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Casa

Grande (Gladir Cabral) A casa grande branca e branda como a seda, Acolchoada, fina e nobre como a renda, Mas aqui fora reina a lei da reprimenda, Da palmatria, nossa paga, nossa prenda. Doutores, caros, fortes, ricos e senhores Que suspirais pelas janelas dos amores, Olhai por ns marcados por terrveis dores, De vs vm nossas esperanas e temores. Os nossos corpos sendo mortos pouco a pouco, Os nossos sonhos j desfeitos, todos loucos. Na casa grande h uma cruz numa parede. No corao de um negro h uma casa nova Sem palmatria, sem corrente obrigatria, Sem mais senhores, todos so de todo amigos E nas paredes no h cristos esquecidos. Nessa fazenda Deus gente aproximada, tempo inteiro, tarde, noite e madrugada, Motiva encontro, comunho e caminhada, Faz liberdade ser bem mais que uma palavra. Os nossos corpos redimidos num momento Bem mais veloz que a luz de todo o pensamento, A nossa casa muito mais que uma fazenda (1) A nossa vida bem mais que uma fazenda (2)

Casa Grande (Gladir Cabral) A casa grande branca e branda como a seda, Acolchoada, fina e nobre como a renda, Mas aqui fora reina a lei da reprimenda, Da palmatria, nossa paga, nossa prenda. Doutores, caros, fortes, ricos e senhores Que suspirais pelas janelas dos amores, Olhai por ns marcados por terrveis dores, De vs vm nossas esperanas e temores. Os nossos corpos sendo mortos pouco a pouco, Os nossos sonhos j desfeitos, todos loucos. Na casa grande h uma cruz numa parede. No corao de um negro h uma casa nova Sem palmatria, sem corrente obrigatria, Sem mais senhores, todos so de todo amigos E nas paredes no h cristos esquecidos. Nessa fazenda Deus gente aproximada, tempo inteiro, tarde, noite e madrugada, Motiva encontro, comunho e caminhada, Faz liberdade ser bem mais que uma palavra. Os nossos corpos redimidos num momento Bem mais veloz que a luz de todo o pensamento, A nossa casa muito mais que uma fazenda (1) A nossa vida bem mais que uma fazenda (2)

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