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PUBLICIDADE E VISIBILIDADE NO CAMPUS

1 - Objetivos
Esperamos que esta apostilha seja uma orientação para grupos novos e não um manual
completo. Reconhecemos suas limitações, que esperamos ver superadas por meio de sugestões dos
próprios grupos. Embora limitada, é um roteiro para aqueles que desejam atuar em sua universidade e
não sabem como fazê-lo.

2 - Contexto - Diversidade de Situações


Se desejamos uma publicidade bem feita por nosso grupo devemos lembrar algumas coisas:
primeiro, os recursos financeiros limitados de que, geralmente, dispõem os grupos devem ser bem
aproveitados. Isto implica num cuidadoso estudo das prioridades de investimento tendo em vista os
objetivos do grupo. Segundo, uma conhecida palavra da "gíria abeuense": estratégia. Ela designa
comumente os planos que se traça para enfrentar uma batalha.. Isto significa considerações sobre o
terreno da batalha, as armas, o clima e, finalmente, o próprio adversário a ser enfrentado. De
semelhante modo, há uma série de fatores a serem analisados no Campus. se queremos uma
propaganda bem sucedida.
A diversidade de situações é imensa. Isto ocorre em todos os aspectos. Desde o geográfico
(dimensões do Campus) até ao "político" (relacionamento do grupo com as lideranças dentro do
Campus). Sugerimos que o grupo pense em sua situação especifica nos seguintes aspectos: a)
geográfico (do Campus) - esta análise e determinante para a adoção de estratégias de atuação, tais
como, por exemplo, o funcionamento de vários grupos no mesmo Campus e a articulação entre eles.
Na USF/SP este tem sido um dos grandes desafios presentes até hoje. Considere-se também a
dificuldades de deslocamento e publicidade numa área geográfica muito grande e o tipo de
publicidade ideal !
para uma pequena faculdade; b) meios de comunicação disponíveis Campus. A universidade pode ter
uma publicação periódica interna, serviço de alto-falantes, emissora de rádio, etc. Há algum tempo
atrás, estudantes da USP/SP utilizaram a estação de rádio da USP para anunciar um evento promovido
por eles. O acesso a estes meios de comunicação está fortemente ligado a um bom trabalho de
relações públicas do grupo; c) político - trata-se do trabalho de relações públicas do grupo que acaba
determinando a aceitação e a influência do grupo com relação às lideranças do Campus; d) horários -
alguns cursos são uma verdadeira maratona em termos de horários e até mesmo no que concerne ao
local das aulas. Às vezes, o restaurante universitário (o famoso bandejão) fica a quilômetros de
distância das salas de aulas e laboratórios. Tudo isto faz com que o grupo submeta-se a uma série de
limitações em termos de tempo e de horários. Além de muitos horários preenchidos, os estudantes
gastam muito tempo deslocando-se de um local para outro;
e) Calendário e horário oficiais - buscar oportunidades de participação do grupo em comemorações
e eventos constantes no calendário oficial; um espaço no horário das aulas, no início do ano, para falar
aos calouros sobre o grupo da ABU e convidá-los para as reuniões. Se isso for previamente acertado
com a direção e com os professores, o grupo pode fazer projeção de slides mostrando as atividades do
grupo no ano anterior ( exposição de livros, mesa informativa aos calouros, palestras, acampamentos,
oficinas, etc.).

3 - Publicidade e Visibilidade
Quadro de avisos - deve ser utilizado principalmente em pequenas faculdades que tem apenas
um ou dois locais para avisos e propagandas diversas; a originalidade e as ilustrações artísticas devem
aproveitar o pequeno espaço disponível. Lembrem que há uma. aglomeração de mensagens em tais
espaços.
Cartazes - Os cartazes devem ser interessantes (despertar atenção) e objetivos ( os estudantes não
dispõem de muito tempo e um texto muito longo não será lido ) e, se possível, original e criativo. ~s
vezes uma boa ilustração "fala" muito e contribui para o sucesso da publicidade.
Além dos cartazes produzidos pela ABU-Editora (anexos 5 e 6), o próprio grupo pode criar
seus cartazes.
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Existem vários usos para os cartazes: avisar o local e horário das reuniões e podem servir para indicar
o conteúdo dos estudos. Wolô, quando estudava no ITA ( S. J. dos Campos ), colocou na porta do seu
quarto um cartaz com sua foto convidando pessoas a estudar a Bíblia com ele (anexo 4 ). Também
podem servir para divulgar eventos específicos promovidos pelo grupo ( anexo 3 ). Há cartazes cuja
finalidade é começar um diálogo com os estudantes. Um bom exemplo disso é o trabalho chamado
"Dez mitos sobre o Cristianismo". "Dez Mitos" é uma ferramenta
evangelística desenvolvida pela ABU do Canadá. Inclui um livrete de 12 páginas e 11 posters muito
atraentes. É uma abordagem não ameaçadora. Como uma ferramenta apologética, começa com as
questões que não-cristãos levantam com respeito ao Cristianismo. O primeiro impacto para o
estudante não-cristão é: "eles sabem que, penso isso sobre o cristianismo !".
Os posters citam autores cristãos e não-cristãos, para estimular o diálogo entre várias
opiniões.
Como o display pode ser usado ?
- Junto com uma mesa de e livros numa área muito transitada do Campus.
- Como preparativo para uma reunião maior que o grupo vai promover no Campus, com uma palestra
ou debate sobre um dos mitos. Um artigo pode ser escrito para o jornal estudantil também.
- Na recepção de calouros. .
- Junto com uma sessão de teatro ou mímica no campus
A pessoa que está tomando conta do display deve adotar uma atitude de informalidade junto com uma
disposição para começar uma conversa com alguém que realmente parece interessado. Não pressione
as pessoas, mas tenha a liberdade de perguntar o que acharam do display. É importante familiarizar-se
primeiro com o conteúdo dos posters e do livrete, mas não é necessário ser um "expert" em Teologia.
Perguntas sobre a experiência com o cristianismo das pessoas interessada. Muitas têm
estereótipos e/ou raiva de cristãos. Nestes casos não reaja mas direcione sua atenção para o
cristianismo bíblico e a personalidade e ensino do próprio Cristo. Sugira outras leituras como, por
exemplo, "Cristianismo puro e simples" de C.S. Lewis. Outras perguntas úteis são: como as suas
impressões sobre Deus mudaram nos últimos cinco anos ? Qual é a sua impressão sobre pessoas que
se chamam cristãos ? Na sua opinião, quem foi Jesus Cristo - um grande mestre de moral, um
lunático, ou o filho de Deus ? Como você chegou a essa conclusão ? A sua vida gira em torno de que?
Você acha que isso o satisfaz ?
Aqui estão os "Dez mitos". Talvez não sejam os mais comuns em nosso pais, mas podem
servir como exemplo.
1) Jesus Cristo foi apenas um grande mestre
2) O Cristianismo abafa a liberdade pessoal.
3) O Cristianismo é apenas uma muleta para os fracos e desamparados.
4) A conversão e a experiência religiosa são resultados do condicionamento social.
5) Cristãos são alienados e irrelevante á vida do século XX. 6) A Ciência está em conflito com a fé
cristã.
7) A Bíblia é uma coletânea de documentos não-confiáveis
8) Não há evidência alguma de que Jesus Cristo tenha ressuscitado dos mortos.
9) A existência do mal e do sofrimento no mundo prova que não existe Deus
10) Não importa em que você crê, porque todas as religiões são basicamente iguais.
Uma outra sugestão é o uso de posters semanais. Cada semana utiliza-se um poster diferente.
Pode ser um chamado a reflexão em torno das considerações dos estudantes sobre a pessoa de Cristo e
da fé cristã. Se forem interessantes, causarão uma certa expectativa revelada na expressão : "Como
será o próximo?" .
a) Folhetos - podem ser utilizados os folhetos "Gotas da Verdade da ABU ) ou outros; o
grupo pode carimbar no espaço próprio dos, folhetos local e horário das reuniões. A distribuição pode
ser feita, na fila do restaurante, colocando-os dentro dos livros indicados nas bibliografias das diversas
disciplinas do curso ( longe dos olhares
de censura dos colegas dos intelectualóides) - os estudantes não-cristãos sentir-se-ão mais à
vontade para ler um folheto "religioso".
Outra possibilidade de utilização de folhetos é a divulgação de um evento especifico. O ideal,
nesse tipo de publicidade, é a produção de folhetos pelo próprio grupo. Podem ainda divulgar o
próprio grupo na sua faculdade. Para isso devem conter os objetivos da ABUB, informações sobre o
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funcionamento do grupo, atividades desenvolvidas no ano anterior, etc. A vantagem de um folheto


assim é a sua aceitação pelos estudantes e o seu alcance, possibilitados pela comunicação
contextualizada. Veja no anexo 9 o folheto ABU É o folheto produzido pela Escola Paulista de
medicina (EPM)) para divulgação com os calouros no início do ano letivo de 1987.
b) Cartas - Carta aberta aos calouros, na matricula - (veja anexo 1)
e na segunda semana de aula (depois que diminui o bombardeio de informações sobre os
calouros ). No anexo 2 há um modelo de carta utilizada pelo grupo de Campinas na segunda semana
de aula. Veja no anexo 7, comentário de um aluno sobre o trabalho de recepção de calouros na
UNICAMP e informações sobre atividades alternativas do grupo da USP/SP na comemoração do
Natal.
Consigam na secretaria uma lista com, nomes e datas de aniversários de pessoas que interessam ao
grupo. Mandem um cartão bem pessoal e agradável em nome do grupo e convide-os para suas
reuniões. No próprio cartão informe local e horário das reuniões.
c) Mesa. de exposição da ABU - no anexo 8 há uma sugestão roteiro de preparação da mesa
de exposição.
O conteúdo: livros ( com carimbo do Grupo na primeira. página, dia, horário e local das
reuniões ), apostilhas ( peçam ao Escritório da ABU a lista das apostilhas existentes ), artigos de
interesse dos estudantes, informações sobre rotas de ônibus, repúblicas, pensionatos, imobiliárias,
mapas da cidade, etc.
d) Promoção de eventos - Palestras, feiras de livros filmes teatro ( com interesse publicitário
- oportunidade para divulgar o grupo - ou evangelístico ). Seja qual for a motivo, sendo a peça
evangélica ou não, deve-se pensar na repercussão e no tipo de diálogo que surgirá a partir do evento,
entre os estudantes e o grupo. É importante que o grupo tenha em, mente o "roteiro do diálogo" que se
travará e prepare-se previamente para o mesmo . O grupo pode também promover torneios esportivos;
quando possível, pode haver cooperação com Centro Acadêmico na. promoção de alguns eventos. Isto
dará ao grupo um bom relacionamento com a ala representativa dos estudantes. Temos grupos muito
respeitados no Campus em virtude de lideranças do grupo que tiveram uma atuação sábia no Centro
Acadêmico.
e) Publicações - Jornais, revistas, periódicos em geral são ótimos veículos de divulgação do
grupo e mesmo de artigos apologéticos e evangelísticos, dependendo do tipo de publicação. Se o
grupo tiver condições, pode fazer seu próprio jornal e publicar resenhas de livros em jornais e
revistas. que circulam no Campus.
f) Broches - Estes podem ter a finalidade de promover o diálogo. Por exemplo, um broche
enigmático do tipo: "Nasce 1 vez morre 2, nasce 2 morre 1" - numa alusão a quem "nasce da carne" e
enfrenta a segunda morte e ao que nasce de novo ("nasce do Espirito" ) e só experimenta a morte
física. Os broches podem ainda ser engraçados, conter desenhos interessantes e uma mensagem alegre
desmistificando e destruindo os preconceitos aos estudantes com relação á fé cristã.
g) Camisetas - uma excelente forma de propaganda devido à visibilidade da mensagem e seu
alcance. O ideal é que as estampas sejam
criadas pelo grupo local para que contenham uma mensagem apropriada à realidade do
Campus e às necessidades do grupo. Uma mensagem que não corra o risco de cair no vazio. O grupo
deve reunir-se e pensar
nos objetivos que deseja atingir e, a partir dai, escolher a mensagem dando-lhe a forma mais clara
possível para os estudantes a quem se destina

Anexo 7

ABU SÃO PAULO


Núcleo USP Àrmand
Nos dias 22 e 23 de dezembro, por ocasião do Natal, um grupo da ABU-USP, (composto por
oito pessoas), entregou uma mensagem de Natal ao pessoal da Reitoria e do IPT (Instituto de
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Pesquisas Tecnológicas) através de cânticos natalinos e corinhos. Ensaiamos umas quatro semanas
numa das dependências do CORAL ' USP.
Na Reitoria cantamos diante de umas cinqüenta pessoas; que ouviam com muita w atenção,
dentro daquele clima agitado
de natal, com compras a fazer, cartões a enviar, festas a preparar, peru a assar, e tantas outras coisas
que substituíram o real sentido do Natal.
No IPT fomos ao restaurante, onde 80 pessoas estavam comendo e outras 10 trabalhando,
entregando a nossa mensagem: "Pode ser que o Natal para você não exista nem nunca existiu, porque
você, talvez, não pode comprar ou porque, até, não sentiu o que é o Natal.. Mas saiba que o Natal não
é comprar, ele é Cristo que veio ao mundo, dar a sua paz, o que é de graça, se você, hoje, por ele
clamar, e ele vai morar em seu coração".

RECEPÇÃO AOS CALOUROS DA UNICAMP PELA ABU CAMPINAS

Cidade de Campos Coutinho Filho Coord. dos trabalhos de recepção


No planejamento das atividades para 83 percebíamos que a principal preocupação do calouro
não era realmente um estudo bíblico e, sim, como arranjar-se em Campinas. A partir disso montou-se
um esquema para que estivéssemos presentes na matrícula dos calouros. Sendo essa a nossa primeira
experiência nesse sentido houve uma certa dificuldade na preparação. Elaboramos uma carta de
apresentação do grupo, não contendo essencialmente um apelo evangélico, mas indicando um grupo
disposto a ajudar o calouro a procurar pessoas interessadas em montar uma república. Indicávamos
pensões e imobiliárias, restaurantes, informações sobre a cidade e cursos. Cumprimos nosso papel à
risca e a mesa foi bem procurada. .
Quando a caloura voltou, no dia: /02, novamente estávamos lá. Foi distribuído o horário e o
nosso trabalho de informação teve uma maior receptividade, pois eram as siglas dos cursos e as salas
de aula que os preocupavam mais. E para este dia não estava monta , do um esquema como o anterior,
pois não havia nenhum Centro Acadêmico, e somente o DCE e a ABU. E o Senhor colocou a nossa
mesa num local estratégico, sendo mais freqüentada que a do DCE. Os pais e acompanhantes dos
calouros indagavam o porquê de estarmos lá, mesmo sem receber, e pudemos dar testemunho.
A experiência foi riquíssima, E não, poderia ter dado certo sem que o Senhor o permitisse. "Se
o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Salmo 127:1)
E agora, nos dias 9, 10 e 11 de março, dias de alteração da matrícula estaremos novamente
presentes. Creio que a ABU é vista como entidade universitária com uma mão estendida. Sem ter cu-
nho paternalista, mas dando o máximo que pudemos dar.

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