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Linha do Tempo Facas Brasileiras

Antigas
1500 - Chegam os colonizadores portugueses trazendo consigo adagas mediterrâneas,
punhais, espadas e alabardas como Armas Brancas.

1532 - Martim Afonso de Souza chega a São Vicente (SP) e traz consigo Bartolomeu
Fernandes, apelidado de "Bartolomeu Carrasco", ferreiro contratado por 2 anos para
produzir itens de ferro, entre eles artigos de cutelaria.

1597 - Afonso Sardinha constrói o primeiro engenho (fundição) de ferro do Brasil em


Araçoiaba da Serra (SP).

c. 1600 - Os bandeirantes percebem que suas espadas e rapieras são de pouca valia nas
matas fechadas e nos conflitos com os índios, logo desenvolvendo uma espada de
lâmina larga, embrião dos famosos facões enterçados, ou "facões sorocabanos", esta
última denominação referindo-se a cidade de Sorocaba (SP).

c. 1700 - no Rio de Janeiro, artesãos de ourivesaria produzem adagas mediterrâneas de


extremo requinte, usando prata e ouro em suas furnituras, muitas especialmente
destinada à clientela abastada.

1722 - criada na capitania de São Paulo a primeira lei brasileira regulamentando o porte
de armas, a qual incluía "facas de ponta, espadas e catanas".

c. 1750 - surgem as primeiras variantes encurtadas do  "facão enterçado", ou "facão


sorocabano", genericamente chamadas de facas sorocabanas.

1780 - primeiros registros documentais das facas mineiras, inicialmente nada mais do
que adagas mediterrâneas com empunhadura e bainha em prata lavrada.

final do século XVIII - surgem as primeiras facas denominadas "Parnaibas", em função


de terem se originado na cidade de Parnaíba (PI).

c.1800 - surgem as primeiras criações, normalmente muito requintadas, dos cuteleiros


do Sul da Bahia.

1810 - é criada a Fábrica de Ferro de São João do Ipanema na então Vila de Sorocaba,
comarca de Itú, em São Paulo.

1817 - surgimento das primeiras facas de ponta com características tipicamente


nordestinas na Aldeia de Pasmado, atual cidade de Abreu e Lima (PE).

1830 - surgimento das primeiras facas gaúchas com apresentações tipicamente


brasileiras.

1840 - nesta década surgem as primeiras facas "franqueiras" ou aparelhadas de prata,


originárias da cidade de Franca no Interior paulista.
1850 - a firma Viúva Laport & Cia., de Pelotas (RS), proprietária da loja Casa Laport,
passa a representar a empresa belga Scholberg & Cie., logo tornando-se a famosa Casa
Scholberg e comercializando as famosas lâminas de mesmo nome em todo o Rio
Grande do Sul;Inicio do século XX - com o movimento do Cangaço, surge todo um
novo estilo na facas de ponta e punhais da região Nordeste.

1904 - Em Porto Alegre (RS) , a  Metalúrgica Abramo Eberle inicia a produção


industrial de facas gaúchas, inicialmente com modelos de empunhadura e bainha em
prata.

1910 - Luis Bernardi, de Barretos (SP), joalheiro de profissão, cria as mais requintadas
facas "franqueiras", ou aparelhadas de prata, do Brasil.

1911 - em Carlos Barbosa (RS), Valentim Tramontina inicia sua cutelaria, com modelos
simples e utilitários.

1912 - em Amparo (SP), o imigrante italiano Alfonso Pascetta Cosmos funda a famosa
AP Cosmos.

1915 - inicia-se o trabalho da famosa família  Caroca nos Estados da  Paraíba e Ceará.

c. 1920 - intensifica-se a importação de itens de cutelaria, principalmente de Solingen,


Alemanha e de Sheffield, Inglaterra, o que perduraria até a década de 1950.

1931 - em Porto Alegre (RS), é fundada  a fábrica  Mundial.

1931 - em São Paulo (SP), inicia-se a  produção da fábrica Corneta.

1936 - a Casa Scholberg encerra suas atividades.

final da década de 1930 - o imigrante japonês Yoshisuke Oura , descendente de uma


antiga familia de "espadeiros", inicia a produção de "katanás" na cidade paulista de
Mogi das Cruzes, tornando-se o pioneiro nessa atividade em nosso país, na qual
permanecerá sem concorrência durante quase 30 (trinta) anos, sendo posteriormente
seguido por Kunio Oda e Tomizo Ishida.

inicio da década de de 1960 - surge na cidade São Paulo o trabalho pioneiro daquele que
seria o expoente máximo da moderna cutelaria artesanal brasileira, Roberto Gaeta, ou
Bob’G, que é como assina suas criações. Poucos anos depois, em Belo Horizonte (MG),
o emigrante húngaro Antal Bodolay viria a  fazer par com ele, estabelecendo-se em
Belo Horizonte (MG).

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