Você está na página 1de 56

PERENIZAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE

LOGÍSTICA E TRANSPORTES – PNLT

RELATÓRIO PARCIAL III

REVISÃO E APRIMORAMENTO DAS BASES DE


DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO E
CONSUMO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS

MAIO/2009 – REVISÃO 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

MINISTÉRIO DA DEFESA, EXÉRCITO BRASILEIRO

DEC – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

CENTRAN – CENTRO DE EXCELÊNCIA EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES

PERENIZAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE LOGÍSTICA E


TRANSPORTES – PNLT

RELATÓRIO PARCIAL III

REVISÃO E APRIMORAMENTO DAS BASES DE DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE


A PRODUÇÃO E CONSUMO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

QUADRO DE REVISÕES

Nº DA REVISÃO DATA VISTO DO COORDENADOR

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

EQUIPE TÉCNICA

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

EQUIPE TÉCNICA

Márcio de Almeida D´Agosto, D.Sc.


Coordenador
Professor do PET/COPPE/UFRJ

Pedro Furtado Bandeira de Mello


Pesquisador Responsável
Administrador de Empresas e Mestrando do PET/COPPE/UFRJ

Bianca Côrtes, M.Sc


Apoio à elaboração escrita e revisora
Graduada em Letras e Doutoranda do PET/COPPE/UFRJ

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

SUMÁRIO

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

SUMÁRIO

1CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................9

2AS COMMODITIES AGRÍCOLAS........................................................................................12

2.1MANDIOCA.................................................................................... .......................13
2.1.1Representação Mundial.............................................................................13
2.1.2Situação no País.........................................................................................16
2.1.3Mapeamento da Cadeia.............................................................................17
2.2BATATA-INGLESA........................................................................ ........................21
2.2.1Representação Mundial.............................................................................22
2.2.2Situação no País.........................................................................................24
2.2.3Mapeamento da Cadeia.............................................................................25
2.3TRIGO................................................................................................................... .28
2.3.1Representação Mundial.............................................................................29
2.3.2Situação no País.........................................................................................31
2.3.3Mapeamento da Cadeia.............................................................................32
2.4ALGODÃO......................................................................................................... ....36
2.4.1Representação Mundial.............................................................................37
2.4.2Situação no País.........................................................................................39
2.4.3Mapeamento da Cadeia.............................................................................40
3REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................47

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

LISTA DE TABELAS

TABELA 2.1 - COMPARAÇÃO DO CONTEÚDO DAS BASES DE DADOS DO ESTUDO.


12

TABELA 2.2 – RANKING DECRESCENTE DOS ESTADOS PRODUTORES DE


MANDIOCA NO ANO DE 2006................................................................................................19

TABELA 2.3 – TIPO DE MODO, LOCAL E QUANTIDADE DE FÉCULA DE


MANDIOCA EXPORTADA EM 2006 (TONELADAS)..........................................................21

TABELA 2.4 – LOCAIS E VOLUME DE PRODUÇÃO DE GRÃOS DE BATATA-


INGLESA NO ANO DE 2006.....................................................................................................27

TABELA 2.5 – TIPO DE MODO, LOCAL E QUANTIDADE DE FÉCULA DE BATATA-


INGLESA EXPORTADAS EM 2006 (TONELADAS)............................................................28

TABELA 2.6 – LOCAIS E VOLUME DE PRODUÇÃO DE TRIGO NO ANO DE 2006....34

TABELA 2.7 – TIPO DE MODO, LOCAL E QUANTIDADE DE EXPORTAÇÕES DE


TRIGO EM 2006 (EM TONELADAS)......................................................................................36

TABELA 2.8 – LOCAIS E VOLUME DE PRODUÇÃO DE GRÃOS DE ALGODÃO NO


ANO DE 2006...............................................................................................................................42

TABELA 2.9 – TIPO DE MODO, LOCAL E QUANTIDADE DE EXPORTAÇÕES DE


ALGODÃO EM PLUMA E ÓLEO DE ALGODÃO EM 2006 (EM TONELADAS)...........45

TABELA A.10 – BASE DE DADOS IBGE ANO 2006 (EM TONELADAS).........................50

TABELA A.2 – CRONOGRAMA..............................................................................................52

52

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

LISTA DE FIGURAS

14

FIGURA 2.1 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE


MANDIOCA................................................................................................................................14

FIGURA 2.2 – VARIAÇÃO % DA ÁREA DE PLANTIO, DO VOLUME DE PRODUÇÃO


E DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DE MANDIOCA......................................................16

FIGURA 2.3 - PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL PRODUÇÃO E GERAÇÃO DE VALOR


DA MANDIOCA POR ESTADO...............................................................................................17

FIGURA 2.4 – CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA.......................................................18

FIGURA 2.5 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE


BATATA-INGLESA....................................................................................................................22

FIGURA 2.6 – VARIAÇÃO % DA ÁREA DE PLANTIO, DO VOLUME DE PRODUÇÃO


E DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DE BATATA-INGLESA..........................................23

FIGURA 2.7 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL PRODUÇÃO E GERAÇÃO DE VALOR


DE BATATA-INGLESA POR ESTADO....................................................................................24

FIGURA 2.8 – CADEIA PRODUTIVA DA BATATA-INGLESA...........................................25

FIGURA 2.9 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE


TRIGO..........................................................................................................................................30

FIGURA 2.10 – VARIAÇÃO % DA ÁREA DE PLANTIO, DO VOLUME DE


PRODUÇÃO E DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DE TRIGO.......................................31

FIGURA 2.11 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL PRODUÇÃO E GERAÇÃO DE


VALOR DE TRIGO POR ESTADO..........................................................................................32

FIGURA 2.12 – CADEIA PRODUTIVA DO TRIGO..............................................................33

38

FIGURA 2.13 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE


ALGODÃO...................................................................................................................................38

FIGURA 2.14 – VARIAÇÃO % DA ÁREA DE PLANTIO, DO VOLUME DE


PRODUÇÃO E DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DO ALGODÃO................................39

FIGURA 2.15 – PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL PRODUÇÃO E GERAÇÃO DE


VALOR DE ALGODÃO POR ESTADO...................................................................................40

FIGURA 2.16 – CADEIA PRODUTIVA DE ALGODÃO........................................................41


Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 8
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Relatório Parcial III é o último de uma série de três Relatórios de pesquisa


que têm o objetivo de contribuir para a perenização da coleta de dados e de
informações e para o aprimoramento do Plano Nacional de Logística de Transportes
(PNLT) realizado pelo CENTRAN, no que se refere à caracterização do transporte nas
cadeias de suprimentos de produtos agrícolas, em particular àqueles considerados
como commodities agrícolas.

Para uma adequada compreensão dos termos técnicos, como por exemplo,
commodities agrícolas, lavoura permanente e temporária, recomenda-se
consultar o Relatório Parcial I.

Por sua vez, o Relatório Parcial III apresenta a continuidade dos estudos das
cadeias produtivas e dos fluxos de transportes das commodities agrícolas
selecionadas conforme Relatórios Parciais I e II. Os dados sobre essas
commodities integram pelo menos umas das três fontes de informação que foram
escolhidas para realização das pesquisas, que são: o do IBGE (IBGE, 2007) –
onde se destacam as 10 principais commodities agrícolas em quantidade
produzida e que representam mais de 95% da produção agrícola nacional no ano
de 2006; o do CENTRAN, no Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e
o trabalho realizado por CAIXETA-FILHO & GAMEIRO (2001).

No Relatório Parcial III serão considerados a mandioca, a batata-inglesa, o trigo


e o algodão, conforme justificativa apresentada no item 2. Para cada uma dessas
commodities, será apresentada uma visão da situação de produção mundial e do
Brasil e o desenho da cadeia produtiva.

No que se refere à representação mundial, foram utilizados dados do Food and


Agricultural Policy Research Institute, da Universidade de IOWA (FAPRI) e do
Food and Agriculture Organization da ONU (FAOSTAT) para avaliar a produção
mundial dos principais países entre os períodos de 2002 a 2007. No que tange à
situação nacional, consultaram-se os dados do IBGE quanto aos principais
estados brasileiros produtores de cada commodity agrícola.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 9
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Cabe destacar que este é um Relatório Parcial, não sendo esperados resultados
conclusivos, mas sim orientações gerais para o direcionamento do futuro
desdobramento dos trabalhos.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 10
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

2 AS COMMODITIES AGRÍCOLAS

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 11
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

2 AS COMMODITIES AGRÍCOLAS

Para elaborar este tópico, que é a base deste relatório, foram confrontadas três
fontes de dados e de informações: o Plano Nacional de Logística e Transportes
(PNLT), ano 2005; o capítulo Movimentação Rodoviária de Produtos Agrícolas
Selecionados, do livro Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais
(CAIXETA-FILHO & GAMEIRO, 2001), e a base de dados do IBGE (2007),
conforme o Anexo 1.

Após a entrega e aprovação do Relatório Parcial I, ficou determinado que as


commodities a serem estudadas neste Relatório Parcial III, em grau de
importância, seriam a mandioca, a batata-inglesa, o trigo e o algodão.

A escolha que decorreu dessa seleção aparece em uma das três referências
selecionadas. Na Tabela 2.1, são apresentados os produtos considerados nessas
três fontes de dados, destacando-se que, para o caso do IBGE (2007), foram
considerados apenas os 10 primeiros produtos hierarquizados em ordem
decrescente de quantidade produzida no ano de 2006.

Tabela 2.1 - Comparação do conteúdo das bases de dados do estudo.

IBGE (2006) PNLT (2005) Caixeta-Filho e Gameiro (2001)


1 Cana-de-açúcar Soja Soja em grão
2 Soja em grão Cana-de-açúcar Farelo de soja
3 Milho em grão Milho Óleo de soja
4 Mandioca Bovino Milho
5 Laranja Café Cana-de-açúcar
6 Arroz (em casca) Açúcar
7 Banana Algodão
8 Feijão em grão Feijão
9 Tomate Trigo
10 Batata-inglesa Café
Arroz
Leite
Suco de laranja
Frutas e Hortaliças
Legenda: Frutas e Hortaliças: abacaxi, banana, laranja, mamão, manga, melancia e tomate.
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 12
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Fonte: IBGE (2007), PNLT (2005) e CAIXETA-FILHO & GAMEIRO (2001).


Por não se caracterizarem como commodities agrícolas, o leite e o gado bovino
não serão estudados.

A seguir, será realizado o detalhamento preliminar das commodities escolhidas.

2.1 MANDIOCA

Segundo a EMBRAPA-CNPMF (2008), a mandioca, Manihot Esculenta Crantz,


é uma planta perene, arbustiva, pertencente à família das euforbiáceas. A parte mais
importante da planta é a raiz. Rica em fécula, a mandioca é utilizada na alimentação
humana e animal ou como matéria-prima para diversas indústrias. Originária do
continente americano, provavelmente do Brasil, a mandioca já era cultivada pelos
índios, por ocasião da descoberta do país.

O cultivo da mandioca é de grande relevância econômica como principal fonte de


carboidratos para milhões de pessoas, essencialmente nos países em
desenvolvimento (EMBRAPA-CNPMF, 2009).

2.1.1Representação Mundial

Segundo dados da FAOSTAT (2009), entre os anos de 2002 e 2007, a produção


mundial de mandioca aumentou de 187 milhões de toneladas para 228 milhões
de toneladas.

Conforme Figura 2.1, o continente africano é responsável pela metade da


produção mundial de mandioca, quase 52% (118 milhões de toneladas) da
produção mundial em 2007. Nesse mesmo ano, o Brasil aparece como o
segundo maior produtor, com quase 12% da produção mundial. Em seguida vem
a Índia com 3,4% e depois a China com quase 2%. Não há dados de produção
de mandioca na União Européia, EUA e Rússia. Essa seleção representa 69% da
produção mundial de mandioca e a distribuição percentual relativa dos
produtores é muito semelhante à encontrada em 2002.

Os países e as regiões estudados produziram juntos, em 2007, 157,2 milhões de


toneladas de mandioca (69%). No período analisado, 2002 e 2007, houve um
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 13
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

aumento de 22%. Entende-se que isso tenha ocorrido devido ao aumento das
produções brasileira (18,4%), africana (15,3%), chinesa (11,3%) e indiana
(11,2%).

72,78%

68,89%

2002
2007

54,69%
51,67%

12,34% 11,97%

3,66% 3,33%
2,10% 1,92%

África Brasil China EU Índia Rússia EUA Mundo

Figura 2.1 – Participação percentual na produção mundial de mandioca


Fonte: adaptada de FAOSTAT (2009).

Segundo ALVES & VEDOVOTO (2003), Nigéria, Brasil e Tailândia são os


países que dominam a produção mundial. A produção africana não tem caráter
comercial, ao contrário, apresenta-se como de subsistência. No Brasil, segundo maior
produtor mundial, coexistem a produção de subsistência e a comercial, destinando-se à
produção, majoritariamente, do mercado interno. Já a produção na Tailândia tem
caráter comercial, respondendo pela maior parte do que é exportado desse produto no
mundo. A participação do Brasil no mercado internacional é praticamente desprezível.
As exportações brasileiras, quando ocorrem, destinam-se aos países da América do
Sul e, em menor proporção, aos Estados Unidos. Recentemente, as exportações da
África do Sul vêm assumindo posição de destaque.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 14
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Através da Figura 2.2, percebe-se que a produção e a área de plantações de


mandioca na África, Brasil, China e no mundo aumentaram entre os anos de
2002 e 2007. Conseqüentemente, o índice de produtividade também cresceu. Na
Índia, houve aumento somente da produção. O índice de produtividade é a
relação entre o volume produzido e a área plantada, sendo uma medida de
eficiência. A importância desse índice é verificar quais das regiões estudadas
foram mais eficientes.

Percebe-se que a agricultura indiana de mandioca é a mais eficiente do mundo,


pois sua área plantada teve uma redução de 2,26%, sua produção, um aumento
de 11,21% e o seu índice de produtividade, de 13,78%. Em seguida, a produção
mundial apresenta um aumento da área plantada de 7,86%, com a produção
acrescida em 22,03% e o índice de produtividade aumentado em 13,13%. A
África ficou em terceiro lugar com um aumento de 5,2% da área plantada, um
crescimento de 15,3% na produção e de 9,6% no índice de produtividade. Por
último, está o Brasil com um crescimento de 16,09% da área plantada, de
18,41% da produção e de 2% no índice de produtividade.

A produção chinesa foi a única considerada ineficiente, pois teve no período uma
queda de produtividade de 0,11%, um aumento da área plantada de 11,46% e um
crescimento da produção de 11,34%.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 15
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

22,03%

ÁreaPlantada

18,41% Volumede Produção

Produtividade (T/hec)
15,30% 16,09%

13,78%
13,13%

11,46% 11,34% 11,21%

9,60%

7,86%

5,20%

2,00%

África Brasil China -0,11% EU Índia Rússia EUA Mundo

-2,26%

Figura 2.2 – Variação % da área de plantio, do volume de produção e do índice de produtividade de


mandioca
Fonte: adaptada de FAOSTAT (2009).

2.1.2Situação no País

A mandioca é a quarta commodity agrícola mais produzida no Brasil. Na safra de


2006, segundo IBGE(2007), foi produzida 26,7 milhões de toneladas.

A área plantada de mandioca aumentou em 13%, entre 2002 e 2006, atingindo a


marca de 1,9 milhões de hectares. No mesmo período, a produção de mandioca
aumentou 15% (IBGE, 2007). A produtividade dessa cultura cresceu 1,82% no
período.

Segundo o IBGE (2007), os 10 principais produtores de mandioca no país, em


ordem de importância são: Pará, Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul,
São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Amazonas e Pernambuco. Esses estados
representam juntos mais de 78% da produção nacional e de 74% da geração de
valor1 com a mandioca (Figura 2.3).

1
Geração de valor é obtida pela multiplicação da produção pelo preço médio ponderado (IBGE, 2008).
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 16
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Ainda na Figura 2.3, percebe-se que a região nordeste foi responsável por quase
30% da produção de mandioca. Os estados da região Norte foram responsáveis
por 22% da produção de mandioca, a região Sul foi responsável por 19,3% e a
região sudeste foi responsável por 7,5%.

Percebe-se que a mandioca colhida no Pará, na Bahia, no Paraná, no Maranhão,


em São Paulo, no Ceará e em Pernambuco apresenta preço médio menor do
que a dos estados do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e do Amazonas, nos
quais a representatividade da geração de valor (R$) com a mandioca é maior do
que a produção (t).

Figura 2.3 - Participação percentual produção e geração de valor da mandioca por estado
Fonte: adaptada de IBGE (2007).

2.1.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 2.4, elaborada com base em ALVES & VEDOVOTO (2003), CARDOSO
(2004) e EMBRAPA-CNPMF (2009), descreve o mapeamento da cadeia
produtiva da mandioca brasileira, para consumo interno e para a exportação.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 17
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Figura 2.4 – Cadeia produtiva da mandioca


Fonte: Elaboração própria.

Segundo ALVES & VALDEVOTO (2003), em 1999, a utilização de subprodutos


da mandioca no Brasil era a seguinte: alimentação humana (43,3%), alimentação
animal (50,2%), usos diversos, alimentação humana, animal e uso industrial
(5,7%), perdas (10%) e exportação (0,2%).

Da parcela da produção que é utilizada para o consumo humano, destaca-se a


farinha na sua forma tradicional de consumo. A mandioca que é utilizada como matéria-
prima nas indústrias tem uma grande variedade de uso, com destaque para a farinha e
para a fécula (ALVES & VALDEVOTO, 2003).

A fécula e seus produtos derivados têm apresentado competitividade crescente


em outros mercados de produtos para a alimentação humana ou como insumos em
diversos ramos industriais, tais como de papel, embalagem, cola, mineração, têxtil e
farmacêutica. São nesses mercados que ocorrem as maiores oportunidades de
agregação de valor e encontram-se as maiores perspectivas para o desenvolvimento
da atividade mandioqueira. O setor também vem aumentando a participação no
mercado dos amidos modificados, concorrendo com vantagens em mercados antes
cativos do amido de milho (ALVES & VALDEVOTO, 2003).
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 18
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

O segmento de fécula pode ser dividido em dois subsegmentos: um de fécula


nativa e polvilho azedo – obtido do processamento da raiz – e outro de amidos
modificados, que pode ser realizado a partir da fécula nativa ou do “leite de mandioca”,
que consiste na fécula antes da secagem (ALVES & VALDEVOTO, 2003).

As Tabelas 2.2 e 2.3, referenciadas na Figura 2.4, representam um primeiro


esforço na caracterização dos volumes produzidos e consumidos de cada
estágio da cadeia produtiva.

Tabela 2.2 – Ranking decrescente dos estados produtores de mandioca no ano de


2006.

ESTADOS QUANTIDADE (t) PARTICIPAÇÃO


Pará 5.078.426 19,06%
Bahia 4.393.997 16,49%
Paraná 3.840.363 14,42%
Maranhão 1.720.322 6,46%
Rio Grande do Sul 1.297.191 4,87%
São Paulo 1.105.850 4,15%
Minas Gerais 907.671 3,41%
Ceará 860.780 3,23%
Amazonas 770.415 2,89%
Pernambuco 660.451 2,48%
Santa Catarina 611.699 2,30%
Mato Grosso 563.653 2,12%
Rio Grande do Norte 521.581 1,96%
Piauí 506.076 1,90%
Rondônia 503.276 1,89%
Mato Grosso do Sul 495.348 1,86%
Sergipe 490.420 1,84%
Acre 455.581 1,71%
Goiás 405.302 1,52%
Tocantins 335.146 1,26%
Espírito Santo 325.518 1,22%
Paraíba 270.215 1,01%
Alagoas 190.684 0,72%
Rio de Janeiro 152.611 0,57%
Amapá 85.500 0,32%
Roraima 77.160 0,29%
Distrito Federal 13.777 0,05%
Total 26.639.013 100,00%
Fonte: adaptada de IBGE (2007).

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 19
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Na Tabela 2.2, observa-se o volume de produção de todos os estados brasileiros.


Percebe-se que entre os 10 primeiros somente não há estados da região Centro-
oeste. Isso prova a qualidade da indústria da produção de mandioca, permitindo
que seja plantada em regiões quentes ou frias, secas ou úmidas. Há um
predomínio dos estados do Norte e do Nordeste e em seguida aparecem os
estados do Sudeste e do Sul.

Segundo ALVES & VALDEVOTO (2003), das 70 empresas pesquisadas, em


33% delas a mandioca colhida é transportada para as fecularias em caminhão trator
com semi-reboque, unitizada em big bags. Uma grande empresa faz o transporte em
contêineres. A média das distâncias máximas é de 58 km, com um desvio-padrão de 29
km. Portanto, a maioria das empresas tem, como distância máxima para a procura de
raiz em anos de safra normal, entre 29 e 87 km.

No ano de 2006, segundo dados do ALICEWEB (2009), o Brasil exportou 11.731


toneladas de fécula de mandioca.

A divisão modal das exportações de fécula de mandioca é a seguinte:

• Modo aéreo – 0,01%;

• Modo marítimo – 84,73%;

• Modo rodoviário – 15,26%.

As três principais saídas de exportação de fécula de mandioca, em ordem


decrescente, são: porto de Santos (42%), porto de Itajaí (24%) e a cidade de Foz do
Iguaçu (10%). Essa seleção foi responsável pela movimentação de 82% das
exportações de fécula de mandioca no ano de 2006.

Os aeroportos de Rio de Janeiro e de Campinas movimentaram uma


quantidade menor do que 1 tonelada, por isso o valor zero na coluna de quantidade da
Tabela 2.3.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 20
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Tabela 2.3 – Tipo de modo, local e quantidade de fécula de mandioca exportada em


2006 (toneladas)

MODO LOCAL QUANTIDADE

Aéreo Rio de Janeiro 0


Aéreo Campinas 0
Aéreo São Paulo 1
Rodoviário Foz do Iguaçu 1129
Rodoviário Chuí 572
Rodoviário Uruguaiana 33
Rodoviário Corumbá 56
Rodoviário Ponta Porã 1
Marítimo Fortaleza 1
Marítimo Rio de Janeiro 161
Marítimo Sepetiba 416
Marítimo Santos 4874
Marítimo Paranaguá 811
Marítimo Imbituba 571
Marítimo Itajaí 2759
Marítimo São Francisco do Sul 284
Marítimo Rio Grande 62
Fonte: adaptada do ALICEWEB (2009).

2.2 BATATA-INGLESA

A batata é originária do Peru, onde fora cultivada pelos incas, sendo chamada
de "papa" na língua quíchua. Os países andinos produzem e comercializam mais de
200 variedades diferentes de batatas.

Uma pesquisa baseada no DNA comprovou que todas as variedades da batata


descendem de uma única variedade de planta originária do sul do Peru. A batata é rica
em grãos de amido, armazenados nos amiloplastos.

Segundo MELLO et al. (1999) e BOTELHO & NASSAR (1999), a batata é um


dos produtos alimentares mais consumidos no mundo e faz parte da dieta diária de
muitos países. Nações como a Polônia, a República Russa e o Reino Unido têm
consumo per capita da batata in natura de 139, 121 e 109 kg/hab/ano respectivamente,
ao passo que no Brasil estima-se um consumo na faixa dos 14 kg/hab/ano.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 21
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

2.2.1Representação Mundial

Segundo dados da FAOSTAT (2009), a produção de batata-inglesa no mundo


aumentou de 316 milhões de toneladas para 321 milhões de toneladas entre os
anos de 2002 e 2007.

Através da Figura 2.5, é possível verificar que a batata-inglesa é produzida em


todos os países e regiões estudados. A China, a União Européia e a Rússia são
responsáveis por mais da metade (53%) da produção mundial. Na China, a
produção aumentou 2,6%, sendo a maior produtora mundial de batata-inglesa,
com 22,3% da produção mundial. A União Européia diminuiu a sua produção em
quase 14%, sendo responsável por 19,3% da produção mundial. A produção
russa cresceu 12%, é responsável por 11,4% da produção mundial. Já a Índia
aumentou sua produção em quase 10%, sendo responsável por 8,2% da
produção mundial. Os EUA tiveram sua produção reduzida em 15,4%, sendo
responsável por 5,5% da produção mundial. O continente africano aumentou sua
produção em 25,8%, sendo responsável por 5% da produção mundial. Por sua
vez, o Brasil diminuiu sua produção em 85,3%, reduzindo sua participação
mundial para 1%.

80,91%

72,88%

2002
2007

22,20% 22,39% 22,78%


19,27%

11,43%
10,39%
7,29% 7,56% 8,17%
6,59%
5,07% 5,49%
4,10%
1,05%

África Brasil China EU Índia Rússia EUA Mundo

Figura 2.5 – Participação percentual na produção mundial de batata-inglesa


Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 22
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Fonte: adaptada de FAOSTAT (2009).

Analisando a Figura 2.6 pela ordem de importância observada na Figura 2.7,


percebe-se que a China aumentou sua área plantada em 7,1% e sua produção
em 2,6%. Com isso, seu índice de produtividade foi reduzido a 4,2%. A União
Européia diminuiu sua área plantada em 17,2%, reduziu sua produção em 14% e
aumentou seu índice de produtividade em 4%. Já a Rússia reduziu sua área
plantada em 10,5%, aumentou sua produção em 12% e aumentou seu índice de
produtividade em 25%. A Índia alargou sua área plantada em 32,3%, aumentou
sua produção em 10% e com isso seu índice de produtividade diminuiu em 17%.
Por sua vez, os EUA reduziram sua área plantada em 11,3%, sua produção em
15,4% e seu índice de produtividade em 4,6%. O continente africano aumentou
sua área plantada em 29% e sua produção em 26% e seu índice de
produtividade reduziu em 2,1%. O Brasil teve sua área plantada reduzida em
91,5% e sua produção em 85,3% e aumentou seu índice de produtividade em
72,2%. O mundo aumentou seu índice de produtividade em 0,38%. Isso ocorreu
devido ao aumento de 1,3% da área plantada e de 1,7% da produção de batata-
inglesa.

72,21%

32,23%
28,56%
25,83% 25,02%

11,91%
9,87% 1,70%
7,12%
2,59% 3,86%
1,31% 0,38%

África Brasil China EU Índia Rússia EUA Mundo


-4,23% -4,57%
-2,12%
-10,49% -11,30%
-13,97% -15,35%
-17,17% -16,91%

ÁreaPlantada

Volumede Produção

Produtividade (T/hec)
-85,29%
-91,46%

Figura 2.6 – Variação % da área de plantio, do volume de produção e do índice de produtividade de


batata-inglesa

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 23
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Fonte: adaptada de FAOSTAT (2009).

2.2.2Situação no País

No Brasil, a batata difundiu-se ao longo do período colonial. Embora originária


da América do Sul, a batata voltou para cá com os portugueses. No início, era cultivada
em pouca quantidade, nas hortas familiares. Com a chegada de outras culturas e com
o crescimento da população, tornou-se mais comum. Os ingleses, que construíam
ferrovias, exigiam-na sempre à mesa, a ponto de ser chamada de batata-inglesa.
(EMBRAPA-CNPH, 2009)

Na Figura 2.7, observa-se que os estados brasileiros selecionados são


responsáveis por quase toda totalidade da produção e da geração de valor de
batata-inglesa. A região composta pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e
Paraná é responsável por 73% da produção nacional de batata-inglesa.

Também é verificado que o cultivo de batata-inglesa é concentrado nos estados


do Centro-oeste e Sul do país, que respondem por 94,1% do cultivo nacional.

Figura 2.7 – Participação percentual produção e geração de valor de batata-inglesa por estado

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 24
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Fonte: adaptada de IBGE (2007).

2.2.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 2.8, elaborada com base em NASSAR & BOTELHO (1999) e


EMBRAPA-CNPH (2009), descreve o mapeamento da cadeia produtiva da
batata-inglesa para consumo interno e para a exportação.

Segundo NASSAR & BOTELHO (1999), a despeito da pequena importância


mundial, o consumo brasileiro dá sinais de crescimento tanto no segmento in natura
quanto nas batatas processadas.

Figura 2.8 – Cadeia Produtiva da batata-inglesa


Fonte: Elaboração própria.

No que se refere à produção de batata-inglesa, através da Tabela 2.4, observa-


se o volume de produção de todos os estados brasileiros. Nota-se que a
produção de batata-inglesa é feita em somente 11 estados brasileiros, sendo que
9 estados são da região Centro-sul e são responsáveis pela produção de mais de
94% da batata-inglesa.

A batata-inglesa é comercializada de duas formas: in natura e industrializada.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 25
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

A batata-inglesa in natura é comercializada da produção para a indústria


processadora (para ser industrializada), da produção para a exportação e da produção
para o setor atacadista.

A batata-inglesa industrializada é comercializada da indústria processadora


para a exportação, para o setor atacadista e para o setor varejista.

O transporte utilizado é o rodoviário. A batata-inglesa in natura é transportada a


granel e a industrializada é em embalagem própria, porém não foram encontrados
dados que corroborassem essas afirmações.

As Tabelas 2.4 e 2.5, referenciadas na Figura 2.8, representam um primeiro


esforço na caracterização dos volumes produzidos e consumidos de cada estágio da
cadeia produtiva.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 26
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Tabela 2.4 – Locais e volume de produção de grãos de batata-inglesa no ano de 2006.

Estados Quantidade (t) %


Minas Gerais 994.131 31,54%
São Paulo 726.960 23,07%
Paraná 579.631 18,39%
Rio Grande do Sul 335.212 10,64%
Goiás 214.500 6,81%
Bahia 178.500 5,66%
Santa Catarina 105.130 3,34%
Espírito Santo 7.322 0,23%
Distrito Federal 5.307 0,17%
Paraíba 3.946 0,13%
Rio de Janeiro 932 0,03%
Pernambuco 150 0,00%
Rio Grande do Norte 0 0,00%
Rondônia 0 0,00%
Amapá 0 0,00%
Roraima 0 0,00%
Piauí 0 0,00%
Alagoas 0 0,00%
Maranhão 0 0,00%
Amazonas 0 0,00%
Mato Grosso 0 0,00%
Ceará 0 0,00%
Mato Grosso do Sul 0 0,00%
Sergipe 0 0,00%
Tocantins 0 0,00%
Acre 0 0,00%
Pará 0 0,00%
Brasil 3.151.721 100,00%
Fonte: adaptada de IBGE (2007).

No ano de 2006, segundo dados do ALICEWEB (2009), o Brasil exportou 232


toneladas de batata-inglesa e derivados.

A divisão modal das exportações de batata-inglesa e derivados é a seguinte:

• Modo aéreo – 0,1%;


Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 27
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

• Modo marítimo – 87,9%;

• Modo rodoviário – 12%.

As duas principais saídas de exportação de batata-inglesa e derivados, em


ordem decrescente, são: porto de Santos (83%) e a cidade de Foz do Iguaçu
(10%). Essa seleção foi responsável pela a movimentação de 93% das
exportações de batata-inglesa e derivados no ano de 2006.

O aeroporto de São Paulo movimentou uma quantidade menor do que 1


tonelada, por isso, o valor zero na coluna de quantidade da Tabela 2.5.

Tabela 2.5 – Tipo de modo, local e quantidade de fécula de batata-inglesa exportadas


em 2006 (toneladas)

MODO LOCAL QUANTIDADE

Aérea São Paulo 0


Marítima Itajaí 7
Marítima Rio de Janeiro 1
Marítima Santos 194
Marítima São Francisco do Sul 2
Rodoviária Foz do Iguaçú 23
Rodoviária Uruguaiana 1
Rodoviária Cáceres 4
Fonte: adaptada de ALICEWEB (2009).

2.3 TRIGO

Segundo BATALHA & PEROSA (2009), o trigo é uma das principais


commodities agrícolas, elemento fundamental na alimentação humana em todo mundo.
O trigo apresenta grande capacidade nutricional, sendo por isso alvo de políticas de
segurança alimentar por diversos governos.

Segundo EMBRAPA-CNPT (2009), o trigo é uma gramínea que é cultivada em


todo mundo. Globalmente, é a segunda maior cultura de cereais, depois do milho. Em
terceiro lugar vem o arroz. O grão de trigo é um alimento básico usado para fazer
farinha e, com esta, o pão, na alimentação dos animais domésticos e como um

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 28
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

ingrediente na fabricação de cerveja. O trigo é plantado também estritamente como


uma forragem para animais domésticos, como o feno.

2.3.1Representação Mundial

Entre os anos de 2002 e 2007, a produção de trigo no mundo passou de 567,6


milhões de toneladas para 636,2 milhões de toneladas, um crescimento de 12%
no período (FAPRI, 2009).

Através da Figura 2.9, percebe-se que os países e as regiões estudadas


representaram quase 72,6% da produção mundial de trigo, sendo que a União
Européia, a China e a Índia são responsáveis pela produção de 50% da
produção mundial de trigo. A União Européia aumentou a sua produção em 1%,
sendo a maior produtora mundial de trigo, com quase 20% da produção mundial.
A Figura 2.11 mostra que, em 2007, a participação percentual da produção
européia diminui em relação a 2002, pois, no mesmo período, a produção
mundial teve um aumento maior do que a européia. Por sua vez, a China viu sua
produção aumentar em 14%, sendo responsável por 16,2% da produção
mundial. Já a Índia aumentou sua produção em 2%, sendo responsável por
quase 12% da produção mundial. No caso dos EUA, houve um aumento de 35%
em sua produção de trigo, sendo esse país o responsável por 9,3% da produção
mundial. O continente africano aumentou sua produção em 21%, sendo
responsável por quase 8% da produção mundial. A produção russa diminuiu em
8%, sendo responsável por quase 8% da produção mundial. O Brasil aumentou
sua produção em 29%, sendo responsável por menos de 1%.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 29
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

%
7 %
0
, 8
5 ,5
7 2
7

2002

2007

% %
1 9
9
, ,1 % %
5
5 6 9 % %
1 1 9
, 9 ,6 1
1 7
, 2 ,5
2 9 1 1
1 1

% % % %
0 % 2 % 1 % % 5
4 7 5 9 9 8 0 ,2
,
7 9
, ,
0 ,5 ,
8 ,2 7
, 9
7 0 7 7
África Brasil China União Euro Índia Rússia EUA Mundo

Figura 2.9 – Participação percentual na produção mundial de trigo


Fonte: adaptada de FAPRI (2009).

Ao analisar a Figura 2.10, de acordo com a ordem de importância observada na


Figura 2.11, percebe-se que a União Européia reduziu sua área plantada em 1%,
aumentou sua produção em 1% e seu índice de produtividade em 2%. Por sua
vez, a China reduziu sua área plantada em 1%, aumentou sua produção em 14%
e com isso seu índice de produtividade cresceu em 16%. No caso da Índia,
houve um aumento na sua área plantada de 3% e de 2% na sua produção e com
isso seu índice de produtividade diminuiu em 1%. Os EUA aumentaram sua área
plantada em 12%, sua produção em 35% e seu índice de produtividade em 20%.
Enquanto que o continente africano aumentou sua área plantada em 5% e sua
produção em 21% e seu índice de produtividade reduziu em 15%. A Rússia
reduziu sua área plantada em 6%, sua produção em 8% e seu índice de
produtividade em 3%. Já o Brasil reduziu sua área plantada em 8%, aumentou
sua produção em 29% e seu índice de produtividade em 40%. O mundo
aumentou seu índice de produtividade em 10%. Isso se deu devido ao aumento
de 2% da área plantada e de 12% da produção de trigo.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 30
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

40%
ÁreaPlantada
35%
Volumede Produção

29% Produtividade (T/ hec)

21%
20%

15% 16%
14%
12% 12%

10%

5%
3%
2% 2% 2%
1%

África Brasil -1% China -1%União Euro Índia -1% Rússia EUA Mundo
-3%
-6%
-8% -8%

Figura 2.10 – Variação % da área de plantio, do volume de produção e do índice de produtividade de


trigo
Fonte: adaptada de FAPRI (2009).

2.3.2Situação no País

A produção brasileira de trigo é restrita aos estados do Centro-sul. A área


plantada é de cerca de 1.560 mil hectares. O que representa 3% de toda área
plantada no país. Entre os anos de 2002 e 2007, houve uma queda de quase
26% da área plantada de trigo.

Através da Figura 2.11, observa-se que os estados brasileiros selecionados são


responsáveis por toda a produção e geração de valor do trigo. O estado que mais
produz trigo é o Paraná, com 49,8%, em seguida aparece o Rio Grande do Sul,
com 33,1%. Os estados do Sul são responsáveis por 92% do trigo nacional.

As produções do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo e do Mato


Grosso do Sul tiveram um volume produzido mais representativo do que o valor
gerado. Já as produções do Paraná, de Minas Gerais e de Goiás tiveram uma
geração de valor mais representativa do que a quantidade produzida.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 31
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

As produções e gerações de valor do Distrito Federal e do Mato Grosso foram


descartadas, pois somadas representaram menos de 0,4%.

Figura 2.11 – Participação percentual produção e geração de valor de trigo por estado
Fonte: adaptada de IBGE (2007).

2.3.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 2.12, elaborada com base em CAIXETA-FILHO & GAMEIRO (2001),


BATALHA & PEROSA (2009), ROSSI & NEVES (2004) e EMBRAPA-CNPT
(2009), descreve o mapeamento da cadeia produtiva do trigo, para consumo
interno e para a exportação.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 32
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Figura 2.12 – Cadeia Produtiva do trigo


Fonte: Elaboração própria.

No que se refere à produção de trigo, através da Tabela 2.6, tem-se o volume de


produção de todos os estados brasileiros. Percebe-se que entre os estados
produtores há um predomínio dos estados da região Sul, sendo estes os
responsáveis pela produção de 92% do trigo brasileiro.

As Tabelas 2.6 e 2.7, referenciadas na Figura 2.12, representam um primeiro


esforço na caracterização dos volumes produzidos e consumidos de cada estágio da
cadeia produtiva.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 33
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Tabela 2.6 – Locais e volume de produção de trigo no ano de 2006.

Estados Quantidade (t) %


Paraná 1.236.294 49,75%
Rio Grande do Sul 823.062 33,12%
Santa Catarina 146.146 5,88%
São Paulo 102.690 4,13%
Mato Grosso do Sul 61.783 2,49%
Minas Gerais 58.335 2,35%
Goiás 47.918 1,93%
Distrito Federal 7.650 0,31%
Mato Grosso 970 0,04%
Piauí 0 0,00%
Maranhão 0 0,00%
Rio Grande do Norte 0 0,00%
Rondônia 0 0,00%
Bahia 0 0,00%
Espírito Santo 0 0,00%
Alagoas 0 0,00%
Rio de Janeiro 0 0,00%
Tocantins 0 0,00%
Amazonas 0 0,00%
Acre 0 0,00%
Roraima 0 0,00%
Paraíba 0 0,00%
Ceará 0 0,00%
Sergipe 0 0,00%
Pernambuco 0 0,00%
Amapá 0 0,00%
Pará 0 0,00%
Brasil 2.484.848 100,00%
Fonte: adaptada de IBGE (2007).

Segundo GARCIA (1997), os principais grupos envolvidos nesse complexo são:


(a) os produtores nacionais do grão; (b) a indústria moageira (moinhos); (c) as
indústrias consumidoras de farinha e de farelo (indústrias de panificação, massas,
biscoitos e rações); e (d) os consumidores finais dos derivados de trigo (consumidores

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 34
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

de pão, macarrão, biscoitos e farinha, bem como, de forma indireta, os de aves, ovos e
suínos. Esses últimos consumidores de ração).

Segundo GARCIA (1997), o trigo produzido internamente é vendido quase que


exclusivamente no mercado nacional, em média, 80% para as cooperativas e 20% aos
intermediários. Uma parcela muito pequena da produção é utilizada pelos produtores
de trigo como semente. A produção entregue às cooperativas tem como destino os
moinhos e a formação de estoques do Governo.

O transporte de trigo da unidade produtora até a cooperativa é feito


basicamente por conjuntos de caminhão trator e semi-reboque graneleiro. Esse trigo é
movimentado das cooperativas pelas rodovias até um moinho moageiro ou até os
armazéns de estoque do Governo. As cooperativas estão muito próximas das
propriedades produtoras, impossibilitando assim o transporte por ferrovias das
cooperativas até os moinhos e/ou estoques do Governo. Nesse caso, o transporte de
trigo por ferrovias encareceria o produto devido à logística do transporte. O transporte
deveria ser feito da cooperativa até o terminal ferroviário de embarque por caminhões,
com os custos de transbordo do trigo, até os vagões e mais os custos da
movimentação ferroviária desses grãos até o destino final (moinhos e/ou armazéns do
Governo) (CAIXETA-FILHO & GAMEIRO, 2001)

No ano de 2006, segundo dados do ALICEWEB (2009), o Brasil exportou 52,4


mil toneladas de trigo. As exportações ocorreram nos quatro modos (aéreo,
ferroviário, marítimo e rodoviário), sendo que os mais utilizados foram o marítimo
(90,5%) e o rodoviário (9,4%).

Os principais estados exportadores de trigo foram: São Paulo (46%), Santa


Catarina (34%), Paraná (12%), Rio Grande do Sul (6%) e Rio de Janeiro (1%).

As exportações do Rio Grande do Sul utilizaram os 3 modos (ferroviário,


marítimo e rodoviário). Nos outros estados, foram exportados somente por 1 ou 2
modos.

A principal porta de exportação de trigo foi o porto de Santos com 46% de toda
exportação. Em seguida aparecem os portos de Itajaí, com 24%, São Francisco
do Sul e Paranaguá com 9%.
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 35
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Os portos de Guaíra, Rio de Janeiro, Salvador, Vitória movimentaram uma


quantidade menor do que 1 tonelada, por isso o valor zero na Tabela 2.7.

Tabela 2.7 – Tipo de modo, local e quantidade de exportações de trigo em 2006 (em
toneladas).

MODO LOCAL QUANTIDADE


Aéreo Campinas 1
Aéreo Rio de Janeiro 0
Aéreo São Paulo 4
Ferroviário Santana do Livramento 1
Marítimo Fortaleza 7
Marítimo Guaíra 0
Marítimo Imbituba 571
Marítimo Itajaí 12677
Marítimo Pecém 14
Marítimo Paranaguá 4611
Marítimo Rio Grande 63
Marítimo Suape 4
Marítimo Rio de Janeiro 179
Marítimo Sepetiba 427
Marítimo Salvador 0
Marítimo Santos 24217
Marítimo São Francisco do Sul 4690
Marítimo Vitória 0
Rodoviário Chuí 830
Rodoviário Corumbá 232
Rodoviário Foz do Iguaçu 1877
Rodoviário Jaguarão 112
Rodoviário Ponta Porã 1
Rodoviário Quaraí 1
Rodoviário Uruguaiana 1896
Fonte: adaptada de ALICEWEB (2009).

2.4 ALGODÃO

Segundo a International Cotton Advisory Committee (ICAC, 2009), o algodão,


que é considerado a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, é também
a planta de aproveitamento mais completo e que oferece os mais variados produtos de
utilidade.

Segundo EMBRAPA-CNPA (2009), o algodão é uma fibra branca ou


esbranquiçada obtida dos frutos de algumas espécies do gênero Gossypium, família
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 36
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Malvaceae. Há muitas espécies nativas das áreas tropicais da África, Ásia e América.
E desde o final da última era glacial, os tecidos já eram confeccionados com algodão.

2.4.1Representação Mundial

Entre os anos de 2002 e 2007, a produção mundial de algodão passou de 19,3


milhões de toneladas para 25,8 milhões de toneladas, um crescimento de 34% no
período (FAPRI, 2009).

Através da Figura 2.13, percebe-se que os países e as regiões estudadas


representaram quase 77% da produção mundial de algodão, sendo que a China e a
Índia são responsáveis pela produção de 50% da produção mundial de algodão. Na
China, a sua produção aumentou 53%, sendo responsável por 29,2% da produção
mundial. A Índia aumentou sua produção em 136%, sendo responsável por quase
21,2% da produção mundial. Já os EUA tiveram um aumento de 11% em sua produção
de algodão, sendo o responsável por 16,1% da produção mundial. A Figura 2.15
mostra que, em 2007, a participação percentual da produção americana diminui em
relação a 2002, pois, no mesmo período, a produção mundial teve um aumento maior
do que a americana. No caso do Brasil, a sua produção aumentou 80%, sendo
responsável por quase 6%. Por sua vez, o continente africano reduziu sua produção
em 19%, sendo responsável por 5,2% da produção mundial. A União Européia reduziu
sua produção em 26%, sendo responsável por 1,2% da produção mundial. Não foram
identificados dados sobre a produção russa. Segunda FAPRI (2009), a Rússia não
produz algodão.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 37
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

%
3
,9
8
7
%
5
5
,
2
7

2002 2007

%
7
1
% ,9
7
5 2
,5 %
2 4
,1
1
2
%
9
,9
1 %
1 7
4
,9 %
% 1 0
3 % % ,1
2
, 0 4 6
5 ,4 ,9
5
1
%
6 4 % %
6
,8 6 5
,4
2 ,3
1

África Brasil China União Euro Índia Rússia EUA Mundo

Figura 2.13 – Participação percentual na produção mundial de algodão


Fonte: adaptada de FAPRI (2009).

Percebe-se, através da Figura 2.14, que os países e as regiões estudadas que


aumentaram sua eficiência foram: o Brasil, a Índia, os EUA e a China. No Brasil,
houve um aumento da área plantada em 54%, da produção em 80% e do índice
de produtividade em 117%. Na Índia, houve aumento da área plantada em 24%,
da produção em 136% e do índice de produtividade em 108%. Nos EUA, houve
redução da área plantada em 15%, aumento da produção em 11% e do índice de
produtividade em 50%. Na China, houve aumento da área plantada em 46%, da
produção em 53% e do índice de produtividade em 3%.

O mundo se tornou mais eficiente, com um aumento de 20%, com uma redução
da área plantada em 3% e aumento da produção em 34%.

As produções africana e européia foram consideradas ineficientes. Já no


continente africano, houve redução da área plantada em 12%, na produção em
19% e do índice de produtividade em 11%. Por sua vez, na União Européia,
houve redução da área plantada em 16%, na produção em 26% e do índice de

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 38
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

produtividade em 58%. Como já apresentado na Figura 2.13, a Rússia não


produz algodão (FAPRI, 2009).

136%

117%
108%

ÁreaPlantada
Volumede Produção
80%
Produtividade (T/hec)

54% 53%
50%
46% 34%

24%
20%
11%
3%

África Brasil China União Euro Índia Rússia EUA -3% Mundo
-12% -11%
-16% -15%
-19%
-26%

-58%

Figura 2.14 – Variação % da área de plantio, do volume de produção e do índice de produtividade do


algodão
Fonte: adaptada de FAPRI (2009).

2.4.2Situação no País

Segundo dados da ICAC (2009), no ano de 2006, o Brasil foi responsável por
6% (283 mil toneladas) das exportações mundiais de algodão. Sendo que, no ano de
2004, essa representatividade tinha sido de 4% (339 mil toneladas). O Brasil é o sexto
maior exportado mundial de algodão.

Na Figura 2.15, observa-se que os estados brasileiros selecionados são


responsáveis por mais de 98% da produção e da geração de valor de algodão.

O estado do Mato Grosso responde a quase metade da produção nacional de


algodão. Já a sua geração de valor comparativamente é menor. Em seguida,
aparece Bahia, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí,
Paraná, Maranhão e Ceará.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 39
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

As produções do Mato Grosso, de São Paulo, de Minas Gerais, do Mato Grosso


do Sul, do Piauí, do Paraná, do Maranhão e do Ceará tiveram um volume
produzido mais representativo do que o valor gerado. Já as produções da Bahia
e de Goiás tiveram uma geração de valor mais representativa do que a
quantidade produzida.

Figura 2.15 – Participação percentual produção e geração de valor de algodão por estado
Fonte: adaptada de IBGE (2007).

2.4.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 2.16, elaborada com base em CAIXETA-FILHO & GAMEIRO (2001) e


EMBRAPA-CNPA (2009), descreve o mapeamento da cadeia produtiva do
algodão, para consumo interno e para a exportação.

No segmento tradicional, o mercado brasileiro de algodão diferencia-se dos


demais, pois o produtor comercializa o algodão em caroço, enquanto que nos
outros países, existe uma estrutura de beneficiamento que presta serviços para o
cotonicultor, que somente faz a transação com algodão em pluma.

No Brasil, esse beneficiamento é feito pelas algodoeiras, que em sua maioria são
intermediários no processo.
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 40
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Figura 2.16 – Cadeia Produtiva de algodão


Fonte: Elaboração própria.

No que se refere à produção de grãos de algodão, através da Tabela 2.7, tem-se


o volume de produção de todos os estados brasileiros. Percebe-se que entre os
10 primeiros estados produtores há um predomínio, em quantidade produzida,
dos estados das regiões Centro-oeste e Sudeste do país, que juntos são
responsáveis por quase 69% da produção nacional de algodão.

Segundo CAIXETA-FILHO & GAMEIRO (2001), o maior estado produtor de


algodão do Brasil é o Mato Grosso, que destina sua produção principalmente para
indústrias têxteis do estado de São Paulo, da cidade de Joinvile, em Santa Catarina, e
do sul de Minas Gerais. O Nordeste é uma região muito importante em termos de
indústrias têxteis, sendo seu abastecimento, entretanto, originado principalmente dos
EUA (é menos dispendioso importar do que comprar de outros estados brasileiros).

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 41
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

As Tabelas 2.8 e 2.9, referenciadas na Figura 2.16, representam um primeiro


esforço na caracterização dos volumes produzidos e consumidos de cada estágio da
cadeia produtiva.

Tabela 2.8 – Locais e volume de produção de grãos de algodão no ano de 2006.

Estados Quantidade (t) %


Mato Grosso 1.437.926 49,61%
Bahia 810.253 27,95%
Goiás 202.914 7,00%
São Paulo 144.370 4,98%
Minas Gerais 100.049 3,45%
Mato Grosso do Sul 94.116 3,25%
Piauí 24.999 0,86%
Paraná 22.609 0,78%
Maranhão 18.611 0,64%
Ceará 10.131 0,35%
Distrito Federal 9.792 0,34%
Rio Grande do Norte 8.729 0,30%
Paraíba 7.755 0,27%
Alagoas 3.229 0,11%
Pernambuco 2.289 0,08%
Tocantins 920 0,03%
Acre 28 0,00%
Amazonas 1 0,00%
Roraima 0 0,00%
Rondônia 0 0,00%
Rio de Janeiro 0 0,00%
Santa Catarina 0 0,00%
Sergipe 0 0,00%
Espírito Santo 0 0,00%
Amapá 0 0,00%
Rio Grande do Sul 0 0,00%
Pará 0 0,00%
Brasil 2.898.721 100,00%
Fonte: adaptada de IBGE (2006).

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 42
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Quanto ao algodão em caroço, o transporte rodoviário é feito por caminhões


simples com capacidade entre 3 e 12 t no Nordeste e 6 e 12 t no Centro-sul. No
transporte ferroviário, os vagões usados são fechados com capacidade para 33 ou 42 t.

O algodão em caroço proveniente de colheita manual, geralmente ocorrida no


Nordeste, é embalado em sacos de juta de 1,20 m x 0,90 m com capacidade para
quatro arrobas. Os sacos são empilhados em até quatro camadas e amarrados com
cordas de sisal ou nylon. Quando proveniente de colheita mecanizada, seu transporte é
feito a granel, sendo colocadas tábuas laterais para elevar a altura da carroceria do
caminhão em mais de 1,20 m (CAIXETA-FILHO & GAMEIRO, 2001).

Os fardos de algodão em pluma são transportados em caminhões simples com


capacidade variável de 8 a 35 t. Um caminhão de 12 t carrega em média 70 fardos.
Para o transporte ferroviário é cobrado uma taxa de utilização do vagão, pois as
plumas não lotam o vagão em peso e sim em volume. Cada fardo pode ser embalado
com um pano-tela de 5 m, envolto por um arame de 6 m (CAIXETA-FILHO &
GAMEIRO, 2001).

O caroço de algodão é transportado a granel quando se destina à produção de


óleo e em sacos de 50 ou 60 kg quando se destina a sementes. Podem ser utilizados
caminhões com capacidade variável de 8 a 15 t ou vagões ferroviários fechados, tipo
convencional, com capacidade de 33 a 42 t (CAIXETA-FILHO & GAMEIRO, 2001)

O principal objetivo para o uso do óleo de algodão é a culinária. É utilizado em


cozinhas industriais e/ou em casa e também em indústrias para a fabricação de
margarinas. Atualmente é o 3º óleo mais produzido no mundo e é um dos poucos óleos
reconhecidos e aceitados no mercado por apresentar um teor de gordura saturada
reduzido. Os demais óleos são de: soja, milho, canola e girassol (EMBRAPA-CNPA,
2009).

O óleo de algodão também é rico em vitaminas, especialmente em vitamina E


ativada, e também contribui para conservação dos alimentos que ficam longo período
nas prateleiras (EMBRAPA-CNPA, 2009).

Observando a Tabela 2.9, percebe-se que no ano de 2006, as exportações


brasileiras de derivados do algodão (algodão em pluma e óleo de algodão) foram pelos
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 43
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

4 modos (aéreo, ferroviário, marítimo e rodoviário), totalizando 335,7 mil toneladas. Do


total, 92% foram de algodão e 8% de óleo de algodão. (ALICEWEB, 2009)

A principal porta de exportação foi o porto de Santos, com 53% do total


(algodão e derivados). Em seguida aparecem o porto de Paranaguá (30%) e a cidade
de Foz de Iguaçu (10%).

O principal modo utilizado nas exportações de derivados de algodão foi o


marítimo, com 85%. Em seguida aparecem o rodoviário, com 12%, e o aéreo, com 3%.

As exportações de algodão em pluma são realizadas pelos modos aéreo,


marítimo e rodoviário. Com 53% das exportações de algodão, o porto de Santos é o
maior exportador, seguido pelo porto de Paranaguá (24%) e pelo porto da cidade de
Foz do Iguaçu (11%).

O principal modo utilizado nas exportações de algodão foi o marítimo, com


84%. Em seguida aparecem o rodoviário, com 13%, e o aéreo, com 3%.

As exportações de óleo de algodão são realizadas pelos modos ferroviário e


marítimo, sendo que a maioria (99%) é feita pelo modo marítimo. Com 98% das
exportações de óleo de algodão, o porto de Paranaguá é o maior exportador.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 44
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Tabela 2.9 – Tipo de modo, local e quantidade de exportações de algodão em pluma e


óleo de algodão em 2006 (em toneladas).

MODO LOCAL PLUMA ÓLEO


Aéreo Campinas 3.861
Aéreo Cuiabá 894
Aéreo Curitiba 4.446
Aéreo Rio de Janeiro 0
Aéreo São Paulo 0
Ferroviário Corumbá 200
Marítimo Itajaí 30
Marítimo Paranaguá 74.634 25.430
Marítimo Recife 773
Marítimo Rio de Janeiro 1.562 11
Marítimo Salvador 4.668
Marítimo Santos 178.902 409
Marítimo São Francisco do Sul 24
Marítimo Sepetiba 171 2
Rodoviário Chuí 9
Rodoviário Corumbá 5.446
Rodoviário Foz do Iguaçu 33.056
Rodoviário Santana do Livramento 0
Rodoviário Uberlândia 1.186
Rodoviário Uruguaiana 4
Fonte: adaptada de ALICEWEB (2009).

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 45
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 46
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALICEWEB, 2008; http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/

Alves, E. R.de A & Vedovoto, G. L. A Indústria do Amido de Mandioca.


EMBRAPA. Brasília. DF. 2003.

ANTAQ, 2008; Estatísticas; Anuários; Anuário Estatístico Portuário -


2006; Análise da Movimentação de Cargas: http:// www.antaq.gov.br

Batalha, M. O. & Perosa, B. Trigo: Argentina, Brasil e Uruguai. In Batalha, M. O.


(org) & de Souza Filho, H. M. (org). Agronegócio no Mercosul: Uma Agenda para
o Desenvolvimento. São Paulo. Ed. Atlas. 2009.

CAIXETA-FILHO, J. V. & GAMEIRO, A. H. Transporte e Logística em


Sistemas Agroindustriais. São Paulo. 2001.

Cardoso, E. L. C. Restrições à Melhoria da Competitividade da Cadeia


Agroindustrial de Fécula de Mandioca. EMBRAPA. Bahia. 2004.

EMBRAPA-CNPA, 2009; EMBRAPA – Algodão:


http://www.cnpa.embrapa.br

EMBRAPA-CNPT, 2009; EMBRAPA – Trigo: http://www.cnpt.embrapa.br

EMBRAPA-CNPMF, 2008; EMBRAPA – Mandioca e Fruticultura Tropical:


http://www.cnpmf.embrapa.br

EMBRAPA-CNPH, 2009. EMBRAPA – Hortaliças:


http://www.cnph.embrapa.br

FAPRI, 2008; Tools – Commodities Database:


http://www.fapri.iastate.edu/tools/outlook.aspx.

FAOSTAT, 2009; FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE


UNITED NATIONS – STATISTICS. 2009. http://faostat.fao.org/
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 47
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

GARCIA, L. A. F. A Organização Industrial de Moagem de trigo no Brasil.


ESALQ. São Paulo. 1997IBGE, 2003; Produção Agrícola Municipal –
2002.

IBGE, 2007; Produção Agrícola Municipal - 2006

ICAC, 2009. International Cotton Advisory Committee.


http://www.icac.org/

MELLO, M. C., NEVES, M. F. & MARTINELLI, D. P. Batata: Um Incrível


Caso de Agregação de Valor. SOBER. 1999

NASSAR, A. M. & BOTELHO, R. V. Análise das Transações no Sistema


Agroindustrial da Batata. São Paulo. 1999

PNLT. Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística de


Transportes. Centran. 2005.

Rossi, R. M. & NEVES, M. F.(coord). Estratégias para o Trigo no Brasil. Ed.


Atlas. São Paulo. 2004.

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 48
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

ANEXOS

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 49
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Tabela A.10 – Base de dados IBGE ano 2006 (em toneladas).

PRODUTO QUANTIDADE
Cana-de-açúcar (Tonelada) 457.245.516
Soja (em grão) (Tonelada) 52.464.640
Milho (em grão) (Tonelada) 42.661.677
Mandioca (Tonelada) 26.639.013
Laranja (Tonelada) 18.032.313
Arroz (em casca) (Tonelada) 11.526.685
Banana (Tonelada) 6.956.179
Feijão (em grão) (Tonelada) 3.457.744
Tomate (Tonelada) 3.362.655
Batata - inglesa (Tonelada) 3.151.721
Algodão herbáceo (em caroço) (Tonelada) 2.898.721
Café (beneficiado) (Tonelada) 2.573.368
Algodão (em grão) (Tonelada) 2.484.848
Coco-da-baía (Mil frutos) 1.985.478
Melancia (Tonelada) 1.946.912
Mamão (Tonelada) 1.897.639
Abacaxi (Mil frutos) 1.707.088
Sorgo granífero (em grão) (Tonelada) 1.604.920
Cebola (Tonelada) 1.345.905
Tangerina (Tonelada) 1.270.108
Uva (Tonelada) 1.257.064
Manga (Tonelada) 1.217.187
Dendê (coco) (Tonelada) 1.207.276
Limão (Tonelada) 1.031.292
Fumo (em folha) (Tonelada) 900.381
Maçã (Tonelada) 863.019
Maracujá (Tonelada) 615.196
Batata - doce (Tonelada) 518.541
Melão (Tonelada) 500.021
Erva-mate (folha verde) (Tonelada) 434.483
Aveia (em grão) (Tonelada) 405.657
Goiaba (Tonelada) 328.255
Amendoim (em casca) (Tonelada) 249916
Sisal ou agave (fibra) (Tonelada) 248.111
Castanha de caju (Tonelada) 243.770

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 50
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

Cacau (em amêndoa) (Tonelada) 212.270


Triticale (em grão) (Tonelada) 208.898
Cevada (em grão) (Tonelada) 202.940
Pêssego (Tonelada) 199.719
Borracha (látex coagulado) (Tonelada) 175.723
Caqui (Tonelada) 168.274
Abacate (Tonelada) 164.441
Mamona (baga) (Tonelada) 95.000
Alho (Tonelada) 87.779
Girassol (em grão) (Tonelada) 87.362
Pimenta-do-reino (Tonelada) 80.316
Palmito (Tonelada) 73.411
Figo (Tonelada) 26.476
Malva (fibra) (Tonelada) 19.899
Pêra (Tonelada) 18.161
Chá-da-índia (folha verde) (Tonelada) 17.430
Fava (em grão) (Tonelada) 14.951
Linho (semente) (Tonelada) 13.442
Urucum (semente) (Tonelada) 11.097
Juta (fibra) (Tonelada) 6.052
Ervilha (em grão) (Tonelada) 4.175
Guaraná (semente) (Tonelada) 2.989
Centeio (em grão) (Tonelada) 2.353
Noz (fruto seco) (Tonelada) 2.220
Rami (fibra) (Tonelada) 1.221
Marmelo (Tonelada) 910
Algodão arbóreo (em caroço) (Tonelada) 675
Tungue (fruto seco) (Tonelada) 383
Azeitona (Tonelada) 0
TOTAL 657.131.866
Fonte: IBGE (2007).

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01 51
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities Agrícolas

Rev. 01

Tabela A.2 – Cronograma

Cronograma de Execução das Atividades


Atividades Indicador Físico da Execução
mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09
Diagnóstico Preliminar Relatório
Levantamento de literatura e base de dados sobre commodities agrárias Relatório
Identificação de possíveis ajustes Relatório
Levantamento da produção agrícola no ano de 2006 Relatório
Levantamento da balança comercial agrícola de 2006 Relatório
Análise da oferta e demanda de alimentos no mundo Relatório
Estudo da cadeia produtiva das commodities selecionadas (vide relatório) Relatório
Espera da resposta do Centran sobre o Relatório I e qual a alternativa a seguir
Elaboração de Relatório 2 Relatório
Estudo da cadeia produtiva das commodities selecionadas (vide relatório) Relatório
Identificação e correção de pequenos ajustes Relatório
Espera da resposta do Centran sobre o Relatório II
Elaboração de Relatório 3 Relatório
Estudo da cadeia produtiva das commodities selecionadas (vide relatório) Relatório
Identificação e correção de pequenos ajustes Relatório

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities Agrícolas - 01 52

Você também pode gostar