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A Biblioteca de Alexandria

A Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do

mundo e se localizava na cidade egípcia de Alexandria que fica ao

norte do Egito, situada a oeste do delta do rio Nilo, às margens do

Mar Mediterrâneo.

É hoje, o mais importante porto do país, a principal cidade comercial

e a segunda maior cidade do Egito. Tem cerca de 4.4 milhões de

habitantes.

A cidade ficou conhecida por causa do empreendimento de tornar-se, na

Antigüidade, o centro de todo conhecimento do homem, com a criação da

Biblioteca de Alexandria.

Considera-se que tenha sido fundada no início do século III a.C., durante o reinado

de Ptolomeu II do Egito, após seu pai ter construído o Templo das Musas

(Museum).

É atribuída a Demétrio de Falero sua organização inicial. Estima-se que a

biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos de papiro, podendo ter

chegado a 1.000.000.

Foi destruída parcialmente inúmeras vezes, até que em 646 foi destruída num

incêndio acidental.

A instituição da antiga Biblioteca de Alexandria tinha como o principal objetivo

preservar e divulgar a cultura nacional. Continha livros que foram levados de

Atenas. Ela se tornou um grande centro de comércio e fabricação de papiros.

Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo πάπυρος) é, originalmente, uma planta

perene da família das ciperáceas cujo nome científico é Cyperus papyrus, por

extensão é também o meio físico usado para a escrita (percursor do papel) durante

a Antigüidade (sobretudo no Antigo Egito, civilizações do Oriente Médio, como os

hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano).

Foi por volta de 2200 anos antes de Cristo que os egípcios desenvolveram a técnica

do papiro, um dos mais velhos antepassados do papel.

Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em

finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com

vinagre para ali permanecerem por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar.
Outra vez secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais,

sobrepostas umas às outras.

A seqüência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços

de tecido de algodão, por cima e por baixo, sendo então mantidas prensadas por

seis dias.

E é com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para

formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papel pronto era, então,

enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na

escrita.

A lista dos grandes pensadores que freqüentaram a biblioteca e o museu de

Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado.

Importantes obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, bem como sobre

idiomas, literatura e medicina, são creditados a eruditos de Alexandria.

Segundo a tradição, foi ali que 72 eruditos judeus traduziram as Escrituras

Hebraicas para o grego, produzindo assim a famosa Septuaginta (tradução da

Tora para o idioma grego, feita no século III a.C.).

Ela foi encomendada por Ptolomeu II (287 a.C.-247 a.C.), rei do Egito, para ilustrar

a recém inaugurada Biblioteca de Alexandria.

A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra

latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos trabalharam

nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.

A Septuaginta foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.

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