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Era o mar e parecia ser o mar, era o mar, dois mil anos esperei por aquele, que febre

alguma ou olhar, moedas, escrnios, anseios, desejos, amores confessos puderam tocar, a minha frente e-lo intacto suspenso sobre meus lbios aureolados suplicando o nome do seu nome, era quimera e parecia ser amor, era quimera. Graa flutuante figurava estar sentado, a cabea era magra, coberta de cachos, junquilhos de onde o sol jorrava, as asas mantidas fechadas tocavam o cho, longas emplumadas o corpo intangvel, seus olhos castanhos, verdes, cinzas, dourados, escarlates me olhavam como se fosse desde sempre a lmpida palavra. Era belo e assim se apresentava. Era o caule e parecia ser a flor, era o caule. Veste-se de blue e um fio transparente costura lhe asas e costas, os ps, traz escondidos calando botas, no voa, no cumpre seu nome, quer ser apenas azul e belo como a paixo, era a beleza e parecia ser a beleza, era a beleza. Filho prdigo abandonou a casa, de seus vestgios de musa, de seus lampejos de anjo brotaram todas as lgrimas a dor incrustada na curva da porta esperou por muito tempo a volta, depois, no rubi desse corao, escreveu se nome.

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