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Daniel Caceres
Marbury foi indicado para juiz de paz, mas não houve tempo para Adams
concluísse o ato de investidura dele. Quando Jefferson tomou posse, ordenou
a seu Secretário de Estado, James Madison, que não entregasse o ato de
investidura àqueles que não o haviam recebedido.
“O pedido foi formulado com base em uma lei de 1789 (the Judiciary Act), que
havia atribuído à Suprema Corte competência originária para processar e julgar
ações daquela natureza.” (BARROSO, 2006, p. 4)
1 Nesta parte utilizei-me, também, de alguns dados coletados no Wikipedia, no seguinte link:
http://en.wikipedia.org/wiki/Marbury_v._Madison
2http://en.wikipedia.org/wiki/Midnight_Judges
John Marshall era o quarto Chief Justice dos Estados Unidos e um
Congressista do Estado da Virgínia, lugar
de onde era nativo. Na Guerra
Revolucionária, Marshall subiu ao grau
de Capitão, e quando o conflito terminou,
ele advogou em Richmond e tornou-se
delegado do Estado da Virgínia, eleito em
uma Assembléia Geral. Em 1799, ele foi
ao Congresso, e posteriormente
foi nomeado Secretário de
Estado por John Adams então
Presidente dos Estados Unidos pelo
Partido Federalista. Em seguida foi
indicado para ser Presidente da
John Marshall
Suprema Corte dos Estados Unidos
em 1801 onde permaneceu no
cargo até a sua morte em 1835 com oitenta (80) anos de idade.
(ALMEIDA NETO, Manoel Carlos de. Antecedentes históricos do controle difuso de
constitucionalidade das leis (the lead case Marbury v. Madison). Jus Navigandi,
Teresina, ano 8, n. 474, 24 out. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5838>. Acesso em: 26 mar. 2009.)
O caso não foi pioneiro nem original, já haviam precedentes, não só nos
Estados Unidos. Alexander Hamilton, no Federalista n. 78, havia exposto a tese
em 1788. “Nada obstante, foi com Marbury v. Madison que ela ganhou o mundo
e enfrentou com êxito resistências políticas e doutrinárias de matizes diversos.”
(BARROSO, 2006, p. 6)
Marbury never became a Justice of the Peace in the District of Columbia (Henretta,
James A.; David Brody, and Lynn Dumenil. America's History: Volume 1: To 1877. 6. ed. Boston: Bedford/St.
Martin's, 2007. p. 218–219.)
Inconstitucionalidade:
a. formal ou material;
b. por ação ou por omissão;
c. total (absoluta) ou parcial;
d. originária e superveniente.
“De qualquer forma, o que importa deixar claro é que o juiz pode e deve
controlar a constitucionalidade da lei:
I. declarando a sua inconstitucionalidade;
II. realizando uma interpretação conforme a Constituição - quando a lei,
aplicada literalmente, conduz a um juízo de nulidade, mas oferece uma
interpretação que é compatível com a Constituição; e
III. entendendo que certas interpretações são inconstitucionais e, a partir da
lei constitucional, fazendo uma interpretação adequada ao caso
concreto.” (MARINONI, 2008, p. 64)
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-
Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei
federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Previsão: art. 34, VII. Legitimidade: art. 36, III. Finalidade: jurídica e política
(lembrar que o Poder Constituinte Derivado Decorrente tem limitações em
razão dos princípios sensíveis, estabelecidos e extensíveis). Objeto: Lei ou ato
normativo estadual contrário aos princípios sensíveis da CF.
REFERÊNCIAS
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet.
Curso de Direito Constitucional. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 27. ed. São Paulo: Malheiros,
2006.