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A [UESTiIO DA PROPRIEDADE NA MADEIRA

DISCURSO PRONUNCIACO
A
NA C A M A R A D O S S E N H O R E S D E P U T A D O S
~ M ~ : I I I W] .I ~ ~ ' ~ I I I . hoicb ~ i ~ i l ~C;IS:I.
oii\icIa> lii i:1111,b
ilo illusire iiiiiiistri~i1;i': 1 1 1 : ~~111/11ic~;is.
is cwno do digno
d e p i ~ i d oqiich;rc:il):i tlc 1;111;1r, t~uigc11iidc crrio. e dn
prornplo: :tIgrm~s~vIh~xiw> rr~,i,iiirplicia :LW I I I ; ~re-
c:oirtieceii (Apoiahs! i~oiic:t~:1c~i~iIi~-iiic n palitvra, i~iiando
:LS P V ~ O Y X t k :tdi:t~ikiIit.: I I ~ I ~ Y O I I I ~ ~ I ~I ML IO~ I ~ ~ I O I I ~
do dia.
Tenho. pori:in!o. dc c't~lci.i l i : i i i i r ~ c1';tcpclla riiiiilia
(liiasi i-c?pi~r):~wi;i.
E dclpo~s,si'. p1~4:l{liilr: desde já. Aycwi'
tii;;)i~~~,l-o
ci'aqii~ll:iiniiiha q u a l i ( l ; t i l c > ~wopric\ti~rio. coiiio logo o
I-onfessri para pvilar ~ q i i i w15 '4 C'wil~c:;lr-~ile C ~ p I si-
ç i o tloliiiith. (!i1 cwlclritlo que. iia prrsenle qiiestáo, ao
rnerios. podrwi hlla r o iiiais clespreoccupatlaiiiciite pos-
sivel e corii I ( J ~a iiiil~;irc.ialitlacle,porque não terei
que iitt~ilclei',011 1o111;trc111cw11sid~r;iç20n ~ l i h u m sdi-
vergencias oii Iiictas. qiic iirinr:i Iioii\~.~ircw~ntcs oii
pretei-itas, eiitiz iniiri o os iii~rispti-cciros oii c;uiisoc:ios
agricolas.
Trntarido clc perto com iitn n3o ~)t~qiit?iio nrinichi'o
rl'elles, P dostlfi iilililos-:iiinos. iiiinc.a ;i16 Iioje liw iiina
s6 q11estão em qiie as I;:ixtles aii os iriliiiii;i& iircs~iwi
rle intervir.
Entenderno-nos. por inicwsse çoinmiiin. sohre a ctil-
tiira peferirel, e airirl:i solm o iriellinr riiodo o tricios a
empregar parti a dirigii.nios, piwa assirii potlerinos ;ilcaii-
lar os resultados mais corivenienies.
Púde até, ri'esse e outros pontos de administiaçao
ou direcção, kwer entre ncís uma hesitayso ou 11111 tnoito
differente tle apreciacão; riias tido isso deriva da pro-
pria natureza do conlracto de parceria, tal qual o codigo
o estabelece e o bom senso o aconselha. E' essa a nossa
tarefa : são esses os nossos conimuiis intcresscs. que! sd
O si.. Fuwliiiii. t i o qiio ;:~.;it);'iiiio>tlil c~uvii.-llic~,
tlc
pois ilc dilliliwitc~sc~uiiilci;i~õt.s sol)i.c o rnal yiie oi:,
aflige a Maclri~i.p a w u n. indicar os iiwios y d o s q i ~ ; , o s
em sua opinião. essa i i i i siiii:i(:5o potlerix ser cwnhtidil.
,4 i q ) ~ i i od e iiiis c otiii20s 1'iti.c.i dgiiiiius ot)servd-
çíjes, scntiiitio que a biwidarle (ho~cii~ião iiào consiiit::
ni;iis rriiniicioso c ninis detido cwric.
Disse o illustre depii~arln. t b si,i41i c s w o ~)i.iiiicirci
ponto a que i i i ~vou rrl'orir. q ~ i on a i l l i a da klaclt~irttsc
passa ãlguiiia cciusa. pmc.iJ:~cciiii o q11(.sdd6 na IrIaii-
da, consistindo a diil'erençn. apciias o i r i (pie o conqiii+
tador da Irlanda é na ilha da Rtndeiru substituitlo pelo
donatario.
Peco licença para dizcr a S. cx." qiic divirjo, por
completo, da sua opinião. (Apoiados.)
Na Irlanda, sSio as rendas u dinheiro: n a illadcir;i,
em especie.
Na Irlanda., ha o antagonisino dc r;içii. clc rcligiáo.
c ha p~incipalrncritr: os :iggi':i\ox tiisinricws qiic fiizorri
com que o i~,l;tndrz nAo tenha podido nuiicn recoiici-
liar-se corri o seu conquistnh~.
Na Mililriiii cousa alguiria ha qiie se pareça com
isso. ( Apoiudos .)
Nenhuma siiiiilliarip erii r e o3 eonquistndores repre-
sentados pelos l o d 101~1singlczcs, e os donatarios, de
que existcni Iiojjo :LPCI~:IS~ l i l i i nimorins.
~l~~
Os teiercnosdos niiiigos doiiat:irios esllo divididos e
siibtlividiilos por Ia1 liíinia, cntrc pessoas de d i w s a s proce-
deneias, que cousa diflicil seria iIrsiriniar-llies as origens.
Niio sc ~~~~~~~~~~:L ali a rlivisào de classes de qiic
S. ex." lalloii : a um lado os sentiui*ios ou proprietarios,
a outro os villfies.
O villao, de que o illustre deputado fallrt, é, eni
muitos CASOS,piqrictario tnnibem.
Niio inc r c h o tis hcriifei(ot*iiis.ou rusticas ou iirba-
nas, que, na g~cneridid:de, ])ossiichiiios parceiros agri-
colas sobre os tcrrerios dos sc!~itioiiose qiie Ihes dá0
um c:ir;tetciDtle qiiasi r.oti~l)ro~)i.iet:~i.ios, eiu alguns casos
corii mais vniitiigcns tlo que as ilos proprios senhorios.
Kefiiwiw, tliieeiamcriie, A propric:tlnde do solo.
As leis ~ I P28Ci0 c 1863, q i i o tlecrrtai~am;i :tllodia-
li&&, pivilusiimi ali, por cii*cuiiistmeias occnsioiiaes,
iiuis rapitliiiiwnie qiie piii (p:dqi~ci~ l l I i * i parte,
t a divi-
sáo (1.1 propiiedutic; e os eli:rinadoa villfies, que assim
na generalida(le se designam os t~ahitantesque vivem
f k a da cidatlc, ti~;irislorrii:iram-serrioiios d'elles, e traris-
formam-se dia a dia, eiri ~iii.rostantos proprietarios, que
cxercciri c cumprm, por sua vez, paracom OS seus par-
ceiros agricoI;is7 igwcx diiciios e igci;rcs obrigaçfies as
queos antigos proprictaiaios exerci;iin e exercem eiu re-
1;iy:io :i t h .
NGri y i w ) ( i i z w y w r150 h : ~ j ~ t i i " dalgumas
;l 1i~ç;i-
lid;rdesl iiiiiiio potic:is, c d e o Lciielicio da allodiali-
dntle 1150 clie-ou.
Depende isso tlo ciirxo natural (10 tempo.
Mas quero ullirinnr. e i; cssc o ponto que ora nos
occupa a aticnçao, que ;i ;ilisoliitn tlivisáo de classes, e
i i i d teravel, coiiio poileiai:i t ! i i p i d i ~ n i \ e i - das
~ ~ paiavrir~
do illristre deprltatlo, é coiisa qiic ali riao ha.
Ora se coiií'iiiiil~~iti
e sc: t rriiisiiiiticw incf istirictnmcnle,
einquanto :ios iiicios th eiiiijri;iiito 6s posso;is: ora se ar-
cuinulani as <lii:\liil;iil<~.;. ou tlc schiilior-io oii clc! paiwiio
agrida.

Frtllori u si.. lhscliini tlo rclnioriti da commissão de


iriqiwito iioiiicni\;i pclo goveriio p u a o estudo da situa-
@o eçoiioiiiic;~tla h l c i r a , c, rio qtic ouvimos ao snib.
ministro das o l m s publicas, cnconliaou o meu muito
illustr:iilo collcgt~niyincrito de sobejo para corroborar
as SLI:~:; alliiiiinti\x sol~rc,z impressão de horror que
esta qiiesiáo lhe iiisiiii*;i.
.I ronclusão foi Iogit*;r,sciii tliivida; riias riecessi-
ttirido, como rieccssi!arn, de alguns reparos os factos
que dcierrninniii o :ci8gunicn~o,peitle elle assiiii uma
grantic partc do scu d o i b .
Eri, sib.piwiiilei~ic,eo:wco por tlcclarar (pie não ie -
i i h o c o ~ i ~ p l ccoiilieciiiwto
~o t l i ~i*cli\iorioaprcseiitndo por
ucpiclla coiriniissSo.
Esi;indo 1iiii;l p:tr!c d'cssc ti;il~allio a imprimir, e
oulra sJineiitc lias esi:icúcs olliciaes, rio 1iiiiit;ido esp:iGo
de triiipo ein que eu p u h coriw os ollios por algurri:~~
paginas, náo posso í'nllar de ~u?l;isc4;is com inteira se-
811"a n$a.
I):~r~cc-ino, p ~ + t i : , IP os,;:^ w 1 (+:o P S I (li
~ vidih
em duas secqões que iiriporta 1150 c.onfrinJis: rini:t. clricv
enumera e estuda differentes nec.essid;li\cs locaes e irio-
dos por (Iue coiivém aiitlntlrl-as. i. qutl ~ ~ ;issigi~:til;i i b
pelo presidentc e ropacs da coiiiiiiissa~I : o i i t ~ i qiie cliz
respeito ao modo de ser da j)r~psit~~I;~(It~ rtislica ria Vi1-
deira, e 6 aquella a que o illtrsirc dcpiii;ido espcial-
mente se referiu, que, l ( b ~ i il c~ho. si3 araso nho lia ecliii-
voco da minha pãrlr, ilr csi;ir sijriit~iitt: assignatla pelo
presiden~eda nicsina corririiissfio.
N'este meu irio~lodt: c~priiiiir-mengo lia. 1150 IJO-
dia hav'er, a mcrior tn:iitifc~sin~ão de falta clc corisitiesa-
çáo minha para com ri. pessoa twoltiitln para aqiit!llu
presidencia, pessoa que nao t~rihoa Iioiisa rk ~ O I I I I ~ C P I '
sen3.0 ptdo nome cotr:o o de uin cavulhrii-o riiuiio iritelli-
genk; mas a siniples Iwa razk'nos indica que um? cou-
sa é o tratalho, que sc nos apresentar discutido o f m a -
do por toda a co1nniiss5o iioiiicada. ouirn. iniii ciithcn-
te, o que vier aperias ;issigriado ~wlo~wsicleiitc,scb IT-
iilrireriie ha esia disi incqGo a l;izrr, uiriio siip~~oiiliu t:
íju;isi posso "irinal-o 5 cuiiiarn .
A l h d c que, 6 para not;ii.-sc.. o c;iv;~lIii~iroa qur
eslou t'azeiitlo respciios;t ~*rkwi)ci;i, 6 c.siimlio a Inc;t-
lidadc.
Ihriiorou so ali, qiinrilio inuiio, dois a trw rriezes, n:.
cst:t@o inueriiosa; tcxripo que eu comideio insulliciente
c iinproprio. por divrwas razfies, para o csiuh de urna
quesi50 delieatla corno eah, por inaiores que sejarn as
faculctade: 1)easoaes.
M a quesi50 i150 pbde ser devitlaniente apreciada,
encarando-a sol),o ponio de vista is(,lih tlc! urn abuso;
ou essc alma wja do senhorio eiii rela~aoao parceiro,
ou vic,e-versa, qiia por parie de um ou tlc oiilro os ó~le
IIHVC~I., 9
( ' 0 i 1 1 ~ ;ttxmttbciltwi iodo O W I ~ ~ I Y I I O de socie d e .
E CoiiiO C S ~ tlu:ts
S :i~.;i:i.[òi:s w ('Oiil i';itni;iiii. coiiveni
qiie nos eritenthmos.
E' niit-iga, porqiie a sua niiiiyiidndc. isio é. o sc~i
n~~parccimento i i n crn 48%.
teve logtir, pela ~ ~ r i n ~ e vez,
lja sessenta annos.
Dcbat.iam-se os dois pnrii(1os: o lil~cixlc o ; t l ) ~ ~ l i i t i ~ l ~ .
Estava n ilha da hlndiG.;i ;tiIrnii!is~i*aila pelo p ) v p l - -
iiador e capit%o genria:tl JosZ. 1m:io Ti8;ii-:issos \F:ild~~:
quando, no dia 22 tlc jii11110,ali lili ~iiwhinatloo govor-
no lil)ei*:tl,erri o pposiç;io ao riio~iriwiiio plitico qiic OU-
ro anlcs se oj)eiw:irniio eoiiliiiriile.
Toniira parte nos en~liusiasmosd'nqiiellaproclarnn-
$50 a maioria do qiie Iia~iadr mais illiistre ein toda a
ilha, e a essa pai-cdidade pertencia a maioria dos pii-
ineiros proprieiiriaios e ainda um grande numero dos
meim ,ilmt:~dos.

Os adversa rios do iegiincn li lmd, ariimndos m a i s


iaidc, pela piescriça das .forC;tsde mar e de terra man-
tlndns expressnincriic pa ra siijciiar n Madeira .i nova or-
tloin de cousas csi n1~olcc:idaiio t m i i ircrito do rei no, co-
iiicCailam n hxcr pi'op:'pa~ih crn f:iwi8 das idbns al~so-
ll~fislas.
Os arpiiiticn I os qiie n'easns occnsiões mais convcn-
rcin, s50, c r i i i-cgiB;i,os qw: fcicin ou favorecem intcres-
ses ind i~icliiaes.
E qi~:mtoinciioi.6 :i illustr;içiio, mais facil a convic-
c50 SI! acccntria.
IYctssa ciibciiimt:iiicia. (pie iiiuito bem se combiiiava
roni o facto de sibrciii os lil~ernes~ iin riinior parte, os
prqwir iarios, rcsulioii o iiiaior clcmcrito da mcsma pro-
p p i i h , f:isi:iiJo-sr rsp:dli:ii* :i ri»iici:i clr qiie, vingando
Julgo ter o ~~twss;irio ~ d i c c i i i i i ~ ipara
ii~ p d e r : i i b
mar que nunca iiiais es!a tlutlbino \-aliou sriiiio c11118YI.
( N ~ intrn*up$Cu
u do v. fitsclri~ii, qitc i j ~ l ~ l i ~ h ~se? d t t
niio percebeu.)
O que eu p s o assegiir:ris, iiinis utilic v m , a v. ma
datas ([C f 828 C i 82 i, 3 . ~ ~ ~ ~ 1 1 i . i i 1 ) di:&r:ni
S ~ íO l ~ 0-11~~
Iguttlmeritc. se coiriprotiendc que, coiiicic.lindo essa
&rruriistancia com a ycrrla das nossas duas uriicas p o -
Para mim. Sr. presi~lt~nlr. a ( p v s l h t ~ ~ 1.r1 owi~lliu-
rio e pntwiro ngricoh é riiiiito sirii[il(bs.
E' uma quesiko de surieilatlc. igiial i clii~pot1cd;tr-
se em qualquer outra sociedndr corri tlilliwiitcl drsignação.
E' urna qiirst3o que rtwlta (1;) propria 11a1urma do
conlrac!~~ n t r o>orio>.
Se catla rim, por >tia pnrlr. riinilrrc 3s ol)rigaç~es
que lhe incumbem, a soc.icil;iil~ r;iiiiirili:i ;itriivCls das
epochas. ou prosperas ou ingraf:is. c scwi idiic~ancilis.
Se. pelo coiitr:irio. a liarmoriia sib roinpc, e, espc-
cialnicntr. se ;t iniscriii clicg;i, ; w i i i ! ~;iiiid;i
~ ~ u que ciii
todas as socie(l;ttlcs se (16.
Coineça logo o ahuso, c p c por isso rluc é ;tbiisl).
não é o liso legal tias disposi~~cs regulac1or:is (Ias ivla-
çOee enlin os socios.
Mas, perguntarei: será o abuso iiin iii.gliinctii\ti serio
wnti.a a parceria agricola ?
Se o fosse, seria o a h s o eni qunlqiicr outro coii-
tracto de sociedade, sob as diTweii~tsforii-ias por que
esta é conhecida, igual argurncbiitoc m r a ess:is especies
de contractos que ièem asscnio nas disposi(;cic.s legaes que,
nos regem.
A parceria agricola, tal con~oella se ( l i geralmeii-
te ria ilha da Madeira. ttw, para o pmcii.ci, vantagens,
que elle nZo cnt:oiitiUaerri iicrihumn ouira localitlriiic que
cu saiba.
I$. aqui, pcrmiiiwnt: o sr. Friwhini que directamcn-
te me refira a um:i p:~rtedo seu tlisciirso.
Disse S. ex.", c Cwrio. qur nem em toda a ilha C13
Jfadeira pertcncciii as hcriifci~orins ao casciro ou par-
cciin agricola: tjutb P O I ~ I O lia. S corr~ono concelho do Por-
10 Moriiz, ondc o sciitiorio, ou pi.opietario, c simuita-
neamentc sonhar do solo e licn~l'eitorias;nias S. ex." re-
cwd~eceri,;w i1wsnio I V I I ~ ) ~(111~~ . a t-onijiç50 do l;lvr3dur
n'esse coricelho e w riicrins tios tio que a dos lavraílo-
res dos outros coiit~rllina, oiitle. regra grrnl. o sdlo e
agias sáo do prq)rieiurio. c ao pircciro pertencem as
beinfeiiorias, qiwr riisticas, quer urbanas.
En penso c10 inemo modo, mas yermitta-me S. cx."
que, fazcntio ;-i :ipl)iwsiiiiaçio e i i h estas duas affiraati-
v : ~ ,eu nolc i1iit: lia iiiii:i ccr1a vontr:idicção mire ellas
e a parte ullirnn do SPII rlisciirxu.
( b / r r r u p ~ (10 SI.. Fusrhr~ti qirr nCo s p percebev~.)
Eu 1,m t ltwjii ria rpe osia. tlisciiss5o porlesse ser
irlitis larg:i ~:U-:Iqw its r:isi~rs. por unia e outra parte,
~ O ~ I C S ~ P IsI Iw t l ~ w ~ ~ iil:is
v i i l C~ wllior apreciadas.
Mas. firiiit~iiio~ I J ~ W v-i;i circcii~stancia.
Eo l->orioJ l o i ~ tiii i ~ 10 '1s bcrnfeitorias r u s t i m ou
urbanas são loihi; do siwlioriib, 6 rn;h precaria a s$lii;r-
$50 do parceiro agricoh.
E chamo a aften~3odo si.. k'i~scliinipara o que VOU
dizer-lhe, ein conlirriiai$o d'eske pensanienio, que é exa-
cto, como disse.
Vat! um Invrach da costa do siil da illm até o con-
celho do Porto .l.loriiz. e, por qualqiicr circiimstadci:,,
agrada-lhe n ciiltnra ou a posiçáo de um determinado
p t v h e tiio-irti t i t w j o ~de totnal-o rlc parceria.
I n i l a p r sabe ~ U Pali?
, pericnccrn as benifeitoring
ao senhorio, e sò n'essas condições poderia ser recebido.
Desiste logo da pretens30, porque lhe não convem.
P:iinece-me que a corirlusio 6 facil.
Disse mais o Sr. Fiiscliini, f;izcrido rcfcreneia a uma
pcbssoa que não tiomeou. nins. t-idirii. h:isla S. PX.. afir-
mar que é digna de toda u coiiãiilrr:i~ao. para que eu
lhe 1w~stetanibem a rniiili;i Iioiritmpriii, ijiie. iin#dei-
ra, as disposiçóes do codigo viril n o I npplicadas
aos coniractos a que 110s i CIIIOF t o . i ~ I I Ce s t ~ s
eram icgii1:itios por um ctiiriio n p c w iwiiiehiliriario.
Peço licença a S. ex.l para ciizcr-llic que lia aqui
um evidente equiroeo.
Niio 6 is~of;ilt;c de eonsidos:i~~wpcln pessoa que
prestou as i n fiiriiin~ùt)s,mas. sc Iiciii pcri~lii.p:triJeeit-
me q i ~ ea i-eí'ermcia thr;i I i h a iim c;ivallieiro (pie nlli
reridcb lia poiic,o . . .
O Sr. IVSCHIK"I:-- E' urri hlic11:iid cni tiircito. Pos-
so chlyir ai6 :ihi.
O 0HADOR:--Ue uiii bacli:isel em direi to yoclt)iiu.
eu qwiuar-mc.
0 quc eii posso d i z w :i S. ('1."I que a i tiiaposiçó~s
appliciivei~~ e applic*:d:ts, :i»s eoritrnctos tlc parecria
ayricol;l na illi:~da Mntlcira. s3o as especiaes do artigo
1:299." ri seguiiil~sdo rcdigo civil, e ainda as estahe-
Ircidas. para o a rreiiil:irnento. nos artigos (1: 6 W na
1:622.Oe i:fB7."e seguintes do mesmo cotlipo, entre
os rjw~sessiá a pt~escripçãocxpressa do nrt igo 1.631 .O

q w s ~ j ~ iáquelles
ta priricipios qii;ilquer outra forma de
coniracio que o coilipo rião dcsipiie prrcisimenI.~.
As clisposi~õwsão claros. c sú n'ollns d e w o abuso
eiiconirar repressão. ou d e vriih:~ clo s~olioiici.oii dn
pr('tlii.iI ;i;ricol;i
+
& essa a lei qiie os tri tiiiiicirs roriliewiii r :ipplic.:iiii.
Uma hypothese ha, de que agora me recordo. rm
que nem sempre é app1ic:ido o coJigo, rnm em vsrdatlr,
antes em beneficio do parceiro, o n50 do seiihoiio.
Na conformidade do coiligo, palha qiie o senlwio
possa excluir o parceiro ou reiidciro. tt?m iitr iii(l(viiiii-
sal-o prévia e inlcgrnlmriiir tlo w l o r das bcrid'tiiorios~
mas s6 quando m a s bernfciinii;~~Ir nh;iiii sido feitas
com auctorisaçiío expressa do sonhorio, o que deve pro-
var-se por documento esc ri pio.
Pois, na ilha da Madeira, scmprs qiic sc trata de
exclusáo, e sempre que essa excliisao compreherde
hemfeiiorins rust iras, unicriores ao cotlipo, ieri ha oii niio
havido licença por escripto, sb se effectua o despejo
amigavel ou judicial pieccdendo-o da indernnisaçáo,
salva a hypothese de documento em contrario, o qne B
justo na maior parte dos casos.

O Sr. Fiischi ni entrou em niaiins considar;içóeso com


algumas das quaes concordo.
Notou i I t 4 i i o s oli faltas.' j6 do pawPii.o. já do se-
nhorio, t r150 serei eu o advogado das 1:,iIias de uni ou
de outro.
A parceria ngricola é uni contracio perfeitamente
legal e com assento no eodigo.
N'elle, yui-Ein, pcide dar-se o nhwo desde qae qual-
quer, dos eonsocios o não eumpre lealmente.
E o defeito inherente, como disse, a contractos d'esta
ordem. e contra esses defeitos sO deve encontrar-se ga-
rantia rio mrsino çodigo e no interesse geral dos asso-
ciadíbs.
.4c:rrscentou, porhm, o meu ilirisire collrga qiic n
~~-o~)t-ici:ciio púde despedir o colono ou i~arc~eiro agrida
iios teririos que J-eferi,i i ~ a sque. . .
i ; ~sr. R s c h i n i , que nGo se percebeu.)
( I t ~ t r m i p ~do
PeidBo. Diz S . er." que. eiii eornpeiisação do direito
&i exçlusão, i180leiri o colo rio ou parceiro ideii iica vanta-
gem de. qiiaiido l i i ~uyproii~cr,eiiirqpr ao seriborio a
ppyie~Me.
E mais iiiiia p o ~ ude qucl r i m iodos coiiliecerii o
que sejam :IS c i i a n d a s Iicwiioitoiiis dos IIOSSOS predios
rust ir os.
X i illia da Madeira, o parceiro é, em regra, dono
das beiiifeiiorias ; assi til coriio. iaiiilmi gera liiieo te, toda
a parceria ieni o caracier de longa yri*rnanencia, elie-
gando aié a ir de goi1;i~Wowi gciaçao.
O senhorio trin as terras e as aguas. Possue o par-
ceiro iis beiiilcitoius iiibanas : casa. cosiiiba, pllieiios,
paredes e calçadas. :ilé;ri de todas as m i e bi?riilei\ori:is
que igtidni~ntc?IIi, ~ertcncein.

&i*os de qiialiltier srritioi-io, iein i l Ilir


~ 6obkita a iri-
dmnisação previa e integral de todas a s benileitorirs,
C O m Q já notei.
E optiino este principio.
Tem toda a vantagem para o pa~~eeiro : r0111 igud
vantagem para o senhorio, se :iqiielle náo abusa.
E o abuso, evidentemente se não dá, eiiiquanto o
arceiro se limita ás benlt'eitorias necesswias e uteis.
fáe até então tudo muiio bein. Conieqa elle, súmentc.
quando o parceiro, com a calculada reserva de ;ic;:iiirii-
ta o miallieiro e tlc tornar mais onerosas as Leideito-
rias, para tornar dinicil a exclusáo, acrescenta casas e
muros, mirantes e c d p d a s , pcifciiailiente inuteis e yre-
judieiaes para a culiura do oiiiesrno predio.
E note o iiieu illustre collega, que, na ilha da Ma-
deira, pela natural acciileriiu~~o de terrenos, essas bem-
feiloi-ias rusiicas o11 urlxiiias, ainda quaiido dentro do
justo liriiitc. sào basianie r. 1'I O S ~ S .
Se o abuso as acwscentn, mais v:110r, embora inutil
c abosivo. I1it.s dh, rcsuliaiido d';ihi a qiiasi impossitdi-
dacte dit csçliis,'o e a iiiil)oãsibilitletle, portanto, para o
senhorio, de acccitar a entrega, a qualquer hora, das
bemfeitorias do parceiro.
E temos aqui outro ponto em que o codigo nem
senipie C applicudo? e, d'esta vez, com flagrante injus-
tiça para o scdiorio, e é que, nas avalia@es para a ex-
clirs~o.i i o i i i scrnpre $ti tciii ciii rista a distincçao entre
;i Iiwifoi~orisneccs.irii.itl c iitil (3 a que o não seja, resul-
tardo iI':i hi íer o acnlinii) ile satisfazer algumas vezes o
prtyo iio q 1 1 ~UBO 6 scn<:Io ilina iiinlhiioria.

Referiu-scb aiiiils o iiieu illiistre collega a um outro


iiial ali existriiie, e que disse ser o que resulta da en-
tidade feitores.
De accdido, igualiiirntc, ai6 onde o devamos ser,
mas liquiderims as responsabilidades até onde ellas
ali egarn.
O feiior representa o senhorio.
E' uma entidade precisa quando o senhorio vive
afastado de seus pieilios, espalhados a distancias, e
muito t~specialmeniccjiinncto Irabitualinente reside alear-
fliar.
E' neccssario, portanio, que o feitor tenha a inteira
torifiaiiça i-l'aquelle cujos bens adiiiinistra.
Coino intermediario, porém, eiiire o senhorio e o
~:wiio4carcce o mesmo sentiorio. por seli proprio inie-
resse, de exercer uma fis~~lisação siipcrior sobre aquel-
IC em qiic,dcposita siia confiança, para que passam evi-
lar os dois perigos: o dcsleiso, nii o dernasiado zelo,
tpalmente pcrii iciosos.
Niío pode scr o fciior iiiri p0i)re dt?c3spiriioa rluein tudo
sitisfaça: n5o ilcw cllv s ~ 11111 r d m c n t o de wsarnp e o p
1ws"io. i;art~cr de ser proho, liias não earclce iiienos deser
jiisío, para que possa ler foi-c,a iiioral pnra coin nquollcs
rriesmos entw os cjwies é iiilcwiic4io.
' t i O i w ~ t i s i o ,, S I I O :I~WII-
teimo pr~1oii~:i.iIio. i) inal, oii:le qiici' que
I I : H gi~iiii1i~
rtle se (16, p;~rt~coritli~-iiw. por isso, tie nirrci iriliii$io ;i
nrwatidade do qot. ii'esia cspecialid;~tlclcinos ttiio.
E' uina qiieslSo de poder ilc sid~crescohr.
FP~I:LSCSIM coiisiil~r;1~fi~s,
rm qiic lrociirci rcspori-
h,m;ris ou menos siicc.iiii;tii~oritc,As ol~scivaçõ~s do
illustre deputado o sr. Fuscliini, consintii-rne a c;iinai.a
ainda duas palavras solm OS rernedios tluc S. eu."iriciicou
ciimo inais pronptos para obviar aos rniiles de que fallori.
Refiro-me, ern primeiro logar, 4 converiiencia de di-
rigir a corrente da emigracão para o coniiiientc do reino.
Nada terilio que observar, senão que estou cornpte-
t:irnente de accordo emquanio á convcnicncia de bem
dirigir a corrente da emigrrtflo no sentido da maior van-
tagem possivel pnra o einigrmte.
E' este, tamhem, ;iprimeira vista, iirn ponto Je si-
railhança com a Irlanda, nrns a caiisa 6 dit'fercrite, como
o provam as estatis!icas.
J:i ita iwiniào tlc 1 ~ ; ~ e stlc~~iiinclc~~
v l~clla Xdatltvia.
iio ~ r i u c i p i ocl'rstc :moo, cwiii os srs. rii~riislrosdo nli-
no (3 4Ii1 kizrw~la.rLw fui esc/~~wi{Iu ~ s l t IKJII!O+
* ;ii~i:l,t
ha ~ O C I C OcIi:is
S o Sr. miriistro cla iii:ii~iriti:iI H I ~iIrrw estar i:;
h!~iIit;idoa h r e ~ p c c l i ~ n P~ ~e Ia Cl'itiiiil I ~ o : I ~ I I I I ~ I I ~ ~ I I ~ : ~ ~ ~
-1(h\aiia ;I)~II!Z~I t m sido para :I l!:\dt4r:i O e1111l o
Riazil b p r a Port[igaI: Seciiritlit ciii proqwos I-esuliailtik.
1r o i 1 i 6 I I I ~ I II I I I : ~loii-
gill(]llii k! prwaria. ~ t ~ l l t ! O~ L Y ; Id1~.~!~~:11'
e j U t l O l l i l ' O ~ lliVl!4(\-
res priios scjarii ~ d t v i t l i i stl~~iiíro 410 ~uii.,o i i d ~:i prú-
l d d i c h h de um ~ ' I I I U I Y ) imis ri:o~iI~ol)i~ssas w wihor
assepirado. (Apoh,los.)
E' coiiveiiicwte que o gu\ c:r.rio, es~iid:lndo o asslim-
pto e prociiraiido resc~lrel-o,~cnliaetii vista' as colidi
çóes etn que o nosso t!iiiigr:tiitc. s:tc3 para qiialquer das
locnliclatitls para onde a corrcntr w i i estalwlwida. por-
que sti do t1s;tiiie cl'ess:is caoiitii!:ix~?;c\ ~ ~ ~ ~ o ~ ~ ~ ~ r c i o ~ ~ i i i ~ ~
~ I J Pv;iiit:tgcris siil)c:i'iorcts 5qiiclI:is qiic elte otiltwi i i a-
ses outros poiitos, sí, assim p d o i ' ; i desviar essa cotwn-
te corri iritmsse Viii';i o oirii;rimlc o p;trit o p i z .
Teiii o pverrio uin nirio fncil: t') c:oiifit!cc~r dos can-
tractos. sol) p r a i i h . dos quatbsa oinigr:iç$o illi srJfaz,para
ris ditfercntcs pontos da Amricir e Oco;mi;~,e acc:resctw-
tar-lbes o qirc lhe possa guraiiiir niaiores vaniageaa.
De crida um d'esses cuiiiraclos tive eu já occasiso,
não ha rriuito, de offerecer ilrii t~xeiriplarao digno dire-
ctor geral da agricultura, por occasiáo do estudo da coa
toriisa@o do Alerritejo.
Seria este uni serviço importante a fazer, que o go-
verno de certo não d escuidari. (Apoiados),
Pclo que respeiia s obras pulilicas, já o governo se
rnostrciu compenetrado da mesma convic~po,que é a do
ill;itrr~ rlrputiiila c de iodos niis.
Ponho Icririo a estas consiciciraçiies.
ICipero niiiiio tlo alcaiicc ths iiiedi(1ns ~ o t a d s spor
clsin (wn;iix. l~riiiPOITIO (10 i ~ x p l i i v i ijtí ~ iniiiado pelo
g0VNll0 ~ ~ h r lt ~! ~ O ~ ~ ~ ~ r l i~ ll; i l ( ~ i '!i : (! ~~~ ~l. ~ ~ ( ~ ~
Glllii e outia:\ causa S~:iit~~i~,ti.,io o c-cit\!iiit~c.ic) c. o :lei
wnroiviiricrrto clti ricpiezit prrl~lir;iii'n((iicllv irili4iz tlistril
i:%; [nas o ~ I I ~ ~olii.o~iicio.
s ~ I " :!c!iii!lo
~ r i l i (;iio ioiiho ple-
na corifií~ri~a, 6 no coriil~Iriricbiilotio ( 1 U M~ vsii encetar
h,scliii (Iwviui~iriosd'iilii a I ~ O S C ~;I .I I I P I ~ (Apoi~dos.)~I.
Sr. pi.esilr:rile, diias I,rcvcbs p:ilavr:ts a i n h .
O que se yasso~ina scss;?o ilr: hoje eiuigc qt~e
~ntrihmi.por ~ n i i h aparlc, pcc:.íia pikbiir.t~q;io do reiatorio.
N'esie ponio, só tenho que leiribrrir ao p w n o , quc,
c p r ~ d orn:erida dever tomar qualquer resoiiição, ouça
priirieiro iodos os interesses e razões qiie n'esls que&
150 se dehuteiii, porque, n'esse conjunrto, está o i&
rnsse geral da ;rpiciiliiira e a vida dn todo aqàdb
tlkiricfu.
\'O%E:S.-Muito bem, rnuito Iwi.
I O out jor pi compnmentadu).

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