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Olá Pessoal!
Sou o Luiz Fernando e espero poder colaborar com os estudos que vocês desenvolvem com
o objetivo de aprovação no concurso para Analista de Controle Externo do TCU em 2009. Sei
que a informação de que não serão abertas vagas focadas para a área de auditoria
governamental, com 90 vagas para auditoria de obras públicas, frustrou os não engenheiros
que já vinham se preparando. Entretanto, como bem colocado pelo Vicente Paulo na notícia
Ponto 393, o grande número de vagas dá margem a grandes possibilidades de que seja
aprovado número significativo de não-engenheiros. Então, por que não correr o risco de ser
aprovado?
E foi exatamente com esse espírito que me inscrevi no concurso de 2005 do TCU, que
apesar de classificado para a área de controle externo, foi focado na área de obras. É claro
que no meu caso havia o facilitador de ser engenheiro de fortificação e construção (o
engenheiro civil formado pelo IME), com mestrado em estruturas pela COPPE/UFRJ. Além
disso, desde a graduação trabalhei no Exército Brasileiro com engenharia, primeiro com
projeto e conservação de estradas, depois com projeto e fiscalização de obras civis
(edificações em geral). Mas, após vir para Brasília e ter tentado alguns concursos sem
sucesso – Câmara dos Deputados e Polícia Federal –, confesso que estava meio desiludido
e nem cogitava fazer a prova do TCU. Por insistência de um colega de trabalho, resolvi me
inscrever e estudar. E qual não foi a surpresa quando olhei o resultado e descobri que havia
passado em 1° lugar?!
Portanto, a possibilidade está aí para todos! E já que resolvemos dar a ela uma chance,
temos que facilitar sua transformação em realidade. Para tentar ajudá-los nessa empreitada,
vamos comparar os itens dos editais dos concursos de 2005 e 2007 com os do recém-
publicado edital de 2009, chamados de Auditoria de Obras Rodoviárias:
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Auditoria de Obras Rodoviárias
1 1
2e3 2
4 + aplicações dos 3
materiais
5 4, discriminado em:
4.1 Material betuminoso: determinação da penetração, determinação da
viscosidade Saybolt-Furol, determinação do teor de betume para
cimentos asfálticos de petróleo;
4.2 Solos: determinação do teor de umidade, determinação da densidade
real, determinação do limite de liquidez, compactação, determinação do
módulo de resiliência, determinação de expansibilidade, determinação da
massa específica aparente in situ, determinação da massa específica in
situ, análise granulométrica por peneiramento, determinação do limite de
plasticidade, determinação do Índice de Suporte Califórnia, determinação
dos fatores de contração, determinação da umidade;
4.3 Agregado: adesividade a ligante betuminoso, determinação da
abrasão “Los Angeles”, análise granulométrica e determinação do
inchamento de agregado miúdo;
4.4 Solos e agregados: equivalente de areia;
4.5 Misturas betuminosas: percentagem de betume, determinação da
densidade aparente, determinação do módulo de resiliência,
determinação da resistência à tração por compressão diametral, ensaio
Marshall e determinação da ductilidade;
4.6 Pavimento: determinação das deflexões pela Viga Benkelman e pelo
Falling Weight Deflectometer – FWD
7 5
10 6
11 7
Sem 8
correspondência
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Vejam que os itens 6, 8, 9 e 12 dos editais passados não foram abordados de forma direta
na presente ocasião. Digo isso – de forma direta – pois alguns conceitos de especificações e
execução de serviços serão fatalmente cobrados, já que estamos falando de obras
rodoviárias – e consequentemente de sua execução. Além disso, controle de materiais está
intimamente ligado à execução de alguns ensaios. E em relação a estes últimos, a
discriminação levada a cabo no item 4 foi extremamente positiva, pois sabemos agora quais
ensaios estudar.
Especificamente sobre os itens cobrados, normalmente são vistos como matérias do curso
de graduação, em algumas escolas de engenharia civil, os de números 1 a 4, e 6. Os
demais normalmente são explorados apenas pelos que trabalham na área. O que significa
que certamente apenas uma minoria detém conhecimento sobre todos os pontos cobrados
no edital afetos a rodovias.
Passando agora a falar sobre o curso, e baseando-me nos quadros acima, pretendo dividi-lo
em tópicos da seguinte maneira:
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Como podem perceber, fiz alguns ajustes em relação ao programa apresentado no edital
buscando facilitar o aprendizado, seguindo um encadeamento que me parece ser mais
lógico. Faço apenas a ressalva de que o tópico 4, tratando sobre o sistema de custos
utilizado pelo DNIT na orçamentação de obras, poderia ser considerado como melhor
abordado junto ao tópico 1 (projeto), já que o ato de orçar “algo” deve ser executado antes de
realizá-lo. Entretanto, envolve uma série de nuances da execução, parecendo-me mais
didático falar sobre o assunto mais para frente.
1 – INTRODUÇÃO
Não há como falar em rodovias no Brasil sem mencionar o Departamento Nacional de Infra-
Estrutura de Transportes – DNIT. É o órgão executor da política de transportes determinada
pelo Governo Federal, sendo uma Autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes.
Desempenha as funções relativas à construção, manutenção e operação de infra-estrutura
dos segmentos do Sistema Federal de Viação (SFV) sob administração direta da União nos
modais rodoviário, ferroviário e aquaviário, conforme Decreto nº 4.129 de 13/02/2002. No
presente curso abordaremos tópicos relativos ao modal rodoviário.
O SFV abrange a malha arterial básica, sendo formado por eixos e terminais relevantes do
ponto de vista da demanda de transporte, da integração nacional e das conexões
internacionais do Sistema Nacional de Viação (SNV). No nosso estudo estaremos
interessados no Sistema Rodoviário Federal, integrante do SFV, compreendendo as
principais rodovias brasileiras e que estão sob cuidado federal, por intermédio do DNIT. Em
2008 atingia aproximadamente 62.000 km de rodovias pavimentadas, 13.500 km de rodovias
não-pavimentadas e 43.000 km de planejadas.
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Sudeste.
2 – Estudos e Projetos
No âmbito federal a elaboração de projetos rodoviários é orientada por Diretrizes Básicas
alinhadas com os ditames da Lei nº 8.666/93, com vistas a processos licitatórios para a
execução de obras e para a prestação de serviços. Então, vale lembrarmos de algumas
definições tratadas na Lei de Licitações (mencionada acima), como também algumas
disposições nela estipuladas e elaborações adicionais.
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Já o Art. 7º leciona que: “as licitações para a execução de obras e para a prestação de
serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos
interessados em participar do processo licitatório.”
Lógico é então que quanto mais elementos definidos tivermos do projeto, mais aderidos à
obra tenderão a ser os termos de referência elaborados. E como o Projeto Executivo tende a
ser produto com maior nível de detalhamento, é desejável que já esteja disponível por
ocasião do processo licitatório.
O DNIT então, sendo fiel à tradição e alinhando-se com a Lei, divide a fase de projeto em 3
etapas, a saber:
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1. Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica-Ambiental de Rodovias (EVTE) – conjunto de
estudos desenvolvidos para avaliação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes
dos investimentos em implantação de novas rodovias ou melhoramentos de rodovias já
existentes. A avaliação apura se os benefícios estimados superam os custos com os
projetos e execução das obras previstas. É desenvolvido nas fases Preliminar e
Definitiva;
EVTE
PE
PB
O diagrama acima mostra de modo simplificado a relação entre as três fases, com o EVTE
servindo de subsídio para a elaboração do PB, sendo este expandido e detalhado para se
tornar o PE.
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Detendo-nos agora nas três fases, cabe citar e definir brevemente seus elementos
constituintes:
1. EVTE
O custo total de transporte (R$/km) é a soma dos custos de construção e de manutenção dos
pavimentos, custos operacionais dos veículos, custo do tempo de viagem, custo associado à
infra-estrutura operacional e custo relativo a acidentes que vêm ocorrendo na via.
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Estudos Ambientais – devem caracterizar a situação Definição e Cálculo dos Custos – deverão ser
ambiental da área de influência do empreendimento considerados os seguintes custos:
nos aspectos físicos, bióticos, antrópicos, objetivando a) custo de construção;
um conhecimento da região antes da implantação do b) custo de conservação;
empreendimento, servindo de referência para c) custo de manutenção;
avaliação dos impactos ambientais advindos das d) custo de infra-estrutura operacional da rodovia;
obras, da operação da rodovia, e dos passivos e) custo de operação de veículos;
ambientais. f) custo de tempo de viagem.
Estudos de Tráfego – deverão incluir as seguintes Definição e Cálculo dos Benefícios – com base
atividades: nas potencialidades de cada alternativa estudada,
a) estabelecimento das zonas de tráfego; e na metodologia adotada nas projeções de
b) coleta de dados de tráfego; tráfego, poderão ser definidos e calculados os
c) pesquisas complementares, tais como de benefícios que resultarão da realização dos
contagens volumétricas e de origem/destino; investimentos na rodovia. Os benefícios se
d) determinação do tráfego atual e futuro; classificam em:
e) avaliação preliminar da capacidade de escoamento a) diretos, resultantes de investimentos que
e dos níveis de serviço dos diversos trechos impliquem em minimização dos custos de
rodoviários, considerando a situação atual e a transporte, considerando a redução dos custos
introdução de melhoramentos na infra-estrutura operacionais dos veículos, e ainda do tempo de
existente. viagem, custos de manutenção e número de
acidentes;
b) indiretos, decorrentes do desenvolvimento social
Estudos de Traçado – deverão ser identificados as
e econômico da região em face dos investimentos
possíveis alternativas de traçado a serem
rodoviários realizados.
consideradas no estudo. Para tanto, poderão ser
utilizados levantamentos, informações e outros dados
Comparação entre Benefícios e Custos – Para
disponíveis a respeito da região considerada, tais
fins de avaliação da viabilidade dos
como: mapas, cartas geográficas, imagens áreas ou
empreendimentos em estudo, deverá ser
de satélites, restituições aerofotogramétricas, estudos
elaborada, para cada alternativa considerada, uma
geológicos e geotécnicos, dados das contagens
análise comparativa entre os custos envolvidos na
volumétricas, obtidas nos estudos de tráfego já
realização dos empreendimentos e os benefícios
realizados na área de interesse dos estudos de
que deles se esperam.
viabilidade, e os custos estimados de construção e
Deverão ser computados os valores anuais de
manutenção.
benefícios e de custos, a cada ano ao longo do
período compreendido desde o início da realização
Estudos sócio-econômicos – deverão incluir as dos investimentos até o final da vida útil
seguintes atividades: considerada, montando-se o fluxo de caixa de
a) definição do zoneamento de tráfego a ser adotado custos e benefícios do empreendimento.
nos estudos; A partir desse fluxo de caixa, deverão ser
b) análise da situação existente, incluindo clima, calculados os seguintes Indicadores de
solos, população, frota de veículos, Rentabilidade Econômica:
atividades econômicas, produção local, produtividade a) Relação Benefício/Custo (B/C): dada pelo
e mercados; quociente entre o valor atual dos benefícios e o
c) análise preliminar do potencial econômico da região valor atual dos custos. B/C deve ser ≥ 1;
e das alternativas dos traçados e
b) Valor Atual (VA): dado pela diferença entre o
características funcionais para a rodovia;
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d) definição dos parâmetros a utilizar nas projeções valor atual dos benefícios e o valor atual dos
de tráfego; custos. VA deve ser ≥ 0;
e) definição das hipóteses a adotar na quantificação
c) Taxa Interna de Retorno (TIR); dada pela taxa
dos benefícios.
efetiva anual de juros que, considerada no fluxo de
caixa, torna a Relação B/C unitária ou anula o VA.
TIR deve ser ≥ 12%
2. PROJETO BÁSICO (PB)
E a Lei de Licitações estabelece que esse projeto deverá conter os seguintes elementos (Art.
6º, Inc IX):
Estudos Geológicos – deverão ser desenvolvidas as Estudos de Tráfego – terão como produto
seguintes atividades: principal a obtenção do número N, para
a) Coleta e pesquisa de dados; dimensionamento de pavimentos flexíveis e semi-
rígidos, e determinação do número de repetições
b) Interpretação de fotografias aéreas;
por tipo de eixo, por intervalo de carga, para o
c) Investigações de campo dimensionamento de pavimentos rígidos.
Bem, vale a pena neste momento apresentar algumas definições de termos surgidos no
quadro acima e de importância no tema que estamos estudando:
Pavimento flexível – pavimento formado por uma camada de rolamento (também conhecida
como revestimento, por onde passa o tráfego) asfáltica sobre uma camada de base,
constituída por uma ou mais camadas. É considerado flexível pois a camada de rolamento
pode adaptar-se à deformação da base, quando solicitada.
Pavimento semi-rígido – tem deformabilidade > rígido e < flexível, sendo constituído de base
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semi-flexível e de camada superficial flexível.
Referência de nível (RN) – ponto de posição bem definida, altitude conhecida e inalterável
com o tempo, que serve de base para determinação das altitudes de outros pontos.
Interseção – área em que duas ou mais vias se cruzam, e onde se localizam todos os
dispositivos que permitem os diversos movimentos de circulação ordenada dos veículos.
Obra-de-arte especial (OAE) – estrutura, tal como ponte, viaduto ou túnel que, pelas suas
proporções e características peculiares, requer um projeto específico.
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Subleito – maciço teoricamente infinito que serve de fundação (apoio) para um pavimento. É
a superfície que serve de suporte para o pavimento (camadas de base e de revestimento).
Aterro – Maciço artificial de solo formado em conformidade com projeto, em geral construído
em baixios.
Corte – Escavação a céu aberto feita em uma faixa de terreno para rebaixá-lo e dar,
eventualmente, passagem a uma rodovia.
Podemos dizer que, ainda nessa Fase de Projeto Básico, são apresentados os primeiros
produtos intitulados como projetos, a saber:
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apresentado ainda um quadro com o resumo dos volumes de corte, por categoria, e
volumes de aterro a compactar;
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• Projeto Básico de Obras Complementares – será elaborado prevendo a construção
de defensas, barreiras, cercas de delimitação e eventuais obras de contenção;
Cabe observar, nesta oportunidade, que a elaboração correta do projeto básico é de extrema
importância para o sucesso do empreendimento, quer do ponto de vista técnico, quanto do
ponto de vista econômico-financeiro. Nessa linha, diversos julgados recentes do TCU têm
referendado esse entendimento, a saber:
Acórdão 353/2007-P – “Erros no projeto que serviu de base à licitação e que se revelou
incompleto, defeituoso ou obsoleto devem acarretar a nulidade do
contrato, conseqüente realização de nova licitação e a
responsabilização do gestor que realizou a licitação original com
projeto inepto.”
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definição do objeto licitado. Nesta linha, presta-se o Projeto
Executivo, ainda que não contemporâneo ao procedimento licitatório,
a detalhar o Projeto Básico, de molde a viabilizar a execução da
obra.”
• Orçamento Básico da Obra – ao final dos estudos desenvolvidos nesta fase serão
definidos os custos dos trabalhos para construção da rodovia. No caso do DNIT, serão
seguidas a metodologia preconizada na IS-220 - Orçamento da Obra - Fase de
Projeto Básico e as recomendações do Sistema de Custos Rodoviários SICRO 2;
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projeto, indicando os problemas de natureza climática, administrativa, operacional, e
de segurança; além do provável período de execução das obras.
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A materialização no campo do eixo do traçado selecionado na Fase de Projeto Básico,
desenvolvido no projeto citado no parágrafo anterior, deverá se dar, resumidamente, da
seguinte forma:
– Os pontos também serão identificados, sempre que possível, com tinta indelével em
postes, moirões de cercas, muros, pavimento existente, etc;
3 – Elementos de Projetos
Cabe falarmos agora de alguns elementos e conceitos do projeto geométrico que fazem
parte do dia-a-dia das obras rodoviárias e que deverão ser conhecidos, pois poderão
aparecer citados em questões da futura prova do concurso.
Estacas – pontos situados sobre o eixo da rodovia que servem para defini-lo. Classificadas
em Inteiras, localizadas de 20 em 20 m, a partir da origem do estaqueamento, numeradas
sequencialmente desde a origem (estaca 0), e Intermediárias (ou Fracionárias), localizadas
entre duas inteiras, designadas pelo número da estaca de menor valor, seguido da distância
a essa estaca precedida do sinal +.
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Velocidade Diretriz – velocidade selecionada para fins de projeto da via e que condiciona
certas características da mesma, tais como curvatura, superelevação, distância de
visibilidade e rampas, das quais depende a operação segura e confortável dos veículos.
Faixa de domínio – faixa de terreno que contém a estrada e áreas a ela adjacentes,
destinada ao alargamento da rodovia e a conter as construções e instalações necessárias
aos serviços de fiscalização da rodovia.
1. Elementos da Planta
Deflexão ou ângulo de deflexão (d) – ângulo, com centro no PI, formado pelo prolongamento
de uma tangente com o prolongamento da seguinte, recebendo as denominações “à direita”
ou “à esquerda” de acordo com a orientação da segunda tangente, observado o sentido do
estaqueamento.
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Curva de transição – ramo de uma curva especial, interposta entre uma das tangentes e a
curva circular, com objetivo principal de evitar o surgimento brusco da força centrífuga, ao
passar o veículo da trajetória retilínea para a circular. Deve apresentar, como característica
principal, uma variação gradativa decrescente do raio de curvatura, desde o ponto de contato
com a tangente (R = infinito) até o ponto de contato com a curva circular. Ao longo da
transição são dadas, gradativamente, a superlargura e a superelevação. No Brasil utiliza-se
como transição a curva conhecida com clotóide ou curva de Euler.
Ponto de curva (PC) – ponto de contato da curva circular com a primeira tangente, nos
casos em que não há necessidade de curva de transição (curvas com raio muito grande,
onde a variação da força centrífuga não causa incômodo ou insegurança).
Ponto de tangente (PT) – ponto de contato da curva circular com a segunda tangente, nos
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casos em que não há necessidade de curva de transição.
Ângulo central (AC) – ângulo formado pelos raios das curva que passam pelo PC e pelo PT.
SC ou EC – ponto de contato do primeiro ramo de transição com a curva principal, nos casos
de transição.
2. Elementos do perfil
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Linha do terreno – interseção do terreno natural com a superfície vertical que determina o
perfil.
Linha do greide ou greide – interseção da plataforma com a superfície vertical que determina
o perfil.
Cota do terreno – altura, em cada estaca, da linha do terreno nesse ponto, medida a partir de
um plano de referência (ou de uma RN).
Cota do greide – altura, em cada estaca, da linha do greide nesse ponto, medida a partir do
mesmo plano de referência (ou da mesma RN).
Altura de corte – diferença, em cada estaca, entre as cotas do terreno e do greide, quando
aquela for superior a esta. Indica a profundidade do corte que deve ser realizado em cada
estaca, no eixo da estrada, para atingir a plataforma.
Altura de aterro – diferença, em cada estaca, entre as cotas do terreno e do greide, quando
aquela for inferior a esta. Indica a altura de aterro a ser executado em cada estaca, no eixo
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da estrada, para alcançar a plataforma.
Ponto de interseção vertical (PIV) – ponto de interseção dos prolongamentos de dois trechos
consecutivos de declividade constante, mas de taxas diferentes.
Curva de concordância vertical – curva que concorda dois trechos de declividade constante
que se cortam em um PIV. Essa concordância tem como finalidades principais: evitar a
passagem brusca de uma declividade para outra, com a decorrente solicitação excessiva dos
elementos de suspensão dos veículo; permitir uma distância de visibilidade necessária à
segurança do tráfego; e proporcionar tratamento estético adequado ao perfil. A curva
utilizada é a parábola do segundo grau.
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Ponto de curva vertical (PCV) – ponto de contato da curva vertical de concordância com o
primeiro trecho de declividade constante.
Ponto de tangente vertical (PTV) – ponto de contato da curva vertical de concordância com o
segundo trecho de declividade constante.
Ponto de passagem (PP) – ponto onde o greide e o terreno têm a mesma cota.
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Cota do terreno
Cota vermelha
Cota do greide
Seção transversal do terreno – interseção do terreno natural com o plano vertical normal ao
eixo da rodovia na estaca considerada.
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Plataforma – parte do corpo estradal compreendida entre os pés dos taludes nos cortes e as
cristas dos taludes nos aterros.
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Faixa divisória ou canteiro central – faixa central destinada a separar as duas pistas das
rodovias de classe especial de pistas independentes. Devem impedir completamente a
passagem de veículos de uma para outra pista, e o ofuscamento noturno, para o que são
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plantados arbustos ou colocados obstáculos adequados.
Gabarito – contorno da seção transversal mínima necessária para o tráfego dos veículos em
condições de segurança. É indispensável no projeto dos túneis, obras-de-arte, passagens
inferiores, estações rodoviárias, garagens, plataformas para carga e descarga de veículos.
89 Entre outros aspectos, nos projetos básicos e nos projetos executivos de obras e serviços
deverão ser considerados requisitos como segurança e adoção das normas técnicas
adequadas. (C)
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transitar e efetuar manobras de ultrapassagem em condições aceitáveis de segurança e
conforto. Julgue os itens seguintes, que tratam desse tema.
(Perito – PF – 2004) Acerca das licitações e dos contratos da administração pública, julgue
os itens a seguir.
115 O projeto básico é um projeto que delineia genericamente o objeto da licitação, sem
entrar em detalhes acerca da obra ou do serviço que ele define. Já o projeto executivo,
elaborado pela administração com base no projeto básico, tem como função definir de
maneira detalhada o objeto da licitação, oferecendo aos licitantes elementos suficientes para
que eles elaborem as suas propostas. (E)
(Engenheiro Civil – TERRACAP – 2004) A execução de uma obra de engenharia deve ser
planejada de maneira a otimizar recursos e minimizar seu tempo de execução. Para tanto,
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especial atenção deve ser dada ao orçamento e ao cronograma físico-financeiro da obra,
elementos fundamentais para o planejamento. Acerca desses tópicos, julgue os itens a
seguir.
(Engenheiro Junior – CEF – 2006) Acerca das licitações e contratos administrativos, julgue
os itens seguintes.
139 Nenhuma licitação para obras e serviços pode ser feita sem projeto básico, que, por si
só, é suficiente, dispensando-se a sua aprovação. (E)
Bem pessoal, acho que podemos ficar por aqui nesse primeiro contato. Deixo ainda alguma
bibliografia referente aos temas abordados que pode ser obtida no sítio do DNIT na internet.
Sintam-se à vontade para lá pesquisar, pois há farto material que utilizarei nestas aulas e
que acredito serem fonte também para os elaboradores de concursos.
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Até breve!!
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