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Dentro do redemoinho
Os governos devem agir conscientemente para fugir dessa possibilidade
horrenda.
Localmente os governos precisam trabalhar por uma repartição eqüitativa e
politicamente sustentável dos encargos por toda a população.
Isso significa que os setores mais atingidos não sejam chamados a suportar
todo o sacrifício maior. Sociedade que tenham rede de segurança social
deverão estendê-la e certificar-se de que cheguem a setores mais amplos que
os planejados originalmente. Países com fracos ou inexistentes programas
sociais, que possam atender as vítimas da crise, deverão criá-los e
rapidamente. Da mesma forma devem ser princípios básicos da equidade – e
da realidade política mais básica – que aqueles que se beneficiaram na bolha
devam ceder sua parte. Governos que ignorarem as questões sócias e
distributivas poderão produzir políticas contraproducentes ou serem
suprimidos. Até mesmo sustentar programas sociais já existentes é difícil
nesses tempos. Isso é verdadeiro para todos os governos que enfrentam forte
pressão fiscal com queda das receitas e aumento das depêsas. As dificuldades
são especialmente difíceis para os países em desenvolvimento, agora sem
acesso às fontes externas de financiamento. Mas os governos que não
prestarem auxílio aos mais atingidos vêem-se na condição de enfrentar
problemas sociais, o que só irá piorar o desastre.
Em termos internacionais os governos devem trabalhar para coordenar ações e
mão apenas idéias. E isso não vai acontecer pela própria vontade desses
governos.
Até agora a solidariedade da OCDE com os bancos centrais tem sido
impressionante. Basea-se,no entanto, numa longa tradição de solidariedade
entre bancos centrais e, após décadas de cooperação internacional, só pode
nos levar a uma parte muito pequena do caminho. Não existe nada semelhante
em outras esferas.
Conclusão
Se os governos não voltarem sua atenção para o impacto distributivo dessa
emergência e para as implicações internacionais das políticas locais a atual
calamidade irá alimentar a si própria.
A Grande Depressão de 1930 foi um fracasso da política nacional e da
cooperação internacional perante ao que foi uma falha de mercado. O sucesso
no enfrentamento da crise atual depende de políticas nacionais socialmente
sensíveis, viáveis e globalmente com capacidade de resposta, também viável,
à cooperação internacional.