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Filosofia 5 (Guardado Automaticamente)
Filosofia 5 (Guardado Automaticamente)
Foi com este objectivo que J. Locke publicou, «Dois Tratados sobre o Governo Civil».
No primeiro Tratado, recusa a doutrina do direito divino dos reis e no segundo,
propõe uma explicação sobre a origem, os limites e os fins do poder civil,
subordinando a acção política do Estado ao consentimento dos cidadãos e
justificando a desobediência civil.
Locke começa por questionar como seria a vida sem Estado, chamando Estado de
Natureza a esta situação imaginária.
os seres humanos devem reger-se pela Lei Natural, instituída por Deus;
Por sua vez, ao decidirem prescindir de parte dos seus direitos com a intenção de
garantir a protecção da vida, da liberdade e da propriedade, entregando-os ao
Estado, os indivíduos reconhecem-lhe o direito de exercer sobre eles a sua
autoridae, aceitando a correlativa obrigação de obediência.
Filosofia
ESTADO NATURAL
Limitações/ insuficiências: Não existe um juiz imparcial com autoridade para julgar
os transgressores da Lei Natural; Falta uma autoridade para punir e repor a
ordem
SOCIEDADE CIVIL/ESTADO
Embora os seres humanos tenham de viver em comunidade, os seus interesses são, muitas
vezes, antagónicos: há, por um lado, o individuo e os direitos que lhe são inerentes e, por
outro, a necessidade de cooperar para fins sociais.
Este conflito está no centro da filosofia política moderna. Desde John Locke a Stuart
Mill várias concepções se desenvolveram, produzindo uma revolução nos conceitos de
liberdade e igualdade política que se foram traduzindo em reformas jurídico-políticas,
modelando as sociedades democráticas e liberais em que vivemos.
De um modo geral, a liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudica o
outro; este pode ser visto como um limite à minha liberdade porém é igualmente uma
garantia – princípio da reciprocidade
Muito tem sido feito para tentar concretizá-lo. As revoluções liberais, em especial a
Francesa, bem como a Declaração Universal dos direitos do Homem instituíram os
princípios da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade como direitos humanos
fundamentais.
Porém, continuamos a viver num mundo profundamente desigual. Dado que compete ao
Estado não só zelar pelo bem-estar dos cidadãos, mas também uma distribuição mais justa
dos direitos e dos benefícios sociais, a questão da justiça social é moral e politica relevante
nos nossos.
Filosofia
É neste contexto da definição dos princípios básicos que deverão presidir à constituição de
uma sociedade justa e das condições da sua realização que se situa o filósofo contemporâneo
John Rawls.
Na sua obra, Uma Teoria da Teoria da Justiça, onde propõe uma concepção de sociedade
justa, com base no desenvolvimento teórico do Contrato Social. Esta teoria tem pontos de
contacto com a filosofia moral de Kant e com as teorias contratualistas. O seu propósito, é
elaborar uma teoria alternativa às concepções utilitaristas muito em voga, que permita
conciliar direitos iguais numa sociedade desigual sem limitar os direitos individuais. Ele
reivindica uma estruturação social revolucionária que abala as estruturas consequentalistas e
utilitaristas, aproximando-se do pensamento kantiano.
Rawls, tal como Kant, consideram a pessoa humana como sendo um ser simultaneamente
livre, igual e fim em si mesmo, recusando a sua instrumentalização. Vê o Homem como
um valor inabalável. Por isso, discorda completamente do Utilitarismo, criticando,
nomeadamente:
Os conflitos de interesses existem porque os sujeitos não são indiferentes à forma como
os benefícios acrescidos dessa cooperação são distribuídos.
Nesse sentido, Rawls pretende descobrir os princípios mais adequados para uma
organização político-social justa, ou seja, a melhor forma de distribuir esses
benefícios.
Esses princípios, formulados de maneira imparcial e universal, seriam aceites por pessoas
livres e racionais colocadas numa situação hipotética inicial de igualdade, e interessadas
em prosseguir os seus próprios objectivos. Chamou a isto a Posição Original.
Sob o seu efeito, os indivíduos por não conhecerem nem as suas características pessoais,
nem os seus interesses e objectivos particulares, nem o seu estatuto social, nem o dos
outros, fariam sempre escolhas racionais e imparciais.
Filosofia
Este acordo acerca das estruturas sociais básicas, seria estabelecido em condições ideais de
igualdade (pois cada indivíduo, por não saber se será favorecido ou desfavorecido pelas
contingências naturais e sociais e por estar preocupado em promover os seus interesses,
escolheria, para todos, o que pretendia para si próprio.
a universalidade - dado que é aceite e reconhecido por todos como sendo a escolha
que melhor serve os seus interesses.
Assim se justifica concepção de justiça como equidade, defendida por Rawls. A teoria de
Rawls é abstracta e impossível e colocar em prática, mas esse também não é o seu objectivo.
Trata-se de um argumento racional e lógico do qual devem derivar os princípios de
justiça.
Ele acredita que a partir de uma situação deste tipo, um sistema social pode satisfazer os
requisitos de justiça.
A sociedade deve garantir a máxima liberdade para cada pessoa compatível com
uma liberdade igual para todos os outros;
Este principio não pode ser violado a favor da utilidade social, por isso, em caso de
conflito de interesses, este princípio tem prioridade.
Não é justa a sociedade que permite que os que têm mais talentos naturais
e condições para os desenvolver tenham mais vantagens a não ser que essas
vantagens contribuam para o benefício de todos.
Filosofia
Sensibilidade estética
O contacto com os objectos faz-se através dos sentidos. Todos temos sensibilidade, isto é,
capacidade de receber informações e reconhecê-las como um conjunto de
determinadas características nos objectos.
Esta sensibilidade existe em todos os seres humanos mas podemos apurá-la mediante o
contacto com os objectos. A partir desse contacto, podemos aprender a ver e a sentir,
descobrindo novas maneiras de olhar.
contemplado. Uma obra de arte, uma música, uma peça de teatro possuem características
capazes de compelir o sujeito apreciador à evasão.
O que é determinante para a apreciação expressa no juízo estético, é a emoção que sentimos
quando observamos o objecto estético ou são as suas características?
A cada uma destas duas alternativas corresponde uma concepção acerca da natureza dos
juízos estéticos: subjectivista e objectivista respectivamente.
Segundo Kant, quando afirmamos que um objecto é belo, o que estamos a dizer é que a
sua representação produziu em nós um sentimento de prazer. Sendo assim, o que
estamos a avaliar não é o objecto mas o sentimento que a sua representação provocou
em nós.
Por isso, para Kant, os juízos estéticos designam o modo como o sujeito é afectado pela
representação do objecto.
Assim pode concluir-se que no subjectivismo estético de Kant, o juízo estético é um juízo
de gosto sobre o belo e é subjectivo.
Filosofia
universalmente subjectivo, pois deve ser válido para todos os sujeitos que
julgam desinteressadamente.
A tese de Kant é de que o juízo estético é subjectivamente universal, porém isso não
significa que exista consenso.
O Sublime em Kant
A palavra sublime significa elevado, superior, grandioso, por isso, a experiência do sublime,
segundo Kant, refere-se a um «sentir-se superado» por algo que nos ultrapassa de
maneira ilimitada
O sublime pode ser aquilo que é grande para além de toda a comparação, ou seja, o
infinitamente grande (sublime matemático) ou aquilo que excede infinita mente as
nossas próprias forças (sublime dinâmico).
Objectivismo estético
Por isso, quando se trata de apreciar a arte, o que deve ser determinante são as
características formais do objecto.
Há uma variedade de formas de arte: escultura, música, pintura, literatura, teatro, ópera,
dança, fotografia, arquitectura, cinema…
O que faz com que um certo objecto possa ser considerado uma obra de arte? O problema
da definição da arte é um dos problemas fundamentais da Estética.
O termo estética deriva do termo grego aísthesis, que significava sensação, e foi utilizado
pela primeira vez com o sentido que hoje tem por Alexander Baumgarten.
Uma obra é arte quando é produzida pelo ser humano como imitação da Natureza e da
acção. Isto é, quando os autores se limitam a reproduzir o que já existe,
Para Aristóteles todas as formas de arte são imitações. Cada forma e cada obra de arte,
distingue-se de todas as outras por usar:
imitar coisas diferentes: a tragédia, por exemplo, imita as acções dos heróis.
Esta teoria prolongou-se no tempo e foi aceite por muitos pensadores e artistas que
consideravam a arte como uma espécie de espelho que, colocado diante da natureza,
reflectia a sua imagem. Neste caso o valor dependia do grau de fidelidade da
representação.
Outra das teorias acerca da natureza da arte foi defendida pelo escritor russo Leon Tolstoi e
concebe a arte como uma forma de expressão.
Os artistas usam a sua aptidão para expressar numa obra de arte, com palavras, desenho,
música, mármore, ou movimento, uma experiência de profunda emoção, comunicando-a
a um público no qual deve suscitar emoção idêntica.
Em 1914, o crítico de arte Clive Bell propõe a teoria da forma significante. Bell parte do
seguinte pressuposto acerca da natureza da arte:
Uma obra de arte é um objecto que provoca emoções estéticas no seu público.
Mas, para produzir emoções estéticas, a obra de arte têm de ter alguma característica
especial. Clive Bell diz que essa característica é a forma significante.
Embora se possa aplicar a todas as formas de arte, a teoria formalista é usada sobretudo para
a pintura, onde a forma significante é definida como uma certa combinação de formas,
linhas e cores.