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Terço:

Primeiro Mistério: A oração de Jesus no jardim das oliveiras (Lc 22, 39-44)
Saiu então e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com
Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: “Orai, para que não entreis em tentação.” Depois afastou-se deles, à
distância de um tiro de pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: “Pai, se
quiseres, afaste de mim este cálice, contudo, nãos e faça a minha vontade, mas a tua.”
Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. Cheio de angústia, pôs-se a orar mais
instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra.

Jesus sofre terrivelmente, vendo diante de si os pecados de todos os homens e mulheres, as suas
ingratidões; parece que a sua missão redentora foi um fracasso. Jesus continua a sofrer enquanto houver seres
humanos que sofrem injustamente neste mundo. Juntemos os nossos sofrimentos aos de Jesus, para que o
Evangelho seja anunciado a todos os povos e acolhido por todos os homens e mulheres do mundo inteiro.

Com Maria, rezemos por todos os que sofrem, especialmente os que não têm fé nem confiança no amor
de Deus.

Segundo Mistério: A flagelação de Jesus (Mc 15, 13-15)


Eles gritaram novamente: “Crucifica-o!” Pilatos insistiu: “Que fez Ele de mal?” Mas eles gritaram ainda
mais. “Crucifica-o!” Pilatos, desejando agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás; e, depois de mandar flagelar
Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Jesus não recua nas dificuldades, suporta com paciência os ultrajes e aceita a flagelação. Os nossos
sacrifícios, unidos aos sofrimentos de Jesus, serão fontes de graças abundantes para muitas pessoas. Nós, os
cristãos, somos a voz dos que, como Jesus, não têm voz e não se podem defender da opressão a que são
sujeitos diariamente.

Como Cristo, também a pessoa humana é flagelada nos seus direitos não respeitados. Rezamos por
todos os que sofrem, especialmente os que sofrem injustamente.

Terceiro Mistério: A coroação de espinhos de Jesus (Mc 15, 16-18)


Os soldados levaram-no para dentro do pátio, isto é, para o pretório, e convocaram toda a coorte.
Revestiram-no de um manto de púrpura e puseram-lhe uma coroa de espinhos, que tinham entretecido.
Depois, começaram a saudá-lo: “Salve! Ó rei dos judeus!” Batiam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam
sobre Ele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele.

No cúmulo do ultraje e da zombaria, não falta a inconsciente proclamação da realeza do Filho do


Homem. A sua característica é servir, entregar-se à insensatez dos homens por puro amor até ao fim.
Esforcemo-nos também nós por servir os nossos irmãos e irmãs, para que o amor possa vencer o ódio e a
vingança.

Rezamos por todos os que estão presos e são torturados e pela conversão dos que promovem as
injustiças.
Quarto Mistério: Jesus carrega a cruz a caminho do Calvário (Jo 19, 16-17)
Então, entregou-o para ser crucificado. E eles tomaram conta de Jesus. Jesus, levando a cruz às costas,
saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota...

Jesus, que leva a Cruz, torna-se motivo de esperança para cada um de nós na hora da provação. Para
muitos irmãos e irmãs nossos, que não conhecem Cristo, ainda é tempo de paixão. Há irmãos e irmãs nossos
que continua a carregar cruzes pesadíssimas, e os seus caminhos são um calvário sem saída.

Rezemos por todos os que servem os outros com generosidade; rezemos também para que o Senhor
desperte em nós maior generosidade para ajudar todos os pobres e sofredores, especialmente os que estão
perto de nós.

Quinto Mistério: A crucifixão e a morte de Jesus na cruz (Lc 23, 44-46)


Por volta do meio dia, as trevas cobriram toda a região até às três horas da tarde. O Sol tinha-se eclipsado
e o véu do templo rasgou-se ao meio. Dando um forte grito, Jesus exclamou: “Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito.” Dito isto, expirou.

Jesus morre para a salvação de todos. Tem os braços abertos como se quisesse abraçar a humanidade
inteira. A cruz interpela-nos. Não basta declararmo-nos cristãos, devemos viver o mistérios da cruz, e ser
solidários com aqueles que ainda hoje morrem injustamente.

Nossa Senhora, que acompanhou os discípulos de Jesus, seja também o nosso refúgio e o caminho que
nos conduz a uma fé renovada e um maior compromisso na vivência da nossa fé.

Oremos
A ti nos dirigimos, Rainha de todos os povos e nossa mãe amorosa, a fim de que tu nos protejas, nos
guardes de todo o mal e nos conduzas para o bem.
Ó Maria, mãe de Deus e nossa mãe, apressa a hora da salvação também para os povos que ainda não
conhecem o Evangelho; aplana os obstáculos, dispersa os inimigos, prepara os corações e envia-lhes novos
apóstolos do teu filho Jesus, a fim de que o Reino de Deus venha a todos os teus filhos e filhas e em toda a
parte se conheça o teu filho Jesus Cristo, que é Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amen.

Reflexão final
 “Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe...” Maria sofre terrivelmente,
mas não se deixa abater pelo sofrimento (de pé: não pensa em si, mas no seu filho; confiança
grande e abandono à Vontade do Pai);
 A paixão e a morte do seu filho são suas também; a sua oração está unida à do seu filho que não
cessa de interceder por nós;
 Agora o grupo dos discípulos fiéis que foi diminuindo à medida que a morte se aproximava (João,
Maria de Magdala e as santas mulheres). No meio está Maria para lhes dar conforto e confiança
em Deus;
 Maria não foi crucificada pelas mãos dos algozes, mas identificou-se com a morte do seu filho, e
participou do grito de Deus pela salvação da humanidade.
 Ao contemplar Jesus na cruz, Maria convida-nos a ter também os nossos olhos fixos nele, que
continua a palpitar pelos que hoje são vítimas da violência e da opressão dos poderosos.

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