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Infecção

Hospitalar

anaisabelvf@gmail.com
Introdução
 Histórico
 Oliver Wendell Holmes – 1843
 Ignaz Philipp Semmelweis
 15 de maio de 1847
 Florence Nightingale
Ana Isabel Vieira Fernandes, Set-2005
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Pesquisa de Semmelweis
Introdução
 Controle de Infecção Hospital
 Lei Federal
 Portaria 2616 MS
Ana Isabel Vieira Fernandes, Set-2005
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Conceitos
 Flora Normal
 Permanente (residente)
 Transitória
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Conceitos
 Síndrome Infecciosa
 Flora normal
 Queda da resistência do hospedeiro
 Não há iminidade duradoura
 Contaminação
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 Colonização
Conceitos
 Infecção Comunitária
 Aquela constatada ou em incubação na
admissão, desde que não relacionada a
internação anterior no mesmo hospital
 Extensão da infecção pelo mesmo
microrganismo
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 Infecção em RN, por via transplacentária


e associada a bolsa rota superior a 24h
Conceitos
 Infecção Hospitalar
 Qualquer infecção adquirida após a
internação do paciente e que se
manifesta durante a internação ou após
a alta, quando puder ser relacionada
com a internação ou procedimentos
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hospitalares.
Infecção Hospitalar
 Critérios gerais
• Topografia da Infecção comunitária com
isolamento de germes diferentes e agravamento
do quadro
• Quando se manifesta nova doença em que não
se conhece o PI e não houver evidências clínicas
e/ou dado laboratorial de infecção no momento
da admissão. Considera-se IH após 72h da
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admissão
• Procedimentos invasivos (mesmo antes das 72h)
• Infecções com PI definido, considerar o período
mínimo e após a alta o período máximo.
Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar
 Sistema de Vigilância epidemiológica
 Estabelecer normas e rotinas
 Educação continuada
 Auditorias
 Ações de prevenção e profilaxia das
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doenças ocupacionais
Indicadores de IH
 Taxa de IH
 Taxa de IH por 100 pacientes = Total de IH x
100 / pop. exposta ao risco.
 Distribuição de IH por topografia
 Total de IH por topografia x 100 / total de IH
 Taxa de densidade de incidência por 1000
pacientes / dia
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 N0 de IH x 1000 / n0 de pacientes-dia
 Taxa de IH relacionadas aos principais
procedimentos utilizados na UTI
 N0 de IRVM x 1000 / n0 de dias sob VM
Microbiologia das IH
 As IH em UTI são geradas pela quebra de
barreira através dos procedimentos de
risco.
 Principais patógenos
 Staphylococcus spp
• Presente na pele, trato respiratório
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superior e trato geniturinário


– Coagulase + S. aureus – Relacionados a
infecções graves como: Pneumonias, EI e
bacteremias
– Coagulase – S. epidermidis _ dispositivos
intravasculares e próteses.
 Enterococcus spp
 E. faecalis e E. faecium – EI, isolados em
ITU, feridas cirúrgicas e bacteremia
 Enterobacteriaceae ( enterobactérias)
 Flora normal do trato intestinal: E. coli,
Enterobacter spp, Klebsiella pneumoniae,
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Proteus mirabilis, Citrobacter spp e


Serratia marcescens – pneumonias,
infecções de corrente sangüínea,
cirurgias e UTI
 Bacilos G- não fermentadores da glicose
 Pseudomonas spp _ V. Mecânica
 Acinetobacter baumannii
 Stenotrophomonas maltophilia
 Burkholderia cepacia
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Bactérias Multirresistentes
 MRSA/ORSA
 1960. Resistentes a meticilina/oxacilina e
todos os Betalactâmicos. Sensível aos
glicopeptídeos (vancomicina e
teicoplanina)
 VISA/GISA
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 Sensibilidade intermediária à Vanco


-1996
 VRSA
 Resistente à vanco - 2002
Bactérias Multirresistentes
 VRE
 Enterococo resistente à Vanco
 Fatores de risco:
• Uso de vanco e cefalosporinas de 3a
geração
• Equipamentos contaminados
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• Proximidade com pacientes VRE


• Tempo de permanência hospitalar
Bactérias Multirresistentes
 Bacilos G-
 Principal causa de resistência aos
Betalactâmicos – produção de
betalactamases
• Betalactamases de espectro ampliado
(ESBL)
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– Produzidas por E. coli e Klebsiella


pneumoniae
– Mediada por plasmídeo
– Mutações das enzimas TEM ou SHV
– Resistência à cefalosporinas de amplo
espectro e Aztreonam
 Bacilos G-
 Principal causa de resistência aos
Betalactâmicos – produção de
betalactamases
• Betalactamases do tipo Ampi C
– Citrobacter spp, Enterobacter spp,
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serratia spp, providencia spp e


Pseudomonas aeruginos
– Induzida pelo uso de betalactâmicos
• Metalobetalactamases
– Capacidade de hidrolizar o Imipenem,
sensível aos monolactâmicos _
Síndromes Clínicas
 Infecções de Corrente Sangüínea relacionada a
cateter
 Caterter colonizado
 Crescimento igual ou maior que 15 UFC
 Infecção no local de inserção do cateter
 Eritema, induração ou secreção purulenta ao
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redor da pele no local de saída do cateter e/ ou


febre.
 Infecção primária da corrente sangüínea
hospitalar
 Tromboflebites
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Fisiopatologia da ICSRC
 Colonização da pele no local de inserção
do cateter
 Disseminação dos microorganismos
através do túneo subcutâneo no trajeto e
superfície externa do catéter até a
corrente sangüínea
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 Fonte
 Flora da pele do paciente
 Mãos do profissional
 Antissepticos contaminados
Diagnóstico Clínico e laboratorial
da ICSRC
 Local
 Dor, calor e rubor
 Secreção purulenta no local da inserção, presente em
apenas 50% dos casos
 Sistêmico
 Febre sem etiologia definida
 Mal estar, queda do estado geral
 Tremores e calafrios
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 Piora da doença de base


 Focos de infecção à distância
 Remoção do cateter
 Cultura de ponta de cateter
 1 par de hemoculturas
Profilaxia da ICSRC
 Cateter periférico
 Inserir em MMSS
 Troca a cada 48 a 72h
• Se na urgência trocar com 24h
 Barreiras de proteção
• Lavagem das mãos, uso de luvas estéreis,
máscara aventais e campos
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 Remover o cateter periférico se flebite


superficial
 Cateter central
• Preferir sub-clávia
• Troca a cada 5 dias
Tratamento da ICSRC
 Antibiótico empírico com cobertura para
G+ e G-
 Vancomicina + Cefepima
 Duração do tratamento
 Coagulase – 5 a 7 dias após remoção do
cateter
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 S. aureus - 14 dias
 Candida – 14 dias após última cultura +
 Neutropênico – 10 a 14 dias
 Ei – 21 dias
Infecções do trato urinário

 80% relacionadas ao cateterismo vesical


 Sistema fechado
 Fisiopatogenia
 O cateter permite o acesso à bexiga de microorganismos
• Por inoculação direta
• Migração intraluminal
• Superfície externa
 Crescimento bacteriano contínuo
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 Persistência de sedimento urinário vesical


 Fontes
• Flora endógena intestinal
• Contaminação cruzada por outros pacientes
infectados
• Procedimentos
Infecções do trato urinário
 Assintomáticas
 Menos de 1/3 é sintomático
 Sintomas
 Dor pélvica ou hipogástrica, dor no
flanco, disúria, náuseas, vômitos e febre.
 Bacteremia- tremores, febre e eventuais
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alteraçòes hemodinâmicas
 Diagnóstico Laboratorial
 103 UFC/ml
 Leucocitúria, leucocitose
Infecções do trato urinário
 Fatores de risco para bacteriúria
 Duração da cateterização
 Colonização bacteriana da bolsa coletora
 Dmellitus
 Ausência do uso de ATB
 Pós-parto
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 Alterações prévias da função renal


 Etiologia
 20% Candida albicans
 80% bactérias G-
Infecções do trato urinário
 Complicações
 Prostatite
 Orquiepididimite
 Cistite
 Pielonefrite (abscesso perinefrético)
 Bacteremia
 Indicações de sondagem em UTI
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 Alterações hemodinâmicas
 Obstrução do trato urinário
 Bexiga neurogênica ou retenção urinária
 Cirurgia urológica
Infecções do trato urinário
 Tratamento
 Retirada do cateter
 Isolamento do agente
• 50% E.Coli – Carbapenêmicos, cefalosporinas ou
aminoglicosídeos; quinolonas
• P. aeruginosa _ alto grau de resistência
• Klebsiella pneumoniae
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• Candida
– Tratar sintomáticos, neutropênicos, RN de baixo
peso, transplantados
– Fluconazol 200mg/dia por 7-14 dias
– Anfo B 0,3 a 1mg/ kg/ dia Ev
Pneumonia Hospitalar
 Ocorre em 70% dos pacientes em ventilação
mecânica
 Infecção mais freqüente em UTI
 Fisiopatogenia e fatores de risco
 Aspiração de conteúdo de orofaringe
• Perda do reflexo da tosse, pacientes
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neurológicos, VM
 Inalação direta do microorganismo
• Colonização da orofaringe por bactérias
entéricas, diminuição da acidez gástrica, refluxo
gástrico ( sonda entérica)
 Disseminação linfática e hematogênica
Prevenção da pneumonia
 Antissepsia das mãos
 Trocas de circuitos do ventilador a cada
7 dias
 Sistema fechado de aspiração traqueal
 Analgesia rigorosa
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 Decúbito 30 a 450
Diagnóstico da Pneumonia
 Precoce
 Cultura de secreções + hemoculturas
 Radiografias e Tc
 LBA
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Etiologia e tratamento das
pneumonias
 Deve ser precoce
 Amplo espectro
 Tempo de internação, VM
 Uso prévio de ATB
 Agentes mais comuns
 S. aureus MRSA
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 Pseudomonas
 Esquema Atb
 Glicopeptídeo + Carbapenem
Isolamento e Precauções
 Precauções-padrão
 Lavagem das mãos
 Luvas
 Máscaras, protetor ocular e escudo facial
 Aventais
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Isolamento e Precauções
 Precauções para transmissão de contato
 Pacientes colonizados ( Enterococos
multirresistentes, ORSA, rotavírus, bactérias G-
multirresistentes)
• Quarto privativo
• Lavar as mãos antes de sair do quarto
• Luvas e avental
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• Individualizar a utilização de materiais e passar


álcool com maior freqüência
• Hamper para roupa no quarto
• Só transportar o paciente se muito necessário
• Alimentação (utensílios descartáveis)
Isolamento e Precauções
 Precauções para transmissão aérea
 Indicadas quando há possibilidade de
transmissão através de gotículas
ressecadas ou pó contendo
microorganismos
 TB, sarampo, varicela, herpes-zoster
disseminado ou localizado em
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imunossuprimido.
 Quarto privativo
 Pressão negativa
 Máscaras NR 95
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FIM

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