Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Distribuição gratuita
Página 3 Boletim informativo
Alguns momentos da inauguração presidida pela senhora Ministra da Cultura, em 16 de Setembro de 2005
No Dia 16 de Setembro de 2006, actividade ao longo dos 12 meses. O taram o maior número de documentos
comemora-se o 1.º aniversário da inau- blogue foi também reestruturado, para leitura domiciliária, assim como os
guração da B.M.M.. Para assinalar esta apresentando um novo design e mais que mais solicitaram o serviço de pes-
data especial, a Biblioteca lança o Bole- informação. Consciente de que os utili- quisa na Internet, atribuindo o Diploma
tim BiblioCultUs, que terá uma periodi- zadores são uma peça fundamental de Bom Leitor e de Bom Cibernauta,
cidade anual, dando ênfase à data de desta engrenagem, a Biblioteca resol- depois de analisar a estatística da Sala
aniversário, com informação de toda a veu distinguir os utilizadores que solici- de Adultos e Sala Infanto-Juvenil.
Página 4 Boletim informativo
Desde os últimos dias do mês de Janeiro gosta de ler histórias e jogar à bola, assim para o crescimento de futuros
até meados de Fevereiro realizaram-se, entenda-se a nossa animadora cultural adultos bem formados, esclarecidos e,
pela 2.ª vez, sessões de Hora do Conto que deu voz à personagem que leu os sobretudo, felizes…
dirigidas ao público infantil dos Jardins de contos, deixou os meninos e meninas de
Infância e das E.B.1 do concelho. olhos arregalados, a seguirem atenta-
Tendo como objectivo a promoção do mente as histórias.
livro e da leitura junto dos mais peque- A Hora do Conto é uma actividade com
nos, a Biblioteca Municipal preparou a uma importância crucial para o despertar
leitura encenada de dois contos: O coelhi- da curiosidade pelos livros desde a mais
nho branco, conto popular português tenra idade, permitindo contribuir para
recontado por Xosé Ballesteros, para o que muitas das crianças sejam, num futu-
público dos jardins, e As aventuras da ro próximo, bons leitores.
Engrácia, de Maria Alberta Menéres Acreditando que o livro tem a capacida-
(escritora infanto-juvenil em destaque no de de transformar quem o lê, cremos
mês de Janeiro), para o público das E.B.1. que todo o trabalho na área de promo-
O Manuel, menino mal comportado que ção da leitura é prioritário, contribuindo
Página 5 Boletim informativo
Em Março, decorreu a terceira sessão As sessões foram dinamizadas por No final das sessões, como vai sendo
de Hora do Conto para todas as cri- uma velhinha muito querida que, com habitual, a oferta da B.M.M. aos meni-
anças dos J.I. e E.B.1 do concelho. Em calma e paciência, quis captar a aten- nos foi um marcador de livros onde
mês dedicado à poesia, os textos se- ção das crianças para a importância se podia ler as seguintes palavras de
leccionados para leitura foram Poemas do objecto livro através do maravil- Letria: “os livros gostam que os mar-
de mentira e de verdade, de Luísa Du- hoso texto de José Letria, assim quem com marcadores coloridos ou
cla Soares, e Ler doce ler, de José como provocar o riso através dos com pétalas ressequidas que lembram
António Letria. poemas “travessos” da Luísa. os perfumes”.
A 15 de Maio iniciou a 4.ª e última sessão da Hora do Conto compromisso de coordenação de trabalhos e esforços para
do ano lectivo 2005/06, na B.M.M.. que as crianças de hoje percebam, desde cedo, que há livros
Durante duas semanas, os meninos e meninas de todos os J.I. sobre os mais variados assuntos. Existem livros para estudar
do concelho poderão assistir ao conto “O leão e o mosqui- e, deste modo, adquirir mais conhecimentos, outros para
to“, de António Torrado, e as crianças das E.B.1 ao Elmer, de folhear e apreciar as ilustrações, uns que fazem rir, há os que
David McKee, escritor e ilustrador inglês de grande prestígio. fazem chorar, os que fazem pensar tanto que transformam a
Desta vez, a história é contada por um dragãozinho verde nossa maneira de ver o mundo. Tudo para evitar que, quando
muito querido, em específico, um pequeno e cresçam, já adultos, estes cidadãos se limi-
cativante fantoche, e as páginas do livro são tem a ler o jornal desportivo, os talões de
projectadas no pequeno teatrinho, em simul- cheque, os impressos das repartições públi-
tâneo, captando a atenção dos miúdos e cas e bancárias, os outdoors... graças à aver-
graúdos que se têm rendido completamente são que adquiriram desde tenra idade.
às histórias. Os livros servem para uma melhor com-
Nesta última sessão, de um ano que se pode preensão da humanidade, do universo, das
definir como experimental, concluiu-se que a pessoas e, como corolário, quem os lê alarga
Hora do Conto é essencial para que as os horizontes.
crianças tenham acesso à leitura de lazer, de A “desescolarização” do livro é uma tarefa
puro divertimento. árdua, no entanto, acreditamos que a Hora
A associação do objecto livro a trabalho, do Conto na Biblioteca é um começo…
estudo e sacrifício, relacionado com a escola Através desta, acreditamos contribuir, entre
ao longo de décadas, vai sendo lentamente outros, para o aumento das boas práticas de
“combatida” pelas bibliotecas municipais. A leitura, da literacia, da tolerância dos hoje
Biblioteca e as Escolas têm de assumir um meninos, amanhã futuros adultos.
Página 6 Boletim informativo
A B.M.M., com a colaboração do Insti- O Laboratório das Letras, enquanto nasce a escrita pelo olhar, pelo ouvir,
tuto Português do Livro e das Bibliote- oficina de escrita criativa, trabalha a cheirar, saborear e tactear.
cas e do Ministério da Cultura, promo- língua como matéria de experiência Esta primeira acção organizada pela
veu, nos dias 20 e 21 de Abril, uma laboratorial. Realçando sempre a língua B.M.M. decorreu nas instalações da
acção de formação subordinada ao e literatura como património cultural e Escola Profissional de Murça e contou
tema “Laboratório de Letras: Os cinco histórico, os formandos foram convida- com a participação de profissionais das
sentidos da escrita”, com a Dr.ª Tânia dos a divertirem-se e aprender com as áreas do ensino, da animação sócio-
Silva. letras, a partir do próprio corpo. Atra- cultural e de profissionais ligados às
vés de uma viagem pelos cinco sentidos bibliotecas e arquivos da região.
Orientado para os dois jardins-de- da SalaInfanto-Juvenil, foram colocadas à livros, DVD´S, CD´S Áudio, etc. – na
infância de Murça, a B.M.M. promoveu, descoberta dos mais jovens utilizadores vida das pessoas. Enfim, com esta inicia-
de 3 a 7 de Abril, o “Labirinto de desta biblioteca. Com esta iniciativa tiva visou-se também despertar o gosto
Livros”, actividade que assinalou o Dia pretendeu-se incutir nos jovens utiliza- pela vinda à Biblioteca.
Internacional do Livro Infantil, que se dores uma relação activa com os livros. Durante a aventura, as crianças passa-
comemora a 2 de Abril. A acção visou consciencializar as crian- ram por muitas peripécias e, no final,
Esta actividade consistiu numa verdadei- ças de tenra idade para a necessidade uma grande surpresa - a história da
ra “caça ao tesouro”, onde a riqueza de pesquisa de informação, para a des- Galinha Misteriosa, de Luísa Ducla Soa-
das palavras e imagens escondidas no coberta inesperada de “coisas novas”, res.
interior de algumas obras bibliográficas, para a importância dos documentos –
A B.M.M. recebeu, no dia 10 de Março, a ilustre visita de D. Cívico – Cultural, que decorreu pelas 21 horas, no Auditório
Carlos Ximenes Belo, Bispo Resignatário de Díli, Timor-Leste, Municipal de Murça.
e Prémio Nobel da Paz em 1996. D. Ximenes Belo foi acompanhado pelo murcense Dr. Gui-
D. Ximenes Belo visitou o concelho de Murça e participou lhermino Pires, amigo do Nobel, que durante largos anos foi
numa série de actividades, das quais se destacou o Encontro administrador da Casa Nacional da Moeda.
Empréstimo domiciliário
é solicitado diariamente
S. Valentim na B.M.M.
O Dia de S. Valentim, celebrado a 14 de dos jovens foi tanto que o atelier, pre- Cláudio ter proibido a realização de
Fevereiro, há muito que conquista a visto para 3 tardes, estendeu-se até ao casamentos em Roma, acreditando que
atenção dos portugueses. fim do mês. A Exposição de Lenços, os homens não queriam sair em campa-
A B.M.M., visando a promoção da diver- cedidos pela Aliança Artesanal de Vila nhas militares para não abandonarem as
sidade cultural, organizou um Atelier e Verde, esteve patente até 28 de Feve- suas amadas, continuou a casar jovens
uma Exposição de Lenços de Namora- reiro no Átrio da Biblioteca. Paralela- apaixonados. O Imperador, depois de
dos, característicos do Minho, fomen- mente, nas Salas de Adultos e Infanto- tomar conhecimento do desacato da
tando o conhecimento de tradições, o Juvenil, encontraram-se exposições sua ordem pelo Bispo Valentim, que
desenvolvimento da criatividade e o bibliográficas de fundos documentais continuou a celebrar casamentos, orde-
apreço por diferentes manifestações associados à temática amorosa. nou a sua decapitação. A morte de
artísticas. Nessa época de celebração do amor, Valentim ocorreu no dia 14 de Feverei-
O atelier dirigido essencialmente ao aproveitou-se para esclarecer a origem ro de 270. Em 498, O Papa Gelasius
público infanto-juvenil decorreu na do célebre Dia dos Namorados: tudo santificou o Bispo e, todos os anos, o
Biblioteca, sob orientação da Prof.ª começou no séc. III, quando Valentim, dia da sua morte é conhecido e celebra-
Teresa Cardoso. A adesão e o interesse Bispo de Terni, depois do Imperador do como Dia dos Namorados.
O projecto da B.M.M. - Neste Verão várias revistas semanais e mensais, jor- Tratou-se de um projecto de promoção
escaldante visite a Biblioteca ao Volante! nais regionais e diários nacionais, assim do livro e da leitura inovador que teve
- visou proporcionar a leitura aos mur- como livros. Durante 4 horas diárias, o uma boa aceitação por parte do público,
censes e a todos aqueles que escolheram público teve oportunidade de usufruir da de forma que a B.M.M. promete apostar
estas terras para passar os dias quentes leitura, de se inscrever como utilizador mais em actividades de extensão cultural
de Verão. De segunda a sábado, todas as da B.M.M., de requisitar livros para ler durante o Verão, com vista à divulgação
tardes, o bibliomóvel deslocou-se a uma em casa, enfim, de aproveitar melhor o dos seus serviços, à captação de novos
sede de freguesia ou a uma praia fluvial, tempo livre na companhia da Biblioteca utilizadores e à promoção do livro e da
colocando à disposição da população Itinerante. leitura no concelho de Murça.
Representação da peça “A Menina do Mar” Filandorra foi uma das companhias convidadas
A B.M.M. promoveu, de 27 a 31 de pela companhia de teatro Filandorra, tório Municipal de Murça, pelas 21
Março, a Semana do Teatro, de forma uma adaptação do conto da consagra- horas, a peça “Inês Pereira”, baseada
a assinalar o Dia Mundial do Teatro, a da escritora Sophia de Mello Breyner na obra de Gil Vicente, uma adapta-
27. Andresen. ção e produção do grupo teatral
Para além das Exposições Bibliográfi- A apresentação desta peça realizou- “Casca_de_Nós”.
cas exibidas nas Secções de Adultos e se em duas sessões, destinadas à
Infanto-Juvenil, com as temáticas de comunidade estudantil do pré-escolar
Literatura Portuguesa e Estrangeira, e 1.º ciclo do Agrupamento Vertical
Teatro e Representação Teatral, esta de Escolas do Concelho de Murça.
iniciativa foi encerrada com a apre- Para os adultos apreciadores desta
sentação da peça “A Menina do Mar”, arte, subiu também ao palco do Audi-
Página 13 Boletim informativo
“Uma terra que tem uma obra, com fotografia de António Pinto e
texto de Braga Amaral, decorreu no Audi-
biblioteca assim é, seguramente
tório Municipal da vila. O conhecido jorna-
abençoada” lista e comentador Carlos Magno, convida-
do para fazer a apresentação do livro,
A dia 26 de Setembro de 2005, a Câmara referiu, acerca da importância dos livros,
Municipal de Murça lançou um livro sobre que ficou surpreendido com a Biblioteca
a história antiga e recente do concelho, Municipal, afirmando que “uma terra que
intitulado Murça: Onde o encanto não tem tem uma biblioteca assim é, seguramente,
tempo. A apresentação desta magnífica abençoada”.
Página 14 Boletim informativo
Exposições de Pintura
Engenho e Arte de António Santos Silva vida. António Santos Silva nasceu na aldeia de Crasto
(concelho de Valpaços), tendo ido viver para Jou (concelho
Foi inaugurada a 18 de Novem- de Murça) aos 2 anos de idade. Aos 24 emigrou para Paris e
bro de 2005, na galeria do depois de passar por diversos ofícios, actualmente tem uma
Auditório Municipal de Murça, empresa de pintura e restauro de imóveis onde trabalha. O
uma exposição de pintura da permanente contacto com a pintura levou António Santos
autoria de António Santos Sil- Silva a descobri-la como processo artístico e cultural. Depois
va. de frequentar vários cursos de pintura, escultura e modela-
Na abertura oficial desta expo- gem no Carroussel do Louvre, junto de conceituados mestres
sição intitulada “O Peregrino”, das artes, começou a expor os seus trabalhos, participando
o autor não escondeu o em exposições colectivas e individuais em França, Bélgica,
“significado especial” que este Alemanha e Portugal. Em representação da Câmara Municipal
trabalho tem para si, pois tra- de Murça, o Vice-Presidente da Câmara, José Maria Costa,
duz um vasto conjunto de congratulou-se e agradeceu ao pintor por uma vez mais acei-
vivências e de pessoas de um tar o desafio de expor os seus trabalhos para serem aprecia-
determinado período da sua dos pelas gentes do concelho murcense.
Trabalhos de Odete Marília Esteve patente ao público, até dia 17 Odete Marília nasceu em Ribalonga,
de Março, na galeria de exposições do concelho de Carrazeda de Ansiães, e
Auditório Municipal de Murça, uma actualmente é professora efectiva na
Exposição de Pintura da autoria de Escola Secundária da Sé em Lamego.
Odete Marília, promovida pela Câmara Os quadros em tons predominante-
Municipal de Murça com o apoio da mente azuis, verdes e amarelos reflec-
Delegação Regional da Cultura do tem o Douro, os afectos, o amor. É
Norte. uma pintura que apela à nudez da
A mostra foi constituída por 18 obras, alma…
elaboradas na técnica de óleo sobre a
tela. Vale a pena apreciar.
“Coisas Nossas” de Alfredo Cabeleira temas rurais que retrata nos seus trabalhos, dando especial
destaque às paisagens barrosãs.
No dia 12 de Junho, Fundador da Escola Grafiti de Iniciação à Pintura, onde exerce
pelas 18:00, inaugurou- também docência no âmbito do desenho artístico, Alfredo
se uma exposição de Cabeleira recebeu, em 1996, o prémio de Pintura Flaviae e o
pintura intitulada Diploma de Mérito Artístico Podium.
“Coisas Nossas”, da Em 1999, patrocinado pela Câmara Municipal de Boticas,
autoria de Alfredo Cabe- exerceu durante 3 anos um curso básico de desenho e pintu-
leira, cujas obras retra- ra nessa mesma localidade.
tam, essencialmente, É sócio-fundador da Associação “Amigo das Artes de Trás-os
temas rurais. -Montes e Alto Douro” e membro da Sociedade Nacional de
O pintor, nascido em Belas Artes.
Castelões, aldeia do con- O pintor, cuja grande parte das obras integram colecções
celho de Chaves, dedica-se à pintura desde tenra idade. particulares, nomeadamente, em Portugal, Espanha, Inglaterra,
Em 1986 conheceu o Mestre Nadir Afonso para quem traba- Luxemburgo, Alemanha, Itália, E.U.A., entre outros, é tam-
lhou durante algum tempo, e, no ano seguinte, inscreveu-se bém autor de diversas colecções de postais e capas de livros,
no Instituto Parramon, em Barcelona, onde frequentou o litografias e linogravuras, e tem participado em várias exposi-
Curso de Desenho e Pintura. Desde então, o pintor busca ções realizadas um pouco por todo o país e mesmo no
estrangeiro.
Página 15 Boletim informativo