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Módulo V
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 7
3 – GLOSSÁRIO ...................................................................................................................... 27
4 – BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................31
4 Formação Motoristas de Veículos Pesados de Passageiros
5 Formação Motoristas de Veículos Pesados de Passageiros
Objectivo
1 – INTRODUÇÃO
SÍNTESE
Todos estes factores influenciam a decisão do cliente e a sua satisfação. Sendo assim
elementos activos no desenvolvimento da empresa.
A cada interacção entre o cliente e empresa de transporte, ele vai ficar com uma ideia da
qualidade do serviço. Ele avalia o serviço, a pessoa que o produziu e num plano mais amplo a
própria empresa.
Do serviço básico, o cliente espera que sejam satisfeitas as suas exigências mínimas, o
que ele espera minimamente do serviço. No caso dos transportes o facto de chegar á hora
prevista é um serviço básico.
Um serviço de qualidade vai para lá de tudo isso… por exemplo no caso dos transportes
urbanos, a pontualidade é um serviço básico, mas associado á atenção do motorista, com o
conforto dos passageiros, como a condução segura, o arranque só depois de todos os idosos e
pessoas acompanhadas de crianças estarem sentados, aí torna-se um serviço de qualidade.
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A qualidade em 4 pontos
Qualidade esperada pelo cliente
Qualidade desejada pela empresa
Qualidade realizada pela empresa
Qualidade recebida pelo cliente
Escalas de avaliação
Os técnicos de marketing desenvolveram ao longo dos tempos vários sistemas de
avaliação da qualidade de serviço. Um dos mais comuns é a escala SERVQUAL criada no final
da década de 80.
É constituída por 5 dimensões:
Fiabilidade - a capacidade de uma empresa realizar um serviço.
Segurança - a demonstração de confiança dos funcionários.
Empatia - o cuidado e a atenção dada aos clientes.
Prontidão - a capacidade da empresa em fornecer soluções rápidas e simples.
Tangibilidade - a aparência do pessoal e do material colocado a disposição do cliente.
Missão 3: Manutenção
Da responsabilidade do motorista é também a manutenção e limpeza da viatura.
É dele que se espera que faça um relatório detalhado das avarias ou anomalias
detectadas ao departamento de manutenção da empresa.
No caso de uma avaria, o motorista deve saber avaliar a gravidade da mesma e em
função das suas competências, das suas ferramentas, do tipo de veículo e da gravidade da
avaria, deve decidir se ele mesmo a repara ou contacta o responsável pela manutenção afim
de rapidamente resolver a avaria
A capacidade de um motorista fazer face a uma avaria ou mesmo uma potencial avaria,
garante qualidade no serviço.
Em suma prevenir e explicar ao cliente as várias etapas do ciclo de transporte permite
aprimorar o nível de qualidade de um serviço.
Bem como reparar uma não-conformidade rapidamente permite, evitar reclamações e/ou
a insatisfação do cliente.
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Sendo tais factos frequentes, vai baixando o volume de negócios, vai-se degradando a
imagem da empresa junto do cliente e de potenciais clientes, sendo criada má publicidade.
Missão 3: Manutenção
Do ponto de vista técnico o motorista deve conhecer e ter em conta, as características do
veículo, as condições meteorológicas, verificar o estado geral do veículo antes da partida e o
bom funcionamento de todos os acessórios.
Transporte de mercadorias
Transporte de passageiros
A relação de serviço
A relação de serviço é uma etapa da prestação de serviço, um elemento na produção do
serviço, com que nos deparamos sistematicamente em caso de falha ou de ruptura de serviço,
mas não unicamente neste caso.
Sempre que haja um problema na realização de um serviço, a relação de serviço é muito
importante na sua resolução e reparação dos danos ao cliente.
Tem também um papel muito importante na satisfação do cliente.
Enquanto a empresa vê esse mesmo serviço de uma maneira standard que serve todos
os clientes.
O encontro destas duas visões distintas por vezes cria tensões e crispações que se
podem resolver no momento pela arbitragem do pessoal em contacto com o cliente.
No caso dos transportes urbanos o motorista vê a qualidade de serviço no cumprimento
dos horários. Enquanto o cliente vê essa qualidade na informação prestada. No caso dos
transportes ocasionais, o motorista vê qualidade num percurso sem paragens não previstas,
enquanto o passageiro vê qualidade quando tem possibilidade de parar onde achar
interessante.
As informações prestadas pelo cliente contribuem para a realização do serviço.
Na realização do serviço são também intervenientes, as relações entre as solicitações
quanto ao conteúdo do serviço pedido e as condições técnicas e organizacionais da sua
realização. Isto é, o cliente está em situação de discutir o serviço e a sua realização, na medida
em que a empresa o deve executar com os meios técnicos e organizacionais que dispõe.
Neste debate de ideias, o trabalho da empresa é imediatamente submetido a avaliação
do cliente. Avaliação essa que traz sempre consigo a ideia da competência do funcionário.
Por fim, a linguagem é a fonte maior de interacção entre empresa e cliente, nas suas
cooperações, negociações e conflitos, por vezes.
O motorista quando comunica entra em cena, pela sua postura, pela sua atitude, a sua
maneira de falar, de olhar, de sorrir ou não.
3 – GLOSSÁRIO
A
ABS - Sistema destinado a manter o controlo durante a travagem de emergência (Sistema de
Travagem Antibloqueio)
Acidente rodoviário – ocorrência na via pública ou que nela tenha origem envolvendo pelo
menos um veículo, do conhecimento das entidades das entidades fiscalizadoras e da qual
resultem vítimas e/ou danos materiais.
ACC - sistema baseado no anterior (CC), que servindo-se um ou vários sensores que controlam
uma área frontal do veículo e, uma programação pré- determinada de distância mantém esta
separação com respeito ao veículo que a precede
Acidentes com vítimas – acidentes do qual resulte pelo menos uma vítima. Acidente mortal –
acidente do qual resulte pelo menos um morto
Acidente mortal - acidente do qual resulte pelos menos um morto
Acidentes com feridos leves – acidente do qual resulte pelo menos um ferido leve e em que
não se tenham registado mortos nem feridos graves.
Acidente com feridos graves – acidente do qual resulte pelo menos um ferido grave, não
tendo ocorrido qualquer morte.
Acidente de trabalho - todo o acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo actos
derivados do trabalho ou com ele relacionados, do qual resulte uma lesão corporal, uma
doença ou a morte de um ou vários trabalhadores. São também considerados acidentes de
trabalho os acidentes de viagem, de transporte ou circulação, nos quais os trabalhadores ficam
lesionados e que ocorrem por causa, ou no decurso do trabalho, isto é, quando exercem uma
actividade económica, ou estão a trabalhar, ou a realizar tarefas do empregador.
Acidente de trabalho mortal – um acidente de que resulte a morte da vítima num período de
uma não (após o dia) da sua ocorrência.
Aderência - capacidade de união entre o pneu e o solo
ADR - acordo europeu relativo ao transporte internacional de mercadorias perigosas por estrada
Airbags - bolsas que se enchem de ar em 30 milissegundos, complementando o cinto de
seguranças reduzem a gravidade das lesões, em especial o tórax e a cabeça, quando o veículo
sofre uma desaceleração por colisão, alcancem, impacto lateral, ou virar-se
Apoio - é uma das fazes porque passa o motor durante o decorrer de uma curva
ASR - evita que patinem uma ou ambas as rodas motrizes por excesso de aceleração ou
diferença de aderência
ATP - acordo relativo ao transporte internacional de produtos alimentares perecíveis
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B
Balanceio - é o movimento giratório da carroçaria sobre o eixo longitudinal
BAS — sistema destinado a detectar que estamos perante uma situação de emergência
C
CC-Cruise control - permite que se memorize uma velocidade, com o objectivo de que o
sistema se encarregue de ir acelerando para a manter
Centro de gravidade — ponto imaginário onde actua a força da gravidade que corresponde ao
centro geométrico desse corpo no caso de a sua constituição ser homogénea
Condutor – pessoa que detém o comando de um veículo ou animal na via pública.
Contra ordenação - facto ilícito que desrespeite o Código da Estrada, legislação complementar ou
outra da responsabilidade do IMTT
D
Deslizamento — é o efeito produzido nas rodas quando a velocidade linear do veículo não
coincide com a velocidade de rotação das rodas (velocidade angular)
Dias de trabalho perdidos – são referentes a dias de calendário.
E
EBV ou EBD - determina quando a pressão deve ser aplicada a cada roda, de forma
independente, para reduzir a distância de travagem sem que o veículo se descontrole
EBS - sistema de regulação electrónica de pressão de travagem, que integra na sua função os
elementos do ABS e ASR. Ligado à programação completa, também cumpre funções relativas
à segurança e auto diagnóstico
EDL - quando detecta que uma roda motriz perde tracção, o bloqueio através do diferencial trava
a roda para enviar potência par que tenha uma maior tracção
ESP - sistema que determina qual o momento em que o veículo entra em risco de perda de controlo
Etiquetas de perigo - referenciam os produtos que transportam
F
Ferido grave – vítima de acidente cujos danos corporais obriguem a um período de
hospitalização superior a 24 horas.
Ferido leve – vítima de acidente que não seja considerada ferida grave. Índice de gravidade –
número de mortos por 100 acidentes com vítimas.
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H
HILL HOLD - sistema que evita que o veículo retroceda ao iniciar a marcha em desníveis
significativos
L
LDW, LGS - alerta para uma troca involuntária de faixa
M
MSR - mediante uma ligeira aceleração evita o deslizamento das rodas motrizes, causado
por um excesso de retenção do motor
MMA - maior massa em carga com a que está permitida a circulação do veículo pelas vias
públicas ou de uso público
Movimento oscilante — movimento da carroçaria respeitante a um eixo transversal
Morto ou vítima mortal - vítima de acidente cujo óbito ocorra no local do evento ou no seu
percurso até à unidade de saúde. Até ao final do ano de 2009 e para poder comparar as
vítimas mortais de Portugal com os outros países da União Europeia, mortos a 30 dias,
aplicava-se a este valor, um coeficiente um valor de 1,14. A partir de Janeiro de 2010, Portugal
contabiliza as vítimas de acidente rodoviário que venham a falecer no hospital até 30 dias após
o acidente.
P
Passageiro – pessoa afecta a um veículo na via pública a pé e que não seja condutora.
Peão – pessoa que transita na via pública a pé e em locais sujeitos à legislação rodoviária.
Consideram-se ainda peões, todas as pessoas que conduzam à mão velocípedes ou
ciclomotores de duas rodas sem carro atrelado ou carros de crianças ou de deficientes físicos.
R
RPE - regulamento nacional do transporte rodoviário de mercadorias perigosas por estrada
Retardadores - retêm o veículo, mediante um sistema que trava a transmissão
S
Sobreviragem - desvio do eixo traseiro (veículo dá detrás) é uma trajectória real do veículo
com um raio mais pequeno do que devia, podendo chegar a ser tão fechado que roda
sobre o seu próprio eixo, produzindo estrondo
Subviragem - desvio do eixo dianteiro (o veículo sai de rojo) Produz-se quando a trajectória
real do veículo descreve uma curva com um raio maior que pretendemos fazer
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T
Tara - massa do veículo com o seu equipamento, dotação completa e sem pessoal de
serviço com 90% do total de combustível e ainda o peso do condutor 75Kg, nos
transportes de passageiros inclui-se 75 kg do eventual guia
Travão do motor ou travão do escape - serve a obstrução da saída de gases do motor,
através de diferentes sistemas, com o fim de reter o diferencial e, por conseguinte, toda a
cadeia cinemática
Travão combinado automático - travões auxiliares activam-se de forma coordenada e,
em última instância ligam-se aos travões de serviço
Travão eléctrico - retardador secundário, que retém o veículo travando a transmissão por
efeitos de campo magnético
Taxa de implicação – total de veículos envolvidos em acidentes vezes 1 000 pelo número de
veículos em circulação.
V
Veículos com caixa isotérmica cuja caixa é constituída por paredes isolantes, incluindo
as portas, o pavimento, o teto, que permitem limitarem as trocas de calor entre o interior e o
exterior da caixa sem utilização de qualquer fonte de frio ou calor
Veículo calorífico - veículo isotérmico munido de um dispositivo produtor de calor cuja
temperatura regulável será mantida no seu interior
Veículo frigorífico - veículo isotérmico munido de um dispositivo mecânico de frio que
permita baixar a temperatura negativa mais apropriada a conservação da mercadoria
transportada
Veículo refrigerado - veículo isotérmico que, com a ajuda de uma fonte de frio, que não seja
um equipamento mecânico (normalmente blocos de gelo). Que permita baixar a temperatura
no interior da caixa e mantê-la posteriormente
VRAM - via reservada a automóveis e motociclos
Vítima – ser humano que em consequência de acidente sofra danos corporais
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4 – BIBLIOGRAFIA
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Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) – Observatório de Segurança
Rodoviária, 2004 a 2008;
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European Commission – Directorate – General ―Transport‖ -- Alfaro, J-L; Chapuis, M;
Fabre, F.- Cost 313 – ―Socio-economic cost of road accidents‖, Final report of the action,
Luxemburgo, 1994;
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Passenger Road Transport. Bruxelas 1998;
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Road Transport. Bruxelas,1998;
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Vigilant à l’arrêt comme au volant ‖. França, Outubro de 2000;
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Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) -― Manual de segurança rodoviária‖, 2009;
Pons Editorial - Manual CAP;
Richez, Jean-Paul ; Tissot, Claire - ―Le risque routier‖. Cahiers de notes documentaires -
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Santé, Famille, Retraite, Services -- ―Conduire, c’est travailler. Avant de prendre le
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