramo de transição com a curva principal, nos


casos de transição.

ST ou ET – ponto de contato do segundo ramo de transição com a segunda tangente, nos


casos de trnasição.

2. Elementos do perfil

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Perfil longitudinal da locação – representação gráfica do corte vertical segundo o eixo do


projeto, contendo todos os elementos altimétricos e outras indicações necessárias para a
execução da terraplenagem.

Linha do terreno – interseção do terreno natural com a superfície vertical que determina o
perfil.

Linha do greide ou greide – interseção da plataforma com a superfície vertical que determina
o perfil.

Cota do terreno – altura, em cada estaca, da linha do terreno nesse ponto, medida a partir de
um plano de referência (ou de uma RN).

Cota do greide – altura, em cada estaca, da linha do greide nesse ponto, medida a partir do
mesmo plano de referência (ou da mesma RN).

Altura de corte – diferença, em cada estaca, entre as cotas do terreno e do greide, quando
aquela for superior a esta. Indica a profundidade do corte que deve ser realizado em cada
estaca, no eixo da estrada, para atingir a plataforma.

Altura de aterro – diferença, em cada estaca, entre as cotas do terreno e do greide, quando
aquela for inferior a esta. Indica a altura de aterro a ser executado em cada estaca, no eixo

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da estrada, para alcançar a plataforma.

Cota vermelha – denominação usualmente adotada para as alturas de corte e aterro.

Declividade do greide – taxa de acréscimo ou de decréscimo de altura da linha do greide.


Determinada pelo quociente da diferença de cota do greide entre duas estacas pela distância
horizontal entre elas, medida em percentagem.

Rampa ou aclive – trecho de declividade constante no qual as cotas são crescentes, no


sentido do estaqueamento.

Contra-rampa ou declive – trecho de declividade constante no qual as cotas são


decrescentes, obedecido o sentido do estaqueamento.

Ponto de interseção vertical (PIV) – ponto de interseção dos prolongamentos de dois trechos
consecutivos de declividade constante, mas de taxas diferentes.

Curva de concordância vertical – curva que concorda dois trechos de declividade constante
que se cortam em um PIV. Essa concordância tem como finalidades principais: evitar a
passagem brusca de uma declividade para outra, com a decorrente solicitação excessiva dos
elementos de suspensão dos veículo; permitir uma distância de visibilidade necessária à
segurança do tráfego; e proporcionar tratamento estético adequado ao perfil. A curva
utilizada é a parábola do segundo grau.

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Ponto de curva vertical (PCV) – ponto de contato da curva vertical de concordância com o
primeiro trecho de declividade constante.

Ponto de tangente vertical (PTV) – ponto de contato da curva vertical de concordância com o
segundo trecho de declividade constante.

Ponto de passagem (PP) – ponto onde o greide e o terreno têm a mesma cota.

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Cota do terreno
Cota vermelha

Cota do greide

Distância de visibilidade de parada – distância mínima de que necessita o condutor de um


veículo que se move a uma dada velocidade, para fazê-lo parar antes de atingir um
obstáculo.

Distância de visibilidade de ultrapassagem – distância mínima de visibilidade de que deve


dispor o condutor de um veículo para ultrapassar um outro de forma segura e cômoda, sem
interferir com um terceiro que venha em sentido contrário.

3. Elementos da seção transversal

Seção transversal do terreno – interseção do terreno natural com o plano vertical normal ao
eixo da rodovia na estaca considerada.

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Seção transversal de projeto – complementação da seção transversal do terreno quando


nela se representam os elementos de projeto (cota vermelha, plataforma, taludes, etc.).

Seção transversal da rodovia – seção transversal da rodovia depois de concluída.

Plataforma – parte do corpo estradal compreendida entre os pés dos taludes nos cortes e as
cristas dos taludes nos aterros.

Chapa de rodagem ou pista de rolamento – parte da rodovia que recebe tratamento


adequado para permitir o tráfego seguro e confortável dos veículos. Dividida em faixas de
tráfego ou vias de circulação, com a largura necessária para comportar um veículo de
projeto, com folga suficiente de ambos os lados.

Abaulamento – inclinação transversal nas tangentes, de um e outro lado de um ponto central


mais elevado, denominado coroamento, que corresponde ao eixo da rodovia na seção
transversal. Expressa em percentagem pelo quociente entre a diferença de altura entre o
coroamento e o bordo da pista (flecha), e a semilargura da pista.

Superelevação – inclinação transversal imposta à plataforma, ao longo das curvas de


concordância horizontal, para compensar o efeito da força centrífuga. Expressa em
percentagem pela tangente do ângulo da pista com a linha do horizonte, ou pela diferença de
cota entre as duas bordas da pista.

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Superlargura – acréscimo de largura da pista, ao longo das curvas de concordância


horizontal, permitindo o tráfego seguro ao veículo.

Perfis de transição – seções transversais da pista de rolamento, referentes às estacas do


trecho ao longo do qual se faz a passagem gradual do perfil da tangente ao da curva circular
de concordância. Nestes perfis, a superlargura e a superelevação são frações das totais.

Acostamento – faixa construída de cada lado da pista de rolamento, com as finalidades de


protegê-la contra a erosão, servir eventualmente de faixa suplementar de rodagem para os
veículos e permanentemente para o trânsito de pedestres e assegurar o estacionamento de
viaturas sem estrangulamento das faixas normais. Terão para o lado externo da rodovia a
declividade mínima de 5%.

Valeta – pequena vala escavada paralelamente ao eixo da rodovia, destinada a coletar a


água superficial proveniente do corpo estradal ou de terrenos adjacentes e encaminhá-la
para os curso perenes, talvegues ou boca de bueiros. As que são adjacentes aos
acostamentos, nos cortes, denominam-se valetas de corte ou sarjetas. As que são
escavadas além das cristas dos cortes ou dos pés dos aterros denominam-se valetas de
proteção.

Pé de corte – ponto mais baixo do talude do corte na seção considerada.

Crista de corte – interseção do talude de corte com o terreno natural.

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Crista de aterro – ponto mais alto do talude do aterro na seção considerada.

Pé de aterro – interseção do talude de aterro com o terreno natural.

Offset (Off-set) – estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro, devidamente


cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no
mesmo alinhamento das seções transversais.

http://www.topografiageral.com/Curso/capitulo%2005.php

Faixa divisória ou canteiro central – faixa central destinada a separar as duas pistas das
rodovias de classe especial de pistas independentes. Devem impedir completamente a
passagem de veículos de uma para outra pista, e o ofuscamento noturno, para o que são

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plantados arbustos ou colocados obstáculos adequados.

Defensas – dispositivos construídos à margem do acostamento, nos aterros altos ou nos


trechos que ofereçam sério perigo de evasão da pista, destinados a alertar os motoristas
para o risco iminente e oferecer-lhes proteção. Podem ser de madeira, aço, concreto ou
alvenaria.

Gabarito – contorno da seção transversal mínima necessária para o tráfego dos veículos em
condições de segurança. É indispensável no projeto dos túneis, obras-de-arte, passagens
inferiores, estações rodoviárias, garagens, plataformas para carga e descarga de veículos.

Vamos a algumas questões de provas?

(Auditor/ES – 2004) As licitações e os contratos da administração pública são regidos por


legislação que estabelece normas e procedimentos, visando garantir a lisura e igualdade de
condições de competição em tais licitações e contratos. Com relação a esse tema, julgue os
itens a seguir.

89 Entre outros aspectos, nos projetos básicos e nos projetos executivos de obras e serviços
deverão ser considerados requisitos como segurança e adoção das normas técnicas
adequadas. (C)

(Engenheiro – SEMAD/ES – 2008) No projeto de uma rodovia, um aspecto de vital


importância diz respeito às condições de visibilidade, de modo que os motoristas possam

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transitar e efetuar manobras de ultrapassagem em condições aceitáveis de segurança e
conforto. Julgue os itens seguintes, que tratam desse tema.

107 No projeto geométrico de uma estrada, a distância de visibilidade de parada deve


considerar fatores como a velocidade do veículo e a inclinação longitudinal da pista de
rodagem, entre outros fatores. (C)

108 A distância dupla de visibilidade de parada é utilizada no projeto de curvas verticais


convexas de concordância. (C)

(Perito – PF – 2004) Acerca das licitações e dos contratos da administração pública, julgue
os itens a seguir.

115 O projeto básico é um projeto que delineia genericamente o objeto da licitação, sem
entrar em detalhes acerca da obra ou do serviço que ele define. Já o projeto executivo,
elaborado pela administração com base no projeto básico, tem como função definir de
maneira detalhada o objeto da licitação, oferecendo aos licitantes elementos suficientes para
que eles elaborem as suas propostas. (E)

(Perito – PF – 2002) 37 - Julgue os itens subseqüentes, relativos a pavimentação.

4 Sub-leito é a camada corretiva da sub-base, ou complementar à base, que é utilizada


quando, por qualquer circunstância, não é aconselhável construir o pavimento diretamente
sobre a base. (E)

5 Pavimentos rígidos são constituídos de placas de concreto assentes sobre solo de


fundação ou sub-base intermediária. (C)

(Engenheiro Civil – TERRACAP – 2004) A execução de uma obra de engenharia deve ser
planejada de maneira a otimizar recursos e minimizar seu tempo de execução. Para tanto,
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especial atenção deve ser dada ao orçamento e ao cronograma físico-financeiro da obra,
elementos fundamentais para o planejamento. Acerca desses tópicos, julgue os itens a
seguir.

66 Para a montagem do orçamento, deve-se consultar o memorial descritivo da obra. (C)

(Engenheiro Junior – CEF – 2006) Acerca das licitações e contratos administrativos, julgue
os itens seguintes.

139 Nenhuma licitação para obras e serviços pode ser feita sem projeto básico, que, por si
só, é suficiente, dispensando-se a sua aprovação. (E)

Bem pessoal, acho que podemos ficar por aqui nesse primeiro contato. Deixo ainda alguma
bibliografia referente aos temas abordados que pode ser obtida no sítio do DNIT na internet.
Sintam-se à vontade para lá pesquisar, pois há farto material que utilizarei nestas aulas e
que acredito serem fonte também para os elaboradores de concursos.

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos –


http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/manuais/diretrizes basicas instrucoes
servicos.pdf
Glossário de Termos Técnicos Rodoviários –
http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/manuais/DNER-700-GTTR.pdf

Manual de Implantação Básica –


http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/manuais/Manual%20de%20Implanta%E
7%E3o%20B%E1sica.pdf

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Até breve!!

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