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nos versos de
onde estás
para te dizer
das estúpidas dores que sinto
das brilhantes ideias que tenho
e tudo o mais
mar forte
disseram-me
mar azul
constou-me
mar cruel
tratas aço
mar frio
mar indiferente
o mar
que novidade
são feitos de
mas à vista
predominam cristais
e ganho
em tentar
entendimento
em entender
tentação
maldito tempo
de encontro
e se afastam
de nós
bendita âncora
e alga
a meia altura
de um oceano profundo
e ânfora
encontradas
em Tróia
e o fundo
cor de sonho
rigidez de realidade
de modernidade
deixa-me repousar no leito
do mar
a deitarem-se
comigo
eu que
fui navegador
avós
portugueses
bem guerreiro
conhecer o Mar
e Portugal viu
somos o Mar
que um dia
rumaram à praia
ou cabra
azeite vinho
e sal
pareceu-me entrever Pã
de outros a navegarem
nada a fazer
a Poesia (2007)
escolher o mar
da raiz do pensamento
que tinha
a perene vontade
a espada de cana
não mata
vou para o mar
água e céu
pastilhas de aguarela
escolhidas as cores
na cabeça a liberdade
- Junho de 2009