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DISCURSO PRONUNCIACO
A
NA C A M A R A D O S S E N H O R E S D E P U T A D O S
~ M ~ : I I I W] .I ~ ~ ' ~ I I I . hoicb ~ i ~ i l ~C;IS:I.
oii\icIa> lii i:1111,b
ilo illusire iiiiiiistri~i1;i': 1 1 1 : ~~111/11ic~;is.
is cwno do digno
d e p i ~ i d oqiich;rc:il):i tlc 1;111;1r, t~uigc11iidc crrio. e dn
prornplo: :tIgrm~s~vIh~xiw> rr~,i,iiirplicia :LW I I I ; ~re-
c:oirtieceii (Apoiahs! i~oiic:t~:1c~i~iIi~-iiic n palitvra, i~iiando
:LS P V ~ O Y X t k :tdi:t~ikiIit.: I I ~ I ~ Y O I I I ~ ~ I ~I ML IO~ I ~ ~ I O I I ~
do dia.
Tenho. pori:in!o. dc c't~lci.i l i : i i i i r ~ c1';tcpclla riiiiilia
(liiasi i-c?pi~r):~wi;i.
E dclpo~s,si'. p1~4:l{liilr: desde já. Aycwi'
tii;;)i~~~,l-o
ci'aqii~ll:iiniiiha q u a l i ( l ; t i l c > ~wopric\ti~rio. coiiio logo o
I-onfessri para pvilar ~ q i i i w15 '4 C'wil~c:;lr-~ile C ~ p I si-
ç i o tloliiiith. (!i1 cwlclritlo que. iia prrsenle qiiestáo, ao
rnerios. podrwi hlla r o iiiais clespreoccupatlaiiiciite pos-
sivel e corii I ( J ~a iiiil~;irc.ialitlacle,porque não terei
que iitt~ilclei',011 1o111;trc111cw11sid~r;iç20n ~ l i h u m sdi-
vergencias oii Iiictas. qiic iirinr:i Iioii\~.~ircw~ntcs oii
pretei-itas, eiitiz iniiri o os iii~rispti-cciros oii c;uiisoc:ios
agricolas.
Trntarido clc perto com iitn n3o ~)t~qiit?iio nrinichi'o
rl'elles, P dostlfi iilililos-:iiinos. iiiinc.a ;i16 Iioje liw iiina
s6 q11estão em qiie as I;:ixtles aii os iriliiiii;i& iircs~iwi
rle intervir.
Entenderno-nos. por inicwsse çoinmiiin. sohre a ctil-
tiira peferirel, e airirl:i solm o iriellinr riiodo o tricios a
empregar parti a dirigii.nios, piwa assirii potlerinos ;ilcaii-
lar os resultados mais corivenienies.
Púde até, ri'esse e outros pontos de administiaçao
ou direcção, kwer entre ncís uma hesitayso ou 11111 tnoito
differente tle apreciacão; riias tido isso deriva da pro-
pria natureza do conlracto de parceria, tal qual o codigo
o estabelece e o bom senso o aconselha. E' essa a nossa
tarefa : são esses os nossos conimuiis intcresscs. que! sd
O si.. Fuwliiiii. t i o qiio ;:~.;it);'iiiio>tlil c~uvii.-llic~,
tlc
pois ilc dilliliwitc~sc~uiiilci;i~õt.s sol)i.c o rnal yiie oi:,
aflige a Maclri~i.p a w u n. indicar os iiwios y d o s q i ~ ; , o s
em sua opinião. essa i i i i siiii:i(:5o potlerix ser cwnhtidil.
,4 i q ) ~ i i od e iiiis c otiii20s 1'iti.c.i dgiiiiius ot)servd-
çíjes, scntiiitio que a biwidarle (ho~cii~ião iiào consiiit::
ni;iis rriiniicioso c ninis detido cwric.
Disse o illustre depii~arln. t b si,i41i c s w o ~)i.iiiicirci
ponto a que i i i ~vou rrl'orir. q ~ i on a i l l i a da klaclt~irttsc
passa ãlguiiia cciusa. pmc.iJ:~cciiii o q11(.sdd6 na IrIaii-
da, consistindo a diil'erençn. apciias o i r i (pie o conqiii+
tador da Irlanda é na ilha da Rtndeiru substituitlo pelo
donatario.
Peco licença para dizcr a S. cx." qiic divirjo, por
completo, da sua opinião. (Apoiados.)
Na Irlanda, sSio as rendas u dinheiro: n a illadcir;i,
em especie.
Na Irlanda., ha o antagonisino dc r;içii. clc rcligiáo.
c ha p~incipalrncritr: os :iggi':i\ox tiisinricws qiic fiizorri
com que o i~,l;tndrz nAo tenha podido nuiicn recoiici-
liar-se corri o seu conquistnh~.
Na Mililriiii cousa alguiria ha qiie se pareça com
isso. ( Apoiudos .)
Nenhuma siiiiilliarip erii r e o3 eonquistndores repre-
sentados pelos l o d 101~1singlczcs, e os donatarios, de
que existcni Iiojjo :LPCI~:IS~ l i l i i nimorins.
~l~~
Os teiercnosdos niiiigos doiiat:irios esllo divididos e
siibtlividiilos por Ia1 liíinia, cntrc pessoas de d i w s a s proce-
deneias, que cousa diflicil seria iIrsiriniar-llies as origens.
Niio sc ~~~~~~~~~~:L ali a rlivisào de classes de qiic
S. ex." lalloii : a um lado os sentiui*ios ou proprietarios,
a outro os villfies.
O villao, de que o illustre deputado fallrt, é, eni
muitos CASOS,piqrictario tnnibem.
Niio inc r c h o tis hcriifei(ot*iiis.ou rusticas ou iirba-
nas, que, na g~cneridid:de, ])ossiichiiios parceiros agri-
colas sobre os tcrrerios dos sc!~itioiiose qiie Ihes dá0
um c:ir;tetciDtle qiiasi r.oti~l)ro~)i.iet:~i.ios, eiu alguns casos
corii mais vniitiigcns tlo que as ilos proprios senhorios.
Kefiiwiw, tliieeiamcriie, A propric:tlnde do solo.
As leis ~ I P28Ci0 c 1863, q i i o tlecrrtai~am;i :tllodia-
li&&, pivilusiimi ali, por cii*cuiiistmeias occnsioiiaes,
iiuis rapitliiiiwnie qiie piii (p:dqi~ci~ l l I i * i parte,
t a divi-
sáo (1.1 propiiedutic; e os eli:rinadoa villfies, que assim
na generalida(le se designam os t~ahitantesque vivem
f k a da cidatlc, ti~;irislorrii:iram-serrioiios d'elles, e traris-
formam-se dia a dia, eiri ~iii.rostantos proprietarios, que
cxercciri c cumprm, por sua vez, paracom OS seus par-
ceiros agricoI;is7 igwcx diiciios e igci;rcs obrigaçfies as
queos antigos proprictaiaios exerci;iin e exercem eiu re-
1;iy:io :i t h .
NGri y i w ) ( i i z w y w r150 h : ~ j ~ t i i " dalgumas
;l 1i~ç;i-
lid;rdesl iiiiiiio potic:is, c d e o Lciielicio da allodiali-
dntle 1150 clie-ou.
Depende isso tlo ciirxo natural (10 tempo.
Mas quero ullirinnr. e i; cssc o ponto que ora nos
occupa a aticnçao, que ;i ;ilisoliitn tlivisáo de classes, e
i i i d teravel, coiiio poileiai:i t ! i i p i d i ~ n i \ e i - das
~ ~ paiavrir~
do illristre deprltatlo, é coiisa qiic ali riao ha.
Ora se coiií'iiiiil~~iti
e sc: t rriiisiiiiticw incf istirictnmcnle,
einquanto :ios iiicios th eiiiijri;iiito 6s posso;is: ora se ar-
cuinulani as <lii:\liil;iil<~.;. ou tlc schiilior-io oii clc! paiwiio
agrida.
q w s ~ j ~ iáquelles
ta priricipios qii;ilquer outra forma de
coniracio que o coilipo rião dcsipiie prrcisimenI.~.
As clisposi~õwsão claros. c sú n'ollns d e w o abuso
eiiconirar repressão. ou d e vriih:~ clo s~olioiici.oii dn
pr('tlii.iI ;i;ricol;i
+
& essa a lei qiie os tri tiiiiicirs roriliewiii r :ipplic.:iiii.
Uma hypothese ha, de que agora me recordo. rm
que nem sempre é app1ic:ido o coJigo, rnm em vsrdatlr,
antes em beneficio do parceiro, o n50 do seiihoiio.
Na conformidade do coiligo, palha qiie o senlwio
possa excluir o parceiro ou reiidciro. tt?m iitr iii(l(viiiii-
sal-o prévia e inlcgrnlmriiir tlo w l o r das bcrid'tiiorios~
mas s6 quando m a s bernfciinii;~~Ir nh;iiii sido feitas
com auctorisaçiío expressa do sonhorio, o que deve pro-
var-se por documento esc ri pio.
Pois, na ilha da Madeira, scmprs qiic sc trata de
exclusáo, e sempre que essa excliisao compreherde
hemfeiiorins rust iras, unicriores ao cotlipo, ieri ha oii niio
havido licença por escripto, sb se effectua o despejo
amigavel ou judicial pieccdendo-o da indernnisaçáo,
salva a hypothese de documento em contrario, o qne B
justo na maior parte dos casos.