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FORMAS LÍRICAS

I)

Igual aos deuses me parece o homem


que pode contemplar-te frente a frente
e ouvir de perto a tua doce voz
deliciosa,
e o riso teu ouvir, cheio de encanto,
que no meu peito move o coração;
falta-me a voz se apenas te contemplo,
só por te ver;
foge-me a fala e logo sob a pele
queima-me as carnes um fogo incessante.
Já nada vêem os meus olhos; surdos
tenho os ouvidos.
Corre o suor pelo meu corpo todo;
sinto tremores, nada me alivia;
fico mais verde que a viçosa relva:
penso que morro. (SAFO, s.d.).

II)

És precária e veloz, Felicidade.


Custas a vir, e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa.


Fizeste para sempre a vida ficar triste:
porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo, despovoado e profundo, persiste. (MEIRELES apud BOSI, 2003,
p.126).

III)
XXII

De amor e ciúmes desatino,


porque te amar é meu destino,
— causa do gozo e do sofrer! —
Se Vico é para te querer,
mulher, fulgor, perfume ou hino!

O meu desejo, astro divino,


cerca-te o vulto airoso e fino,
como atmosfera, a te envolver,
de amor!

Ilha florida, eu te imagino,


e julgo o ciúme, agro e mofino,
que me transtorna todo o ser,
um bravo mar sempre a gemer,
a uivar, num ímpeto tigrino
de amor! (ANDRADE, G., 1907, p. 23).

IV)

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora
E em minhalma — anoitecendo!

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reys partindo,
E tanta gente ficando...

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minh’alma — anoitecendo! (BANDEIRA, 1998, p. 69-70).
V)

Shall I compare thee to a summer’s Day?


Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer’s lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heavens shines,
And often is his gold complexion dimm’d,
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature’s changing course, untrimm’d;
But thy eternal summer shall no fade,
Nor lose possession of that fair thou ow’st;
Nor shall Death brag thou wander’st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow’st:

So long as men can breathe, or eyes can see,


So long lives this, and this gives life to thee. (SHAKESPEARE apud SMITH, 2001,
p.8).

Tradução

Posso te comparar a um belo dia estivo?


Bem mais suave e ameno é a tua natureza;
Crestam ventos brutais de maio ou tenros brotos
E o baile de verão tem curta duração
Às vezes, por demais ardente é a luz do sol,
Muitas vezes, porém, sua áurea tez te ofusca;
Toda beleza perde o seu fulgor um dia,
Quando despoja a Sorte ou dos anos o curso
Mas não murchará nunca o teu verão eterno,
Nem perderá jamais essa beleza tua;
Nem de em seu negror ver-te a Morte há de gabar-se,
Ao cresceres no tempo em meus versos eternos:
Enquanto vida houver e o olhar puder ver,
Meus versos viverão e te farão viver. (BRANDÃO apud NOVAES, 2005, p.123)

VI)

Sete anos de pastor Jacob servia


Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos


lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida,
começa de servir outros sete anos,
dizendo: “Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida.” (CAMÕES, 2007, p. 120).

VII)

Ondas do mar de Vigo,


se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,


se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amigo,


o por que eu sospiro!
E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amado,


por que hei gran cuidado!
E ai Deus, se verrá cedo. (CODAX apud GONÇALVES, 1983, p.261).

VIII)
Como era verde este caminho!
Que calmo o céu! que verde o mar!
E, entre festões, de ninho em ninho,
A Primavera a gorjear!...
Inda me exalta, como um vinho,
Esta fatal recordação!
Secou a flor, ficou o espinho...
Como me pesa a solidão!

Órfão de amor e de carinho,


Órfão da luz do teu olhar,
- Verde também, verde-marinho,
Que eu nunca mais hei de olvidar!
Sob a camisa, alva de linho,
Te palpitava o coração...
Ai! coração! peno e definho,
Longe de ti, na solidão!

Oh! tu, mais branca do que o arminho,


Mais pálida do que o luar!
- Da sepultura me avizinho,
Sempre que volto a este lugar...
E digo a cada passarinho:
"Não cantes mais! que essa canção
Vem me lembrar que estou sozinho,
No exílio desta solidão!"

No teu jardim, que desalinho!


Que falta faz a tua mão!
Como inda é verde este caminho...
Mas como o afeia a solidão! (BILAC, 1996, p. 198).

IX)
Descalça vai para a fonte
(Camões)

Mote

Descalça vai para a fonte


Lionor, pela verdura;
vai fermosa e não segura.

Volta

Leva na cabeça o pote,


o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
sainho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura.
vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,


cabelos d’ouro o trançado,
fita de cor d’encarnado...
tão linda que o mundo espanta!
Chove nela graça tanta
que dá graça à fermosura;
vai fermosa, e não segura. (CAMÕES, 2007, p. 164).

X)

Cântico do Calvário

À memória de meu filho morto a l l de dezembro de 1863.

Eras na vida a pomba predileta


Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. – Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, – a inspiração, – a pátria,
O porvir de teu pai! – Ah! no entanto,
Pomba, – varou-te a flecha do destino!
Astro, – engoliu-te o temporal do norte!
Teto, caíste! – Crença, já não vives! [...] (VARELA apud RAMOS, 1965, p.289).

XI)

O Cântico dos Cânticos


(excerto)

Primeiro canto

Anseios de amor

Ela .

2 Sua boca me cubra de beijos! São mais suaves que o vinho tuas carícias,
3 e mais aromáticos que teus perfumes
é teu nome, mais que perfume derramado;
por isso as jovens de ti se enamoram.
4 Leva-me contigo! Corramos!
O rei introduziu-me em seus aposentos.
Coro.
Queremos contigo exultar de gozo e alegria,
celebrando tuas carícias, superiores ao vinho.
Com razão as jovens de ti se enamoram.
Canção da amada

Ela.
5 Sou morena, porém graciosa,
ó filhas de Jerusalém,
como as tendas de Cedar,
como os pavilhões de Salomão.

6 Não me olheis com desdém, por eu ser morena!


Foi o sol que me bronzeou:
os filhos de minha mãe, aborrecidos comigo,
puseram-me a guardar as vinhas;
a minha própria vinha não pude guardar.
Ambição do amor

Ela.

7 Indica-me, amor de minha alma: onde pastoreias?


Onde fazes repousar teu rebanho ao meio-dia?
Para eu não parecer uma mulher perdida,
seguindo os rebanhos de teus companheiros.

Coro.
8 Se não o sabes, ó mais bela das mulheres,
segue os rastos das ovelhas
e leva teus cabritos a pastar
perto do acampamento dos pastores! [...] (SALOMÃO apud COSTA, s/d, p.32)

XII)

Belisa e Amarílis
(Cláudio Manoel da Costa)

Corebo e Palemo.

Cor. Agora, que do alto vem caindo


A noite aborrecida, e só gostosa
Para quem o seu mal está sentindo;
Repitamos um pouco a trabalhosa
Fadiga do passado; e neste assento
Gozemos desta sombra deleitosa.

O brando respirar do manso vento


Por entre as frescas ramas, a doçura
Dessa fonte, que move o passo lento;

A doce quietação dessa espessura,


O silêncio das aves, tudo, amigo,
Ouvir a nossa mágoa hoje procura.

Principia, Palemo; que eu contigo


À memória trarei, quanto deixamos
No sossego feliz do estado antigo.

Que esperas, caro amigo? Sós estamos:


Bem podemos falar: porque os extremos
De nossa dor só nós testemunhamos.

Pal. Não vi depois, que o monte discorremos,


Há tantos anos, sempre atrás do gado,
Noite tão clara, como a que hoje temos:

Mas muito estranho ser de teu agrado,


Que despertemos inda a cinza fria
Da lembrança do tempo já passado.

Oh! não sei, o que pedes: bom seria,


Que desse qualquer bem não cobre alento
O estrondo, que talvez adormecia.

Loucura é despertar no pensamento


O fogo extinto já de uma memória:
Não sabes, quanto é bárbaro o tormento.

Em nos lembrarmos da perdida glória


Nada mais conseguimos, que ao gemido
Dar novo impulso na passada história.

Não se desperte o mísero ruído;


Que veremos, amigo, o desengano
De um bem caduco, de um prazer fingido. [...] (COSTA, 1976, p.97)
XIII)

[Voai, suspiros tristes;]

Voai, suspiros tristes;


Dizei à bela Glaura o que eu padeço,
Dizei o que em mim vistes,
Que choro, que me abraso, que esmoreço.
Levai em roxas flores convertidos
Lagrimosos gemidos que me ouvistes:
Voai, suspiros tristes;
Levai minha saudade;
E, se amor ou piedade vos mereço,
Dizei à bela Glaura o que eu padeço.
(BOTELHO apud. FERREIRA, 1952, p. 148)

XIV)
[Suave Agosto as verdes laranjeiras]

Suave Agosto as verdes laranjeiras


Vem feliz matizar de brancas flores,
Que, abrindo as leves asas lisonjeiras,
Já Zéfiro respira entre os Pastores
Nova esperança alenta os meus ardores
Nos braços da ternura.
Ó dias de ventura,
Glaura vereis à sombra das mangueiras!
Suave Agosto as verdes laranjeiras
Co'a turba dos Amores
Vem feliz matizar de brancas flores. (ALVARENGA, 1943, p.225).

XV)

Vão as serenas águas


do Mondego descendo
mansamente que até o mar não param;
por onde minhas mágoas
pouco a pouco crescendo,
para nunca acabar se começaram.
Ali se ajuntaram
neste lugar ameno,
aonde agora mouro,
testa de neve e ouro,
riso brando, suave, olhar sereno,
um gesto delicado,
que sempre n’alma me estará pintado.

Nesta florida terra,


Ieda, fresca e serena,
Iedo e contente para mim vivia,
em paz com minha guerra,
contente com a pena
que de tão belos olhos procedia.
Um dia noutro dia
o esperar me enganava;
longo tempo passei
com a vida folguei,
só porque em bem tamanho me empregava.
Mas que me presta já,
que tão fermoso olhos não os há?

Oh, quem me ali dissera


que de amor tão profundo
o fim pudesse ver inda alguma hora!
Oh, quem cuidar pudera
que houvesse aí no mundo
apartar-me eu de vós, minha Senhora,
para que desde agora
perdesse a esperança,
e o vão pensamento,
desfeito em um momento,
sem me poder ficar mais que a lembrança,
que sempre estará firme
até o derradeiro despedir-me

Mas a mor alegria


que daqui levar posso,
com a qual defender-se triste espero,
é que nunca sentia
no tempo que fui vosso
quererdes-me vós quanto vos eu quero;
porque o tormento fero
de vosso apartamento
não vos dará tal pena
como a que me condena;
que mais sentirei vosso sentimento
que o que minha alma sente
Morra eu, Senhora; e vós ficai contente!
Canção, tu estarás
aqui acompanhando
estes campos e estas claras águas,
e por mim ficarás
chorando e suspirando,
e ao mundo mostrando tantas mágoas
que, de tão larga história,
minhas lágrimas fiquem por memória. (CAMÕES, 2007, p. 195-198).
XVI)
Parti do Norte chorando,
que coisa triste, meu Deus!...
Eu vi o mar soluçando
e o coqueiral dando adeus... (OLIVEIRA apud CAVALCANTE, 2000, p.26).

XVII)

O Riso da Saudade
(António Castel-Branco)

A cálida alvorada já sorri


e teu ser rejubila de vontade
de abraçar essa estrela que se ri
ao ver-te decidida e destemida
no fim desta tão triste e curta vida,
vivida com carinho e com saudade.

No meio da tristeza da saudade


que senti ao lembrar-me que sorri
dos sonhos que aspiravas para a vida...
do modo como impunhas a vontade
às dores que enfrentavas destemida...
soltei as emoções e logo ri. [...]

Se o tempo te sorri, faz-lhe a vontade:


abraça o sol que ri, já destemida,
e vive em pleno a vida sem saudade. (BRANCO, 2011, s/p.)

XVIII)

Fazia bem em me dizer


E grata lhe ficaria
Razão porque em verso me dizia
Não ser o bom-bom para si...
A não ser que na pastelaria
Não lho queiram fornecer
D’outro motivo não vi
Ir tal leva-lo a crer.
Não sei mesmo o que pensar
Há fastio para o comer?
Ou não tem massa pr’o comprar?!

Peço porém me desculpe


Este incorrecto poema
Seja bom e não me culpe
Sou estúpida, e tenho pena
O Sr. é muito amável
Aturando esta... pequena ... (QUEIRÓS, 1996, p. 15).

XIX)

Doente da viagem
Meus sonhos perambulam
Pelo campo seco
(BASHÔ, 2011)

XX)
OUTUBRO
Cessou o aguaceiro
Há bolhas novas nas folhas
Do velho salgueiro
(ALMEIDA, 2002, p.11)

XXI)

História da Machina que faz o mundo rodar


(Antônio Ferreira da Cruz)

[...]
Cego, aleijado e moleque,
Padre doutor e soldado,
Inspetor, Juiz de Direito,
Comandante e delegado,
Tudo, tudo joga o dinheiro
Esperando bom resultado.
Matuto, senhor de engenho,
praciano e mandioqueiro,
Do agreste ao sertão
Todos jogam seu dinherio
Se um diz que é mentiroso
Outro diz que é verdadeiro.

Na opinião do povo
Não tem quem possa mandar
Faça ou não faça a machina
O povo tem que esperar
Por que quem joga dinheiro
Só espera mesmo é ganhar.

Assim é que muitos pensam


Que no abismo não cai
Que quem não for no Juazeiro
Depois de morto ainda vai,
Assim também é crença
Que a dita machina sai.

Quando um diz: ele não faz,


Já outro fica zangado
Dizendo: assim como Cristo
Morreu e foi ressuscitado
Elle também faz a machina
E seu dinheiro é lucrado. [...] (CRUZ, s.d,).

REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Guilherme. Encantamento, acaso, você. Campinas: Editora Unicamp, 2002.
ALVARENGA, Manuel Inácio da Silva. Glaura: poema erótico. Rio de Janeiro: INL, 1943.
ANDRADE, José Maria Goulart de. Poesias: 1900-1905. Rio de Janeiro: Garnier, 1907.
BANDEIRA, M. Meus poemas preferidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.
BASHÔ, Matsuo. Doente da viagem. Disponível em
http://www.nippobrasil.com.br/zashi/2.haicai.mestres/093.shtml. Acesso em 19 ag. 2016.
BILAC, O. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.
BASHÔ, Matsuo. Doente da viagem. Disponível em
http://www.nippobrasil.com.br/zashi/2.haicai.mestres/093.shtml. Acesso em 19 ag. 2016.
CAMÕES, L. Sonetos de Camões: sonetos, redondilhas e gêneros maiores. Organização, apresentação e
notas de Izeti Fragata Torralvo e Carlos Cortez Minchillo. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007.
CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. Biblioteca de Cordel: Rodolfo Coelho Cavalcante. (Intr. Eno Theodoro
Wanke). São Paulo: Hidra, 2000.
CASTEL-BRANCO, António. O riso da saudade. Disponível em:
<http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdesaudade/386725> Acesso em: 12 ag. 2016.
COSTA, Cláudio Manoel. Poemas de Cláudio Manoel da Costa. São Paulo: Cultrix, 1976.
COSTA, Flávio M. da. As 100 melhores histórias eróticas da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro,
s/d.
CRUZ, Antônio Ferreira da. História da machina que faz o mundo rodar. Disponível em
<http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/AntonioFerrreira/antonioFerreira.html.>. Acesso em 21 ago. 2016.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Antologia dos poetas brasileiros da fase colonial. V. 2. Rio de
Janeiro: Imprensa Oficial, 1952.
GONÇALVES, E. A lírica galego-portuguesa. Lisboa: Editorial Comunicação, 1983.
QUEIRÓS, O. Cartas de amor de Ofélia a Fernando Pessoa. Organização de Manuela Nogueira e Maria
da Conceição Azevedo. Lisboa: Assírio e Alvim, 1996.
NOVAES, Adauto (org.) Poetas que pensaram o mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Poesia romântica: antologia. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1965.
SAFO. Ode a uma amiga noiva. Tradução de Mário da Gama Kury. Disponível em: < http://www.
blocosonline.com.br/literatura/poesia/pidp/pidp010779.htm>. Acesso em 13 ago. 2011.
SMITH, Philips. 101 best-loved poems. Nova York: Courier Dover Publications, 2001.

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